POV Bella

Se eu passei a noite bem?

Bom, sim, foi uma noite maravilhosa!

Se eu dormir bem a noite?

Não! Nesse exato momento eu estava vendo o sol nascer deitada em minha cama e não havia pregado os olhos a noite inteira.

Eu estava deitada com a cabeça apoiada no peito de Edward. Seus braços rodeavam meu corpo e faziam carinhos suaves e relaxantes.

Havíamos passado a noite fazendo sexo. Não initerruptamente claro. Não que tivesse nos faltado vontade, mas éramos apenas humanos normais e não personagens fictícios de livros de romance. Edward era muito viril, mas precisava de um descanso depois de um tempo como todo homem. No primeiro momento tivemos uma maratona de 3 tempos. Daí em diante dividimos nossa noite entre conversas, algumas brincadeiras prazerosas e claro mais sexo.

Não havíamos falado sobre nada muito profundo, coisas banais mas com certos significados. Como uma dia inesquecível, uma tarde na infância.... coisas singelas mas que falavam um pouco mais sobre nós.

Agora estávamos apenas desfrutando da presença um do outro. Estávamos ambos perdidos em pensamentos quando um bip começou a soar irritantemente do seu celular. Era um alarme.

– Droga! _ Edward praguejou baixinho.

– Tudo bem?

Senti ele respirar fundo e se remexer na cama ficando por cima de mim.

– Tenho que ir. _ ele respondeu tristemente.

– Tudo bem._ falei sorrindo.

Ele me olhou meio descrente e continuou.

– Não é um tenho que ir e volto mais tarde como foi os últimos dias Bella. Eu tenho que ir embora. Voltar para Harvard.

Levantei a mão e acariciei seu rosto.

– Tudo bem. _ o assegurei.

Ele deu um gemido de desgosto e rolou para o lado jogando longe as cobertas.

– Não acredito nisso. _ disse se levantando completamente nu.

Uma reação normal seria ele caçar a box ou a calça e vestir rapidamente, mas não Edward Cullen, claro que não. O homem se pôs a desfilar nu pelo meu quarto enquanto embrenhava suas mãos pelo cabelo tornando aquilo um verdadeiro ninho.

– E você não esta nem aí não é?_ havia uma certa acusação na sua voz.

Suspirei percebendo que nunca aquele homem reagiria normalmente a nada. Me recostei na cama tomando o cuidado de me tapar com o lençol. Eu não era uma adepta do nudismo como ele.

– Será que você pode me explicar o que foi agora? _ pedi calmamente.

– O que foi agora? Foi que aqui estou eu meio puto, meio insatisfeito por que tenho que ir embora de volta para minha faculdade que por acaso fica em outro estado a centenas de quilômetros daqui e parece que isso não significa nada para você.

Suspirei e o encarei.

– Edward, por favor, senta aqui? _ falei o chamando para se sentar ao meu lado.

Ele me olhou bufando e voltou a desfilar sua nudez de um lado para outro.

– Por favor Edward, pare de tentar criar um buraco no chão do meu quarto e sente aqui. _ eu dizia muito calma.

De má vontade e fazendo questão de se sentar bem longe de mim ele veio. As vezes ele parecia mais uma criança birrenta do que um homem.

– Que reação você esperava de mim? Que eu batesse o pé e pedisse para você não ir? Ou que eu me descabelasse e começasse a fazer chantagens com você?

– No mínimo!_ ele esbravejou.

Soltei um riso sem humor e voltei a fita-lo.

– Você diz que quer tentar, que quer tanta coisa, mas veja só, você nem ao menos me conhece um pouquinho.

Ele franziu o cenho em minha direção sem parecer entender e quando ia abrir a boca para dizer algo eu o interrompi.

– Eu sou eu Edward. Não sou uma mimadinha fútil que agora vai achar que sua vida precisa girar em torno de mim só por que você veio parar na minha cama. Eu não sou assim. Olhe só para mim. _ falei apontando para mim mesma. _ Eu trabalho 3 noites por semana em uma boate servindo bebidas e aturando gente bêbada para poder me bancar aqui em Nova York. Eu não sou uma filhinha de papai sem noção. Eu sei como é a vida. E eu sou perfeitamente capaz de entender que você precisa ir embora para sua faculdade. Isso não é o fim do mundo ok?!

Ele me olhava de boca aberta como se eu tivesse dito a maior asneira do mundo.

– Isso não te afeta nem um pouco? Quer dizer, o fato de eu estar indo embora para outro estado, onde você não vai poder me ver..... saber com quem eu estou.....nada?

