POV Bella

Cheguei em casa furiosa. Bati porta com toda força descontando minha raiva e em seguida a tranquei.

Ainda praguejando comecei a me despir e entrei embaixo da ducha fria. Nada de banheira hoje, eu precisava literalmente esfriar a cabeça. Apoiei minhas mãos no azulejo e deixei o jato gelado me atingir em cheio. Fiquei nessa posição uns 10 minutos. O que antes era ressaca se transformou puramente em raiva. A dor e náusea já esquecidos na névoa de ira que irradiava de mim. Como aquele cretino tinha coragem de me dizer aquelas coisas? Uma vez, só havíamos ido para cama uma única vez, o que ele estava pensando? Que tipos de direitos ele estava reivindicando? Ser acordado com café na cama? Talvez uma rodada de sexo matinal? Eu não lhe devia nada disso. E mais, tenho certeza absoluta que o numero de mulheres que já acordaram sozinhas na cama após uma noite se sexo com ele deveria ser maior do que o numero de homens que já foram para cama comigo.

Agora com a cabeça mais leve, mas não com menos raiva terminei meu banho e sai me enrolando em uma toalha. Mal saí do banheiro e alguém tocava minha campainha.

– Já vai!

Mas o ser surdo do outro lado ou não me ouviu ou me ignorou, pois não tirou o dedo da campainha. Desisti de ir me vestir e fui logo ver quem estava me irritando daquele jeito. Com a insistência que tocava dava a entender que queriam me avisar que o mundo estava acabando. Mal abri a porta e meu corpo foi jogado para o outro lado da sala e prensado na parede.

–Quem você pensa que é para me bater? Ficou louca? Por acaso sabe quem eu sou?

Eu estava estática com o susto e rompante de fúria dele.

Mas que diabos......

Quando finalmente minha mente voltou a funcionar eu me lembrei de que quem deveria estar furiosa ali deveria ser eu. Comecei a me debater em seus braços. Inutilmente claro, afinal ele era enorme e infinitamente mais forte do que eu.

– Me solta seu cretino.

– Responde! Perdeu o juízo foi?

– Me solta agora! _ eu rosnei para ele

– VOCÊ. ME. BATEU. Porra!

– VOCÊ ME INSULTOU!!!!!

Com a surpresa do meu grito vi ele piscar em confusão e com isso eu voltei a me debater.

– Me solta porra! Esta me machucando.

Na verdade eu estava me machucando ao tentar me soltar dele, mas na pratica dava na mesma.

Ele pareceu se assustar com essa possibilidade e me soltou de imediato dando dois passos para trás.

– Me desculpe, eu não calculei a minha força, não era essa a minha intenção. _ ele se desculpou, mas ainda estava espumando de raiva.

– E qual é a sua intenção afinal? Aliás, o que está fazendo aqui? E como sabe onde moro?

Ele deu um sorrisinho sínico.

– Emmet. Bastou uma ligação para ele e meu maninho falou tudo que eu precisava saber sobre você. Eu vim, obviamente atrás de você e quanto a minha intenção, bom eu vim acertar minhas contas com você.

Cada palavra saia da boca dele exalando raiva, cinismo e malícia.

– Suas contas comigo? Que eu saiba não devemos nada um ao outro.

– Você ainda não entendeu não é Isabella? Quem você pensa que é para me largar sozinho na cama depois da nossa noite? Você acha que pode simplesmente passar a noite comigo e me descartar na manhã seguinte como se eu não valesse nada?

– Céus, você parece uma virgenzinha falando e me faz parecer um predador sexual que abusou de você.

Seus olhos faiscaram em minha direção mas eu me deixei abalar.

– Vamos lá Edward, tenho certeza de que eu não fui o primeiro sexo casual da sua vida. Nós bebemos, nos divertimos, extravasamos a tensão sexual que nos rodeou nos últimos dois dias e pronto. Só isso.

– Sexo casual? Foi somente isso Isabella?

Era impressão minha ou ele estava ainda mais furioso?

Ele respirou fundo e pareceu tentar recuperar a razão que claramente ele tinha perdido muito antes de entrar em meu apartamento.

– Sim, eu já pratiquei muito sexo casual na minha vida, mas eu realmente achei, estupidamente pelo visto, que ao me envolver com a amiga do meu irmão iria ser um pouco mais do que isso, ou talvez, pelo menos, teríamos a cortesia e consideração de nos despedirmos decentemente na manhã seguinte. _ ele falou de uma vez só e ainda de olhos fechados.

E dessa vez fui eu que suspirou baixando um pouco a guarda.

