[EM HIATUS]The Walking Dead - Journey No End escrita por SophieAdler


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá walkers!!!
Como vocês estão?
Desculpe a demora, mas aqui está o capítulo novinho para vocês!
Espero que gostem!
Nos vemos nas notas finais!



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Há exatos quinhentos metros de distância de onde a sua família estava, Alice corria de volta ao carro de seu pai, enquanto fugia de dois mordedores. Ela estava completamente exausta, mas se esforçava ao máximo pra correr mais rápido. Mesmo que suas pernas protestassem, fazendo com que seu cérebro deixasse evidente em seus nervos o quão dolorido elas estavam, ela se recusava a parar de correr.

–Não posso parar... Não posso parar... – ela repetia essa frase a si mesma. Mal dava para escutar sua própria voz, sua garganta estava incrivelmente seca, implorava urgentemente por um pouco de água.

Alice não havia parado de correr desde que havia deixado seu irmãozinho Brandon para trás em cima da árvore. Muitos diriam que essa atitude dela foi um ato de sacrifício com o intuito de salvar a própria vida, enquanto os mordedores tiravam a de seu irmão. Mas na verdade, Alice fizera isso para salvar a vida de seu irmão, para que ele possa ter uma chance de vida e foi por esse razão o deixou sozinho na árvore, enquanto era perseguida por alguns zumbis.

Durante a sua fuga, ela foi matando um zumbi por vez, de acordo com a proximidade deles. Alice se escondia atrás de alguma árvore ou de algum arbusto, esperava um deles se aproximar, depois surgia e o jogava no chão e, em seguida, acertava a cabeça deles com uma enorme pedra, esmagando, às vezes, a testa, o nariz, os olhos e o maxilar da coisa que um dia já havia sido um ser humano.

Ela suspirou aliviada por aquele ter sido o último zumbi que havia matado durante uma hora de correria. Respirava fundo várias vezes, tentando recuperar o fôlego que havia perdido. Seu coração batia de forma tão frenética em seu peito que até podia ser ouvido. Ela até podia ficar ali descansando um pouco, se não fosse o inconfundível barulho de passos se arrastando e gemidos desconexos em sua direção.

–Mais que merda! –ela murmurou se levantando e correndo novamente na direção do carro. Ela havia visto mais sete mordedores. – Porque esses bichos não acabam nunca?

***

Depois de mais de meia hora de caminhada, Tony, que carregava um Brandon adormecido no colo, e Laura finalmente conseguem chegar ao local em que haviam deixado o carro. Os corpos dos zumbis que a mulher havia matado ainda jaziam ali por perto. O odor pungente da podridão e da putrefação pairava no ar, causando náuseas nos dois adultos. O garoto estava com um lenço no rosto, o que o impedia de sentir aqueles cheiros horríveis.

–Morreram há pouco tempo e já estão cheirando? –falou Tony andando até o carro e se desviando dos corpos espalhados. - Você não matou alguns poucos devoradores?

–Eu matei, mas outros foram chegando. – respondeu Laura seguindo o marido. - Eu não tive escolha, a não ser eliminá-los também. Queria convidar algum deles para o jantar?

Tony revira seus olhos, um gesto que irrita Laura profundamente e que, infelizmente, seus dois filhos também tem essa mesma mania.

–Vai usar de ironia agora, é? Até mesmo no apocalipse? – indagou ele.

–Ai, Tony! Deixa de ser bobo! – respondeu de forma divertida. – Assim como eu não vou deixar de lado minha ironia, eu tenho certeza de que você não vai deixar de lado seu gesto irritante de revirar os olhos.

Tony sorri e olha pra esposa que retribui o sorriso.

–Só você, hein Laura?

–É, só... – de repente ela desmancha seu sorriso. Seu olhar fica sério, enquanto olhava para o carro totalmente desabitado. Tony demorou um segundo para entender a aflição que pairava em Laura. – Ela não está aqui... Ela não está aqui!!!

–Laura... –disse ele tentando acalmá-la.

–Você disse que ela estaria aqui nos esperando!!! Ela não está aqui!!! ONDE ELA ESTÁ? – disse ela gritando, sentindo lágrimas mornas escorrerem por sua face.

Brandon se mexe um pouco no colo do pai, resmungando baixo e ainda sonolento algumas palavras incompreensíveis por causa dos gritos da mãe. Tony leva o menino para dentro do carro, que estava com uma das portas abertas, provavelmente esquecida pela esposa, e coloca-o deitado no banco de trás. Logo em seguida, vai em direção a Laura.

