Simplesmente Complicado escrita por Samy Ogawa


Capítulo 7
Olhos Escarlate


Notas iniciais do capítulo

*chega de fininho* Oi gente....... e.e

Antes de mais nada: EVE, SUA LINDA E MARAVILHOSA!! Você não faz ideia da felicidade da sua recomendação, sério, só faltou eu chorar de felicidade *.* Eu me sinto tão culpada por ter que demorar tanto pra agradecer pelo o que você escreveu, OBRIGADA MESMO YuY

E eu queria agradecer muuuuuuuuito a Yuu e a Fernopolo por favoritarem a fic *-*

E gente, obrigada pelos reviews que vocês tem mandado, vocês sabem meesmo como deixar alguém pulando de felicidade *u*

Desculpem a demora, mas eu tive tanta coisa que ficou meio complicado e tals... Mas por fim, espero que gostem do capítulo!



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Subimos até a cobertura. “295”.

– Ai Jiiiiin – esperneei, batendo o pé no chão – A gente tem que fazer isso mesmo? E se ele for um cara gordo e rabugento? Daqueles que adoram cerveja e jogos de futebol? Ele pode ter uma espingarda e sair atirando na gente.

– Amy, não estamos em um rancho ou sei lá que personificação é essa que você criou – sorriu – Acho que este apartamento está mais para um lar da Vovó que faz bolos e doces do que um caipira desses.

Revirei os olhos. Jin encarou a porta “295” e apertou a campainha.

Silêncio.

– Acho que não tem ninguém, vambora – peguei a mão de Jin e tentei puxa-lo para longe. Ele ficou apenas parado, rindo da minha idiotice.

– Espera, acho que tem alguém vindo – me puxou para perto – Vê se fica quieta

– Droga Jin, se eu levar um tiro por causa disso eu vou voltar em forma de espírito pra puxar o seu pé. – cruzei os braços

Ouvimos passos em direção à porta e logo depois, um giro de destranca.

– Vish – me encolhi. Jin deu risada

Quando a porta se abriu, fiquei perplexa. Não era uma Vovó confeiteira nem muito menos um gordo rabugento. Era um cara, e meu Deus, que cara.

– Oi, em que posso ajudar? – perguntou o rapaz, abrindo a porta

Olhei para a parede enquanto chutava o pé de Jin; ele tomou a frente.

– Oi amigo, tudo bem? Será que você teria tipo, alguma comida na sua casa? – sorriu Jin na cara de pau

– O QUÊ? JIN! – gritei; dando-lhe um tapa no braço.

– Quiééé??? – reclamou, passando a mão.

– Precisa ser tão direto assim? – coloquei as mãos na cintura

– Mas o que é que você quer que eu faça? – colocou as mãos na cintura me imitando

– Seja educado! – gritei, mas logo me virei para o rapaz à minha frente – Olha, desculpa pela falta de educação dele, esse aqui é o imbecil do meu amigo Jin – suspirei, empurrando Jin pro lado

O rapaz de cabelos claros riu e me deu uma piscadela. E foi nesse momento, - nesse mágico momento -, que eu me deparei com os olhos escarlate mais incríveis que eu já tinha visto.

Já ouviram falar em hipnotismo? É mais ou menos quando a mente se concentra em apenas uma coisa, digamos assim, de uma forma mágica. E uau, eu estava totalmente hipnotizada por aqueles escarlates profundos.

– Hahahah, e qual seria o seu nome? – sorriu para mim, dando ênfase no “seu” e me tirando do transe.

–Hein?...Ah...me-meu nome, meu nome... meu nome... – gaguejei totalmente distraída

– Amy – completou Jin

O rapaz deu uma olhada rápida para Jin e voltou seu olhar para mim.

– Amy... – sorriu, apertando a minha mão - Muito prazer Amy, me chamo Lupus

Dei um sorriso bobo. Jin apenas revirava os olhos.

– Houve algum problema? Precisam de ajuda? – Lupus se apoiou na porta

– Não é nada, é que a senhorita Amy aqui só sabe comer bolacha em casa, e ela simplesmente não entende que isso não é comida – suspirou Jin.

– A culpa não é minha – cruzei os braços, emburrada. – Você que é fresco!

– EU?! Ora, por favor – exclamou Jin indignado.

Jin e eu começamos a discutir, e nem sequer lembrávamos mais que estávamos fazendo uma cena em frente à porta de uma cobertura enorme, a cobertura de um cara que além de ser gentil, era extremamente gato.

