O Número 51 escrita por Ian


Capítulo 2
Capítulo II - Viagem de avião Pavorosa




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Após imenso tempo inconsciente, Clark finalmente acorda, mas de olhos bem abertos, não vê nada. Mas isso é fácil de saber porquê! Ainda tem o saco de batatas na cabeça.

Abana enforecidamente a cabeça, o que fez com que o saco saísse. Olhou em volta.

Aquele nausiabundo cheiro a meias suadas desconcertava-o. (Ele já podia ter cheirado isso, mas com o saco na cabeça, nem reparou) Em seu redor estavam paredes metálicas, reforçadas com arcos também de metal, aparafusados. No fundo, estavam sacos de ginastica. Devia de ser isso que causava o cheiro.

Tudo isto demonstrava o talento de Clark, pois a sala não estava propriamente iluminada.

Á sua esquerda estava Hayley, estendida no chão com as mãos amarradas atrás das costas e com o saco De rede de batatas debruçado sobre a sua cabeça e cara, tal como ele antes tinha.

Preocupado, ainda pensou em gritar, na esperança de acordar a irmã, mas receava que alguém fosse atraído pelos berros e fosse lá ter e lhes fizesse mal.

"Mas pensando bem, posso chamar alguém até aqui e fingir que preciso de beber água urgentemente, depois fugo. É uma exelente ideia!" -Pensou Ele-

–HEEEY! Alguém?

Uns momentos passaram....

O coração de Clark palpitou quando ouviu passos. Era como uma resposta para o seu chamamento.

Uma voz cavernosa ecuou sobre o gélido metal que forrava as paredes:

–O que foi?

–Preciso de ir á casa de banho! Se não me deixar ir, vai ter de limpar o que eu fizer aqui no chão.... -Chantageou Clark-

O planeado era pedir água, mas achou que esta desculpa era mais credível, além de que para lhe dar água, nem precisava de o desamarrar.

O seu plano funcionara. O homem puxou-o pelo peito para o levantar, virou-o bruscamente e desamarrou-o. Finalmente, quando se viu livre, deu um murro desconcertantemente forte, que levou o homem ao chão.

Clark até abanou a mão, para aliviar a dor. O impacto tinha sido tão grande que era difícil de acreditar que Hayley ainda não acordara com o barulho. Deviam mesmo ter mesmo produtos fortes naquele saco. Era preocupante.

Andou silenciosamente para junto da irmã. Desamarrou-a e tirou-lhe o saco da cabeça. Após umas estaladas e uns murmúrios aos seus ouvidos, Hayley acorda. Teve a mesma reação que Clark. Olhou em volta, inspecionou aquilo tudo.

–Agora não há tempo para explicar! Anda! -Gritou Clark- Levanta a irmã do chão e segue em frente.

Encosta-se á parede e vai apalpando-a para ver se encontra um puxador de uma porta ou pelo menos um interrupetor.

Um inspiro de surpresa liberta-se da boca. As suas mãos doridas tinham encontrado um puxador!

–Pronta para voltar para casa? -Perguntou retoricamente Clark-

Com toda a convicção, empurra a porta há medira que empurra o puxador para baixo. A pequena sala metalizada é iluminada rápida e fortemente. Clark sente-se puxado para baixo com uma intensidade tremenda!

Quando os olhos de ambos recuperaram da ofuscação, Clark vê um vasto enorme de azul, quer olhasse para cima, quer olhasse para baixo. O ar fresco sabia-lhe bem na cara, no entanto este tentava empurra-lo para baixo.

A gravidade fazia cada vez mais força e os braços não preparados de Clark começavam a ceder. Não tardava Clark era arrastado pelos céus.

–Fecha a porta rápido!! - Grita Hayley, tentando afastar-se o mais depressa possível da "porta sugadora"-

Clark tenta responder-lhe, mas o som era abafado pelo vento.