– Não.

Ele me olhava como se eu fosse louca.

– Edward, em primeiro lugar não temos nada. Ou estamos pensando em ter, eu não sei direito onde estamos. Mas o fato é que não posso te exigir nada. Em segundo, você esta comigo por que quer, veio atrás de mim por que quis, então eu não vou ficar agora neurótica que lá você pode querer correr atrás de outras mulheres. Você vai ficar com quem você quer independente de onde você estiver, isso é um fato. Se você se deu a todo esse trabalho de correr atrás de mim por 3 dias o mínimo que eu posso fazer é lhe dar algum crédito. Não sou do tipo desconfiada, ou grude. Você precisa ir, isso é um fato e eu estou bem com isso.

Ele permaneceu calado me olhando então soltou um suspiro e chegou mais perto de mim pegando minha mão.

– Acho que eu preferiria que você fosse menos madura e mais mimada e reclamasse que ia sentir minha falta me pedindo para ficar. _ ele murmurou fazendo uma careta engraçada.

Na verdade ele era o mimado ali, sem dúvida.

Resolvi parar de argumentar e fazer um certo chamego que ele tanto queria. Me arrastei mais para perto dele o enlaçando pelo pescoço.

– Mas eu vou sentir sua falta. _ falei com uma voz sussurrada em seu ouvido.

Senti sua pele se arrepiando colada a minha e sua respiração falhou por um momento.

– Isso é golpe baixo. _ ele resmungou beijando meu pescoço.

Gargalhei e resolvi falar sério com ele antes que acabássemos na cama de novo e ele acabasse ficando.

– O fato de ser madura e entender que temos nossas prioridades não quer dizer que eu não vá sentir sua falta. Eu vou. Talvez até mais do que eu gostaria.

– Mesmo? _ falou me dando um sorriso torto.

– Sim, senhor convencido. É disso que você gosta né? De se achar o cara! _ falei rindo.

Ele apenas deu de ombros mas já estava mais animado.

– Agora anda. Se arruma que você ainda tem que ir para o aeroporto.

Ele me beijou demoradamente e se levantou catando suas roupas e indo para o meu banheiro. 15 minutos depois ele saiu de lá completamente arrumado e irresistível eu precisava dar o braço a torcer.

– Vai passar na casa dos seus pais e trocar de roupa? _ questionei, suas roupas estavam um tanto amassadas devido a nossa selvageria de ontem a noite. Não imaginava ele pegando um avião nessas condições.

Antes de responder ele fez uma careta engraçada.

– Não mesmo. Vou direto para o aeroporto. Posso deixar meu carro aqui? Preferia ir de taxi agora.

– Claro. Peço a Emmet para passar aqui e pegá-lo para você.

Vi que ele ia abrir a boca para dizer algo mas acabou desistindo.

Ele veio até mim e deixou suas chaves comigo e me beijou.

– Tenho mesmo que ir. _ sussurrou olhando dentro dos meus olhos.

– Eu sei. _ lhe dei outro beijo.

– Nos vemos em breve não é? _ questionou meio indeciso se levantava da cama ou não.

– Bom, você sabe onde eu moro e estudo. Só depende de você._ sorri para ele que me devolveu um sorriso lindo.

– Pode apostar que vai ser logo.

Então me deu mais um beijo e levantou indo direto para a porta.

Me joguei de novo na cama quando ouvi o som da porta se fechando. Não pude evitar soltar um gritinho de felicidade. Não sei ao certo por que, mas a sensação que eu tinha nesse momento era muito gostosa.

Peguei meu celular me certificando que ainda eram 5:40 da manhã e fechei os olhos tentando dormir nem que fosse por uma hora antes de levantar para ir a faculdade.

(...)

Eu estava saindo da faculdade como sempre com Emmet, Jasper e Jacob atrás de mim. Todos passaram o dia me enchendo de perguntas. Perguntas essas que nem eu sabia a resposta e para ser sincera não estava a fim de tentar achar.

– Anda Bella. Nos dê algo aqui. Isso não é um segredo de confessionário. _ Jasper dizia atrás de mim.

– Vocês estão parecendo um bando de velhas fofoqueiras. _ falei indo para meu carro.

– Não desvie do assunto. Você esta ou não com meu irmão? _ Emmet perguntava atras de mim rindo.

Eu já estava pronta para me virar e dar uma boa resposta a ele quando uma voz grossa soou atrás de nós.

– Boa tarde crianças.

Me virei rapidamente sem acreditar em quem eu via ali.

Continua...