Por favor, céus, que eu nunca mais me lembre desse mico gigantesco!

– Tomara que você morra de fome Jin – apontei – É ridículo você me culpar só porque eu não sei cozinhar.

– Acho que você não percebeu que é ESSE o problema – suspirou Jin impaciente; Lupus o interrompeu.

–Se é esse o problema – ele se virou para mim e sorriu – Eu cozinho, não vejo problema algum.

Abri a boca. Entretanto, não saiu nada.

– Diz que sim – sussurrou Jin no meu ouvido. Olhei-o confusa pela repentina troca de humor e cerrei os olhos lhe perguntando se era isso mesmo que ele queria. Jin me deu um sorriso positivo e apertou rapidinho minhas bochechas – Eu to com fome, baixinha.

– Ah... tudo bem – dei um sorriso de lado. Lupus sorriu para mim e me convidou para dentro do apartamento; Jin nos seguiu arrastando os pés enquanto olhava ao redor.

Fomos guiados até a cozinha. O apartamento era enorme, com direito a estantes gigantes e esculturas, cada coisa organizada ao seu espaço e perspectiva. Quando chegamos perto da porta, Lupus pegou um avental:

– Amy, você me ajuda com a janta? – sorriu colocando a mão em meu ombro; juro que meu coração quase pulou pra fora.

– Não quer que EU ajude? – disse Jin, se apoiando em meu outro ombro, como se estivesse me puxando – A Amy... – procurou as palavras rápido – Não sabe fritar ovo.

– Jin, por favor – empurrei sua mão, depois encolhi os ombros quando olhei para Lupus – Eu realmente não sei cozinhar...

Lupus me olhou e bagunçou meu cabelo

– Não tem problema – sorriu, estendendo sua mão - Eu te ensino

Sem pensar duas vezes, amarrei o avental e o segui para a cozinha, mostrando a língua para Jin, que se remexeu incomodado.

– Ah Jin – lembrou Lupus – Acho que apenas uma pessoa para ajudar basta, você pode ficar a vontade na sala se quiser – apontou os sofás. Jin resmungou alguma coisa e foi para o sofá. Sorri para Lupus pedindo desculpas, ele sorriu de volta. Ele era tão educado, tão fofo, tão gentil. Não acredito que Jin tenha a cara de pau de fechar a cara desse jeito

Lupus deu a ideia de fazermos molho. Ele foi à dispensa para pegar os tomates, aproveitei e olhei de relance para a sala. Jin olhava para os travesseiros estranhamente irritado. Decidi ignorar. Lupus chegou com uma bacia cheia de tomates picados mostrando que eles deveriam ser amassados com as mãos.

– Assim Amy – pegou um pedaço de tomate com as duas mãos e os apertou com força – Têm que colocar bastante força neles, mas cuidado para não espirrarem.

Comecei a aperta-los, mas era ridiculamente complicado pra mim.

– Espera, deixa que eu te ajudar – ofereceu Lupus rindo, dando um passo para o meu lado; ele fez um sinal para que eu pegasse um pedaço e o segurasse. Depois, ele pôs suas mãos em cima das minhas e fez força para que o pedaço fosse amassado

– Er... – virei o rosto com vergonha – Assim?

– Isso, muito bem – sorriu enquanto sussurrava no meu ouvido.

Senti um arrepio; ele sorriu e voltou para onde estava.

Lupus parecia adorar me ver amassar aqueles pedaços vermelhos. Ele ria com os que espirravam em mim, e ria ainda mais com a minha irritação por não levar jeito para isso.

– Merda! – apertei o tomate com força, fazendo-o espirrar em meu rosto

– Hhahahaha – riu Lupus, pegando um pano – com licença, deixa que eu limpo

Lupus levou o pano até meu rosto e começou a limpar. Ele limpava com tanto carinho e cuidado, que ficou insuportável não sentir uma vermelhidão no rosto. Dei uma olhada rápida em Jin, só para conferir. Ele estava com uma cara amarrada, chutando algumas almofadas caídas no chão. Dei um risinho.

Depois de vários minutos com os tomates, Lupus pegou outros ingredientes e começou a preparar uma receita. Fiquei fascinada com a facilidade que ele cozinhava. Quando finalmente o prato ficou pronto, ele tirou do forno e me mostrou a lasanha. E cara, que lasanha!. Abri um sorriso tão grande que ele riu:

– A fome é tanta assim?

