Paulina e Carlos Daniel - Perdoa-me escrita por Dai


Capítulo 43
Trabalho de Parto, o Sofrimento de Paulina.


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiiiiiii cambaaaaaaaaaaada! Mazaaaa!
Adivinhem pq estou aqui?
Primeiro pq sou uma escritora boazinha, e como o capítulo tava pronto, resolvi postar!
Esse cap, vai totalmente dedicado a Diéssica, que recomendou a fic. "Meu Bem, muito obrigada pelo carinho todo comigo e com essa história. As palavras de vcs leitoras é meu impulso para a escrita. Agradicida"



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Arrastavam Paulina pelos corredores, e a atenção de Carlos Daniel era somente focada a ela. Ao seu redor, pessoas corriam, ligando-a a equipamentos de controle, mas tudo o que ele conseguia ver e sentir, era o suor frio dela ao redor de seus dedos, suas miradas que não queriam se afastar, e as expressões de dor que vagavam pelo rosto de sua amada.

Carlos Daniel perdeu o mundo a sua volta, quando os olhos de Paulina o encararam, quase em uma súplica, pedindo que não a deixasse outra vez, marejaram, logo, fugindo de seu alcance. O Tumulto ao redor de Paulina foi geral, e ele quase perdeu-se em dor quando separaram sua mão da dela, segurando-o pelo braço.

–Senhor Bracho, tens que ficar aqui. -Disse Doutora Talita segurando-o pelo braço.

–Mas ela é minha mulher! -gritou ele vendo Paulina sumir de seu alcance, com toda aquela gente ao redor da maca.

–Eu Sei. Mas para o bem dela, precisamos avalia-la. -pacientemente o explicou.

–E por que porra do mundo eu não posso estar com ela? -a encarou com os olhos ameaçando expressar a dor de ter que deixa-la.

–Senhor, assim que tivermos o controle deixaremos que fique com ela.

–Pelo amor de Deus... é a minha mulher, minha filha... meu mundo está sobre daquela maca! -desabou escapando uma lágrima.

–Eu sei Senhor. -afirmou. -Sente-se nas poltronas brancas, e assim que tivermos informações, venho eu mesma passa-las.

–OK... ok.

Mesmo com toda a insistência e a ira de Carlos Daniel, ele acabou por sentar-se onde a doutora indicou e fez de tudo para manter o controle... o que não foi nada fácil.

Sem importar-se com o horário, tirou seu celular do bolso e discou o número de Manuela. Depois de três chamadas, ela atendeu, ainda sonolenta?

–Carlos Daniel?

–Sim Manuela, sou eu.

–O que aconteceu? Paulina...

–Acabei de chegar ao hospital com ela. -suspirou tenso.

–Mas... ainda faltam algumas semanas para o nascimento da Lupe...

–Eu sei. Estou Apavorado.

–Estou indo pro Hospital.

–Ok.

Passou-se poucos minutos desde o telefonema de Carlos Daniel, e seu nervosismo não diminuía. Aquele velho hábito de bagunçar o cabelo se mantinha, e suas mãos acabavam por não sair de lá. Naquele tumulto todo, ele ficou mais pálido ainda quando viu Talita passar de um corredor para o outro as pressas,voltando em seguida com mais duas enfermeiras a acompanhando. Apavorado, levantou-se e começou a andar de um lado para o outro, inquieto, preocupado... pensando em alguma forma de ajudar sua amada, ou pelo menos, saber que ela estava bem.

Assim que Carlos Daniel viu Manuela, incomum, mas precisando de apoio, a abraçou, trêmulo.

–O que aconteceu? -perguntou ela preocupada, vendo-o tão espontâneo.

Carlos Daniel sentou-se, e ela fez o mesmo, sentando frente a ele.

–Ela estava com dores ao fim de tarde, e negou-se de vir ao hospital.

Telefonou para a tal Doutora Talita, e ela disse que isso era normal, as tal contrações de treinamento. Disse a ela que era melhor era vir ao hospital, mas negou-se. Acordei com ela acendendo as luzes. Estava sangrando muito Manuela. Estou apavorado.

Ele afundou o rosto entre as mãos, preocupado, nervoso, segurando todas suas forças para não invadir o hospital atrás dela.

–Calma Carlos Daniel, -falou Manuela tentando acalma-lo controla-lo. -Não é a primeira vez que isso acontece. Paulina vai ficar bem.

