O Rapto do Filho do Conde escrita por Juliana Rizzutinho


Capítulo 14
Capítulo 14 - Extra - Lydia X Edgar!


Notas iniciais do capítulo

Aí vai um extra em agradecimento a todos que acompanharam O Rapto do Filho do Conde. A história se passa antes do nascimento do Aurthur, sendo que a Lydia e o Edgar já estão casados. E ah, fique de olho que tem uma menção honrosa a um personagem que gosto muito (mas, não é do Hakushaku to Yousei)^^.
Ah, vale lembrar que esse extra contém sugestões de trilha sonora! Isso é para prepara-los para a próxima fic: Até As Últimas Consequências, que é claro do fandom Hakushaku to Yousei (mais detalhes dou nas notas finais). Enjoy!



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Sugestão de trilha: Le Repos Du Guerrier (Code Geass R2 – OST)

– EM GUARDA!!! – era o grito do instrutor de esgrima de Lydia.

Em um dos jardins da mansão, a condessa recebia suas aulas. Desde que casou-se com Edgar, ela o via praticando e cada vez mais interessou-se pela arte. E como ele praticamente não negava nada para Lydia, logo pediu para seu próprio instrutor ensiná-la. E foi no começo da primavera que a fairy doctor começava a tomar as aulas.

Lá estava ela com os cabelos presos por uma trança e treinando bravamente com Raven. Como o garoto-fada sabia que Lydia era apenas uma iniciante, não colocava toda a força que tinha. O barulho das espadas se cruzando e indo da esquerda para direita a incentivava ainda mais a atacar. Mas, por um descuido machucou-se quando deu um golpe em falso para se defender. Era um pequeno arranhão, mas o suficiente para abrir uma ferida na pequena e delicada mão de Lydia.

Raven parou no mesmo instante:

– A machuquei, milady?

– Não, Raven! Foi só um arranhão. – disse ela disfarçando para não mostrar a dor que estava sentindo.

– Pois bem, vamos dar uma pausa. Condessa, em todo o caso, faça um pequeno curativo. – opinou o instrutor um pouco preocupado.

– Ora, oras! Minha querida, já sei onde você errou! Você apoiou toda a sua força no polegar. O certo é no punho, como você segurasse o corrimão de uma escada, mas com força! – o abelhudo que falava era Edgar, que tinha acabado de chegar de uma reunião com a rainha Vitória. Mesmo cansado, o seu rosto se iluminava quando via a esposa.

Lydia virou-se irônica para o marido e respondeu:

– Hum… pelo jeito vamos ter que dispensar o instrutor.

– Longe disso, Lily! Você sabe que tem um ótimo potencial e pode ser melhor que eu!

– É o que espero… – disse Lydia de forma bem provocativa.

Raven que tinha saído sem ninguém percebesse (sim, ele conseguia se mover como um gato noturno e ágil) estava segurando alguns copos de refresco.

– Há também algumas guloseimas, dispostas na mesa, conde – anunciou Tompkins, o mordomo.

– Hum… e não é que vim em boa hora? Estou com fome! – disse Edgar já se servindo de alguns lanchinhos de atum e salmão.

Lydia só mexeu a cabeça de forma debochada. Serviu-se de uma bebida e um pedaço de bolo de chocolate e sentou-se ao lado do marido em um banco rodeado de flores, que muitas vezes, ela mesma cuidava.

– E então, como foi?

– Horrível! Você acredita que a rainha Vitória queria aumentar os impostos?

– E ela te chamou para isso?

– Pois é! Como ela percebeu que o Condado está indo muito bem, logo quis tirar proveito disso. Mas eu retruquei e disse que estava fora de cogitação! E outra, já arrecadamos o suficiente para Vossa Alteza… e ela não precisa de tanto dinheiro assim, não é?

– E qual foi o seu argumento?

Ele sorriu astuto e sussurrou:

– Usei magia…

– Edgar! – Lydia o repreendeu em tom de voz acima do normal que chegou a chamar a atenção de Raven, o instrutor e o mordomo que se entreolharam como quem dissessem: “O conde está encrencado!”

Ele levantou os ombros com um sorriso do lado e abocanhou mais um pedaço do lanche.

– Você é impossível!!! – ela continuou - Sabe que não pode usar magia dessa forma!

– Ah, Ly, vou apertar os cintos do pessoal que mora por aqui, para quê? Sem contar que eu não vou arranjar briga com os líderes dos elementais.

– Edy, tenha dó! Querido, por que você não pediu a intervenção do Conde Ciel Phantomhive? Mesmo que seja pequeno e muito jovem, ele é o xodó da rainha.

– Ah, aquele que tem o mordomo bonitão e tudo que é mulher suspira por ele? – ironizou ele e ainda a provocou – Você pensa que não reparei quando você o olhou com canto dos olhos?

– E…eeu…. eeeeeeeeuuuu???

