Paulina e Carlos Daniel - Perdoa-me escrita por Dai


Capítulo 46
Inferno real


Notas iniciais do capítulo

Oi amores!
Sabem o quem me faz estar aqui neste momento?
Pois bem...
Inventei de fazer uma brincadeira com as meninas do grupo "Fanfics Da Dai"... O jogo era o seguinte: lancei dez perguntas relacionadas a esta história... Elas tinham que acertar no mínimo cinco para que eu postasse hoje... E...
Elas acertaram todas.
Se eu morro de amores? Se me emocionei? SIMMMMM
Meninas, sério... Vocês são demais. Amo. Amo. Amo.
Como prometido, aqui está.
Grande beijo.




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Paulina não teve tempo para gritar. Antes que ela pensasse em algo, já havia um pano em sua boca com um forte sedativo.

Já Manuela, gritou desesperada por ajuda, mas parecia que nada a escutava. No desespero, agarrou a bolsa de Paulina e o celular e então ligou para Carlos Daniel. No segundo toque ele atendeu.

—Oi meu Amor... -disse ele atendendo a chamada.

—Carlos Daniel! -diz Manu já entre lágrimas pesadas. -A Paulina....

—A Paulina o quê, Manuela?! -Pergunta já aflito.

—Não sei, não sei... Estávamos indo pegar um café... Simplesmente a puxaram pelo braço para dentro de um carro, e... Eu não consegui fazer nada.

—Não... Não meu Deus! Onde você está?

—Em frente a cafeteria...

—Espere aí, irei te buscar.

Carlos Daniel entra em desespero. Simplesmente arranca com o carro para buscar Manuela.

Sua cabeça estava em um turbilhão... Como poderia estar acontecendo isso agora? Não podia ser real, não podia ser verdade.

Em poucos minutos ele encontra Manuela chorando sentada a calçada. Ela voa desesperada de encontro aos braços dele, sem saber o que fazer.

—Cadê ela, Manuela? Preciso que me diga algo...

—Eu não sei... Estávamos conversando e quando me dei conta já estavam puxando ela para dentro do carro.

—Viu alguém?

—Não.. -responde entre lágrimas. -Estavam com máscaras de tecido cobrindo todo o rosto.

Paulina acorda desorientada. Seu corpo dói e ela sente dificuldades em respirar. Quando finalmente sua mente se orienta, ela consegue perceber onde está e o que está acontecendo. Seus pulsos estão atados por uma corda que começa a cortar sua pele, firmes ao alto de sua cabeça.

Seus pés mal tocam o chão e o frio parece não passar. Desorientada, ela se debate mas pára quando sente a corda mordiscar seus punhos. Com a visão turva, depara-se com um espaço amplo e abandonado. Fendas na parede trazem flashes de luz para dentro do lugar.

Quase sem voz, ela busca forças e tenta gritar. Um pedido seco de socorro sai por sua garganta e as lágrimas vem com força total.

Um forte ruído assusta Paulina e ela engole em seco. Uma porta é aberta e ela sente suas batidas cardíacas desesperadas latirem em sua cabeça.

—Ora ora... Se a bonequinha da família não acordou...

Aquela voz desespera Paulina. Não podia ser verdade... Não podia ser real...

—Te falei que ia te fazer minha quisesse você ou não. Mas... tenho que confessar que não fiz nada contigo naquela noite... Gosto de mulheres receptivas... Gemendo... Gemendo independente de ser por prazer, ou por dor.

Os passos se aproximam de Paulina e ela finalmente consegue ligar o rosto com aquela voz.

—O que você quer de mim? -murmura sem forças.

—Você sabe o que eu quero... sabia o que eu queria... Mas, escolheu fazer do jeito difícil... E agora, agora... Vai ser do meu jeito.

—Por Favor... Eu... Eu nunca te fiz mal... Nunca falei nada daquela noite pra ninguém.... Eu estava grávida... Sofri um aborto, sai do país e refiz minha vida... O que você quer de mim depois de tanto tempo?

Paulina chora em desespero. Seus olhos já inchados se negam a viver aquilo. Seu corpo dói, seus músculos pedem descanso.

—Querer que eu sinta pena só me faz querer mais ainda te fazer chorar... E bem, vamos começar.

O coração de Paulina bate acelerado. Um segundo homem entra no galpão e trás com ele uma mochila preta.

—Diego... Por favor.

—Sh... Sem protestos se quer que doa menos. Quanto mais você implora... Mais ganas de te matar me dominam.

Diego abre a mochila e dali tira um objeto similar a um chicote.

Alguns passos a frente e ele se aproxima de Paulina com aquilo em mãos. Ela se debate, tenta em vão se soltar enquanto o maior dos sorrisos diabólicos aparece no rosto dele.

—Quanto mais se debater, mais vai apanhar. -resmunga estando a um passo dela. -Estou pensando seriamente em te amordaçar... Gosto de mulheres apenas gemendo...

Diego grita para o outro homem e ele se aproxima trazendo um pedaço de tecido e um celular.