–Mas dessa vez não foi como as outras. Ela estava... sangrando demais Manuela. Chegou aqui Pálida. Você não está entendendo.

Pela primeira vez, depois de tudo que aconteceu com aquele casal que se amava e que voltou a ficar junto, Carlos Daniel deixou uma lágrima escapar.

–A Vida não pode ser tão cruel assim. Já perdi Paulina uma vez...e... não consigo nem pensar. -ergueu o rosto encarando a amiga de Paulina que estava atônita. -Meu mundo inteiro está lá dentro. Paulina, é minha vida... vivo por ela, e... a nossa filha. Paulina não suportaria outra vez... eu não suportaria.

–Calma Carlos Daniel, Calma. Tens que ficar calmo para podermos ajudar Paulina. -Disse ela serena. Tentando afasta-lo um pouco daquele tormento... -Trouxe as coisas da Lupe e de Paulina?

–Sim, estão no carro. -Disse ele baixando os olhos outra vez, segurando o desespero.

–Ok então. Bem, sei que não te tiro daí nem com um guindaste, então espere que irei buscar um café para nós. E acalme-se. Talita é uma ótima doutora.
Manuela saiu da sala de espera, e enquanto buscava os tais cafés, Carlos Daniel levantou-se e começou outra vez a caminhar de um lado para o outro.O nervosismo o dominava, e ele não conseguia imaginar o que seria dele sem sua Amada, ou, se algo acontecesse com sua Filha. Não suportaria outra vez ver Paulina sofrer, e não saberia lidar com tudo isso. Ele estava apavorado.

–Carlos Daniel, você precisa se acalmar. -disse Manuela a ele, entregando o copo longo de café.

–Como quer que me acalme, se você bem sabe as complicações de Paulina com essa gravidez? Sabe os riscos dela e tudo que pode acontecer.

–Sei Carlos Daniel... sei. Mas lembre-se que ela é forte. Olhe tudo o que ela já passou... e lembre-se como ela estava feliz com a gravidez... ansiosa pela chegada de Lupe... Ela vai ficar bem Compadre, vai ficar tudo bem. -o tranquilizou.

Depois de 4 copos de café, o início do amanhecer do dia, a repentina chegada de Talita, despertou Carlos Daniel do transe, e a passos largos foi buscar algo de sua esposa.

–Como ela está? E minha Filha?

–Senhor... não costumo mentir para meus pacientes, nem para seus familiares. -suspirou. -Paulina não está bem. A perda de sangue foi algo inesperado, e muito excessiva. Como ela já sofreu um aborto, as coisas são mais complicadas, e todo cuidado é pouco.

–Pelo amor de Deus, o que isso quer dizer!?

–Quer dizer que realmente não sabemos muito como agir. Não podemos atrasar o parto, devido as condições de Paulina, mas também não é recomendado que a bebê nasça agora. Teremos que esperar e ver os impulsos de Paulina.

–Quer dizer que ela está jogada sobre uma cama a espera de qualquer coisa? -desesperou-se agitando-se pela sala.

–Paulina está fraca, e o recomendado seria que o bebê nascesse em mais algumas semanas. Poderíamos intervir com medicações em outros casos, mas ela teve uma perda de sangue extrema e não será possível. Ela sofreu um desmaio, o que deixou-me preocupada com as condições dela.

–Posso vê-la?

–Sim. Mas ela está um tanto nervosa, então, não a deixe mais.

–Tudo bem.

Carlos Daniel deixou sua chave do carro com Manuela e seguiu a doutora pelos corredores, indo parar na observação do bloco cirúrgico. Assim que ela entrou, deparou-se com Paulina pálida sobre a cama, com os olhos marejados, completamente inquieta.

–Meu amor... -murmurou ele indo em direção a ela, que esticou os braços para ele, que sem demoras afundou o rosto na curva do pescoço dela, tranquilizando-se por vê-la, saber exatamente como ela estava,

–Não me deixe Carlos Daniel... preciso que fique comigo. Por favor... -chorou ela agarrada a ele.

–Calma meu Amor, calma. Estou aqui.

–Preciso tanto de você Carlos Daniel... -murmurou Paulina afastando-o, segurando seu rosto entre as mãos.

Suas testas coladas, e os olhares buscando palavras, foram o suficiente para todo aquele amor brotar em palavras.

–E eu a ti Meu Amor... Preciso de ti muito mais do que você de mim. -Sorriu ele tentando tranquiliza-la.

