Priston Tale escrita por Yokichan


Capítulo 25
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Poisé, gente. As coisas eram rápidas antigamente. qq
Ficavam e já casavam, uhu 0//
EHUAHEUAHEUHAUEH



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Flashback On.

 

 

         "Um homem não precisa de felicidade. Um homem precisa de amor e coragem, coragem para ser forte. Era o que pensava Seth, e no fundo de seu coração nenhum outro enigma se encaixaria tão perfeitamente ao momento quanto aquele. Também era certo que nenhum amor ou coragem valeria à pena na ausência de um estímulo que os fizesse nascer no peito de um ser. Para Seth, aquele estímulo era Ariel, a nascente de seus vitais devaneios. Ele tinha um amor, tinha coragem, tinha força para lutar, o que mais precisaria ele para se satisfazer como um homem? Apenas um nome surgia em sua mente, apenas um rosto.

 

'Ariel, é verdade que sem você não sou um homem completo. Mas por favor, não seja assim tão cruel comigo.' - fantasiava ele enquanto via diante de seus olhos a imagem da mulher amada, da fada azul de seus sonhos

 

         À entrada da soturna caverna no extremo norte gélido de Heart Of Perum, Seth arquitetou meticulosamente um plano infalível para conquistar completamente o amor da tão desejada Guardiã. A lembrança dos lábios dela lhe embebedavam naquela suave nostalgia, como se o conduzisse para o ilusório fundo de um cálice de cristal. Seth balançou a cabeça, sutilmente. Havia uma curva inclinada de sorriso em seus lábios. Aquele não era o momento para recordar o quão doce e lasciva era a inocência fascinante de Ariel, aquele não era o momento para melancolias. Ali, no interior sombrio daquela caverna, ele encontraria a prova perfeita para demonstrar seu grandioso amor à uma mulher. Sem hesitar, adentrou a escuridão, perdendo-se na penumbra fantasmagórica daquele vazio perturbador. O breu era tão denso que logo ele perdera a visão das próprias mãos, envolto pelas frias e silenciosas sombras.

 

'Olhe, Ariel. Olhe o que eu faço por você.' - brincou ele, elegantemente sorridente enquanto penetrava no extremo interior da cavidade rochosa

 

         Lhe restando apenas o tato das mãos na falta da visão, Seth retirou de debaixo da longa capa azul que trajava por sobre a armadura um escudo oval com entalhes agressivos que lhe cobria toda a extensão do braço, o Hyperion Shield. Ao erguer o escudo para o alto, uma vasta e azulada claridade fez ofuscar todo o perímetro da caverna por alguns instantes.

 

- Divine Shield. - invocou ele, tomando controle da magia que originalmente servia para tornar o escudo mais resistente, mas também para adquirir vantagem da luz radiante que agora envolvia todo o escudo; aquela energia era denominada como a proteção absoluta dos deuses - Hum, assim está melhor. - comentou Seth, arqueando vitoriosamente as sobrancelhas

 

         A penumbra fora dispersa pela potente claridade, clareando consideravelmente a visão do Knight. Ele pôde ver o túnel rochoso pelo qual passara até então, um pouco estreito e muito longo. O fim da caverna ainda não podia ser percebido, o que fazia da mesma um bom covil. Continuou sua lenta - e cautelosa - caminhada. Por mais tranquilo que Seth estivesse ao seu respeito, ele não poderia cometer nenhum deslize. Sabia muito bem que tipo de criatura habitava aquela grotesca caverna, e qual era a dimensão de suas forças. O que ele buscava num lugar tão sórdido quanto aquele era exatamente o que a antiga criatura guardava, o presente ideal para Ariel: a lendária Pedra de Midranda. Desde tempos remotos, se ouviam rumores sobre a existência do misterioso artefato, que por muitos anos fora procurado mas nunca encontrado. Diziam, inclusive, que a criatura que protegia a Pedra de Midranda era uma monstruosa serpente capaz de devorar um homem em segundos. Outros diziam que se tratava de uma gigantesca aranha com incontáveis pernas, a qual não podia ser derrotada por apenas um guerreiro. Haviam também os insanos, que afirmavam que dentro de tal caverna recolhia-se uma criatura com corpo de mulher e leão, simultaneamente. Seth realmente não acreditava naqueles boatos, mas tinha certeza que haveria alguém em seu caminho entre a Pedra e sua mão.

