Priston Tale escrita por Yokichan


Capítulo 26
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Cap longo, menines. q
Então vou dividir ele e posto a segunda parte no próximo post ;*



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Flashback On.

 

 

"O tremor que se espalhou por Iron naquela madrugada foi assombroso. As duas, que dormiam protegidas por seus bonitos e iluminados sonhos, foram despertas por aquele arrepio gélido que lhes tomou conta das espinhas, alastrando-se pelo restante do corpo. Uma fobia semelhante a de estar caindo em um longo túnel sem fim, sem jamais ver a luz, sem jamais parar de cair. O tremor repetiu-se em um intervalo de breves segundos, desta vez mais profundo e terrível. Algo capaz de fazer os corações congelarem, capaz de fazer os olhos vacilarem no escuro. Elas não precisaram de palavra alguma para ter certeza de que aquela realmente era a força devastadora do Fury.

         Uivos, gemidos e gritos surgiram seguidamente, feito o som infernal de prisioneiros condenados a passar o resto da eternidade a sofrer violentamente em masmorras envoltas por altas labaredas. Aquilo não poderia ser apenas um pesadelo conjunto. Mystic lançou-se barraca afora, estancando o passo repentinamente. Logo, puxou Hakuna pela gola do robe rosado, lançando-se ambas para longe do improvisado abrigo. Foi o tempo para que elas alcançassem a sombra de uma grande rocha, e agressivamente a barraca foi destruída por um exército de criaturas metálicas que corriam em direção à saída de Iron. Sobrevoando a multidão monstruosa, um pássaro negro coberto por ferrugem voava na mesma direção, carregando sobre suas costas um homem trajando um capa escura com capuz a encobrir o rosto. Embora a face permanecesse desconhecida, o ódio sombrio e caótico que emanava aquele homem era inacreditável. Apenas por lhe ver no alto do céu escuro, Mystic sentiu como se tudo fosse acabar ali, como se sua vida não tivesse mais sentido algum. Hakuna pousou as mãos sobre os lábios, impedindo que um grito assombroso escapasse. Seu coração pulsava acelerado, como que descontrolado, pedindo pela fuga imediata daquele lugar. As duas guerreiras sabiam que Fury não era um homem normal, e que certamente resumiria Priston à cinzas se os protetores do continente não agissem naquele instante."

 

 

Flashback Off.

 

 

Mystic POV On.

 

 

         Caminhando pela verdejante e tranquila Florest Of Spirits, silenciosas e aflitas com a visão da madrugada que mal se fora, eu e Hakuna mantínhamos os corações apertados. As altas e esculturais árvores nos sombreavam docemente, embora não fossem capazes de esconder o temor em nossos olhos. Jamais havíamos imaginado que o inimigo seria tão forte e tão poderoso, com um incrível ódio que podia ser sentido à distância. Teria aquele homem tanta treva no coração? Afinal, ele teria mesmo um coração?

         Inusitadamente, percebi quando a Sacerdotisa fechou os punhos com tensão, caminhando lentamente ao meu lado. Aquilo era realmente algo estranho de se ver, pois Hakuna costumava ser a criatura mais doce e calma de Priston, a mais segura de seus sentimentos. Aquela fora a primeira vez que eu a vira tão preocupada, tão receosa.

 

- Ei, o que foi? - perguntei, pousando minha mão delicadamente no pequeno ombro dela

 

- Hum, nada. - ela murmurou, fracamente; o que ela pensava que estava fazendo mentindo para mim?

 

- É, e eu sou um esquilo falante. Aff, desembucha. - disse broncamente irônica, sorrindo no final daquelas palavras

 

- Bom, você sabe. - ela murmurou novamente, o que me fez aproximar o rosto do dela para poder lhe ouvir, então ela continuou - Sobre o Fury, sobre Priston... - disse ela, pausadamente - O que você acha? - ela olhou-me tristonha

 

- Sobre o quê? - arqueei uma sobrancelha à fitá-la; ela deixou os ombros caírem

 

- Sobre a guerra. Vamos conseguir derrotá-lo, não é? - ela sorriu tristemente, e eu pude notar a melancolia em sua face pálida

 

- Há, fala sério! - grunhi debochadamente, cruzando os braços enquanto caminhávamos - Não acredito que você está pensando nisso. - bufei, cabisbaixa, então meu rosto se elevou para a copa das árvores - O que está achando? Que estamos enferrujados? - abri um sorriso inclinado

 

- Err, não é isso. - ela suspirou, igualmente cabisbaixa - É que nunca enfrentamos alguém como o Fury. - argumentou Hakuna

 

- Você está sendo patética, ok? - encarei-a de soslaio - Você vai ver como eu vou chutar o traseiro dele até que ele peça clemência. - sorri maliciosa e animada

 

- Mystic... - ela sorriu, divertindo-se com minha empolgação - Você é engraçada. - e então o temor abandonou seus olhos rosados

 

         Gargalhamos brevemente, naquele curto momento de diversão. Afinal, quando teríamos outro momento como aquele para brincar com coisa que na verdade deveriam ser levadas à sério? Talvez, não o tivéssemos. Nada daquelas filosofias inúteis sobre o valor de nossas vidas importava se no fim daquele dia livrássemos Priston da ameaça mortal que se estabelecera nos confins de Iron. Aquele tal de Fury, eu sinceramente estava animada em poder encontrá-lo e mirar meu arco na sua maldita direção.

