Caso Noel - One-Shot escrita por BellaNTV


Capítulo 1
Caso Noel - Capitulo Unico


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem dessa one :)
Let's Go!



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Caso Noel > Desaparecimento> Caso aberto

Última vez que foi avistado:

O senhor Noel foi visto pela última vez nos arredores de sua mansão, no Polo Norte, dia 23 de dezembro de 2013 durante a madrugada.

Por quem foi visto pela última vez?

Pelos duendes Jingle e Larry.

Como foi encontrado o local do desaparecimento?

O trenó e as renas foram encontradas no local, haviam fitas rasgadas e algumas embalagens de presente pelo chão, o que nos leva a pensar que o "bom velhinho" foi levado a força.

Estado atual:

Não existe nenhuma pista do paradeiro dos presentes e do próprio Papai Noel.

- Sério isso? - Falei olhando pra ficha. Eles estavam de brincadeira comigo, só pode...

- Não, Papai Noel desapareceu e queremos que investigue isso - Anne falou.

Dei uma risada debochada e falei: - E porque querem que eu me coloque nesse caso tão... Peculiar?

- Porque você é nosso melhor detetive, você tem uma filha de seis anos que vai ficar muito chateada se não receber os presentes dela e é por isso queremos você nesse caso. - Robert, chefe da empresa falou.

- Obrigado pelo "o melhor detetive" - fiz aspas com as mãos - E sobre minha filha, eu poderia muito bem comprar um presente e colocar em baixo da arvore de natal durante a madrugada. E é por isso que eu não quero o caso.

- Thomas... Você é a nossa última esperança, todos já investigamos, não há pistas... -Robert disse e massageou as têmporas.

- Ok, vamos até a mansão do Noel...

Desafio de Férias - O desaparecimento do Papai Noel – PARTE 1

Autora: Bella Nem Tão Volturi

Beta: Lari a Zombie

- Bem... Parece-me um cenário infantil e violento... - Disse olhando pra mansão de doces e luzinhas, depois olhei para o trenó arranhado em algumas partes, a pintura do trenó também parecia um pouco descascada perto dos arranhões, mas fora isso o trenó ainda estava em estado considerável, às fitas rasgadas, alguns embrulhos e uma rena morta no chão. - Macabro...

- E é isso que não me sai da cabeça Thomas... Quero dizer... Quem sequestraria o Papai Noel? E por quê?

- Vingança? Medo? Apenas prazer em torturar e matar? - George começou - As possibilidades desses três são grandes, mas...

- Se fosse isso não faria sentido... Pra que o sequestro então? - Se fosse isso... Porque não matar simplesmente? Pra que sequestrar? - Anne interrogou.

- É isso que me intriga... Vamos falar com os duendes? Talvez eles tenham alguma noção... – Comecei.

- Sim, sim...

- Vou notifica-los. Eles estão no acampamento, já que foram proibidos de chegar perto da mansão e da fábrica desde o... Incidente – George falou e logo se retirou.

- Vamos até o escritório do acampamento pra você interroga-los.

- Certo... – Sentia que seria uma conversa meio difícil...

Desafio de Férias - O desaparecimento do Papai Noel – PARTE 2

- Tudo bem Jingle... Vamos primeiramente ser racionais. Quando e onde você viu o Papai Noel?

- Ele estava dando uma última revisada no trenó. Nós duendes sempre fazemos essa revisão no trenó, nos presentes e nas renas, pra ter certeza que a viajem vai ser segura pro Noel e pra nós mesmos sabe? – Ele falou e eu concordei com a cabeça - Mas apesar disso Noel sempre gostou de dar uma revisada no trenó... Ele dizia que isso fazia se sentir útil, ele sempre ficava chateado, porque nós duendes é que fazíamos os presentes, revisávamos tudo, comprávamos os materiais, e por nós que jogávamos os presentes pela chaminé... Ou entravamos pela janela quando não existia uma chaminé... – Eu continuei concordando e anotando algumas coisas importantes. Apesar de ter uma escrivã anotando toda a conversa eu gostava de fazer minhas próprias anotações. – Ele se sentia mal, porque ele apenas lia as cartas e dirigia o trenó, e ainda levava a fama. Ele sempre foi realmente um homem bom, adorávamos ele, não nos importávamos de ter que fazer o serviço pesado, é nosso natural...

