O Senhor de Gondor escrita por Will Snork
Após um grande caminho, finalmente chegamos a Rohan, a famosa cidade dos cavaleiros, que assim foi por séculos. O céu se fechava, e ventos fortes começaram a assoviar sobre as colinas.
Já de primeiro ponto de vista a em Edoras, a cidade do rei, observamos um grande campo verde e cerrado, com vários cavalos comendo o gramado e alguns homens galopando para algum lugar. Cavalgamos cidade adentro e logo avistamos o grande castelo que era nosso objetivo, e encontramos um estábulo facilmente para deixar nossos cavalos. Andando pela cidade, percebemos que ela era muito populosa, havia um grande número de pessoas circulando no local, e grande parte delas tinham o cabelo loiro como o de Hildwyn e Barad.
As casas eram todas feitas de madeira, e havia cavalos e carroças para todos os lados. Seguimos a estrada que seguia até o palácio principal, e ao chegarmos lá encontramos uma pequena escadaria, então subimos os degraus, e finalmente chegamos a porta do palácio, uma grande porta de metal, com vários desenhos e escritas na língua de Rohan em sua arquitetura. Então fomos abordados por dois homens, aparentemente eram guardas.
— Auto lá. – disse um dos guardas. – O que querem no palácio do rei?
— Trago notícias ao seu rei. – respondeu Aratus.
— Quais seriam as noticias? – perguntou o outro guarda.
— Vim avisar-lhe que a guerra está se aproximando, que Eithor irá cair, pois o herdeiro de Gondor retornou. – respondeu Aratus.
Os homens abriram a grande porta para nós, e assim entramos no grande castelo.
Ao entrar percebemos o vasto salão, com várias bandeiras com o símbolo de Rohan espalhadas. Havia também uma grande mesa com diversas frutas postas, e no final do salão, em cima de alguns degraus havia um grande trono, e atrás do trono podia se notar vários quadros com imagens das linhagens a partir de Éomer.
Sentado no trono estava o atual rei de Rohan, um homem velho, com o cabelo loiro claro quase no tom de branco, e uma Barba grande em seu queixo, que soava como um sinal de sabedoria, mas seus olhos eram vagos e tristes, como se a vida não lhe trouxesse tudo que desejava. Ao seu lado estavam dois homens altos e loiros, vestidos com armaduras e capas verdes com o símbolo de Rohan amostra em seus peitos, e em seus helmos havia uma crina de cavalo.
O rei olhou para nós que nos aproximávamos, e disse.
— Aratus, filho de Barethor, quanto tempo não o vejo. – disse o homem.
— Théogard, rei de Rohan. É uma honra velo novamente. – disse Aratus se curvando em frente a ele, fazendo sinal para nós fazermos o mesmo.
— Levantem-se. – disse Théogard – Quem são seus amigos, Aratus? E o qual o motivo de sua visita?
— Então, Théogard meu amigo, trago notícias. Mas primeiramente vou apresentar-lhes. – dizia Aratus. – Esses são Barad e Hildwyn, filhos de Karick.
— Filhos de Karick? – interrompeu o rei.
— Sim, meu senhor. – disse Aratus.
Então o rei ficou com uma expressão espantosa em seu rosto. E levantou-se de seu trono, e assim foi até Hildwyn.
— Hildwyn, é isso? – perguntou Théogard.
— Sim, meu senhor. – disse ela.
— Eu havia notado a semelhança desde que você entrou aqui nesse castelo mulher. – disse o rei olhando nos olhos de Hildwyn.
— O senhor conheceu o meu pai? – perguntou Hildwyn.
— Sim, eu o conheci. – respondeu o rei, olhando nos olhos de Hildwyn.
— Pois bem. – disse Aratus – E esse é Wallor, filho de Guildor.
Então o rei se espantou novamente.
— O que disse? – perguntou o rei.
— Sim meu senhor, este é o herdeiro de Gondor. – disse Aratus apontando para mim.
Então o rei colocou seus braços para trás e subiu os degraus até seu trono, sentando-se novamente nele.
— Vejo que tem peças muito grandes com você, Aratus, filho de Barethor. – disse Theogard – Mas qual é o seu jogo?
— Meu rei, chegou a hora de confrontarmos Eithor, chegou a hora de libertarmos Gondor. – disse Aratus.
Então o rei colocou a mão sobre seu queixo, e perguntou a Aratus:
— E você quer que eu lhe de meus homens para confrontar Eithor?
— Sim meu senhor, aquele povo não merece mais sofrer, e agora que encontramos o herdeiro, uma nova chama foi acesa. – disse Aratus.
— Você está louco! – disse o rei. – Você tem ideia do tamanho do exército de Eithor? Há milhares de orcs espalhados por Minas Tirith, vencer seria quase impossível.