 

'Chega a ser engraçado o fato de eu estar arriscando minha vida para lhe dar a proteção eterna, Ariel. Tenho certeza de que quando a Pedra de Midranda estiver nas suas mãos, você descobrirá o quão importante foi para mim a existência de um frágil desejo seu.' - pensava ele na medida em que se aproximava de seu objetivo, nostalgicamente sorridente

 

         Enfim, o fundo da caverna se aproximava. Seth podia sentir a vibração horrenda daquele lugar, como se alguém estivesse apertando seu coração entre unhas afiadas. Certamente, teria ele uma visão terrível quando chegasse na cavidade principal, onde deveria estar repousando a Pedra de Midranda, o artefato místico com o poder de dar a proteção absoluta ao seu portador. Aquilo era unicamente por Ariel e por seu amor, então não havia com que Seth se preocupar mais do que o necessário. Precisava apenas ser habilidoso como era sempre, e então tudo estaria acabado.

 

- Quem ousa invadir a minha casa? - uma cavernosa e rouca voz perguntou, vinda de muito perto; havia ódio naquela voz

 

- Ora, então há mesmo alguém aqui. - comentou Seth, sorridente ao erguer seu escudo para o alto e então iluminar o almejado fundo da caverna

 

         Sentado sobre um grande trono rochoso, estava uma criatura abominável. Um homem corpulento de pele azulada, de um marinho muito escuro, mãos e pés com garras mortais, coberto por uma túnica de tecido surrado. O monstro, como qualquer um definiria, tinha longos cabelos brancos, caídos sobre os ombros musculosos. Seus olhos eram de um vermelho escarlate, sedentos por sangue. De seus lábios brotavam presas enormes e afiadas, tão assombrosas quanto a figura de seu rosto. Seth não tivera mais dúvidas ao perceber o símbolo invertido de origem antiga e remota contido na testa franzida daquela criatura. O símbolo significava 'Deus', mas por estar invertido fazia alusão ao demônio, o Deus do Inferno. Aquele era Perum, o lendário demônio. Naquele momento, Seth quis imaginar uma monstruosa serpente, uma aranha gigantesca e até mesmo uma mulher com corpo de leão. Qualquer hipótese seria mais agradável do que a de estar diante do demônio Perum, a criatura que nenhum homem conseguira matar. Era pela existência daquele monstro que àquela terra fora dado o nome de Heart Of Perum (Coração de Perum).

 

'- Hunf, parece que estou mesmo em maus bocados.' - refletiu Seth, nada animado

 

- Ou você é muito corajoso ou muito desavisado para vir sozinho ao meu encontro... - comentou o demônio, com sua horripilante voz sombria - Diga-me o seu nome, guerreiro. - ordenou Perum, encarando diabolicamente a imagem de Seth

 

- Hum, parece que você não tem recebido muitas vizitas ultimamente, não é? - sorriu Seth, demonstrando serenidade diante do demônio - Ah sim, me chamo Seth. - disse ele com simpatia, não se sabia se zombeteira ou simulada

 

- Seth, uhn? - o demônio mostrou suas perigosas presas brancas em um sorriso malicioso - Me parece que não está com medo.

 

- E por que eu teria? - Seth ergueu os ombros, logo os deixando cair - Afinal, mal nos conhecemos. - disse ele, irônico

 

- Não acredito que tenha vindo aqui para conversar. - duvidou o demônio, assombroso

 

- De fato, não. - afirmou Seth, pausadamente - Estou à procura de algo, e creio que você possa me ajudar. - disse, então sério

 

- Oh... - murmurou Perum, roucamente - E o que seria? - sondou com escárnio, encarando o jovem Seth

 

- A Pedra de Midranda. - revelou o Knight, obstinado em seu olhar profundo

 