–Não sei se vou conseguir Carlos Daniel... e se... eu não conseguir segurar nossa filha dentro de mim? -desabafou ela mirando-o, trêmula.

–Paulina, amor meu... você precisa se acalmar. Você é tão forte... não tem que dizer isso. Você vai conseguir. -Disse ele acariciando os lábios dela quase sem cor. -Se nossa filha tiver que nascer agora, tudo vai dar certo.

–Não sei... não sei se terei forças pra enfrentar isso tudo.

–Você sempre foi forte minha linda... Lembra quando salvou a fábrica? e como carregava Lizete no colo com quase 6 anos no colo, e ainda grávida? Você é quase a mulher maravilha meu amor. -Disse ele arrancando um sorriso dela. -E quando aprendeu a dirigir? você destruiu o carro, mas manteve-se sem nenhum arranhão.

–Não seja bobo numa hora dessas Carlos Daniel... -sorriu ela, acariciando os lábios dele da mesma forma que ele fazia.

–Apenas a verdade. -beijou-lhe os lábios por um breve momento, acariciando sua face com a ponta dos dedos.

–E como está minha menininha? -diz ele apoiando uma das mãos ao ventre de Paulina.

Ela, deitando-se, apoia suas mãos sobre as dele, acariciando os nós de seus dedos.

–Como está se sentindo Paulina? -pergunta ele movendo lentamente sua mão sobre o ventre dela.

–Ao ponto de explodir. -murmura cerrando os olhos, enquanto uma expressão de dor passa por seu rosto.

–Paulina...

Carlos Daniel se desespera, vendo-a contorcer-se de dor, e imediatamente levanta, indo atrás da Doutora. Assim que ele sai do quarto, depara-se com ela que já iria verificar sua paciente.

–Ela está contorcendo-se de dor. -murmura ele quase sem fala, parando frente a doutora.

Os dois se dirigem ao quarto, e encontram Paulina chorando, encolhida sobre a cama.

–Calma Paulina.. calma. -Diz Taita virando-a sobre a cama. -você não pode se encolher assim, querida. Estique as pernas.

–Não consigo... não dá! -murmura ela mirando a doutora. -Não sei se vou aguentar tudo isso!

–Calma Paulina, acalme-se... pela sua filha... vamos lá... já vai diminuir a dor...

Doutora Talita, acostumada com tudo isso, ajeitou Paulina na cama, esticando-a , fazendo-a ficar o mais confortável possível.

–Aliviou um pouco?-questionou ela segurando a mão de Paulina.

–Sim... mas... não sei quanto tempo vou aguentar isso.

–Pelo jeito, tem uma bebê apressada ai. Vou ter que te examinar novamente...

–disse a doutora tirando de sobre uma das bancadas um par de luvas cirúrgicas.

–ah... -murmurou ela, mirando Carlos Daniel envergonhada. -Amor.... eu.

–Nem Pense... não saio daqui nem arrastado. -rebateu ele aproximando-se da cama de Paulina.

–Por Favor Carlos Daniel... isso é constrangedor.

–Paulina, mas...

–Por Favor Senhor Bracho. -interviu Talita. -Assim que acabarmos chamo o Senhor.

–Ok... ok.

Mesmo recuado, Carlos Daniel saiu da sala, deixando que a doutora examinasse sua esposa com mais privacidade. Não demorou a Doutora Talita chamar por Carlos Daniel, e assim que ele entrou novamente no quarto, encontrou Paulina com outra roupa, desta vez de cor verde.

–Combinam com seus olhos. -debochou ele sentando-se ao lado da cama. -E então doutora?

–Bem... Pelo jeito essa pequena moça está apressada. Não temos muito o que fazer. Paulina está com poucos centímetros de dilatação, mas as contrações estão aumentando. Iremos calcular o tempo entre elas, e quando estiver de 30 em 30 minutos, começaremos a colocar ocitocina para ajudar as contrações. Dentro de algumas horas poderá ver sua filha. -sorriu a doutora indo em direção a porta. -Deixarei vocês mais a vontade. Qualquer coisa, me chamem.

Paulina e Carlos Daniel se olharam, um buscando palavras nos olhos do outro. Aquilo tudo que era lindo e maravilhoso estava deixando-os apavorados.

–Está Nervosa? -perguntou ele acariciando o rosto dela, logo, seus cabelos.

–Muito. -suspirou mirando-o. -E você?

–Também. -Sorriu aproximando-se para beija-la. -Ah, antes que eu esqueça... Manuela está ai fora.