— Meu senhor, ainda há esperança. – disse Aratus.
— Mas mesmo assim. Aratus, eu não posso me envolver nessa guerra. O próprio Eithor veio até meu palácio, e aqui ele jurou nunca nos atacar se nos mantivéssemos quietos nessa guerra. – disse o rei.
Então todos abaixamos nossas cabeças, sentimos a esperança nos deixar lentamente. A escuridão já havia chegado a Rohan antes de nós.
— Tudo que posso fazer por vocês, é lhes dar abrigo. – disse o rei. – Em nome da amizade que Rohan e Gondor mantiveram por séculos.
— Pare de ser um covarde! – gritou Barad. – Como o senhor ainda consegue mencionar “amizade” quando está virando as costas para nós? Você sem dúvida é o pior rei em que já ouvi falar.
Quando disse isso, os homens de Rohan que estavam ao lado do rei retiraram suas espadas, e avançaram para cima de Barad.
— Parem! – gritou o rei. – Não encostem no garoto.
Então ele se levantou do trono e foi até Barad.
— Você é corajoso Barad, filho de Karick. Com certeza é um homem muito melhor do que eu. – disse o rei.
Barad se entender muito bem, manteve-se em silêncio.
— Levem eles até seus aposentos. – disse o Rei para os homens.
— Eu prefiro dormir com os cães ao aceitar seu abrigo. – disse Barad furioso.
Então Barad me puxou para fora do castelo junto com ele, e assim Aratus e Hildwyn também vieram.
Ao sairmos do castelo estava chovendo, e forte, tanto que não havia ninguém andando pela rua naquele momento. Todos nós sentíamos muita raiva, estávamos sozinhos na guerra.
Aratus gritou de raiva em baixo da chuva, e se sentou em seguida ao chão molhado.
Caminhei até ele e estendi minha mão, então o ajudei a levantar.
— Temos que encontrar algum lugar para passar essa noite. – eu disse a eles.
Encontramos uma pousada e logo pedimos dois quartos. Um para nós e outro separado para Hildwyn.
Ao entrarmos nós três em nosso quarto, sentamos na cama, e assim ficamos em silêncio por várias horas, não havia muito sobre o que falarmos, e não conseguíamos dormir.
Então eu disse a eles.
— Não quero que desistam, acharemos uma forma de vencer ainda.
— Vamos invadir Minas Tirith. – disse Aratus.
— O que? – eu e Barad perguntamos a ele.
— Sim, parece loucura, mas é a única escolha que sobrou para nós. Vamos entrar lá sem sermos vistos, encontrar Eithor, e matá-lo pessoalmente. – disse Aratus.
— Isso é loucura! – eu disse a Aratus.
— Ele tem razão, Wall. – disse Barad – Não temos muitas escolhas, e se conseguirmos entrar lá sem sermos vistos, podemos talvez encontrar Eithor e acabar com ele.
— Está certo, mas precisamos saber onde Eithor estará. – eu disse a eles.
— Eu tenho quase certeza que posso encontrá-lo. – disse Aratus.
— Mas e Hildwyn? – Perguntei a eles.
— Eu acho melhor partirmos sem ela. – disse Barad. – É muito arriscado.
— Eu concordo. – respondi.
— Então teremos que partir imediatamente, antes do amanhecer. – disse Aratus.
— Vou escrever um bilhete para ela. – disse Barad.
Todos nós nos arrumamos e nos preparamos, vestimos capuzes cinzentos. Passamos em frente à porta do quarto de Hildwyn devagar para não acordá-la, e em seguida ao sair da pousada fomos até o estábulo pegar nossos cavalos.
Ao chegar lá, pegamos nossos cavalos, e quando saímos dos estábulos, tivemos uma surpresa. Hildwyn estava parada, segurando seu cavalo e pronta para a guerra.
— Vão a algum lugar? – perguntou ela.
— Hildwyn, aonde vamos é muito perigoso. – eu tentei dizer a ela, mas fui interrompido por ela mesma.
— Esqueça, Wall, você não vai me convencer. – disse ela. – Não acho justo o que vocês fizeram, nós chegamos até aqui juntos, então devemos ir até o final juntos.
— Mas, Hildw... – disse Barad, mas sendo interrompido por ela também.
— Fique calado, Barad, você sempre perdeu para mim com espadas. – disse ela.
Nesse momento Aratus deu um sorriso.
— Não há nada que separe vocês três. – disse ele – E ela tem toda a razão. Todos nós chegamos aqui juntos, então devemos ir a guerra juntos.
Não discutimos, e muito menos Barad, pois sua moral estava destruída depois do que Hildwyn disse.
E assim partimos para Minas Tirith, talvez o último destino de nossa viagem.
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