– Olha, eu ia me despedir. Mas como eu disse eu acordei um pouco confusa e demorei a entender o que tinha acontecido. Mas quando eu vi a hora eu percebi que eu estava mais do que atrasada. Eu tinha que apresentar hoje o trabalho que eu e Emmet havíamos feito no fim de semana. Além de ser muito importante para minha nota eu não deixaria seu irmão na mão assim. Não foi minha intensão lhe largar como se nada tivesse acontecido, mas....... mas eu também não sabia se era o caso de acordar você, quer dizer, nós mal nos conhecemos........

– Deveria ter me acordado. _ ele me cortou de repente. _ Eu gostaria muito que tivesse me acordado.

Ele ainda parecia bravo, mas algo em seu tom de voz me disse que ele realmente ficou decepcionado.

– Desculpe... eu só.... fiquei muito confusa.

Seus olhos voltaram a brilhar de um jeito estranho. Ao mesmo tempo em que eu me lembrava de como aquilo tudo tinha começado.

– Bom, já que esta tudo esclarecido, gostaria que você fosse embora agora.

Ele deixou escapar uma risada cínica e voltou a falar.

– Mas não vou mesmo, como eu disse, ainda temos contas a acertar.

– Você é louco? Quero que vá embora ....

Antes que terminasse de dizer algo ele voltou a colar seu corpo no meu me prensando na parede

– Já disse que não vou. Você me deve. Eu sonhei a noite toda com seu corpo grudado ao meu e só me contive em acordá-la por que sabia que assim que acordássemos eu a tomaria outra vez... e outra... e outra.

Algo em seu tom de voz me excitou muito, mas eu não me entregaria assim tão fácil, o que ele estava achando afinal?

Ele veio em minha direção me beijar mas eu desviei na ultima hora.

– Seu jeito de gatinha brava me deixa louco sabia, sempre me enfrentando, sempre batendo de frente comigo. Por que não se rende Isabella?

– Vai embora. Não sou tão fácil como você esta pensando. Não sou assim.

– Ah, com certeza eu sei que não. Se fosse teria caído na minha cama ainda na casa dos meus pais, e isso é uma das coisas que me atrai em você.

Ele veio me beijar de novo, mas eu fugi mais uma vez.

Ele riu e começou a esfregar seu corpo no meu simulando o ato sexual.

Sua excitação se esfregando em mim estava nublando meu raciocínio, eu não podia me entregar assim a ele, não depois de tudo que ele me disse, como ele falou comigo. Droga, eu nem me lembrava da nossa noite para reagir assim a ele, mas parecia que meu corpo se lembrava muito bem, pois estava clamando por mais uma dose do que quer que ele fosse me dar.

– Pare de lutar contra o que você quer Bella.

– Não me chame assim. _ falei com raiva.

– Não? Mas ontem você amava quando eu gemia seu nome, aliás, você pedia sempre para eu gemer de novo, Bella...Bella....

– Para... _ falei já quase me entregando.

– Você sabe que não quer que eu pare não sabe? Só por isso vou continuar, por que sei que você quer.

– Vai me tomar a força então? _ falei petulante.

Senti todo seu corpo se retesar e algo feroz brilhar em seus olhos.

– Sou muitas coisas Bella e tenho minha cota infinita de defeitos, mas tomar uma mulher contra sua vontade não esta entre eles. Jamais forçaria ou submeteria uma mulher a algo que ela não queira. Isto não esta e nunca estará entre eles.

Sua respiração irregular saia em arquejos batendo diretamente em meu rosto. Meu corpo continuava prensado na parede, mas agora ele já não se esfregava em mim. Parecia pensar no que fazer.

– Quero muito você Isabella, como disse sonhei com isso a noite toda e nunca experimentei antes o que senti ao acordar e não ver você ao meu lado na cama. Só eu sei o quanto meu corpo esta clamando pelo seu agora, mas nunca será contra a sua vontade. Por isso, mesmo louco de desejo aqui não serei eu a dar o primeiro passo. Então me diga você Bella. Você me quer na sua cama ou fora da sua casa? A decisão é sua.

Desgraçado. Me ofende, invade minha casa, me excita e pula fora. Mas é um filho da .......

– Eu te odeio.

Falei o puxando para um beijo e tudo que obtive como resposta foi um gemido gutural que rasgou sua garganta e seus braços fortes que suspenderam minhas pernas.

Circulei sua cintura com minhas pernas e rapidamente ele se livrou da toalha que cobria meu corpo. No mesmo instante sua boca voou para meu seio me provando.

– Céus, como eu quero isso, como quero você.