–Você a chamou?

–Claro. Ela disse que se acontecesse qualquer coisa contigo e eu não avisasse, ela arrancava aquilo que é meu e que você tanto gosta.

–Carlos Daniel!

.

.

.

Depois que liberaram a entrada de Manuela para ver Paulina, e que todos no México foram avisados que Paulina estava já internada, cinco horas se passaram, e as coisas começaram a acelerar e se complicar.

–Paulina, olhe para mim. -Pediu a doutora segurando as mãos dela. -Vai dar tudo certo.

–Me sinto tão fraca doutora... não sei se...

–Sh! Estaremos todos ali contigo. Seu Marido também estará ali, e tudo vai dar certo.

–Onde ele está? -questionou ela enquanto enfermeiros colocavam-na em uma outra maca, começando a ligar outros aparelhos nela.

–Apenas foi trocar as roupas para que pudesse assistir seu Parto.

–Doutora... eu... não aguento mais de dor.

–Vou examinar-te outra vez.. tudo bem?

–Ok... ok. -rendeu-se.

Paulina ajeitou-se na cama, e temblou quando outra vez foi submetida aquele exame.

–9 centímetros aproximadamente. -Disse a doutora descartando as luvas. -Falta Pouco Paulina... muito pouco. Pense que sua filha estará contigo em pouco tempo.

–Carlos Daniel poderá ficar comigo? O tempo todo?

–Apenas até o momento do nascimento.

–Tudo bem.

–Meu amor.... -diz Carlos Daniel entrando no quarto, segurando com cuidado as mãos de Paulina que já estavam ligadas ao soro com medicação.

–Não me deixe, por favor. -pediu ela com as lágrimas ameaçando escapar de seus olhos.

–Não vou meu amor, não vou. Estarei sempre contigo, tudo bem? -afirmou alisando o rosto dela, depositando um beijo em sua testa.

–Sim.

–Então vamos lá! -Interviu Talita, abrindo a porta do quarto. -Temos uma pequena moça para trazer ao mundo.

.

.

.

–Vamos Paulina! Falta pouco...

Paulina estava exausta. Duas horas haviam se passado, e infelizmente as contrações que ela sentia não davam impulsos suficientes para o nascimento de Lupe.

–Carlos Daniel... por favor... me tire daqui... não aguento mais, meu amor... -murmurou ela ofegante.

–Amor Meu... vamos lá.... te levo para onde quiseres, mas, temos que levar Lupe Junto, sim? Não desista meu amor, não desista! -insistiu Carlos Daniel, vendo Paulina cada vez pior... pálida, suada, extremamente cansada.

–Vai Paulina! Vamos mostrar o mundo pra essa mocinha!

Paulina agarrou-se a uma das mãos de Carlos Daniel, e sem importar-se com a dor que a tomava por inteira, forçou o ventre outra vez, tentando dar a vida a sua filha.

Uma...

Duas...

Três vezes...

–Não... -deitou ela sobre a mesa de cirurgia, soltando sua mão da de Carlos Daniel, como se seus dedos não tivessem mais força para entrelaçarem-se aos dele.

–Paulina! -Chamou Talita dando a volta na mesa cirúrgica, segurando o rosto de Paulina entre as mãos. -Olha Pra mim! Olhe nos meus olhos! -A Sacudiu tentando não fazê-la apagar.

Carlos Daniel perdeu o foco do mundo ao seu redor, e seu corpo travou ao ver tal cena. Era doloroso e apavorante. Sabia bem ele, que ali algo estava muito anormal de um trabalho de Parto. Paulina estava fraca, e a vida dela e de sua filha estava em jogo.

–Vamos Paulina! Porra! Vamos! é a tua filha! -gritou a doutora vendo os olhos de Paulina se fecharem. O cansaço tomava conta dela, e sua mente não era mais capaz de controlar seus impulsos.

Os Olhos daquela mulher que tanto sofreu na vida, que agora daria a luz ao seu maior milagre, fecharam-se em um pequeno segundo... quase em câmera lenta, trazendo o tumulto total a sala de Parto, e o desespero carregado de medo ao coração de Carlos Daniel Bracho.

–Paulina!


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Notas finais do capítulo

E ai gente? PQP o que aconteceu com a Paulina? E o que vai acontecer agora? Carlos Daniel está em choque... Paulina está com grande risco... e a bebê?
Gente do Céu!
Capítulos finais da Fic!
#Comentem #Favoritem #Recomendem!
beijãaaao