         Gemidos e soluços despertaram-me de meus nem tão profundos pensamentos. Murmúrios frágeis, quase inaudíveis. Imaginei o que seria aquilo, talvez um animal nas entranhas da floresta, um animal certamente desengonçado para grunhir daquela maneira. Parei, deixando que Hakuna seguisse alguns passos à minha frente antes de perceber que eu não mais a seguia. Meus olhos vasculharam meticulosamente as folhagens ao meu redor, não encontrando nenhum sinal que pudesse explicar aquele estranho e fraco pranto. Por um momento, duvidei de que fosse alguma "pegadinha" de Hakuna, mas ela não costumava ser estúpida daquele modo. Obviamente, ela só se tornava estúpida quando pensava coisas estúpidas.

         A Sacerdotisa voltou até mim, encarando-me curiosa. Certamente ela também havia percebido aquele curioso som, quase um lamento muito tênue. Olhei-a e assenti silenciosamente com o rosto, caminhando na direção oposta a dela: iríamos procurar a fonte daqueles gemidos tão fragilmente soluçados. Enquanto Hakuna investigava uma fileira de árvores muito bem postas em simetria, eu embrenhava-me no amontoado de arbustos. O murmúrio se aproximava de mim a cada passo, e enquanto tentava distinguir a origem daquele som, uma palavra saltou-me à mente, forte e truculenta. Criança! Como eu não havia percebido antes? Talvez, por raras terem sido as vezes em que eu tivera algum contato com crianças. Atirei-me entre os arbustos, gritando enquanto os gravetos arranhavam minhas pernas protegidas pela armadura.

 

- Ei, onde você está?! - chamei aos gritos, e naquele momento os murmúrios pararam - Ei! Ei! - olhava para todos os lados aflita

 

         Hakuna correu ao meu encontro, e senti inveja quando suas ondas de cabelo rosado voaram por sobre seus ombros, como uma cascata de algodão doce. Ela parou ao meu lado, procurando pelo alvo de meus gritos. Não precisamos procurar muito mais, pois logo uma pequena criança ergueu-se atrás de um arbusto fechado.

 

"- Muito pequena mesmo!" - pensei pasma enquanto fitava a criança amedrontada à frente

 

         Era uma menina, uma bela menina, mas seu rosto estava molhado por lágrimas que não paravam de descer de seus profundos olhos azuis. Os longos cabelos louros encontravam-se desgrenhados, com resquícios de folhas e gravetos. As minúsculas mãos apertavam-se trêmulas em frente ao queixo, de cotovelos unidos rente ao pequeno e palpitante peito. Sem dúvidas, uma criança tomada pelo medo e pela solidão, já que ignorando o fato de ser tão nova e indefesa, encontrava-se em uma floresta remota como aquela. A Floresta dos Espíritos poderia ser apenas um jardim de flores para pessoas como eu e Hakuna, mas para uma criança sozinha poderia se tornar um parque de terror.

         Suspirei pesadamente, baixando os olhos por um momento. Quem teria coragem de abandonar uma menina tão doce naquele lugar? Ao encontrar novamente seus pequenos olhos lacrimejantes, senti uma enorme dor avançar em meu coração, uma piedade sem tamanho, um carinho que precisava ser exposto. Aquela criança, terrivelmente me lembrava a época em que eu estive na mesma situação lamentável. Aquela criança, ela era como eu. Aquela criança precisava de mim, eu tinha certeza.

 

- É apenas uma criança... - Hakuna murmurou comovida com a situação, unindo as mãos em frente ao peito como de costume

 

         Lentamente, aproximei-me da menina, que não se moveu. Agachei-me diante de seu pequeno corpo que tremia por completo, talvez de frio, fome, ou especialmente medo. A minúscula desconhecida me fitou como se pedisse ajuda, e depois de tremerem, seus lábios desabrocharam em um pranto desolado. Imediatamente, senti raiva da pessoa que cometera tal atroçidade com aquela pequena. Ao perceber, minha mão já estava gentilmente depositada sobre o frágil ombro daquela criança de vestes esfarrapadas. Ela olhou-me inocentemente surpresa.