Eu me limitei a gemer em resposta, mas eu deveria saber que ele não se contentaria com isso.

–Me diga Bella, você me quer? Me quer do mesmo jeito que eu te quero?

Mais uma vez tudo que eu fiz foi gemer.

– Me diz! Quero ouvir você dizer._ ele falava agora a milímetros da minha boca.

– Sim, por favor, eu quero, quero muito.

A última coisa que eu lembro de ver foi um sorriso safado surgir e ouvi ele abrindo o zíper da sua calça, depois disso eu me perdi totalmente nas sensações.... me perdi nele.

{...}

Eu não fazia a mínima ideia de que horas eram, tudo que eu sabia é que era noite.

Tudo estava escuro dentro e fora do meu apartamento. O silencio só era quebrado por nossas respirações.

Sim, nossas. Edward ainda estava em meu apartamento, na minha cama para ser mais exata.

Depois do que houve na sala tomamos banho juntos, algo que não foi propriamente banho, bom, vocês me entendem né. E em seguida demos continuação na minha cama. Estávamos tão exaustos que adormecemos quase instantaneamente. Acordei a pouco sentindo seus braços me segurando em seu peito e sua respiração em minha nuca. Estava agora pensando em como agir. Quer dizer, e agora? Ontem embora eu não me lembre de muita coisa, lembro de ter sido maravilhoso. Conversamos, ele foi agradável, gentil, sedutor. O sexo, pelo menos as partes que lembro foi maravilhoso. Mas hoje ele foi bruto, ignorante, um verdadeiro canalha pelo que me disse. Mas então algo nele..... não foi apenas o fato de ele me excitar, mas algo em sua voz me fez querer ele de novo. Algo na forma como ele falava me dava a entender que ele precisava de mim e isso era estranho e ao mesmo tempo irresistível.

Ótimo, era tudo que eu precisava, um cara bipolar me deixando confusa e sem saber como agir.

Bufei e no mesmo momento uma mão começou a afagar minhas costas.

– Algo errado?

Engoli em seco. Ele acordou, e agora?

Ouvi seu suspiro e ele e remexeu atrás de mim se aproximando ainda mais.

– O que foi Bella? Por que acordou tão pensativa?

– Apenas pensando em como isso é estranho. _ tentei soar bem desinteressada no assunto.

– Estranho?

– Sim, quer dizer, mais estranho do que já era ontem.

– Como assim? Estou confuso aqui.

– Ontem já era bem confuso por que, além de ser irmão de Emmet, fato que já me faria manter distancia de você, você também foi estranhamente possessivo. Parecia reclamar direito sobre algo que você não tinha. Mas então a noite você mostrou outro lado seu, um lado talvez irresistível e isso aliado a toda aquela bebida me fez ir direto para cama com você.

– Hum, e hoje? Por que é mais estranho?

– Hoje? Hoje você aparece na porta da minha faculdade espumando de ódio por ter acordado sozinho, me ofende, depois invade meu apartamento cobrando explicações e depois me atacando daquele jeito.

– Mas você na hora adorou o jeito que eu te ataquei. _ ele falou rindo e beijando meu pescoço.

Me arrepiei inteira com aquele beijo, mas engoli o gemido que queria escapar por meus lábios. Eu realmente precisava entender o que estava acontecendo ali.

Percebendo que eu não iria me deixar levar Edward desistiu e voltou a falar.

– Me desculpe, eu não queria ofender você daquele jeito eu só...... eu não estava pensando realmente Bella. Sinto muito... por tudo.

Me virei para ele ao sentir a sinceridade em suas palavras.

– O que deu em você afinal? Quer dizer, vamos falar francamente? Quantas mulheres você já deixou plantada na cama depois de uma rodada de sexo? Quantas vezes você já saiu sem nem se despedir?

– Essa é a questão. Me assustei quando me vi nessa situação. Quer dizer, eu poderia te dizer mil coisas agora Bella mas você não entenderia nenhuma. O fato Bella, é que eu não queria ter um sexo casual com você, eu te disse isso ontem. Até entendo que você não se lembre, você parecia mesmo estar alcoolizada, mas o fato é que eu não queria que fossemos um sexo casual, eu quero mais que isso? E perceber que talvez eu tivesse sido só isso para você me apavorou e me irritou mais do que eu posso explicar.

– O que? Como assim? O que você quer?

– Eu ... eu não sei exatamente, só sei que isso... nós dois, é algo que eu estou gostando muito. Você me faz sentir de um jeito único Bella. Um jeito que nunca eu me senti antes.

