Três Vassouras escrita por Amanda


Capítulo 23
Querida Rose


Notas iniciais do capítulo

Olá, agradeço os comentários maravilhosos.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/447471/chapter/23

“A can you dance like a Hippogriff...”.

A Grifinória acordou com seu despertador tocando fielmente, as cortinas se abriram com um encanto que Hermione havia lançado no verão passado. Rose cobriu o rosto com o travesseiro em uma tentativa de voltar a dormir.

—Hey dorminhoca, hora de levantar! —Ronald botara o rosto para dentro do quarto.

—Ta, ta, já vou descer! —Resmungou fazendo um gesto com a mão fazendo seu pai rir e fechar a porta.

Emburrado com a luz que entrava pelo seu quarto levantou-se com os punhos enrijecidos, fechou as cortinas e se olhou no espelho, não gostou do que viu. Jogou-se em baixo do chuveiro, ligando a água quente. Depois de vestir-se, ajeitou o cabelo com uma fina tiara preta, deixando os cachos ruivos soltos.

—Bom dia família! —Rose sentia-se animada.

—Bom dia querida! —Hermione servia as panquecas. Seu pai sorriu e continuo a ler o Profeta Diário, Hugo com grades olheiras, piscava para manter-se acordado.

—Comam logo, vou lá me arrumar e quando eu voltar quero todos na sala! —Hermione sorriu e largou o avental na pia.

Assim como o irmão, Rose mal tocou na comida, apenas entornou o suco de laranja e sentou-se na sala.

—Que surpresa! —Hermione exclamou ao ver apenas a filha na sala. —Ronald e Hugo Weasley, agora na sala! —Gritou e em segundos os dois apareceram com as caras assustadas.

—Eu dormi! —Hugo reclamou.

Um a um entraram na lareira e firme pronunciaram: A toca. Rose foi engolida pelas chamas verdes após Hugo desaparecer.

—Rose querida! —Molly vinha abraçar a neta. —Como está grande, Mérlin, que saudades!

—Também senti saudades vovó! —Beijou a bochecha rosada da senhora com alguns poucos fios ainda ruivos. —Tiago já chegou?

—Sim, está lá fora. —Apontou para o jardim, Rose assentiu e foi ao encontro do primo.

—Hey Potter! —O garoto olhou-a. — Como vai?

Tiago a abraçou, tirando os pés da ruiva do chão.

—Bem, claro, meu dia ontem foi um tédio! —Os dois riram. —Alvo e Lily estão com o papai e com a mamãe, vamos lá?

Durante o trajeto até o antigo pomar dos Weasley, Rose e Tiago riam quase que de forma exagerada.

—Hey casal! —Rose assim como primo olhou para cima, os Potter estavam sobrevoando o quintal.

—Como assim casal? —Harry olhou para Gina que deu de ombros e pousou, abraçando a sobrinha em seguida.

—Não é nada tio! —Rose abraçou Harry que ria da vermelhidão da mesma.

—Vamos entrar? A avó de vocês deve estar precisando de ajuda! —Assentiram e voltaram para a cozinha, onde Molly já começava a preparar alguns assados. Após o almoço os adultos pediram para que todos — adolescentes— subissem.

—O que vamos fazer enquanto eles conversam? —Lily se pronunciou.

—Orelhas extensíveis, podemos usa-la! —Fred II sorria marotamente. Rose deitada com um livro em mãos apenas riu.

—Abaffiato! —Falou sem olhar para os primos.

—Eles não dariam mole, ainda mais com todos nós aqui! —Completou Alvo.

—Alguma ideia gênios? —Rose negou com a cabeça.

—Morreremos de tédio antes que eu consiga comer a torta de morango da vovó! —Reclamou Hugo, todos riram.