- Está falando... - o demônio levou a grotesca mão até a boca, engolindo-a até o punho e logo a tirando dali com uma reluzente pedra azul entre os dedos - Desta aqui? - zombou a criatura, admirando a preciosa presa na palma da mão

 

- Essa mesmo. - sorriu Seth, com evidentes traços de estímulo no rosto - Se me permite, irei levá-la. - anunciou ele, levando a mão por sobre o ombro até as costas e tirando dali a grandiosa Extreme Sword (Espada Extrema), a qual apontou na direção do demônio, destemido

 

- Ora, ora... - Perum arqueou as grossas sobrancelhas brancas, erguendo-se imperialmente de seu trono - Então o garoto quer brincar? - provocou o demônio, cerrando o cruel olhar

 

- Minha brincadeira cortará sua cabeça. - disse Seth, totalmente seguro de suas palavras - Não importa o que você seja. Eu, o Knight da Elite de Priston, lhe mandarei para as profundezas de onde jamais deveria ter saído! - vociferou ele, bravamente

 

- Venha, moleque. - o demônio chamou, diabolicamente

 

- Sangre até a morte... Demônio! - gritou Seth, lançando-se furiosamente contra Perum

 

         Uma explosão de luz eclodiu da caverna. Naquela terra abandonada pelo medo, um ruidoso tremor atingiu montanhas e penhascos, planícies e desfiladeiros. Um tremor interno, como se todo aquele lugar fosse explodir em segundos, lançando ao céu os resquícios do que um dia foi a morada de um lendário demônio. Foi como se os céus gritassem, reduzindo o sol à uma sutil estrela."

 

 

Flashback Off.

 

Ariel POV On.

 

 

         A noite chegava, e na medida em que a escuridão tomava conta de meu coração, eu sentia o tremor avançar dentro de meu corpo. Nem mesmo os poemas me distraíam, meus olhos se tornavam incapazes de acompanhar o que as palavras diziam. Eu apenas pensava em Seth, naquela demora que me afligia, na lembrança de um pedido tolo que poderia acabar com o que nem ao menos havia começado. Ele me prometera que voltaria logo com a prova de seu amor por mim, mas eu sentia que não suportaria esperar mais. Repentinamente, o sentimento de culpa e arrependimento tomou conta de mim, estraçalhando-me com um pensamento horrendo.

 

"- E se Seth estivesse machucado por minha causa? E se ele tivesse morrido?!"

 

         O que eu tinha feito afinal? Era óbvio que ele me amava, que me queria, mas eu havia tolamente me deixado levar pelo ego de minhas emoções. Eu apenas quis ao menos uma vez me sentir realmente importante, me sentir única aos olhos de alguém. Aquele meu egoísmo havia me levado às ruínas, à destruição do primeiro amor que se apegara fortemente ao meu coração. Eu apenas quis que Seth fosse capaz de mover montanhas por mim, que fosse capaz de me tornar uma mulher diferente de todas as outras, e no fim de tudo eu apenas havia o perdido para sempre. Eu o forçara a cumprir uma promessa que talvez fosse demais para ele. Eu era realmente uma tola, uma estúpida incapaz de compreender um sentimento sincero.

 

"- Oh, Deus! O que eu fiz?!" - puni-me desesperada

 

         Passavam das dez horas da noite, e minhas esperanças haviam sido destruídas. Deixei meus joelhos fracos caírem de encontro ao chão, levando as mãos trêmulas ao rosto transfigurado pela dor, cobrindo entre meus finos dedos a vergonha e a culpa que tomavam conta de mim. Meu corpo inteiro tremia em convulsões, mas a dor era tanta que eu não conseguia chorar, não conseguia derramar uma única lágrima. Então eu estaria destinada a guardar aquele rancor dentro de meu coração como castigo para sempre? Me parecia bem adequado quando eu lembrava do que havia feito. Meu erro não tinha perdão, e eu aceitei aquela punição dos deuses.

 

 

Ariel POV Off. Seth POV On.