Eu não sabia o que dizer. Nunca me passou pela cabeça ouvir tudo aquilo que eu estava ouvindo.

– Não vai dizer nada?

– Eu não sei. Estou muito confusa.

– Eu imagino. Eu também estou.

Ele fez um carinho no meu rosto e me deu um beijo calmo e lento. Suas mãos faziam carinho em meu corpo, mas sem conotações sexuais, era apenas carinho realmente.

Ao nos separarmos percebi que eu estava sorrindo.

– Mas não podemos negar que é bom não é? Isso. _ ele apontou para nós dois.

– Muito bom.

Seu celular tocou em algum lugar do quarto nos trazendo de volta a realidade.

Ele bufou se levantando e pela primeira vez tive a visão completa dele nu.

Ual, o que era aquilo? O homem era a perfeição em pessoa. Cada musculo no lugar. Nada exagerado ou gritante, apenas, delineado e ....... perfeito.

O andar dele até o celular no chão parecia algo ensaiado pelo modelo mais famoso do mundo. Ele era firme, confiante. Parecia .... inabalável.

Ele olhou rapidamente para o visor do celular e fechou os olhos por breves segundos e quando eu pensei que ele fosse atender ele apenas pressionou um botão desligando o aparelho.

– Não vai atender? _ perguntei sem conseguir segurar minha língua.

– Não. É meu pai, mas eu não quero voltar para a realidade agora.

Ele falou voltando para cama, mas não se deitou dessa vez, apenas se sentou ao meu lado.

Mordi os lábios segurando a onda de perguntas que invadiam a minha mente. Eu era uma pessoa muito curiosa por natureza e bom, se tratando do homem que bagunçou minha vida nos últimos dois dias digamos que essa curiosidade estava atingindo picos elevados.

Ele olhava meu rosto parecendo estudar minhas reações. Parecia perdido em algum dilema interior.

– Eu deveria estar bem longe daqui Bella. Para ser mais preciso deveria estar em Harvard. É onde curso administração.

– Esta perdendo aula?

– Com certeza. _ ele disse debochado.

– Está louco? Quer dizer, é Harvard, isso é grande. Por que veio?

– Estava com saudades de casa. Não vinha a mais de 4 meses para cá. As vezes faço isso, venho na sexta a tarde e vou embora na madrugada de domingo.

– E por que não foi?

Ele me olhou de forma descrente.

– Realmente não sabe?

– Por mim? _ perguntei incrédula.

– Pensei que estivesse bem evidente.

– Edward, não pode ficar negligenciando a faculdade assim. _ falei já me sentando

Isso para mim era algo inadmissível, afinal, eu sabia como levava a minha a sério.

– Eu não pretendia negligenciar, quer dizer, não planejamos nada daquilo no barco. Eu pretendia ir hoje de manhã, mas depois de tudo e ainda mais depois do nosso desentendimento eu não tinha como ir embora.

– Não sei se concordo com isso, mas bom, você já esta aqui mesmo. Mas amanhã bem cedo você vai.

Ele deu uma risada gostosa. A sincera pela primeira vez.

– Depois eu vejo isso. Mas agora quero esquecer tudo, meu pai que deve estar louco atrás de mim por que não voltei para faculdade, a própria faculdade, quero esquecer do mundo e te levar para jantar.

– Jantar?

– Sim, afinal, o sexo com você é maravilhoso Bella, mas como já disse, não é só isso que quero com você. Não sabemos nada um do outro, e acho que uma boa maneira de começarmos a nos conhecer é conversamos durante um jantar.

Não podia negar que eu queria entender esse homem estranho a minha frente e só faria isso sabendo mais sobre ele, e quanto a jantar, ó sim, eu estava faminta.

– Tudo bem, jantar é uma boa ideia afinal.

– Ótimo, tome um banho e se arrume, pode escolher o restaurante que quiser, sua escolha, e o céu é o seu limite para essa noite.

– Ah não, nada disso.

– Por que não?

– Primeiramente não gosto de frescuras muito menos restaurantes chiques. Segundo não estou com animo e muito menos saco de ter que me arrumar e encarar a rua ou a vida lá fora como você diz a essa hora.

– Mas você concordou com um jantar.

– Exato. Jantar. Eu faço o jantar aqui.

– Você vai cozinhar?

– Ei, eu me viro muito bem na cozinha tá!

Ele gargalhou.

– Não foi isso que eu quis dizer. O que eu achei estranho foi uma mulher recusar jantar em um restaurante chique e preferir cozinhar em casa. Nunca vi isso antes Bella.