Depois de algum tempo mergulhados em tédio, puderam descer e aproveitar o dia frio do lado de fora, o jantar foi como todos, animado e surpreendente. Victoire contou que estava praticamente noiva de Ted Lupin, para o quase infarto de Gui e emoção de Fleur. Hugo contou para a família inteira como Rose discutira com a Sonserina no vagão e de como voltou da Floresta. Após a sobremesa se despediram e cada família voltou para a sua casa, Rose jogou-se sobre a cama e adormeceu pesadamente.

xxx

Uma coruja preta, apenas com manchas cinza em volta dos olhos azuis bicava o vidro da janela do quarto de Rose.

—Já vou! —Rose lançou seu corpo para fora da cama, cambaleante tropeçou no tapete felpudo e caiu de quatro. —Que droga!

Levantou-se e abriu a cortina que combinava com o tom bege de sua parede. A coruja era desconhecida, abriu a janela e a ave entrou, sacudindo as penas umedecidas. Rose tirou o envelope do bico da ave carinhosamente, em seguida a coruja jogou seu corpo para fora e bateu as asas, mas não antes de soltar um longo piado alto e extremamente agudo, soltando uma rosa azul no parapeito.

Virou o envelope nos dedos, não tinha remetente, apenas o nome de Rose bem desenhado. Abriu o envelope e tirou o pergaminho perfeitamente dobrado lá de dentro.

“Querida Rose,

Não sei se posso lhe chamar de querida, talvez a intimidade não esteja nesse ponto, mas gostaria que me permitisse usar esta palavra antecedendo seu nome. Peço desculpas se lhe acordei, mas foi o único momento em que consegui reunir coragem para enviar a carta. E não revire os olhos, pois é verdade.

Como passou a véspera de Natal? Espero que tenha sido bom. Por aqui foi, acho que a palavra certa a usar seria: melhor. Estou sozinha na mansão Malfoy agora, que ótimo, não?

Me sinto extremamente patético nesse momento e por incrível que pareça, estou ansioso para voltar. Hogwarts é bem mais animado que aqui. Acho que ano que vêm vou ficar por lá, pelo menos posso ir à Hogsmeade e tomar cerveja amanteigada ou Whisky de fogo.

Eu não tive a chance de perguntar, mas enfeiticei uma rosa para que ficasse azul, não sabia a sua cor favorita, então chutei.

Enfim, feliz natal e ano novo. Até dia 2/01.

Malfoy.”

Rose pegou a rosa e sorriu encantada com a belíssima cor, guardou a carta no meio de um livro, pegou na gaveta de sua escrivaninha um pergaminho e sua pena favorita.

Malfoy,

Eu realmente não me importo com o adjetivo que antecede meu nome, pode usa-lo, prometo que não lhe tirarei essa palavra que me parece ser adorada por você. Sim, você me acordou, mas melhor o bico de uma coruja na minha janela ao som alto do meu despertador, ou da minha mãe gritando na porta do quarto. Não revirei os olhos... Okay, eu revirei sim!

A minha véspera de Natal foi legal, mas estranha, nossos pais fizeram alguma reunião depois do almoço, não sei o motivo até agora. Mas parece que é sobre aquele homem que atacou meu pai, está foragida nas redondezas de Hogsmeade. A propósito, sinto muito por estar sozinho, ninguém deveria passar o Natal assim.

Patético por ter feito uma escolha errada? Também quero voltar para Hogwarts. Nunca passei o Natal na escola, mas se está dizendo que é divertido, quem sou eu para discordar. Olha, eu não apoio esse seu lado alcoólatra, acho que deveria trocar a Cerveja amanteigada — por mais saborosa que seja— pelo chocolate quente do Três Vassouras!

A rosa (azul) é linda, eu adorei o presente. Me perdoe por não te enviar nada, mas realmente não esperava algo assim. Feliz natal, ano novo e até logo.

Rose Weasley.”

Dobrou o pergaminho e colocou-o em um envelope, apoiou-se na janela e assobiou uma canção que havia ouvido quando criança.

—Bom dia Hades! —Acariciou a ave, colocando a carta no bico da mesma. —Entregue para... Scorpius Malfoy.

A ave para surpresa de Rose balançou a cabeça como se estivesse assentindo e voou para longe. No andar de baixo, Hermione gritava para a filha descer e abrir seus presentes.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Três Vassouras" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.