– Ah o que? – desviei o olhar – Não...

Levamos a lasanha até mesa de jantar e chamamos Jin. Ele se levantou e nos encarou desconfiado. Lupus arrumou os pratos e nos sentamos para comer.

Jin olhava de relance para Lupus a cada 2 minutos, ele parecia incomodado. Eu queria provocar Jin um pouquinho, só por ele ter sido meio idiota.

– Então, o que achou do prato Jin? – perguntei, apoiando os cotovelos na mesa e colocando as mãos em baixo do queixo, fitando Lupus; Jin rangia os dentes – Lupus é um cozinheiro excelente

– Parabéns Lupus – respondeu dando de ombros, mas logo colocou suas mãos embaixo do queixo e me olhou com cara de quem iria me importunar – Sorte a nossa de que foi ele quem fez, senão a gente já estaria sofrendo de intoxicação alimentar.

– JIN, eu vou fazer você engolir esse seu garfo – encolhi o olho com raiva, Lupus e Jin começaram a rir

– A Amy ajudou bastante, ela pode chegar a cozinhar bem um dia, ela tem talento, sabia Jin? – sorriu Lupus. Sério, achei uma gracinha!

– Ela tem talento... pra queimar a cozinha – respondeu Jin

– Jin...... – olhei-o com raiva; ele piscou um olho e desviou o olhar

– E então Lupus, o que você faz? Faz faculdade? – perguntou Jin, encostando na cadeira.

– Faço faculdade de medicina – respondeu educado, mas dando de ombros – Na faculdade de NY

– Mas espera! – interrompi os dois e refleti por um segundo – Então não era para já termos nos visto alguma vez? Porque nossas faculdades terminam no mesmo horário. – fiz um biquinho.

– Ah, isso – pensou Lupus, rindo – É porque eu faço alguns trabalhos voluntários depois da aula, então chego em casa um pouco mais tarde que o normal, é isso – e deu um sorriso.

– Que belezinha – pus as mãos na bochecha

– Só falta ele dizer que é astronauta também – murmurou Jin, tomando o suco

–Menino! – chutei seu pé por debaixo da mesa; Jin engasgou com o suco e começou a tossir como se estivesse se afogando.

Olhei pra baixo e coloquei a mão na boca pra segurar o riso. Jin olhou me condenando.

Comecei a rir mais ainda.

– E você Amy? – perguntou Lupus, se concentrando pra não rir da situação– Faz faculdade do que?

– De música – sorri – Na faculdade de NY também.

– Sério? – Lupus arqueou as sobrancelhas – E o que você toca?

– Eu me sinto mais a vontade cantando, na verdade – sorri de lado, encolhendo os ombros – Mas eu sei alguns instrumentos também.

Lupus abriu a boca para falar, mas Jin interrompeu:

– Cahan – tossiu o ruivo, colocando a mão semi fechada em frente à boca – Eu também faço faculdade de música, na mesma faculdade que a Amy, se você quer saber

Lupus me olhou como se ele realmente não se importasse em saber; abaixei a cabeça rindo.

– Nós não nos desgrudamos nem por um segundo, não é Amy? – Sorriu Jin orgulhoso, me dando uma piscadela e encarando Lupus

– Infelizmente a gente não escolhe os colegas de classe, sabe? Uó! – Sorri sem piedade. Lupus tossiu pra disfarçar o riso e Jin me olhou com os olhos cerrados.

Encarei Jin e pedi desculpas com o olhar – coisa que fazíamos desde crianças – mas ele apenas ignorou.

Sempre nos gabamos para as outras pessoas de como nunca nos separávamos. Eu nem sabia porque eu tinha dito aquilo. Me senti tão culpada que quis tira-lo dali para abraça-lo e nunca mais soltar, porque afinal, eu adorava o fato de nunca me desgrudar dele.

Quando já havíamos terminado de comer, Jin foi ajudar Lupus a recolher os pratos da mesa, então aproveitei para ir dar uma espiada na sacada. Fui andando até a porta de correr e parei para deslizar a cortina que cobria sua claridade. Arregalei os olhos e apontei:

– Ei... o que é aquilo?


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Notas finais do capítulo

Eu sei que sei lá, não ta digno de um capítulo que demorou tanto pra ser escrito, mas espero que tenham gostado YuY reviews uehuh.

Ps: O próximo eu escrevo mais direitinho e mais rapido ( espero) e.e