- Então Noel não gostava de se sentir inútil... Avistou algum caso de depressão?

- Infelizmente sim... Algumas vezes, e era horrível, ele se afundava no licor de cereja e passava o dia inteiro deitado. Endividava-se algumas vezes por causa dos jogos...

- Jogos? Noel visitava Cassinos?

- Sim e não. Eram jogos como: Banco Imobiliário, Jogo da Vida, Stop, Mãe da rua...

Eu ri, mas abafei o riso ao ver o duende com um olhar triste.

- Você realmente gostava do Noel não é?

- Sim, ele sempre foi como um pai pra mim... Fiquei muito mal em saber que ele tinha desaparecido, esse lugar não tem a mesma magia de quando ele estava aqui sabe?

- Ok Jingle... Pode se retirar...

- Tudo bem... Espero que tenha ajudado... Ajudou sim...

Ele sorriu minimamente e saiu de cabeça baixa. Pobre duende...

- Thom? – Anne me chamou.

- Sim Anne?

- Eu ia chamar o outro Duende, mas ele se recusa a falar...

- Será que Larry sabe realmente de alguma coisa?

- Não sei... Mas da reconstituição ele não pode escapar...

- Certo... Vamos começar já a reconstituição, quanto mais cedo começarmos a aprontar tudo, mais rápido terminamos...

- Ok...

Desafio de Férias - O desaparecimento do Papai Noel – PARTE 3

- Eu não quero fazer isso! Quero ficar longe disso! Bem longe!

- Larry, não é uma opção, você tem que fazer isso... Pelo bem de todos...

- Detetive, escute... Isso envolve mais gente do que só o Noel... Eu tenho família... Eu não a quero em risco...

- Larry, escute. Colabore, nós vamos oferecer proteção a você e sua família pelo tempo que você achar necessário, mas por favor... Colabore. Participe da investigação, reconstituição e dê seu depoimento, sim?

- Tudo bem...

- Já podemos começar. Bruno pode começar.

Bruno que estava fazendo o Noel começou a olhar o “trenó” improvisado nosso. Ele olhava e mexia nele algumas vezes.

Jingle entrou em cena com um papel na mão e um saco com pequenos presentinhos, como tinha descrito e foi até Bruno, ou melhor, Noel.

- Papai Noel, está tudo pronto, os presentes embrulhados, as renas alimentadas, só falta colocarmos o saco de presentes no trenó jogar pó de pirlim-pim-pim nas renas e sair pra entregar os presentes!

- Tudo bem. – Bruno disse.

- Aqui estão os sininhos, ou melhor, os presentes extras das crianças mais bem comportadas.

- Deixe no banco e pode ir Jingle.

- Tudo bem – Ele abriu o saquinho e colocou as pequenas caixinhas em cima do banco de trás. – Tenha um bom natal papai Noel, nos vemos em breve!

- Bom natal pra você e sua família Jingle...

Jingle saiu de cena e então entrou Larry.

- Noel, o que fazemos com o tal Matt?

- Matt? – Perguntei entrando em cena. Não fazia parte, mas eu tinha que fazer aquela pergunta.

- Sim, Matt é um cara mal encarado em torno da casa dos trinta e poucos. Ele tem muita raiva do Noel, desde 1986 quando recebeu uma lasquinha de carvão por ter se comportado mal, foi uma das piores crianças daquele ano, talvez a pior... E esse ano recebemos uma cartinha dele. Ele dizia que queria o carrinho dele. Se não ele ia se vingar... É um completo louco...

- Agora estamos chegando a algum lugar... Onde esse tal “Matt” vive?

- No Canadá.

- Sabe o endereço exato?

- Sim.

- Então vamos até lá.

- O que? NÃO!

- Porque não?