– Nem tente entender Edward. Sei que sou diferente nessas coisas.

Falei fazendo uma careta. Eu sabia o quanto era chata nessa parte, mas fazer o que, era de mim ser assim.

– Não. Você é diferente em tudo Bella, é por isso que você me encanta tanto.

Desviei do seu olhar que tinha se tornado intenso. Respirei fundo e sai da cama ainda nua e seguindo para o banheiro. Antes de alcançar a porta sinto minha cintura ser puxada com força e meu corpo bater de encontro ao corpo dele.

– Você é uma maldita provocadora sabia. Tem ideia do quanto é sedutora apenas em caminhar nua assim?

– Mas eu não fiz nada. _ falei inocente, mas já excitada pela proximidade dele.

– Esse é o caso, você não precisa fazer.

– Se você não me soltar não vou fazer o jantar e nesse caso vamos voltar para aquela cama e nesse caso nada de conversa e nada de nos conhecermos.

Ele deu um beijo em minhas costas e me soltou.

– De jeito algum. Quero muito que você me conheça, quero que você goste de me conhecer.

Me virei dando um beijo em seus lábios e entrei no banheiro antes que eu mesma desistisse do jantar, afinal ele também estava nu e aquilo era uma visão do paraíso.

......

POV Edward

Ela fechou a porta do banheiro e eu comecei a catar minhas roupas pelo quarto até achar minha cueca e a vesti em seguida.

Olhei pelo quarto vendo a bagunça que tínhamos feito ali e tentei ajeitar um pouco as coisas. Não que eu soubesse arrumar um quarto, mas pelo menos eu podia tentar organizar algumas coisas. Catei as almofadas caídas e as joguei na cama. Recolhi minhas roupas e de as de Bella dobrando e colocando em cima de cama. Recolhi alguns objetos como porta retratos e livros que na nossa afobação acabou caindo no chão. Pronto. Já era alguma coisa.

Eu precisava pensar em algo que não fosse Isabella de baixo do chuveiro, do contrario eu entraria naquele box e com certeza jantar era a última coisa que iriamos fazer.

Merda, a mulher era uma perdição.

Não que eu fosse do tipo que fode uma vez e já fica exausto, nada disso. Sei que tenho um pique sexual que é para poucos, mas tenho que reconhecer que Bella me deixa excitado além do normal. Quer dizer, acabamos de transar 3 vezes e eu já estou a querendo deser noite esta agitada como sempre.

Ao olhar para o céu querendo ver a noite estrelada tão comum nessa época do ano me deparo com um avião atravessando o céu. Fecho os olhos lembrando que eu mesmo deveria estar dentro de um indo para a faculdade. Lembro também da ligação do meu pai que eu havia ignorado, mas mais do que isso, lembro do visor piscando avisando que aquela já era a 10ª ligação dele. Tenho total noção do quão decepcionado comigo Carlisle deve estar. Afinal, eu sempre sou o filho exemplar do qual ele se orgulha tanto em falar. Mas não hoje... não dessa vez. Não com ela.

Olho para a porta do banheiro onde Bella entrou a alguns minutos. Ali esta a garota que me fascinou em apenas dois dias.

Bella.......sorrio só de pensar nela. Ela é maravilhosa. Não só no sexo, mas em tudo!

Inteligente, meiga, carinhosa, engraçada, linda, sexy..... e geniosa! Sim, definitivamente o que mais me encantou nela foi o seu forte gênio! Onde já se viu bater de frente comigo? Com um Cullen? Será que ela não conhecia nossa família? Claro que conhecia, ela era a melhor amiga de Emmet, eu a conheci em minha casa, céus, ela sabe bem quem é a nossa família. Mesmo assim ela negou duas investidas minhas. Ela me deixou sozinho na boate, me esnobou no aniversário ontem e... mesmo eu odiando lembrar disso, ela me deixou sozinho hoje de manhã. Isso era incrível! Nunca antes mulher alguma tinha feito isso comigo. Ao contrario, todas grudavam em mim assim que ouviam meu sobrenome. E o que ela fez agora? Eu dei a ela a opção de escolher onde eu a levaria para jantar e ela simplesmente me surpreendeu ao me dizer que preferiria cozinhar para nós a ar a um restaurante chique. Eu quero muito mesmo conhece-la.

Olhei para fora mais uma vez sorrindo. Eu ia conhecê-la. Eu ia tê-la, não tinha menor dúvida disso. Afinal eu era Edward Cullen e eu conseguia tudo que eu queria. Isabella seria minha. Só espero que ela seja forte o suficiente para encarar o meu mundo.

Continua.....