[EM HIATUS]The Walking Dead - Journey No End escrita por SophieAdler


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Voltei!
Mais um capítulo!
Espero que gostem e me desculpem se tiver algum erro ortográfico.



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Um silêncio absurdamente horrível pairava sobre as quatro pessoas do carro.

Tony dirigiu por, pelo menos, uma hora sem parar. Queria ter certeza de que estavam bem distantes daquela horda de zumbis que haviam encontrado, olhando a cada cinco minutos no retrovisor e nos espelhos laterais para confirmar isso. Tentava ao máximo não pensar nisso, mas parecia que quanto mais tentava não pensar mais sua mente era preenchida com todas as imagens dos últimos acontecimentos. Apertou os dentes e as mãos no volante, logo pisando mais fundo no acelerador.

Laura, que estava olhando a janela, percebe a mudança de velocidade do carro e olha para o marido, o vendo tenso e levemente assustado. Ela não o culpava por se sentir assim, afinal, aquilo realmente foi assustador. Colocou a mão sobre o ombro de Tony, que olhou um pouco surpreso para ela. Sempre se considerou um homem de sorte por ter uma esposa como ela, que se preocupava e apoiava suas decisões. Claro que ele pedia conselhos para ela antes de tomá-las, não queria basear tudo sozinho, sempre precisava de uma segunda opinião a respeito de algum assunto. Foi o que os manterão vivos até aquele momento.

Novamente, Tony olhava para o retrovisor, mas não para a estrada e sim os dois jovens adormecidos no banco de trás do carro. Brandon continuava na mesma posição que Laura o havia deixado, já Alice estava toda encolhida do lado oposto, com as pernas abraçadas e o queixo apoiado nos joelhos. Era perceptível o medo em suas expressões, o fazendo soltar um longo suspiro que ele nem sabia que estava segurando.

—Tony? Amor? – Chamou Laura, o despertando de seus pensamentos, virando seus olhos azuis para ela. – O que Foi? Está tenso há mais de uma hora... – Ela sabia o motivo, mas queria que ele dissesse em voz alta. Desde que todo esse caos aconteceu, ele passou a guardar a maioria das coisas que sentia para si mesmo, algo que a deixava preocupada.

—Não é nada, está tudo bem... – Repetiu a mesma frase que sempre dizia quando algo não estava, mas que não admitia. – Não precisa se preocupar...

—Anthony Knight, não me venha com essa mesma desculpa de sempre. Eu sei quando você está me escondendo algo e que não quer me dizer para não me preocupar. – Dizia com a voz firme. – Não é hora para termos segredos entre nós. Não depois de tudo o que passamos. Por favor, pare com isso.

Ele permaneceu em silêncio, não queria ficar discutindo aquilo. Pelo menos, não naquele momento, estava mais preocupado em encontrar algum lugar para passarem a noite. Além disso, nunca quis esconder nada, apenas não achava aquele o momento certo para conversarem a respeito disso. Precisava ser forte por ela e seus filhos.

Percebendo que Tony não diria nada, ela respirou fundo, pressionando as têmporas, logo voltando a olhar para o escuro caminho que ainda tinham que percorrer sabe-se lá por quanto mais tempo.

***

Depois de um pouco mais de uma hora, Tony avista um posto de conveniência, um possível lugar para poderem passar a noite e, com sorte, encontrar mais suprimentos. Ele para o carro no acostamento, perto de uma estátua, desce do mesmo levanto consigo o seu machado e uma lanterna.

—Fique aqui com as crianças. Eu já volto.

Dizendo isso, caminhou a passos largos e rápidos, desviando dos carros quebrados e abandonados ali em frente, atento a qualquer movimentação ou barulho. A lanterna ligada e posicionada um pouco abaixo do seu queixo, a luminosidade estava um pouco baixa, mas ainda era possível enxergar algo. Ao se aproximar, olhou pela janela tentando distinguir o que tinha dentro da loja. Do lado de fora, não conseguiu ver muita coisa, era preciso entrar e descobrir mais. Respirando fundo, Tony se aproximou da porta, girando a maçanete. Por algum motivo, ela estava apenas encostada. Provavelmente, alguém já havia passado por ali. Seria muita sorte encontrar algo que pudessem aproveitar.

Olhou em cada estante, em cada porta ali existente. Não encontrou nenhuma pessoa viva, o que já era um bom sinal, não estava em condições e nem cabeça para lutar contra alguém. Encontrou apenas dois zumbis, vestindo camisetas com a logo da loja. Ambos vieram de lados opostos, encurralando Tony em um canto. Com o seu machado, ele avançou até um deles e rapidamente acertou sua cabeça, partindo seu crânio ao meio e, em seguida, decapitou o outro e esmagou a cabeça com o cabo do machado. Tirou os corpos dali de dentro da loja e os deixou o mais afastado possível.

Após isso, foi até o carro, avisou que era seguro e que iriam passarem a noite ali. Levou o carro até onde estavam os outros, deixando ele de um jeito que ficasse tanto escondido quanto fácil de tirar quando fossem sair. Carregou o pequeno Brandon, ainda dormindo nos braços, até dentro da loja, sentindo o cansaço bater e sua respiração ficar irregular.

