Radioactive escrita por Maria Júlia


Capítulo 3
Capítulo 3 - Eu só quero te ajudar.


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde pessoal, tudo bem? Eu to terminando de ler PJO - Ladrão de Raios e minha mãe já vai comprar o resto da coleção, eu to muito feliz sabe por que? Eu consegui passar de ano sem ficar de recuperação em nenhuma matéria, eu no meio do ano me coloquei pra baixo achando que ia repetir de ano e tals, mais com a força dos meus amigos eu consegui tirar notas boas em todas as matérias. Em fim, vamos ao capítulo e boa leitura.



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POV Valéria:

Eu acordei era por volta de duas e meia no domingo. Escutei alguns gritos vindo na sala, eram as vozes de Daniel e de Rosa, não é possível que ela estava batendo nele de novo, troquei uma roupa rápido.. era coisa simples, um short jeans e uma blusa de estampada com a bandeira da Inglaterra.

– VOCÊ NÃO TEM DIREITO DE CHAMAR A MINHA IRMÃ ASSIM. ELA NÃO É PIRANHA E MESMO QUE FOSSE DEVE TER PUXADO VOCÊ QUE SAI TODOS OS DIAS DE NOITE SEM FALAR AONDE VAI E SÓ VOLTA DE MADRUGADA! APOSTO QUE DEVE ESTAR INDO EM UM BAILE FUNK COM 39 ANOS DE IDADE NÃO É? - Daniel gritava com ela. - SE O NOSSO PAI ESTIVESSE AQUI TUDO SÉRIA MELHOR, ELE SEMPRE NOS DEFENDEU DE TUDO E DE TODOS, MAIS VOCÊ QUE PROVOCOU A MORTE DELE, A VALÉRIA SEMPRE TEVE RAZÃO DISSO.

– Isso aqui é pra você aprender a nunca falar que eu sou piranha. Eu já disse que não provoquei a morte do seu pai, ele morreu por que não viu aquela vaca no meio do caminho e assim o carro capotou.- lhe deu um tapa no rosto, ergui a sobrancelha do corredor e entrei na sala, eu estava com raiva dela e muita. - Vai se impor contra mim também?

– Eu já sou contra você desde a morte do meu pai. - respondi, minha prima não estava em casa de acordo com os meus cálculos, seria melhor assim já que ela odeia ficar no meio de discussões de família. - Como você tem coragem de bater no próprio filho, você sabia que a gente pode te colocar na cadeia por agressão a um menor? Agora eu entendo por que o meu pai chorava escondido todos os dias, por você ser uma pessoa agressiva e que só tem amor a si própria. Eu não acredito que algum dia eu já te chamei de melhor mãe do mundo, você é um monstro que não deveria ter nascido nunca.

Eu não aguentava ficar mais ali, eu já disse tudo que eu precisava.. quase tudo mais isso pra mim já foi o suficiente. Daniel se trancou em seu quarto enquanto eu ia dar uma volta pela praça, parei de frente a uma árvore e encostei minha cabeça ali, meu corpo foi descendo até eu me sentar na grama, as vezes eu me pergunto.. por que minha mãe não foi embora e Deus deixasse meu pai?

– Valéria? - disse, eu reconhecia aquela voz. - Eu não vim pra discutir ou brigar com você, mais eu te vi triste aí e fiquei querendo saber o motivo. Talvez eu possa te ajudar.

– Eu não preciso que você tenha pena de mim Guerra. - lhe respondi.

– Eu só quero te ajudar, será que dá pra facilitar as coisas? - perguntou-me. - Isso pode parecer estranho, eu e você conversando na maior normalidade sem brigar. Marcelina sempre me diz que desabafar é melhor do que guardar a si mesmo, e eu fiz isso ontem e me senti mais aliviado.. vamos lá, joga esse ódio que está sentindo de dentro de você pra fora.

– Sabe o que é sua mãe te odiar mais do que você odeia ela? Ela foi a culpada da morte do meu pai, vive falando mal de mim pelas costas e sempre foi a guarda costas do Daniel.. mais isso mudou de uns dias pra cá. Ela bateu nele antes de ontem com um cinto antigo do papai e hoje quando eu acordei eles estavam discutindo na sala, e do nada ela lhe deu um tapa na cara. - ele me olhava assutado, parecia não acreditar no que eu estava dizendo. - E tudo isso foi pra me defender pois ela tinha me chamado de piranha.

