Crescidos !! escrita por Bianca Saantos


Capítulo 47
Felicidade em jogo!


Notas iniciais do capítulo

Gente mil desculpas pela demora...
Sinto muito mesmo...
E não deu para responder aos reviews ..
Mais aí está o cap.



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Por Violetta #

Como alguém podia se superar tanto?! León era o homem mais incrível que eu conheço! Onde já se viu, fazer uma festa de aniversário? Me comprar algo tão valioso? E demonstrar tanto carinho? Ele não existe, só pode ser sonho!

_Você me surpreendi a cada instante... – sussurrei. León ia abrir a boca para dizer algo, mas fomos interrompidos com alguém que puxava a barra do meu vestido impaciente.

_Tiia! – era Julie. – Bolo! – disse e apontou para o lindo bolo que estava em cima da mesa, com vários doces em volta.

Soltei-me de León, e a peguei no colo, ela estava uma gracinha. Com um vestidinho rosa, um laçinho branco na cabeça, e sapatilhas pequenininhas nos pés, a coisa mais fofa que eu já vi em minha vida, beijei sua bochecha e a mesma deu uma risadinha linda.

_Você quer o bolo? – perguntei, e ela balançou a cabeça dizendo sim, com seus olhinhos clarinhos. – Então vamos comer o bolo! – disse animada e ela bateu palmas alegre.

Fui em direção a mesa, e logo sinto, novamente, alguém puxando a barra do meu vestido. Olhei para baixo e vi Mel e Lucas apoiados em minha perna, com a carinha sapeca de criança. Coloquei Julie no chão, e logo guiei os três á pequena mesa que se encontrava vazia. Sentei-os e os mesmos começaram a bater na mesa, e riam, como se aquilo fosse uma brincadeira super engraçada.

Cortei o bolo sem esperar cantar os parabéns, ver aquelas crianças animadas e felizes, me deixava extremamente bem.

Por Francesca #

Estava observando a Vilu com as crianças, era super bonito. Julie sempre perguntava se iríamos á casa da “tia Vilu”, e sempre que dizíamos sim, ficava super contente, já o Lucas não, ele gostava da Vilu, mas não era persistente como a Julie, em querer vê-la.

_Ela leva o maior jeito com crianças... – Maxi disse vindo em minha direção, com o pequeno Bruno no colo, sim, seu bebê se chamava Bruno, a coisa mais linda que eu já vi.

_Também acho... – disse olhando para o bebê, que se encontrava com os olhos bem abertos, olhando para Maxi, com uma expressão de curiosidade. – Dando trabalho? – perguntei me referindo ao Bruninho.

_Nem tanto... Até que ele é calminho, mas quando a Naty não está por perto, parece que ele se agita mais, e começa com o choro sentido. – Maxi disse o ninando.

_Ah... Normal, todas crianças são assim. Quando o Lucas fica a sós com o Marco, sem mim e sem a Julie, ele se agita fácil, fácil, e você conhece o Lucas, sabe como ele é calmo.

_Sim, ele é um sossego – rimos. – Eu só acho, a Vilu está precisando de mais um animo na vida dela. – disse Maxi olhando para a Vilu com um sorriso suave.

_Como assim, Maxi?

_Você sabe que ela quer ter logo um filho, mas o León... É cabeça dura. – ele disse pondo as mãos no bolso.

_Ah, é verdade... Mas eles nem são casados ainda Maxi, e com tudo que eles passaram... O León está meio inseguro. Ele quase perdeu os pais, e quase perdeu a Vilu, junto, tudo por uma vingança! Imagina só se a Vilu tivesse morta nessas horas? Ele se mataria também. Ele tem medo Maxi, medo que de perdê-la, medo perder o que segura ele nessa terra. – falei calma, olhando a cena da Vilu com as crianças.

_Tá, mas o que isso tem haver dela querer ter um filho?! – perguntou confuso.

_Olha Maxi, é uma coisa que só nós garotas sabemos, e claro, o León, é uma coisa da Vilu, que ela não gosta muito, mas leva normalmente, e por isso León tem medo. – respondi tentando não deixar escapar os fatos.

_Francesca! Me conta logo, eu sou amigo de vocês, e se até a minha esposa sabe, por que eu não posso? – perguntou irritado.

_Tá bom, tá bom... – Então lá vamos nós.

Exatamente á cinco anos atrás...

Eu estava tentando controlar as lágrimas que saiam desesperadamente dos olhos da Violetta, era desesperante vê uma amiga passando tão mal, não tínhamos muita idade, éramos apenas adultas que acabaram de sair da adolescência. Violetta tinha acabado de terminar definitivamente com o León. Ele foi tão frio, tão seco, aponto de eu mesma ficar assustada. Lara era uma das principais causas do fim do relacionamento deles. Violetta estava aos prantos em minha casa. Depois de tanto se iludir com o Diego, León faz uma coisa dessas com ela. O que pensar?

