Death of a Monarchy escrita por beahfp


Capítulo 12
The consumation




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Neste momento Vlad interrompeu tocando o ombro de Henrique.
–Desculpe interromper. - disse sarcastico. - Mas Henrique, gostaria de lhe fazer um convite. - Vlad deu então um sorriso estranho.
– Prossiga. - Henrique se afastou um pouco de mim.
A unica coisa que conseguia fazer era fitar o chão. Percebi que todos ao redor observavam a Vlad pronunciar, e as palavras começavam a entoar vibrantes arrepios.
– Gostaria que a vossa Magestade assistisse hoje a noite o ato de consumação. -
Olhei então para Henrique, ele parecia confuso e então fiz o mesmo para com Vlad e ele estava sério.
– eu... ham...Não poderia ficar mais lisonjeado com tal convite. Mas devo recusar. -
– ah por favor, nós voivodas não aceitamos recusas. -
– nesse caso, não lhe desejo fazer desfeita. -
– perfeito, então. - Vlad segurou minha mão gentilmente. - Terás o privilégio de poucos, Vossa Maj3estade. Aqui as tradições são diferentes.
– Que sorte a minha então. - Henrique disse entristecido.
– Agora vamos querida. - ele me puxou para perto dele e caminhamos para o trono.
Sentei-me e Vlad inclinou-se para mim e perguntou.
– O que vocês dois estavam conversando? -
– nada demais, apenas lhe perguntei como estava a corte. - menti.
– hm. Certo então. -
Cumprimentei alguns mais convidados, e conversei um pouco com minhas damas. Percebi que logo chegaria a hora da consumação e estava ficando nervosa.
– Querida. - Vlad chamou-me docemente. - Vamos, é a hora. - segurou então minhas mãos e beijou minha testa. - Gostaria de lhe dar algo. - ele retirou do bolso uma pequena flor, era uma rosa bourbon.
fitei a rosa por um periodo e Vlad continuou a falar.
– Eu sei que é algo muito simples, mas quando a vi imediatamente lembrei de você. Linda e delicada, e só queria lhe dar pra demonstrar o quanto sou grato por estar ao meu lado. Te amo minha princesa. -
Eu não sabia o que falar, não sabia como agir, e a unica coisa que consegui dizer foi um simples "obrigada". Aquele era o momento em que eu quase entrei em deficit, haviam muitas coisas acontecendo, estava em duvida entre dois homens.
– Então, vamos? - eu disse arrastando Vlad para o quarto.
O padre, minha mãe, meu pai, o irmão de Vlad, Henrique, minhas damas de companhia e um bispo nos acompanharam até o mesmo e lá se assentaram de frente para a cama como de costume. Eu me direcionei aos meus aposentos para me trocar e Vlad fez o mesmo.
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HENRIQUE'S POV
Ter que presenciar essa cena lamentável com a maior certeza será o pior que irei passar na vida. Acompanhamos todos ao quarto. Estava com dor de cabeça e então sai do quarto e me encontrei com Catarina Medici e Henrique II
– Ora ora, o que faz o rei da Inglaterra em solo voivoda? -
– Pergunto-lhes o mesmo. -
– O que sabe de Vlad Tepes? - Henrique II perguntou.
– O pouco que sei não lhe é favorável. -
– Tenho as mesmas impressões. - Henrique II disse.
– Vejo que vinha dos aposentos de Vlad, estava assistindo ao ato de consumação? -
– Sai antes de começar, fui convidado, mas a mim não me interessa assistir a essa fornicação infame. -
– parece estar aborrecido Majestade. -Catarina disse rindo.
– Catarina, cale-se. -
–Não ouse mandar eu me calar, sou a rainha da França. -
– Creio que Diana já o teria feito se estivesse aqui. -
– Não mencione aquela meretriz! - Catarina disse alto. -
– Parem, por favor. Não estamos em solo natal, não é polido discutir no estrangeiro. - Henrique II disse afastando Catarina.
–Se me permitem, devo voltar a sala da fornicação, melhor companhia os gemidos do que voz de sua esposa. -
– que insolencia. - Catarina disse enquanto eu me afastava.
Assim que entrei na sala, vi Anne e Vlad consumando seu casamento perante Deus e a corte. Parei e encostei-me a porta ficando de frente para a cama.
As vezes agradeço por existirem mosqueteiros, os mesmos que me permitiram poupar lágrimas, uma vez que não pude ver a face de Anne, espero que a mesma não esboçasse feição de prazer. Enquanto Vlad a beijavam ele olhava para mim com aquele fulgido olhar de vitoria, o mesmo olhar que me dizia o que não mais me pertencia. Minha vontade era a de atacá-lo e quebrar-lhe o pescoço, mas Deus sabe o que aconteceria caso eu o fizesse. Só poderia eu guardar toda aquela raiva e angústia.
O padre então manifestou-se e terminou o ato com uma oração e disse: "Está consumado."
Fui o primeiro a me retirar dos aposentos, aquela cena toda me dava repulsa.


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