–Hey, querida, por favor, tent...

–Não me peça para me acalmar, Anthony Knight!!! Eu não irei me acalmar enquanto a Alice estiver desaparecida!!! - ela gritava mais alto. Seu rosto estava totalmente molhado de lágrimas, que desciam sem parar por suas bochechas pálidas. – EU QUERO A MINHA FILHA DE VOLTA!!! Eu quero... – sua voz foi interrompida por seus próprios soluços e espasmos. Laura deixou-se cair de joelhos no chão e enterrou o rosto em suas mãos.

Tony dá um longo e forçado suspiro. A cena de Laura ajoelhada no chão se desmanchando em lágrimas partiu seu coração. Ele caminhou até ela e se ajoelhou ao seu lado, puxando-a para seu peito a fim de abraçá-la. Ele também estava preocupado com a filha, mas não queria demonstrar, ele precisava ser forte por Laura e por Brandon. E naquele momento, acima de tudo, ele precisava mantê-los a salvos até encontrar Alice.

–Querida? Amor? Olha pra mim e presta atenção! –pediu Tony com um tom de voz firme, o que faz ela fita-lo rapidamente. – Fique aqui e cuide do Brandon que eu vou procurar a Alice.

–O quê?! Não! Você não vai! Eu não vou conseguir... – disse começando a se desesperar.

–Sim! Você vai conseguir sim! Eu preciso ir e você sabe disso! – diz ele ainda firme e, gentilmente, segura o rosto da esposa entre as mãos. – Eu tenho que encontrar nossa filha, antes que os devoradores ou algum outro sobrevivente louco a encontre.

–Traga ela de volta, por favor... – pediu Laura com a voz embargada.

–Eu vou trazer. – respondeu Tony encostando sua testa na dela. - Eu prometo. – e logo a beijou de uma forma, como se aquele fosse seu último beijo.

Depois de se despedir, Tony recarregou sua Colt. 45. que, por acaso, estava ficando sem munição, pegou o machado da esposa e voltou para a floresta. Laura ficou observando, aflita, o marido partir até o mesmo sumir de sua vista e entrou no carro para ficar cuidando de Brandon, que ainda dormia tranquilamente.

***

Já na floresta, Tony ficava atento a qualquer tipo de ruído que pudesse levá-lo a Alice. Como será que ela estava? Será que ela estava bem? Estava machucada? Viva? Morta?... Ele decidiu afastar esses pensamentos e se concentrar em achá-la.

Sua melhor opção era gritar pela filha, mesmo sabendo das consequências.

–Alice!!! - É claro que gritar era uma péssima ideia, pois não demorou menos de cinco minutos e o primeiro zumbi já apareceu cambaleando e gemendo. Tony cuidou dele com facilidade e continuou seu caminho, enquanto chamava pela filha.

***

Há pouco mais de trezentos metros de onde estava, apoiada perto de uma árvore pequena, Alice escutou alguém a chamando. No começo inicialmente pensou ser seu cérebro lhe pregando peças, mas então novamente seu nome. Ela reconheceu o dono na voz no mesmo instante.

–Pai! – gritou ela o mais alto que conseguia. Estava muito cansada, com muita sede e sua garganta arranhava de dor. Não aguentando mais sustentar o próprio corpo, deixou-se cair ali no chão, encostada na árvore. Torcia muito para que o seu grito tivesse sido alto o bastante para que ele pudesse ouvi-lo.

***

Apesar de baixo e distante, ele conseguiu escutá-la e correu o mais rápido que conseguia na direção do grito. Tony poderia estar sendo enganado pelo próprio cérebro ao percorrer por esse caminho, mas seu coração dizia que ela estava ali por perto.

–Estou indo filha... Estou chegando... – dizia ele como uma espécie de prece.

Depois de correr por quase quinze minutos, Tony chega a uma clareira onde tinha vários arbustos com diferentes tipos de espécies de plantas. Talvez até pudessem usar algumas delas para caso alguém fique doente ou com algum ferimento grave, mas de qualquer forma, ele não estava ali procurando por plantas e, sim, pela sua filha de dezessete anos.

