A História De Jasper Whitkock escrita por Alice Whitlock


Capítulo 2
Capitulo 2 – Mulheres para quê?


Notas iniciais do capítulo

Olá! Aqui têm um capítulo.



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Estou farto! Realmente farto de tudo isto! Por amor de Deus eu tenho 10 anos, não 18! (na minha cabeça só aos 18 se namoraria, casaria, etc)

Eu vou explicar isto melhor.

Andam umas miudinhas, aqui da quinta ao lado a dar em cima de mim, não era suposto serem os homens a pequearem as mulheres?, ainda por cima as miúdas são feia quem nem porco depois de ter rolado na lama. Não que elas estejam sujas mas elas são horríveis, o pior de tudo é que o meu irmão tolo quer juntar-me com uma delas mas está indeciso em qual é mais bonita.

A essa pergunta eu respondo. NENHUMA!

Neste preciso momento estão as duas sentadas debaixo de um dos castanheiros da quinta e porquê?

Porque o meu queridíssimo irmão decidiu inventar uma história de que eu gostava de uma das meninas e contou-a para a minha mãe, ao que ela toda contente chamou-as para virem passar um tarde connosco.

– Eu quero matar-te! – Sibilei para o meu querido e adorado irmão (sintam a ironia) enquanto dirigíamo-nos para cumprimentar a horrorosa e a feiona.

– Porquê? – Perguntou fazendo-se de desentendido.

– Eu vou matar-te, definitivamente… - Disse fazendo uma voz rouca e mandando os cabelos para a frente dos olhos fazendo o meu melhor ar de assassino por entre os cachos loiros.

Erik estremeceu ao olhar-me e engoliu em seco. É, eu até que tenho jeitinho para isto.

Estávamos a apenas uns passos da miss feiura 1 e 2, quando elas se levantaram a caminharam lentamente até nós diminuindo o espaço de distância.

Forcei-me para sorrir quando elas pararam a nossa frente.

Elas traziam um semblante triste no rosto.

– Olá! – Cumprimentaram forçando-se para sorrir.

Eu podia sentir o sentimento de tristeza pairando sobre as suas cabeças. Não me perguntem como.

– Olá, horr… - Ops! Ia escapar – Hortência e Amarilde. – Cumprimentei corrigindo o meu quase erro, ainda bem que uma começava como a palavra horrorosa.

A Hortência é morena, com os cabelos curtos, estava com um vestido amarelo canário.

A Amarilde é loira, com os cabelos pelo meio das costas, estava com um vestido rosa clarinho.

– Porque estão tão tristes? – Perguntou o futuro defunto, julgo o meu irmão.

Amarilde fez um teatrinho e mandou-se para cima de mim, fingindo chorar baba e ranho.

– Nós vamos embora de Houston. – Choramingou falsa.

– Ai é! – Disse radiante ao que elas olharam-me confusas e eu corrigi a minha expressão para uma de tristeza.

Sou um excelente ator, e para que conste também um óptimo mentiroso.

– Tenho muita pena. – Disse. – Entremos e falemos melhor sentados no sofá. – Ofereci com o modo cortês com que fui educado.

– Nós preferimos ficar aqui fora e aproveitar a última vez que sentiremos este maravilhoso ar de Houston. – Disse Hortência aproximando-se do meu irmão que fez uma careta esquisita.

Ela pegou-lhe no braço e puxou-o para mais perto dela.

“O feitiço virou-se contra o feiticeiro” pensei contente.

Caminhamos juntos, infelizmente, para debaixo do castanheiro em que elas estavam sentadas.

– Então e porque iram embora da cidade? – Perguntei tentando ser educado.

Elas sentaram-se no chão e eu rapidamente subi ao ramo mais baixo da árvore para não ter de estar perto delas.

Elas olharam-me confusas e o meu irmão tentou fazer o mesmo que eu, mas Hortência não o deixou subir.

– Então, é que o nosso pai trabalhava no banco, mas arranjou um cargo melhor em Bellaire… - Ela não continuou.

– Amarilde! Hortência! – Ouvimos chamar o nome delas, era voz de homem, por isso devia ser o pai para leva-las embora. Sorri internamente com isso, finalmente iria livrar-me delas.

Um homem alto e gorducho entrou no nosso campo de visão, era moreno aloirado.

As miss feiura 1 e 2 levantaram-se quando o homem chegou perto de nós.

– Boa tarde, pai. – As duas cumprimentaram em uníssono, sinistro.

– Tenho uma notícia para vocês – Xii, coisa boa não lá vem… - O dono do banco ofereceu-me um aumento de cargo hoje…

– E então? – Perguntou Amarilde.

– Então isto significa que não nos vamos mudar! – Ele anunciou contente.

Elas riram e abraçaram o pai, o meu irmão fez uma careta e eu… simplesmente desequilibrei-me do ramo da árvore e senti o chão duro por baixo das minhas costas.