Laura acorda Alice que, mesmo cansada, com fome e com sono, se levantou e caminhou com a mãe até a loja, rezando para terem um pouco de paz.

—Eu quero descansar mais um pouco, mãe... – Resmungou a jovem sonolenta.

—Você vai descansar, meu amor. Aguenta só mais um pouco, okay? – Disse com a voz baixa e rouca, demonstrando que estava tão cansada quanto sua filha.

—Cadê o papai? E onde estamos?

—Estamos em uma loja de conveniência e seu pai está com seu irmão. Temos que forrar o chão com alguns panos e lençóis que encontrarmos. Eu vou precisar da sua ajuda.

—Tudo bem.

***

Depois de forrarem o chão e se certificarem de que tudo estava trancado, Tony ajeita o filho com cuidado, o cobrindo com o casaco da esposa. Alice se deita ao lado do irmão, logo fechando os olhos e adormecendo com o cansaço. Já Laura, estava sentada a poucos centímetros dos filhos, esperando pelo marido para poderem dormir juntos.

—Parece que o Brandon vai dormir bem essa noite, mesmo depois de tudo o que aconteceu. – Diz Tony, se sentando ao lado da esposa, depositando um beijo em sua testa. – Ele não acordou nenhuma vez.

A mulher suspira.

—Ele acordou hoje sim. Você estava na floresta procurando pela Alice. Ele teve os mesmos sonhos de sempre. Os mesmos pesadelos... – Respondeu baixo apenas para o marido, escorando a cabeça em seu ombro e entrelaçando seus dedos aos dele. – Eu juro que queria muito tirar essas imagens da cabecinha dele. Eu quero tanto que ele... Que ele tenha aqueles sonhos felizes de antes... Antes disso tudo... Você se lembra?

—Sim, amor... Eu me lembro. Eu me lembro de cada sonho que ele contava para nós. Para todos nós. E... – Respirou fundo, se deitando e puxando a esposa para se deitar em seu peito, a abraçando. - Eu também queria tirar essas coisas da mente dele. Da mente da Alice. Ela pode ter dezessete anos, mas ela também sonha com isso e acorda assustada algumas vezes.

—Eu quero tanto deixar meus filhinhos seguros... Tanto... Tanto... Você nem imagina... – Sua voz fica embargada.

—É claro que eu imagino meu bem, pois eu também quero isso para eles e eu não vou desistir até encontrar um lugar onde todos nós possamos viver em segurança. – Limpou as lágrimas dela, que haviam escorrido por seu rosto, lhe dando um selinho. – Nós vamos conseguir. Eu acredito nisso. Eu tenho esperança.

—E eu acredito em você, amor. Eu acredito em você.

Com isso, Tony e Laura permanecem em silêncio até que adormeceram.

***

No dia seguinte, Alice foi a primeira acordar, se sentando e esfregando os olhos para espantar o sono. Olhou a sua volta, reconhecendo a loja onde seu pai havia parado para descansarem. Agora que já havia amanhecido, era melhor para poder explorar o lugar e procurar por suprimentos. Não havia sobrado muita coisa, a maioria já fora saqueada por outros sobreviventes, mas era possível aproveitar algumas coisas que ainda restaram. Pegou uma cestinha e foi colocando dentro algumas coisas, como barrinhas de cereal, pacotinhos de amendoim, pilhas, alguns halls preto, pacotes de gaze, band-aids, o restante do álcool em gel e mais algumas poucas coisas que poderiam precisar.

Enquanto juntava tudo, Alice escuta um barulho do lado de fora. Prende a respiração, se escondendo atrás de uma das estantes. Tentava olhar para o lado de fora, mas não conseguia ver nada e nem ninguém.

—Okay, okay... –Diz pra si mesmo, respirando fundo, deixando a cestinha perto da estante e seguindo engatinhando até a porta. Retira as cadeiras, tábuas e cordas, abrindo passagem para sair da loja.

Tira o canivete de dentro do bolso, com um movimento rápido. Anda cautelosamente em direção aos carros, atenta ao seu redor. Seus olhos vagavam por todos os lados.

De repente, escuta um estalo de um galho se quebrar, se virando rapidamente para trás. Segue devagar em direção do barulho, atrás da loja. No momento que Alice iria virar, eis que surge uma menina, de cabelos loiros claros e olhos castanho esverdeado. Vestia uma camiseta azul claro com o desenho de um arco-íris, uma calça cor de rosa claro e tênis All Stars da mesma cor. Não parecia ter mais do que sete, oito anos de idade. Seu rostinho estava molhado e seus olhos estavam inchados e vermelhos. Ela estava chorando e parecia assustada.

—Quem é você? De onde você veio? – Perguntou Alice docemente, guardando o canivete e se ajoelhando na altura da menina.


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Notas finais do capítulo

Por favor, deixem seus comentários.
Até o próximo capítulo.
Beijos!



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