– É sim! Francamente! O tal de Sebastian Michaelis, o arrebatador de corações! Hunf… não sei onde… – reclamou Edgar com um brilho ciumento nos olhos.

– Oras, ele é elegante, fino…– e continuou sem-jeito – Edgar, não foi minha intenção!! E não me deixe sentir culpada! Era impossível não reparar!

– Impossível, não? Hunf… Onde aquele moleque vai, ele vai atrás. Parece uma sombra… ou melhor… parece um agente funerário! Sempre de preto!

Edgar levantou-se para servir-se da mesa, novamente… Enquanto isso, uma das criadas, Lucíola, fez o curativo na mão de Lydia. Quando ela terminou, a fairy doctor agradeceu com um sorriso, mesmo enjoada. E o enjoo aumentou quando a criada retirou-se. E ela segurou firme para não colocar todo lanche e o suco para fora. Ela levantou-se, respirou fundo e antes que conseguisse se recompor, ouviu o instrutor batendo palmas e dizendo:

– O intervalo acabou! Volte para seus postos!

Ela suspirou resignada e, não muito empolgada, pegou a espada que tinha deixado encostada no banco.

Edgar ainda com a boca cheia, levantou a mão e disse:

– Deixe que eu seja o oponente dela!

– Que tipo de brincadeira é essa? – Lydia retrucou brava.

Enquanto ele tirava a casaca, disparou com ar irônico:

– Ah, está com medo, meu amor?

– Hunf…. eu? Medo de você? - e deu uma risada.

Mas, mal ela teve tempo de se posicionar e já viu Edgar com a espada em punho e com a maior cara de moleque traquina.

Sugestão de trilha: Sub-chairman (Code Geass R2 – OST)

– EM GUARDA!

As espadas voltaram debater com oponentes diferentes, mas com uma graça que lembrava um balé. Ela estava em vantagem com gestos mais ofensivos, ele se defendia com rapidez e ainda sorria de um modo tão brincalhão que a irritava ainda mais. Quando ele deu um twist, a espada desequilibrou-se da mão de Lydia e por pouco caiu.

– Ly, defende seu lado direito! O direito!

– Eu sei que estou fazendo! – retrucou brava.

E ela conseguiu com um afundo que ele não chegasse mais perto. Não era uma competição entre marido e mulher, estava mais para um teste que se aplicavam para brincar com os limites do outro. E quem estava lá podia ver que os dois pareciam divertir-se e muito com a situação.

Mais um descuido e Lydia deixou escapar a espada. E quando se viu encurralada por Edgar, soltou:

– Hummm! Ai, que raiva!! – batendo os pés.

– Falei para você, seu problema é se defender demais pela esquerda e não pela direita. E Ly, você nem é canhota!

E de repente, uma vertigem muito forte tomou conta dela. Sua cabeça rodopiou tão rápido e se corpo ficou completamente mole. Só não caiu ao chão porque Edgar a segurou tão rápido quando pôde.

– Lily! Você está bem?

Ela ainda pálida, sorriu e acariciou o seu ventre e falou bem baixinho:

– Eu estou sim. Aliás, eu e o bebê!

– Vo.. vo..você está grávida?? Como você não me disse antes???

– Sim, meu querido! – e continuou: – Iria contar de qualquer jeito hoje, mas como você sempre me surpreende, queria fazer o mesmo!

– Você não passa de uma fada travessa! – brincou ele.

– E você de um conde endiabrado! – riu ela.

Ele a abraçou tão forte e se beijaram tão intensamente que quem estava perto virou o rosto para não atrapalhar o casal. E assim seguiu a tarde, com uma novidade que ecoaria tão rápido quanto os ventos nas colinas.

Agora, a maior questão não era se a condessa conseguiria domar a espada, mas qual seria o sexo da criança.

Fim!


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Notas finais do capítulo

Parãn! Gostaram? Eu adoro essa história. E ela surgiu como uma brincadeira, quando estava terminando O Rapto do Filho do Conde!
Bem, eis o último capítulo dessa fic, e por aqui me despeço agradecendo a todos que me incentivaram, acompanharam a história, favoritaram, enfim, prestigiaram! Muito, muito obrigada! Beijos especiais para Filosofia, Luna, que é uma graça e para Sofia!
Mas, daqui a duas semanas tem mais Hakushaku to Yousei. A nova história é Até As Últimas Consequências. Bem, vamos ao plot:
Imagine que você perca alguém que você ame profundamente... O que você faria por essa pessoa? Moveria céus e infernos, não? E é exatamente que um dos personagens de Hakushaku to Yousei irá fazer... Ho ho ! Deixe-os curiosos, não? Então anota aí, sexta-feira, dia 28 de fevereiro posto aqui o primeiro capítulo! E com sugestões de trilha sonora e... participação especial de Kuroshitsuji... sim, ele mesmo: Sebastian Michaelis (ops, e não foi ele que foi mencionado? ^^). Então, até lá! Beijos! E ah, mais uma vez, obrigada!



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