**

– Jasper? Jasper? – Ouvi chamarem-me.

Espera ai, a voz da minha mãe?

Abri os olhos a custo por causa por causa da claridade, já não sentia o chão mas uma superfície fofa. Assim que consegui abrir os olhos vi a minha mãe sentada ao meu lado na cama.

– Mãe! – Disse surpreso tentando levantar-me mas fui impedido por ela. – Que aconteceu? – Perguntei.

– Oh, amor… Cais-te do castanheiro do quintal e desmaias-te. – Disse com uma voz materna e doce, acariciando-me os cabelos. – Que susto que nos pregas-te.

– Só cai, mãe, mais nada. – Disse desvalorizando o problema, afinal quantas vezes eu cai e desmaiei por bater com a cabeça? Muitas vezes.

– Só caiu, menino? – Perguntou Nair, ao entrar no quarto. Nair era uma criada negra, mas mais que isso era uma grande amiga minha. – O menino esteve desmaiado a noite toda. – Disse pondo umas toalhas brancas sobre a arca que tinha os meus brinquedos ao fundo da cama.

– Espera! Que horas são? – Perguntei assustado.

– Meio-dia, meu amor. – Respondeu-me a minha mãe.

– Eu estive desmaiado o resto da tarde de ontem, a noite toda e a manhã de hoje? – Perguntei confuso, nunca antes tinha estado tanto tempo.

– O médico veio cá ontem tratar de ti, e veio cá hoje mais cedo também, ele disse que devido a campada forte e á ferida, poderia demorar mais para acordares. – Disse a minha mãe.

– Espera um pouco, quando é que eu desmaiei? – Perguntei, a minha mãe ficou confusa dava para ver pela expressão.

– Ontem, ao final da tarde, quando o Sr. Anderson veio cá. – Respondeu.

O Sr. Anderson é o pai das Miss feiuras.

– Espera, ele veio cá para dizer as filhas que não iriam embora, não foi? – Fiz mais uma pergunta.

– Sim, não é bom, assim já não vais ficar longe da Amarilde o teu amor secreto. – Disse a minha mãe contente.

– Oh não! Agora é que eu morro de vez! – Disse mandando-me com força para cima das almofadas.

– Não digas isso. – Disse Nair assustada.

– Mãe, Nair, entendam de uma vez… EU NÃO GOSTOS DAS ANDRESON! – Gritei a última parte fazendo a minha cabeça latejar. – Ai…

– Não grites comigo… - Ordenou a minha mãe quase a chorar, ela não suportava que gritassem com ela e nem merecia ela era uma pessoa tão bondosa. – O teu irmão é que disse que gostavas dela.

– Mas não gosto, ele está-me sempre a tentar juntar a alguém. – Disse, agora a minha cabeça doía, má ideia ter gritado. – Ai! – Gemi baixinho.

– Que te dói, amor? – Xii, ela percebeu.

– A cabeça, mas só um pouco não te preocupes. – Respondi.

– Descansa, que eu vou ter uma conversa com o teu irmão sobre mentiras. – Disse dando-me um beijo na testa. – Nair, cuida dele.

– Sim, senhora. – Concordou.

– Agora ele vai queimar-se! – Sussurrei contente.

– Não seja assim, menino. – Desaprovou. – Mas dizendo-lhe a minha opinião, elas são mesmo feias.

Rimos em uníssono, a Nair é demais.

O meu irmão entrou pela porta de trombas.

– Vou matar-te! – Disse-me. – Por tua causa ouvi um sermão de “não se deve mentir”. – Acusou-me.

– Antes que me consigas matar… - Fiz o meu melhor ar assassino. – Já estarás morto… -Acabei fazendo a voz Rouca e depois soltando uma gargalhada macabra e fazendo a minha cabeça latejar novamente.

Erick estremeceu e engoliu em seco.

Eu e Nair explodimos em gargalhadas sendo acompanhados pelo meu irmão.

– Agora eu quero é dormir, dói-me a cabeça. – Disse.

Nair deu-me um beijo na testa e saiu, o meu irmão olhou-me desconfiado e depois veio até mim.

– Pregaste-me um grande susto. – Disse abraçando-me. – Nunca mais faças isso. Eu adoro-te.

– Eu também. – Disse.

O meu irmão foi a arca e tirou de lá alguns brinquedos, saiu do meu quarto mas antes sorriu para mim, sorri de volta, ele saiu e a porta do quarto dele fez barulho ao fechar.

Aninhei-me na cama e em pouco tempo já estava no mundo dos sonhos.


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Notas finais do capítulo

Desculpem não ter postado no último domingo mas estava sem imaginação para escrever.
Aqui está espero k tenham gostado, sei que estão fartos das minhas desculpas tentarei não postar novamente atrasado.
Beijocas e mandem comentários e ideias para o próximo capítulo.



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