Paulina se debate tentando em vão ele não a deixar amordaçada.

Ele apenas ri e quase sem esforço amarra com brutalidade o tecido entre os lábios dela, deixando-o amarrado com um nó firme. Ele guarda o celular no bolso e se

—Você sabe o que é isso? Pergunta ele mostrando o objeto trançado para ela. -É conhecido em alguns lugares do Brasil como relho ou chicote campeiro. Os camponeses usam com o gado. É feito com couro envelhecido. Você pode não gostar... Mas eu vou adorar teu corpinho marcado.

Antes que Paulina possa pensar em algo mais, ele ergue o relho e o estala em suas costas. A tentativa de um grito é em vão e ela sente a corda puir seus braços.

—Hm... -Geme Diego. -Será que teu maridinho vai gostar das marcas?

Sem pena ele bate na barriga, nas coxas e contra os seios de Paulina. Ela tenta gritar tamanha a dor mas é apenas um motivo a mais para ele, que sem piedade alguma deixa mais algumas marcas pela pele dela.

A dor não tem como ser comparada a nada. O único que ela consegue fazer é tentar apoiar-se melhor para que pelo menos seus pulsos doam menos.

Diego se aproxima e a ergue nos braços, empurrando com seus dedos o queixo dela para cima. Ela tenta gritar mas não sai nada além do som abafado pela mordaça.

Carregado de ira, ele abaixa a cabeça e morde os seios dela com força, deixando marcas vermelhas e seus dentes desenhados.

—Chega Diego! Grita o outro homem quando ele levanta o chicote para bater no rosto dela. -Vamos dopar ela logo para que possamos enviar as fotos.

Diego se afasta com um sorriso diabólico estampado na cara.

O homem molha uma tira de pano em um líquido escuro e se aproxima de Paulina, segurando-a pelos cabelos ele pressiona o tecido contra seu rosto.

Antes que ela apague, seus olhos conseguem ver quando Diego levanta o relho e o choca contra seus rosto.

—Aproveite pra dormir, desgraçada.

O ardor queima sua face, mas antes de qualquer protesto, seus olhos se fecham e ela nada pode fazer contra.

.
.
.

Já na delegacia junto a Manuela, Carlos Daniel tenta respirar tranquilo e pensar com calma. Sua cabeça só consegue pensar no que fazer, quem poderia ter feito tal ato.

Manuela está na sala do delegado fazendo seu depoimento quando o celular de Carlos Daniel vibra. Uma foto aparece na tela e ele quase não acredita. Paulina aparece nua, pendurada pelos pulsos, amordaçada, carregada de hematomas e mordidas, desacordada. O peito de Carlos Daniel falha uma batida. Com passos largos ele invade a sala do delegado e joga o celular sobre a mesa. 

—Pelo Amor de Deus! Vocês vão esperar que matem minha esposa pra fazerem algo?!

Os olhos do delegado quase saltam do rosto quando ele vê a imagem. De imediato, fica com a imagem salva no computador, os dados do contato e as coisas de Paulina.

—Senhor Bracho, leve a Senhorita Manuela para casa e aguarde. Não posso deixar o senhor neste estado aqui, neste estado o senhor somente nos atrapalharia. Faremos o melhor para trazer sua esposa para casa, mas precisamos que o senhor colabore.

Carlos Daniel sai desnorteado da delegacia, perdido em mil pensamentos, tentando acreditar que aquilo é apenas um pesadelo. Quando ele chega em casa leva Manuela para a sala de jantar e pede que Lalinha chame todos da casa para a Sala de Jantar.

Carlos Daniel com um tom irreconhecível praticamente agride Lalinha com as palavras. Ela sai atrás de todos e então aflitos sentam a mesa de Jantar.
—Onde está Paulina, meu filho? -pergunta vovó Piedade.

—Então... -suspira ele. -Já estou nervoso o suficiente, não me deixem pior.
Sem mais controlar, desesperado na própria dor, ele simplesmente cospe as palavras que mesmos desejava pronunciar.

—Paulina foi sequestrada.

—O quê?!

A pergunta sai em uníssono pela família Bracho.

—Manuela estava com ela, acabavam de sair do ateliê quando ela simplesmente foi puxada para dentro de um carro. Há aproximadamente uma hora atrás, recebi uma foto dela amarrada, amordaçada e já carregada de hematomas. A polícia acredita que irão pedir dinheiro em troca dela... Infelizmente, não consigo ver assim, não iriam machuca-la antes de pedir dinheiro.

—Por qual motivo diz isso apenas agora? -questiona Carlinhos com raiva.

—O que adiantaria vocês neuróticos junto comigo? Acredito que tem algo muito além do que a Polícia acredita. Só nos resta por hora esperar que eles façam contato e que ela volte bem para casa.


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Notas finais do capítulo

Gente... E agora?
Comentem muiiiiitoooooo!
Bem... Diante disso, agradeço a todas vocês pelos comentários, surtos em redes sociais e tudo mais.
Próximos capítulos já escritos... Colaboradorem e eu farei o mesmo hahahah...
Beijão



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