 

 

         Desci as escadas que davam para o SOD no exato momento em que vi o corpo de minha frágil Ariel cair de joelhos. Ela tremia, encolhia-se sobre as próprias pernas então incapazes de sustentar o corpo. Imaginei o motivo daquela tristeza, se eu havia apenas me atrasado algumas horas. Sorri, comovido com o sentimento de Ariel. Ela era realmente a mulher por quem eu lutaria sem hesitar, sempre que ela me pedisse, sempre que ela desejasse.

         Atravessando o tapete vermelho do Survive Or Die, percebi o movimento preocupado de Noas ao se lançar alguns passos na direção de Ariel, em caos. Como se meus olhos chamassem pelos da Guardiã escarlate, ela me olhou atônita e congelou antes que alcançar o corpo em ruínas da companheira. Ergui a mão pacificamente para Noas enquanto me aproximava, e com um sorriso aliviado ela entendeu que não deveria interferir naquele reencontro, voltando satisfeita para seu portão de costume. Continuei minha lenta caminhada até Ariel, minha pequena Ariel, e parei diante do corpo curvado dela. Em minha grande mão, reluzia o brilho da Pedra de Midranda, colocada delicadamente junto à um cordão de prata muito fino. Ela continuava a tremer fragilizada, embora eu não pudesse escutar os soluços de um suposto pranto.

 

- Ora, não é de bom tom uma dama como você estar nesse estado. - disse graciosamente, com um sorriso comovido nos lábios

 

         Assombrosamente, ela ergueu o rosto corado para o meu. Seus olhos estavam lacrimejantes, mas sua face estava seca. Então Ariel sofrera tanto que mal conseguia aliviar aquela dor? Meus olhos estreitaram-se, sofridos, ao encontrar os dela daquela maneira tão triste. Ela permanecia pasma a me encarar, incrédula, dividindo-se entre a vontade de me abraçar e de chorar. Imaginei o que ela faria primeiro.

 

- Ariel... - chamei-a com minha voz de veludo, mas ela não reagiu; ela estava em choque

 

         Suavemente, me abaixei diante de seu corpo caído naquele frívolo chão bem esculpido. Ela parecia a estátua de um anjo que despencara de alguma travessa nuvem. Levei minha mão até seus longos cabelos azuis, depositando-os delicadamente atrás dos ombros trêmulos. Ela acompanhou o movimento de minha mão com o olhar vacilante, então deixando que uma lágrima apressada escapasse pelo canto do olho. Sorri encantado, ajoelhado rente ao seu pequeno corpo. Meus braços a envolveram em um abraço que a trouxe para junto de mim, num encaixe simétrico de curvas. Seria impossível para mim descrever o quão maravilhosa era a sensação de ter seu rosto delicado respirando na curva baixa de meu pescoço quente.

 

- S... Seth... Você..? - senti que a voz dela não saía como desejava, atropelada pelo susto que ainda lhe fazia vacilar

 

- Sim, minha pequena. Eu voltei. - assenti graciosamente, apertando-a num elegante abraço enquanto minha boca tocava o alto de seu frágil ombro coberto pelo manto azul

 

- Eu... - gaguejou ela novamente, com a voz tão fraca que mal pude ouvir aquele sibilo

 

- Ariel. - calei-a gentilmente, depositando seu corpo de lado diante do meu, de modo que suas costas tocavam um de meus ombros e consequentemente, o mesmo braço; meu rosto ficou a tocar o alto de sua testa, e então ali eu lhe dei um breve beijo - Espero que esse presente prove meu amor por você. - disse, abrindo minha mão diante de seus olhos atônitos, revelando então a lendária Pedra de Midranda

 

         Ela fitou incrédula a bela e delicada pedra azulada, e seus olhos refletiram o brilho da mesma. Delicadamente, eu coloquei a pedra sobre as palmas das mãos de Ariel, e percebi o quanto ela estava surpresa com aquilo. Foi como se eu pudesse identificar facilmente seus pensamentos naquele momento, seu pavor, sua curiosidade, sua histeria. Ela fechou as mãos sobre a Pedra de Midranda, apertando-a como se quisesse se certificar de que aquilo não passava de mais um de seus delírios. Eu sorri, aconchegando-me na quina da parede ao lado de seu corpo, só então percebendo a quantidade de olhos surpresos que se lançavam contra nós.

