[EM HIATUS]The Walking Dead - Journey No End escrita por SophieAdler


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Apresentando dois personagens.
Os outros mostrarei ao decorrer da história.
Aproveitem!
Se tiver qualquer erro ortográfico, peço desculpas.



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Brandon estava sozinho em cima de uma árvore velha. Os galhos secos e pontudos espetavam seu rosto, enquanto sentia os dedos de suas mãos intensamente doloridos por exercer grande força para se segurar firmemente nela. Mesmo do alto, ainda conseguia ouvir os grunhidos baixos e cruéis dos andarilhos mortos.

Ofegava muito, seu coração estava batendo em um ritmo frenético e irregular. Havia perdido a conta de quantas vezes rezou, pedindo internamente que “eles” fossem logo embora e que seus pais lhe encontrasse o mais rápido possível.

—Alice? – tentou chamar pela irmã de dezessete anos, mas esta havia lhe deixado para se esconder em outro lugar. – Alice?

De repente, bem abaixo de sua árvore, o som de um graveto sendo quebrado é escutado. Brandon arqueja baixo e se agarra mais firmemente no tronco velho. Cerrava suas pequenas mãos com a maior força possível que uma criança de oito anos conseguia exercer nos cipós.

Seu coração acelerou, seu medo cresceu e o cansaço estava aumentando mais e mais. Além das dores em seus braços e suas mãos, Brandon estava praticamente caindo de sono; as pálpebras ficavam a cada minuto mais pesadas, mas o garoto se esforçava ao máximo para manter seus pequenos olhos abertos. Teve momentos em que ficou com os olhos fechados por trinta segundos, mas sempre os abria rapidamente. Ele não podia dormir. Não até que seus pais o encontrassem.

Após alguns minutos de muita insistência em manter-se acordado, Brandon escuta a voz de seu pai:

—Brandon! – gritou Tony uma vez. – Brandon! Filho, onde você está?

No mesmo instante, Brandon despertou gritando de volta:

—Papai! Papai! Eu estou aqui!

Tony escuta a voz de seu filho e olha para cima, na direção dos galhos de uma árvore, e, mesmo no escuro, consegue enxergar o borrão vermelho da blusa que o menino vestia.

—Brandon, você está bem?

—Estou pai.

Tony suspira aliviado. Por enquanto.

—Consegue descer?

—Acho que sim. – respondeu o garoto se ajeitando para descer daquela árvore velha. Suas mãos e seus braços doíam muito. Seus olhos ainda pesavam, mas Brandon não deixou o cansaço atrapalhar enquanto se segurava nos galhos e cipós para poder descer.

Tony observava atentamente o filho, enquanto mantinha seus ouvidos alerta para qualquer coisa que fizesse barulho na mata. Não demora dois minutos para Brandon encostar o primeiro pé no chão que o som de folhas e gravetos sendo pisoteados é escutado há uns cinco metros de onde pai e filho estão.

Institivamente, Tony se põem a frente de seu filho, deixando um dos braços em seu ombro, enquanto segurava sua Colt. 45. Seus olhos azuis vagavam a floresta escura à sua frente, mais precisamente na direção em que escutara o barulho.

—Mais que droga. – murmura Tony ao ver os cinco primeiros zumbis surgirem.

Brandon arregala os olhos e se agarra na camiseta de Tony.

—Pai... – sua voz tremeu, era evidente o medo e o pânico nos olhos do garoto.

—Que droga, que droga... – sussurrava Tony para si mesmo.

Os grunhidos descompassados e o andar desengonçado das criaturas surtiam uma espécie de efeito paralisante, na qual obrigava Tony, de alguma forma, a permanecer no mesmo lugar. Ele sabia que não podia ficar apenas parado encarando os cinco monstros, ele tinha que tomar uma atitude antes que fosse tarde demais.

Atirar é a sua melhor ideia.

Porém, o barulho da arma iria atrair qualquer zumbi que estivesse passando perto dali, arriscando não só a sua vida, mas a de seu filho também.

O que fazer agora?

Tony não teve escolha, ergueu a Colt. 45. e atirou na cabeça do primeiro zumbi, que imediatamente caiu imóvel no chão. Os outros quatros continuavam avançando, enquanto Tony andava apressado para trás juntamente com Brandon, que ainda se segurava na camiseta de Tony.

—Pai...

—Não se preocupe. – disse seu pai atirando no segundo zumbi. – Eles não vão te pegar, o papai não vai deixar. – ele tentava tranquilizar o filho. Contudo, o inesperado aconteceu, a arma de Tony estava sem munição. – Ah não! – grunhiu de fúria. – Está de brincadeira comigo!

Os três seres mortos se aproximavam cada vez mais rápido, ao mesmo ritmo em que Tony andava pra trás com o garoto. Brandon abraçava seu pai, estava tremendo de medo e fazia de tudo para não chorar. Nenhuma criança deveria passar por esse tipo de situação. Mas, infelizmente, com Brandon foi o oposto.

—Filho, olha pra mim, olha aqui pro papai. – pediu Tony alternando seu olhar entre o garoto e os três monstros. – Vai ficar tudo bem, ok? Eu prometo que nada de mal vai acontecer com você. – Tony sabia que não deveria prometer esse tipo de coisa para uma criança, mas o que mais ele poderia ter dito? Ele precisava mostrar ao filho que ainda existia esperança, mesmo nas situações em que ela parecia não existir. – Eu vou te proteger.

O menino assentiu. Mesmo que ainda demonstrasse seu medo, ele acreditava que seu pai iria salvá-lo, que iria protegê-lo dos “bichos papões com dentes afiados”, como eram chamados pelo garoto.

Para Tony, não tinha nenhuma saída, nada o que ele pudesse fazer.

A não ser pegar Brandon em seus braços e sair correndo com ele, mas sabia que não iria muito longe. Ele também pensou em ficar para trás, fazendo com que o menino corresse o mais rápido que ele conseguia e dizer para o filho não olhar para trás, enquanto aquelas coisas tiravam sua vida.

Era isso.

Tony Knight iria morrer ali para salvar a vida de seu filho.

—Brandon. Filho olha aqui pra mim. – o garoto faz o que ele pede. – Presta atenção, eu quero que você corra...

—Correr? –pergunta o menino confuso.

—Sim, sim... Eu quero que você corra o mais rápido que você puder, para o mais longe que você conseguir e se esconda...

—Está bem papai, mas... E você? Você também vem?

É claro que Brandon queria que o seu pai fosse também, mas Tony não sabia como dizer que iria ficar para trás e se deixar ser morto para poder salvar sua vida inocente.

—Sim, sim, o papai vai também, mas eu quero que você vá à frente primeiro, entendeu?

—Sim... – ele balança a cabeça. -

—É o meu garoto. – Tony dá um beijo na testa de seu filho e volta sua atenção às três criaturas que se aproximavam cada vez mais e mais. Ele mais uma vez se coloca na frente do filho, enquanto ainda caminhava para trás.

Eles estavam a menos de dois metros mais perto deles.

Tony não podia mais esperar.

Era agora ou nunca.


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Notas finais do capítulo

Tony: http://jessicamcbrayer.files.wordpress.com/2012/04/paul-bettany-paul-bettany-21472771-1280-800.jpg
Brandon: https://pbs.twimg.com/profile_images/949731253233659904/Xk7NeN0I_400x400.jpg
O que vocês acharam?
Mandem seus reviews, eles me incentivam a continuar.
Beijos!!! :D ♥



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