Fez todos os esforços que o seu mero corpo humano conseguia produzir para fechar a porta. Até meteu o pé na parede ao lado da porta para o empurrar para trás. Valeu a pena. O som do trinco da porta foi mais forte e aliviante que qualquer som que o vento poderia produzir.

–O QUE É QUE FOI AQUILO? -pergunta Hayley, muito assustada-

Clark responde, olhando para a porta

–Fomos arrastados para dentro de um avião! E como se não bastasse, estamos a voar por cima do oceano!

Clark diz isto de forma calma, mas o pânico já se começava a alastrar por todos os cantos do seu corpo.

A respiração ofegante já estava a surgir, mas uma mão rigida pousou em cima do ombro de Clark. Virou-o bruscamente e deu-lhe um murro na cara. Estendido no chão, Clark olhou pelo canto do olho. Era o homem que viera ter com ele para o libertar para ir a casa de banho. Aparentemente, ele "acordou".

Hayley sente a presença do homem ao pé dela, e tinha razão. Como Hayley era teoricamente mais fraca e frágil que Clark, este limitou-se a atira-la contra a parede e a amarra-la. Tanto as pernas como os pulsos. Depois, voltou-se de novo a Clark.

Com Clark estendido no chão, a espernear-se com dores, era tudo muito mais fácil para o homem. Este deu-lhe um pontapé no estomago, seguido de outro e outro. Clark sentia-se a desfalecer. A dor era tão imensa que já nem tinha consciência.

Depois de inúmeros pontapés no estomago, o homem saca do seu punhal que tinha num compartimento do seu cinto e espeta-o sinistramente na parte superior do braço direito de Clark. Depois de espetada, arrasta a faca até o seu cotovelo, fazendo um grave e forte corte profundo no seu braço.

Aí, sussura ao ouvido de Clark:

–Não limpo as tuas necessidades, mas já o teu sangue é outra história!

Depois afasta-se e á medida que anda, dá uma gargalhada maléfica, arrepiante.

Clark gemia de dor, ali estendido no chão, mas mentalizou-se que ficar ali a queixar-se não resolvia nada.

Então, com a faca que o homem deixou para trás, rasgou a camisola, tirou-a por completo e embrulhou-a em torno do braço, estancando o sangue, pois se não fizesse nada, ele simplesmente morreria ali por esvasiamento de sangue.

Enquanto toda a ação aconteceu e acontecia, Hayley estava ali no canto, ás escuras, sem saber o que se passava. Tudo o que ouvia eram as lamúrias do irmão.

–CLARK? Clark, estás bem?! - Grita Hayley, assustada e desconfortada-

–Claro! Até porque..... uma pessoa sente-se maravilhosamente bem quando é esfaqueada! - geme Clark, ironicamente, cheio de dores-

Hayley fica mesmo chocada. "Porque é que isto nos está a acontecer? O que se passa? O que fizemos?!" -Pensa ela.

Seguindo estes pensamentos, veio uma vontade enorme de se soltar. Ainda maior que antes.

Hayley começa a rossar as mãos, uma na outra, tentando soltar-se, mas a corda continua intácta. Ela sente a sua pele a ser queimada. Até solta um berro abafado quando sente a corda esfarrapada a rasgar-lhe a pele, bruscamente.

Tentar libertar-se era impossível.

O tempo passava. Cada um dos irmãos sofria, cada um á sua maneira.

..............................................

Um clarão preenche o vazio escuro da sala do avião. A porta que quase os levou á morte estava agora aberta.

Por lá, entrou um homem de fato preto e gravata ridiculamente vermelha. Tinha óculos de sol escuros e uma escuta. Tinha cara de mau, no entanto, talvez não o fosse.

Pega em Hayley, devagar e corta-lhe a corda dos pulsos e das pernas cuidadosamente. De seguida, coloca-lhe um penso no lugar da ferida.

Depois faz o mesmo com o irmão.

Quem era aquele?


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