 

- Ei, por que está sozinha aqui? - perguntei, o mais afável possível para não intensificar o medo da menina; lembrei que as lágrimas que rolavam por seu pálido rosto eram as mesmas que outrora rolaram pelo meu

 

- E... Eu não tenho ninguém. - murmurou a pequena, baixando seu rosto doloroso para os próprios pés descalços sobre a grama

 

- Hum, foi o que eu imaginei. - pensei em voz alta - Então, como você se chama? - sorri amistosa

 

- Ju... Justine. - sua delicada voz falhou devido ao pranto que não cessara

 

- Ju-Justine? Hum, me parece um nome estranho. - sorri irônica, arqueando as sobrancelhas; a menina sorriu, divertindo-se

 

- Justine..! - repetiu ela então com mais segurança, olhando-me curiosamente

 

- Ah, sim. - assenti, risonha - Então, Justine... Quer vir com a gente? - perguntei, indicando Hakuna com um de meus dedos

 

- Vocês parecem ser legais... - comentou ela insegura, olhando para mim e para Hakuna com melancolia; suas pequenas mãos afrouxaram-se, caindo sobre o colo

 

- É, somos pessoas legais demais! - afirmei estupidamente sorridente, piscando irônica; oh, como eu me odiei por aquele papel falsamente materno! - Eu sou de Richarten, e ela é de Pillai. - sorri, apontando novamente para Hakuna

 

- Olá, eu me chamo Hakuna. - ela sorriu simpática e contagiante; naquele momento, certamente Hakuna se pareceu mais afável do que eu

 

- Ela é uma pamonha, mas até que é divertida às vezes. - sussurrei com escárnio próxima ao rosto da menina, que riu docemente - Sabe, em Richarten tem um velhote muito "gente boa", tenho certeza que ele lhe tornará uma grande guerreira. - assenti animada

 

- Mystic, não fale assim do Conselheiro Verkan. - advertiu-me Hakuna sutilmente

 

- U... Uma grande guerreira? - seus pequenos olhinhos brilharam para mim, ansiosos e impacientes - Isso é verdade? - sondou ela

 

- Claro que sim, e enquanto isso você ficará comigo. Que tal? - sorri outra pateticamente animada; minha psicologia infantil era horrenda, um fracasso

 

- Tia, me leve com você! - gritou ela eufórica, estendendo seus pequenos braços na minha direção; ela tinha um sorriso lindo

 

- Ei, Tia não. - reclamei, retorcendo os lábios tediosamente - Me chame de Mystic, certo? - bufei, então abrindo um sorriso sincero

 

- Hum, Mystic! - animou-se Justine, saltitando ansiosa

 

- Então, vamos indo. - sorri, pegando a menina em meus braços e a depositando sentada no alto de meus ombros

 

- Wow! - entusiasmou-se a pequena, com os braços envoltos em minha cabeça - Aqui é tão alto..! - sorriu ela, satisfeita

 

- Own, Mystic! Ela é tão linda..! - disse Hakuna sorridente, caminhando ao meu lado rumo a cidade de Richarten

 

- É, eu vou cuidar dela. - afirmei orgulhosa, segurando a criança pelas finas pernas - Ela será minha pupila, sacou? - pisquei risonha

 

- Ahn, sim! - sorriu Hakuna - Espero que meu filho seja tão doce como Justine. - ela pousou as mãos na barriga, nostálgica

 

- O que é filho, Tia Hakuna? - perguntou Justine inocente, e naquele momento eu soube que ela nunca tivera pais de verdade

 

- Ahn, filho é... - murmurou a Sacerdotisa, mas eu a cortei sem hesitar

 

- Filho é uma criança pequena, assim como você. Uma criança que tem alguém. - sorri, disfarçadamente beliscando o braço de Hakuna

 

- Err... Ah, isso mesmo! - Hakuna disse com seu sorriso amarelo, afagando a mão agredida

 

- Então eu sou um filho! - decidiu Justine - Eu sou um filho porque tenho você, Mystic! - resolveu a pequena, inocente

 

- Filha. - corrigi, bufando atônita pelo pensamento daquela criança; ela realmente queria ser minha filha?

 

- O que você é então, Mystic? - perguntou a menina, mexendo lentamente em meus cabelos azuis

 

- Ela seria sua mãe, teoricamente. - respondeu Hakuna por mim, e eu desejei que ela não estivesse grávida para eu poder socá-la

 

- Ei! - reclamei, cerrando meu cruel olhar para a Sacerdotisa, que apenas sorriu

 

- Mãe! - festejou Justine sobre meus ombros - Mãe, obrigado por cuidar de mim. - agradeceu ela, tão docemente que as palavras não saíram por meus lábios tensos

 

         O que eu poderia falar para uma criança que eu acabara de encontrar? Como eu diria que ela não poderia me chamar de mãe e se considerar minha filha? Oh, como aquilo era difícil. Eu jamais havia me imaginado daquela maneira, cuidando de uma criança que aparentava não passar dos quatro anos de idade. No entanto, Justine era uma boa criança, e eu realmente ficaria com ela. Imaginei o que Electro pensaria sobre aquilo. Especialmente, imaginei o que Electro estaria fazendo.