– Eu nunca esperava isso da Rosa. - foi o que ele disse. - Eu já tive assim no seu lugar com o meu pai desde o segundo ano, nós brigávamos todos os dias e quando ele ia levantar a mão pra mim, minha mãe sempre chegava me defendendo.

– É Paulo, mais no meu caso ninguém além de Daniel pode me defender. Eu não tenho meu pai aqui comigo pra sempre que ela for bater em algum de nós dois nos defendesse, ela só não levanta a mão pra Ariana pois ela é filha de sua irmã. - respondi, meus olhos já estavam cheio de lágrimas mais eu não iria chorar na frente de um Guerra, ninguém nunca havia me visto chorar assim, e não é ele que vai me ver.

Seus braços me puxaram pela cintura me abraçando em seguida. Eu nunca esperaria uma atitude dessas do mesmo, mais eu estava precisando disso.. não importava de quem seria o abraço. "Eu sei que você quer chorar, faça isso" disse perto do meu pescoço, eu não aguentei e comecei a chorar em sua camisa., seu celular começou a tocar e assim nós nos separamos e ele foi atender.

– Eu já to indo mãe, não vou demorar. - seu tom de voz era tenso e ao mesmo tempo preocupativo. - Valéria será que dá pra você ir lá pra casa comigo? Marcelina começou a passar mal de novo, no caminho eu te explico o que é.

Eu aceitei, não só porque foi ele que pediu, mais também porque Marcelina é minha amiga, uma das minhas melhores amigas. No caminho Paulo foi me explicando que ela tinha bronquite e asma, eu já havia percebido o quanto ela tossia as vezes na escola e sempre saia de sala pra beber água, mais eu nunca imaginava que era isso.

POV Paulo:

Eu confesso que fiquei com dó da Valéria pelo o que ela tá passando, mais eu já passei por isso tudo com o meu pai e acabei me tornando um menino rebelde e peralta que gosta de aprontar com todos os amigos e colegas, mais no fundo eu não sou essa pessoa totalmente fria, eu tenho sentimentos como qualquer um. Marcelina era a minha irmã e eu me preocupava com ela do mesmo jeito que Daniel se preocupa com a Valéria. Logo que chegamos em casa corri com a coisa chata (ela não é tão chata assim, mais eu gosto dela como coisa a mais, não pera.. não isso é mentira) para o quarto de minha irmã.

– Marcelina você tá bem? - perguntei me sentando na cama.

– Eu to bem sim.. eu só comecei a ficar com falta de ar, mais já passou. - eu sabia que era coisa a mais do que isso, mas obriga-la a falar não vai ser a melhor coisa que eu tenha a fazer. - Mamãe será que você pode deixar nós três conversamos sozinhos?

– Claro querida, qualquer coisa eu venho aqui. - respondeu saindo.

– Vocês estão namorando e ninguém me contou? - perguntou-nos, Valéria começou a rir sem parar e eu também, como ela pensava que nós dois teríamos um caso? O as ideia da minha irmã. - Essas gargalhadas significam um grande não, não é mesmo?

– Eu nunca vou namorar seu irmão. Ele é muito chato e irritante. - Valéria respondeu ainda tentando pegar o folego de tanto rir.

– Você parece uma cabra enquanto gargalha. - disse segurando o riso, eu pensei que ela ia rir também porém ficou séria e me deu um peteleco na cabeça. - Achei ofensivo você, explode.

– Eu vi o beijo de vocês ontem, não precisa negar que ambos gostaram. - disse.

– Metade da festa viu. Sério que vocês vão ficar zoando a gente agora? Valéria tava sobre o efeito do energético e a única forma de faze-la calar a boca foi beija-la, não aconteceu nada demais e sem contar que ela beija bem. - expliquei porém eu acho que não deveria ter dito a última frase.

– Isso ainda dá em namoro. - minha irmã disse, olhei para Valéria que tinha suas bochechas vermelhas e um sorriso falso nos lábios, eu não posso ta começando a gostar dela.. nós sempre seremos inimigos que gostam de aprontar com um e outro.


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