- Matt sabe que somente eu e Noel temos acesso as cartas, os outros duendes só sabem quem são as melhores e piores crianças por causa da lista de quem vai receber o sino e quem vai receber o carvão... Então, se o Papai Noel sumiu e ele é o maior suspeito ele vai vir atrás de mim!

- Tem razão...

- George! – Chamei meu assistente.

- Sim Thom?

- Providencie um lugar extremamente seguro para o Larry e para a família dele. Se o tal Matt for mesmo o sequestrador, ele veio atrás do Noel, no polo norte, passou por todas as barreiras de segurança da mansão. Pegou o Noel e sumiu sem deixar praticamente nenhum rastro... Deve ser profissional nisso. Além de que eu prometi a Larry segurança se ele colaborasse, e ele é testemunha. Quero segurança máxima pra ele.

- Mas aonde vou arranjar isso?

- Sei lá! Mande ele para o antigo esconderijo de Bin Laden, Pra casa branca, pro campo de testes militares da Rússia, pra Área 51! Qualquer lugar que tenha proteção exagerada!

- Sim, senhor!

- Anne!

- Sim?

- Arranje um jatinho, temos que ir pro Canadá!

- Para que cidade? – Ela perguntou já pegando o telefone.

Olhei interrogativo pra Larry.

- New Westminster.

Vi todos preparando o possível. George pegou Larry e sua família e falou pra onde eles iam, e avisou que Eduardo ia leva-los.

Desafio de Férias - O desaparecimento do Papai Noel – PARTE 4

- Finalmente... – Anne falou.

- Acho melhor a gente ir pra um hotel, já são oito da noite, amanhã a gente continua, ok? – George sugeriu.

- Sim. Vamos para o hotel logo, e vamos tomar um banho, descansar... Adiantamos muita coisa em um dia. Estamos indo bem...

- Com toda a certeza. – Anne sorriu esperançosa. Ela estava feliz que o caso estava andando. Não era mistério nenhum que ela queria voltar pra casa. Já fazia em torno de seis meses que Anne vinha tentando engravidar. Ela não estava conseguindo, mas tinha grande esperança que ia conseguir, assim como seu marido, Miguel.

Entramos no carro e rapidamente chegamos ao hotel.

- Descansem, mas coloquem o horário do despertador pra no máximo oito e meia da manhã. Quero começar a investigar no máximo as nove!

- Tudo bem, boa noite Thom! George. – disse Anne entrando no quarto dela.

- Boa noite! Thom, Anne! – George também entrando em seu quarto.

- Boa noite... – E então era só eu no corredor.

Entrei no quarto e observei. Peguei uma roupa em minha mala, tomei um banho, coloquei meu pijama e me deitei.

Estávamos perto. Eu tinha certeza disso. Não era tão mistério assim. Um homem desaparecido, poucas provas, um trenó riscado e com tinta descascada em algumas partes, fitas rasgadas, papeis de presente, dois duendes traumatizados, uma carta de um louco que era apenas uma criança frustrada.

Loucura. Mas fazer o que? Meu trabalho é investigar, não questionar a sanidade da situação.

Desliguei o abajur e ainda em pensamentos cai no mundo dos sonhos.

Desafio de Férias - O desaparecimento do Papai Noel – PARTE 5

- Então? – Questionei Anne.

- Descobri o endereço. É em um subúrbio, aparentemente alguém sem muitas condições... Normal que tenha sido uma criança frustrada...

- Vamos até lá então...

Entramos no carro e viajamos cerca de uma hora.

No meio da viajem meu celular tocou. Olhei pro número e percebi ser o da minha casa.

Telefone ON:

- Olá?

- Papai? – Ouvi a voz infantil de minha menininha do outro lado.

- Oi minha princesinha! Tudo bem?

- Na verdade nem tudo!

- Porque meu anjo?

- Ainda não recebi meu presente! O papai Noel ainda tá sumido?

- Sim meu anjo, mas eu sinto que falta pouquinho pra achar ele, quando conseguir esse caso vou levar o seu presente pra você!