 

         Ao passarmos pelos portões de Richarten, pedi que Hakuna fosse até Navisko e reportasse nossas informações à Verkan, pois eu precisava cuidar de Justine. Reclusamente, eu também planejava encontrar Electro, mas aquilo não precisava ser dito. A Sacerdotisa assentiu e tomou a direção do portal, afastando-se de mim e da sorridente menina em meus ombros. Decidi que aquela criança estaria com fome e precisava urgentemente de roupas e um banho quente, afinal, eu era a única que poderia lhe proporcionar aquele aconchego. Ao chegarmos à porta de minha sutil casa no norte de Richarten, desci Justine de meus ombros e a depositei no chão ao meu lado. Inconscientemente, eu segurei sua pequena mão em sinal de proteção. Seus finos dedinhos se aqueceram envoltos pelos meus.

 

- Bom, aqui é minha casa. Você vai morar aqui também a partir de agora. - disse-lhe afável enquanto abria a porta de madeira

 

- Eu gosto da sua casa, mãe. - Justine revelou, sorrindo inocentemente para mim; eu a olhei surpresa

 

- Ahn, por que você gosta dela? - perguntei, no intuito de esquecer a palavra que gentilmente a criança dirigira à mim; abri a porta

 

- Porque tem um pássaro bonito. - a pequena disse, apontando para o desenho de uma Fênix esculpida na porta

 

- É uma Fênix. - revelei sorridente - Agora vamos entrar e arrumar alguma coisa pra você. - a conduzi para dentro pela mão

 

- Uhn! - assentiu Justine alegremente

 

         Entramos, e eu senti que aquela realmente não era apenas a minha casa. Era a casa de Justine também, de minha fantasiosa filha. Abri as janelas, deixando o sol varrer a escuridão daquelas paredes. Era uma casa pequena, mas cômoda e confortável, o suficiente para duas pessoas. Preparei alguns ovos fritos, bacon e macarrão, os quais a menina praticamente devorou com uma ansiedade incrível. Há quantos dias ela havia permanecido sem comida? Aquilo era realmente cruel. Bebemos suco de abacaxi juntas e sorrimos quando a orla superior de nossos lábios ficara marcada pelo líquido. Estar com Justine era incrivelmente agradável. Após o atrasado almoço, lhe preparei um banho quente, no qual a pequena provocou uma doce festa. Era a primeira vez que ela entrava em uma banheira tão grande como aquela, e eu senti-me satisfeita por proporcionar felicidade àquela criança. Como não dispunha em minha casa de roupas infantis, peguei algumas das minhas e as cortei grosseiramente, afinal eu não tinha dons para alfaiate. Serviram superficialmente, e eu prometi que mais tarde providenciaria algumas mais adequadas para o seu tamanho. Para Justine aquilo não importava, ela apenas sorria alegremente, e aquilo aquecia meu coração. Com alguns cobertores, improvisei uma macia cama para a pequena no chão de meu quarto, na qual ela suspirou aliviada ao se deitar.

 

- É deliciosa, mãe. - disse Justine, acomodando-se sobre os cobertores

 

- Hum, logo comprarei uma cama de verdade para você. - sorri ajoelhada ao lado da menina, cobrindo-lhe com outro cobertor

 

- Será uma cama com muitas Fênix, mãe?! - perguntou ela eufórica, e seus olhos brilharam comovidos

 

- Ah, pode ser. - assenti risonha - Com muitas Fênix douradas, eu mesma as farei. - prometi entusiasmada

 

- Você também gosta de Fênix? - perguntou ela, esfregando o pequeno punho pelos olhos já sonolentos

 

- É, como você disse... Elas são muito bonitas. Um dia eu lhe mostro uma, certo? - sorri, terminando de cobrir Justine

 

- Eu vou esperar, mãe... - bocejou a pequena, deixando que seus olhos se fechassem cansados

 

- Agora durma, eu estarei bem aqui. - acalentei, percebendo que ela já dormira profundamente - "Estava mesmo cansada..." - pensei melancolicamente

 

         Aquela criança mudara algo em meu coração. Eu não sabia como aquilo havia acontecido, mas quando eu olhava para Justine, sentia como se precisasse sempre estar ao lado dela, para que jamais voltasse a ficar sozinha na escuridão de um mundo desconhecido. Eu a protegeria com minha Fênix, com nossa Fênix dourada.

         Olhei pela janela do quarto. Começara a chover, fracamente.  


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