–Alice! – chamou-a enquanto caminhava com certa cautela pelo local, sempre com os ouvidos atentos para qualquer tipo de barulho e os olhos abertos para a escuridão infinita da floresta para qualquer coisa que se mexesse.

Ela estava ali. Ele sentia isso, tinha certeza absoluta que ela estava ali. Seus olhos azuis varriam envolta do lugar em que se encontrava, mas não obtinha nenhum sinal dela.

–Cadê você filha? Eu sei que você está aqui... – as palavras eram mais murmuradas para ele mesmo do que para a garota.

De repente, ele escuta um farfalhar de folhas, galhos e gravetos sendo pisoteados. O som era emitido de forma irregular, como se a pessoa que estivesse andando tivesse um passo lento e desengonçado. Tony não teve nenhuma dúvida do que aquilo poderia ser.

Era um devorador e ele se aproximava.

Tony ergue seu machado, se preparando para acertar a cabeça daquela coisa. Porém, quem surge na clareira com a cabeça baixa, felizmente, não era um zumbi.

–Alice?

A garota imediatamente ergue seu rosto, seus olhos verdes como esmeraldas encontraram os azuis como o céu de Tony. Sua calça jeans preta estava rasgadas nos joelhos e nas barras, seus tênis All Star, que um dia foram vermelhos, estavam encardidos. Seus cabelos ruivos estavam bagunçados e com folhas e pequenos galhinhos presos nas pontas. Sua blusa rosa claro e suas mãos estavam sujas de sangue fresco, mas que logo percebeu que não era o dela.

–Papai? – sua voz saiu como um miado de um filhote de gato, deixando evidente o quão cansada ela estava.

Tony largou o machado no chão e correu até a filha, abraçando-a com todas as forças.

–Oh, graças a Deus você está viva e bem! – ela mal tinha forças para erguer seus braços, mas fez um esforço para poder abraçar o pai. Tony suspirou aliviado e agradeceu a Deus por ter conseguindo encontrá-la. – Onde você estava? E o que aconteceu para você ter ficado assim?

Alice respirou fundo, antes de falar.

–Eu deixei o Bran sozinho em cima de uma árvore e atrai os devoradores... – ela tossiu um pouco, a dor em sua garganta era quase insuportável. – Eu consegui matá-los, mas depois apareceram mais e eu fugi, eu corri o máximo que podia até cansar... – ela tosse novamente e olha para Tony. – Eu sei que o senhor e a mamãe me mandaram cuidar dele e não sair de perto dele, mas eu achei que...

Tony percebia o tamanho do esforço que ela fazia para tentar explicar o motivo de ter deixado o irmãozinho para trás, mas ele entendeu a razão de Alice ter feito isso.

–Tudo bem, tudo bem... – falou ele interrompendo-a gentilmente, enquanto tirava seus braços . – Está tudo bem, filha. Eu entendo o porquê o deixou. Mas não se preocupe, ele está bem, está com a sua mãe, ok? – ele olhava em seus olhos verdes, enquanto proferia cada palavra.

–Ela está bem? A mamãe? – indagou preocupada.

–Sim, ela está bem e está muito preocupada com você, assim como eu estava. – ela assente. – Pronta pra voltar?

–Sim e o quanto antes formos, melhor será nossas chances.

Tony franze as sobrancelhas, estranhando o modo como ela disse aquilo.

–Espera um pouco. O que está querendo dizer com isso?

Alice respirou fundo duas vezes antes de contar o que estava acontecendo.

–Devoradores... Estão vindo pra cá. Nesse instante. Muitos deles.

–Quantos?

–E-eu não sei... Talvez uns dezesseis ou dezessete... Eram muitos e todos eles estavam me perseguindo e...

–Shiu! – pediu Tony de repente. - Escuta!

Eles ficaram em silêncio por pelo menos um minuto antes de escutaram os grunhidos e gemidos sendo trazidos pelo vento até seus ouvidos.

–Temos que sair daqui. – disse Tony pegando a mão da filha e puxando-a consigo. – Agora mesmo!

Eles começam a correr na direção oposta daquelas coisas o máximo que conseguiam. Precisavam chegar até Laura e Brandon antes deles o alcançarem.


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Notas finais do capítulo

Alice: http://images5.fanpop.com/image/articles/137000/clary-fray_137521_1.jpg?cache=1323918432

Tentarei escrever o próximo o mais rápido que eu conseguir.
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Espero que tenham gostado!
Beijos!!! :D



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