- Tudo bem, tenho que desligar, a mamãe falou que não é pra eu ficar te interrompendo.

- Não interrompe nada meu amor! O meu trabalho que te interrompe! – Ouvi uma risadinha sua do outro lado - Mas realmente agora eu tenho que ir. Eu te amo minha lindinha. E também amo sua mãe, não se esqueça de falar isso pra ela!

- Também te amo papai, não esqueço não! Beijo! Tchau!

- Beijo! Tchau!

Telefone OFF

- Chegamos!

Olhei pro lado e vi que chegamos em uma casa humilde de madeira.

- Vamos. – Saindo do carro.

George bateu na porta.

A porta de abriu revelando um cara todo tatuado, loiro e olhos azuis, ele tinha um rosto que parecia uma criança. Uma criança má e assassina, mas uma criança.

- Quem são vocês?

- Sou o detetive Thom, essa é minha parceira Anne, e esse é meu assistente e estagiário, George.

- O que vocês querem.

- Saber o que você fez com, como posso dizer, o bom velhinho.

De repente ele começou a ficar mais branco que papel.

Ele olhou pro chão e começou a gaguejar:

- Ju-juro q-que e-eu na-não queria-a! – Ele começou a chorar depois de terminar a frase.

– E-eu só queria meu carrinho, mas ele começou a falar um monte pra mim, eu perdi a paciência! Desculpa! Eu não queria fazer isso!

- O que você fez Matt? – Anne perguntou preocupada e séria ao mesmo também.

- Eu...

- Não precisa falar, só diga onde ele está.

- Em um dos tonéis, mais precisamente o 3 do armazém vermelho. Ele fica umas 4 quadras pra baixo. Eu não vou resistir, podem me levar - Ele falou e juntou as mãos pra frente, deixando George algema-lo.

Desafio de Férias - O desaparecimento do Papai Noel – PARTE 6

Abrimos o tonel e ali encontramos Noel. Sujo de sangue e morto. Ele tinha cortes profundos nas costas e parecia ter traumatismo craniano.

Anne ofegou e eu disse anotando na pasta:

- Caso Noel encerrado. Papai Noel está morto. Foi espancado e esfaqueado aparentemente. Agora, George, chame um jatinho, tenho de ir pra casa comprar o presente de natal atrasado da minha filha e passar esse resto de 1º de janeiro com minha família.

- Ok.

- Anne tudo bem?

- Mais ou menos. Quer dizer... Noel está morto...

- Vão achar outro Noel pra substituir esse, você sabe que sempre é assim. E o natal vai ficar bem, um novo Noel vai ser achado através de sonhos como manda a tradição. Os duendes vão busca-lo e buscar a mamãe Noel, e pronto.

- Sim...

- Bem, só espero que ninguém resolva sequestrar o coelhinho da páscoa porque não recebeu um ovo de chocolate...

- Thom! – Anne começou a rir – Você acabou de ver o papai Noel morto e já está fazendo piadinhas?

- Desculpe! Isso é normal pra mim!

O telefone de Anne tocou então.

- Alo? – Ela falou – O que?... Quando?... Sim... Pode ser o Thom?... Claro, claro... Pra 15 de Janeiro?... Sim... Bem, até mais!

- Quem era? – Perguntei pra ela.

- Robert, ele tem um novo caso pra você!

- Sequestraram a fada do dente? – Perguntei brincando estar alarmado.

- Não, mataram um rapaz de Nova York, e aparentemente o crime é insolucionável...

- Insolusionável... Aposto que é mais fácil que pedir batatas fritas em alguma rede de lanchonete!

Quando percebi já estávamos do lado de fora do armazém.

- Tudo bem, nada é impossível para o grande detetive Thomas!

- É claro que não!

Caso Noel > Desaparecimento

Estado atual:

Caso Encerrado.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?
Pra falar a verdade é a primeira vez que eu faço algo do tipo, mistério policial sabe? Mas eu até que gostei de escrever um desses, acho que vou escrever mais histórias desse tipo.
Bjks!



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