The Other Winchester escrita por Flávia Winchester, Ana


Capítulo 18
The First Case: Moon River Brewing - Part Four - Dream


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!
Enfim, concluí esse capítulo que eu queria colocar no ar, há muito tempo. Começamos a introduzir o porque de Melissa e Dean terem essa ligação forte, mas apenas é a introdução... não tirem suas conclusões precipitadas (Okay, podem tirar... :D).

Enfim, espero que gostem.

No Gif: Dean e Melissa - 20 Anos



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P.O.V. Melissa Winchester:

Abri meus olhos e percebi que eu já não estava mais no quarto do motel onde eu havia desmaiado. Agora estava em um quarto de uma casa antiga, talvez do século 17. Foi o que eu pude perceber quando uma mulher de pele negra, me tirou o ar ao apertar os fios do espartilho que eu vestia. Também não era a minha fisionomia de agora, era de quando eu tinha vinte ou vinte e um anos.

– Que merda é essa? – falei para mim mesma, antes que da minha boca, começasse uma conversar alheia ao que eu estava pensando. – Ama, porque o papai insiste em dar uma festa?

– Ele quer comemorar o fato de sua fortuna ter triplicado depois que ele veio para a America.

– E porque eu sou obrigada a ir? – perguntei, gemendo quando a mulher deu outro puxão nos fios.

– Porque estas em idade de se casar, senhorita Bernard. – respondeu a mulher dando um laço nos fios do espartilho e me passando um vestido vermelho e dourado. Com mangas cumpridas e mais espartilhos na frente. Ela me ajudou a vesti-lo e ao contrário do que eu imaginei, ela apenas deu um laço nos fios da frente, sem apertá-los.

– Eu não quero me casar, Ruby. – falei encarando a mulher que franziu o cenho de preocupação. – Eu quero ser livre. Eu não quero ter responsabilidades com casa, com filhos ou com marido. Eu quero viajar, conhecer outros lugares e me aprofundar na bruxaria.

– Cala-te a boca, menina. – falou a mulher para mim. – A casa toda não precisa saber que lhe ensino tais coisas. Se alguém descobre o que faço ou o que você faz, seremos queimadas na fogueira.

– Me desculpe ama. – respondi baixinho. – É só que eu não sei por que a mulher é obrigada a se casar. O que há de bom nisso?

– É algo de se orgulhar, ter uma mulher casada na família. – falou a mulher. – E você irá se casar sim, menina. Deus ajude que dentre todos os jovens que virão hoje para a festa, um deles arrebate o seu coração.

– Nenhum deles conseguiu até o momento, ama. Não vai ser hoje que um deles conseguirá. – respondi e sorri para a mulher a minha frente.

– Você está linda. – falou a mulher e ajeitou uma mecha de meus cabelos. – Agora é melhor eu levá-la até a sua mãe, antes que ela dê um troço e caia durinha no chão. – falou ela sorrindo e me puxou pela mão. Descemos um lance de escadas e chegamos ao salão principal, onde um homem e uma mulher, já aguardavam. O homem usava um justaucorps elegantíssimo, com fios de ouro enfeitando as mangas e as barras da casaca. A mulher usava um vestido na cor creme, com vários detalhes cravados na saia e no corpete.

Ao me ver, ela franziu o cenho e se aproximou de mim, puxou os fios do corpete do vestido e começou a apertá-lo.

– Mãe, ama já apertou. – falei recebendo um puxão forte que me fez perder o fôlego.

– Não parece. – falou a mulher. – Ainda estas parecendo uma porca de tão gorda.

– Eu vou desmaiar. – comecei a ver as coisas girarem e nesse momento recebi uma tapa no rosto.

– Acorde e suporte o seu fardo. – falou a mulher dando um laço nos fios da minha roupa. – Não é culpa minha que tenhas nascido mulher.

P.O.V. Dean Winchester:

Okay, essas crises da Mel estavam me deixando fulo da vida. Toda vez que ela se sentia mal ou desmaiava, eu ia junto. Comecei a pensar em o que aconteceria se um de nós dois morresse. Era melhor não pensar nisso.

Quando me dei conta do que aconteceu, eu estava sentado em um alguma coisa que chacoalhava mais que a baby. Examinei bem o veículo e percebi se tratar daquelas carruagens antigas que os povos usavam quando ainda não existiam carros.

– Okay, isso está muito estranho. – falei para mim mesmo. Havia um homem e uma mulher sentados a minha frente e permaneciam sérios. Ao meu lado havia uma garotinha, de mais ou menos seis anos de idade, brincando com sua boneca. – É, com licença? – chamei os dois a minha frente, mas parecia que eles não me ouviam. – Ei, eu estou falando com vocês. – chamei outra vez e o homem se virou, olhando para mim.

– Pode começar a desemburrar essa cara, senhor Victor Conowell. É o melhor que eu estou fazendo para que você não se perca entre as pernas de alguma camponesa por lá. Você é de família nobre garoto, não vou permitir que se misture com qualquer meretriz.

– Philip. – a mulher deu uma tapinha no braço do homem. – A Caroline está na carruagem.

– Desculpe-me, filha. – falou o homem.

– Eu não quero ir morar com esse tal primo, de sei lá quantos graus, do senhor. – respondi sem que eu tivesse controle sobre o meu próprio corpo.

– Isso já é um assunto decidido, Victor. – falou a mulher loira.

– Mas mãe, eu não conheço ninguém naquele lugar, o que vou fazer?

– Você vai trabalhar e estudar na universidade de medicina de lá e vai ser um médico. Quando estiver formado, poderá voltar para casa. – falou o homem.

– Pai...

– Sem mais, Victor. – falou o homem seriamente e o meu outro eu, se calou. Meia hora depois, a carruagem parou em frente a uma senhora casa. Com dois ou três andares para cima e várias janelas enormes na frente.

Um homem veio nos receber na porta de entrada. Ele abraçou o meu pai, cumprimentou minha mãe e minha irmã. Em seguida, cumprimentou-me. Nos convidou para entrar na casa e assim o fizemos. Mesmo que eu quisesse fugir dali o mais rápido possível.

Da ultima vez em que tive esse tipo de sonho, eu consegui me comunicar normalmente, tendo pleno controle do meu corpo, mas agora, eu nem conseguia me mexer por minha própria vontade.

Passei em frente a um espelho que estava enfeitando um dos corredores de acesso a sala de chá, onde o homem havia dito que nos levaria. A imagem que vi, foi a minha de quando eu tinha vinte anos ou um pouquinho mais.

Segui na direção do lugar e o homem abriu a porta. Paralisei imediatamente, quero dizer, eu e o cara que eu habitava.

– Senhores, essa é a minha esposa, Victoria. – A mulher segurou na barra da saia e nos cumprimentou com uma leve saudação, inclinando o corpo para frente e para baixo. - e essa é a minha filha, Molly. – A menina fez o mesmo movimento e o cara em que eu estava, apenas acenou com a cabeça, sem tirar os olhos da garota. Eu apenas estava espantado, afinal, era a Melissa que estava ali em minha frente.


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Notas finais do capítulo

É isso amores, inté a próxima!!
Beijinhos!!!

Flávia Winchester e Karol.



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