 

- Essa é... - ela murmurou, olhando-me pasma - A Pedra de Midranda! - vociferou atônita

 

- Sim, é ela mesma. - assenti sorridente, passando um de meus braços ao redor dos ombros dela

 

- Mas como..? - ela então encarou a pedra outra vez - Como você a encontrou..?! E o Per..! - ela ia gritar outra vez, intrigada

 

- É, o Perum. - completei a frase por ela, sorrindo ao vagar meus olhos pelo alto teto do SOD - Eu dei um jeito nele. - afirmei

 

- Você..?! Isso não é possível! Perum era o demônio que nenhum homem conseguiu derrotar..! - ela ainda estava incrédula

 

- Ei, Ariel. - fitei-a, irônico - Você não confia em mim? - sondei, aproximando meu rosto do seu

 

- Não é isso, é que..! - ela se calou quando peguei a Pedra de Midranda das mãos dela

 

- Eu fiz isso por você, então não reclame, certo? - sorri, colocando gentilmente o cordão com a pedra no pescoço dela - Eu quero que quando eu não estiver aqui, você esteja protegida enquanto eu não voltar. Quero que você fique bem, que você lembre de mim. Quero que você seja minha, e eu vim ensaiando esse pedido o tempo inteiro enquanto voltava de Heart Or Perum. - sorri, pausadamente - Eu não sei como você sonhou em ser pedida em casamento, mas... Ariel, você quer ser a minha mulher? - perguntei, não evitando que meus olhos se tornassem reluzentes diante dos dela

 

- Ca... Casamento..? - repetiu ela, chocada

 

- É, casamento. Você sabe, morar na mesma casa, dormir na mesma cama, compartilhar os sentimentos, ser um do outro. - sorri gracioso, pegando as mãos dela nas minhas - Então, Ariel? Você aceita se casar comigo e ser a minha mulher para sempre? - invadi seu olhar, notando o quão emocionada e trêmula ela estava

 

- Eu... Eu... - ela gaguejou, apertando fortemente minhas mãos

 

- Eu estarei sempre ao seu lado, lhe protegerei, lhe amarei, lhe darei filhos lindos e sentirei ciúmes quando outro homem olhar pra você. Não lhe parece bom? - sorri animado, afagando seu rosto corado com uma de minhas mãos quentes

 

- Me parece... Me parece que... Eu... - ela detinha-se focada e imersa no meu olhar, mas as palavras não saíam - Eu..! - ela fechou os olhos com força, obrigando então as palavras saírem com alguma força - Eu amo você, seu exibido! - ela gritou com coragem e sua voz saiu mais alta do que deveria, fazendo com que todos ao redor nos encarassem com curiosidade

 

- Own... - ouvi Noas murmurar emocionada ao nosso lado, mas meus olhos estavam presos no rosto de Ariel

 

- Isso é um sim? - perguntei, radiantemente sorridente

 

- É... - ela murmurou, olhando-me timidamente - Isso é um sim. - repetiu, abrindo um delicado sorriso que me fez delirar

 

         E então, eu era realmente um homem completo. Ariel era minha mulher, apenas minha, e meu amor era apenas dela, assim como o dela era apenas meu. Nossos corações se tornaram um só, de maneira que nada poderia nos separar. Eu não conseguiria explicar - se me fosse pedido - a dimensão da felicidade que se agitava em meu coração naquele momento. Um homem não precisa de felicidade, era o que eu costumava dizer. Mas se uma mulher insistia em plantá-la em meu peito, como poderia eu negar que ela vingasse?

         Tomei seu corpo para o meu em um abraço eufórico, assim como meus lábios tocaram os dela, tão apressada e calorosamente. Quem se importava com toda aquela gente ao nosso redor? Ariel era minha, e eu a levaria comigo para onde quer que eu fosse. Peguei-a em meus braços, erguendo-nos do chão, e a tirei da calamidade daquela cidade. Não foi preciso mais de dois segundos para que sumíssemos ao passar pelas bandeiras vermelhas de Navisko, e então a noite nos contemplaria eternamente.  


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