_Eu o odeio! – ela dizia a si mesma. – Odeio todos os garotos! Todos! Nenhum deles prestam! Nenhum! – continuava, esmurrando o meu travesseiro. Eu não ousei a dizer nada, apenas a observava, e quando se acalmava um pouco eu acariciava-lhe os cabelos.

Naquela tarde, Violetta estava decidida a nunca mais olhar e nem dirigir a palavra a León. Ele a magoou, a acusou de coisas que ela não fez, graças a Lara, os dois estavam brigando muito ultimamente. Não estavam mais se suportando, os dois são orgulhosos, e eu sei muito bem disso. León perde a cabeça facilmente, até hoje, e a Vilu, sempre foi meio estourada.

Mas havia uma coisa acontecendo nos três últimos meses, antes dela partir para Madrid. Vilu estava tendo umas crises, e vire e mexe ia ao hospital. León na maioria das vezes a acompanhava, apesar das brigas, ele a amava, e sempre quis o melhor para ela.

Os médicos não sabiam ao certo o que a Vilu tinha, mas sabiam que era perigoso. Fizeram uma bateria de exames nela, e não descobriram absolutamente nada. Germán, estava perdendo as forças, de tanto que a levava para lá e para cá.

Até que um dia, chegaram a uma conclusão: Violetta tinha um tipo de doença, grave, mas que podia ser tratada. Seu coração era fraco, muito fraco, não podia passar por emoções fortes, muito menos por traumas. E qualquer esforço que ela fazia, podia imediatamente, parar de respirar, e perder a graça da vida.

Isso foi um choque e tanto. León por um bom tempo, não conseguia agir naturalmente, sempre pensava além dessa doença. Pensava que um dia perderia nossa querida Violetta, para essa tal doença.

A Vilu, vinha se sentindo rejeitada pelo próprio namorado, e isso a irritou um pouco, fazendo assim com que os dois começassem a brigar sem parar, a todo tempo, e com a chegada de Lara, novamente, isso só se agravou, tornando a vida dos dois um pesadelo. Vilu tomou uma decisão, ela não queria sofrer pelo León. E sempre via a Naty com o Maxi, no maior carinho, e aquilo a afetava de uma maneira dolorosa, fazendo com que decidisse o mais depressa possível, então começou os estudos em Madrid. Seu pai demorou em aprovar esta ideia, afinal, com a doença que ela tinha, era perigoso morrer, e ninguém ficar sabendo. León não fez nada para impedir, até achou que fosse uma ótima ideia, e por um impulso se deixou levar pela palavras imbecis de Lara, e quando ela deu o bote final, a Vilu viu, e nem se despediu de León, viajou com um buraco em seu peito, imaginando que ele nunca a amou, que ele nunca sentiu absolutamente nada por ela, a deixando vazia. Mas a música preencheu esse vazio, e depois de cinco anos, ela voltou, cheia de vida, mas com uma decisão, de voltar aos braços de León, na qual, ainda o amava, e alguma coisa dentro dela, sabia que ele também sentia algo, nem que fosse uma simples amizade, mas sentia...

_E assim, eu termino... – falei.

_Pera aí?! Só não entendi uma coisa...

_O que Maxi? – perguntei cansada.

_A Vilu não se curou dessa tal doença?

_Bom, curar, ela não curou, mas está controlada.

_Então por que raios ela não pode ter essa criança?! – perguntou nervoso.

_Maxi, ter uma criança, exige força, e o coração da Vilu, pode não suportar, e ela poderá acabar morrendo no meio do parto, sem contar que a criança também poderá morrer. León não suportaria... – Expliquei me sentando no sofá.

_Seria uma bomba, mesmo... – disse ninando mais um pouco a criança que dormia tranquilamente em seus braços.

Senti algo tocar o meu ombro, e rapidamente encontrei León, se apoiando em mim. Ele estava sério, mas tinha um leve e sorriso nos lábios.

_Então ele sabe de tudo, agora? – León perguntou.

_Sim. – respondeu Maxi. – E eu entendo que você não queira um filho, mas cara, até a Camila, que não tinha condições, que podia morrer no meio da gravidez, podia perder o filho e a vida, e não desistiu, por que a Vilu também não luta? Por que você que se diz louco de amor por ela, não a faz completa?! Por que você não a faz feliz, com o que ela mais quer?! León lute! É a melhor coisa que se tem para garantir a felicidade da pessoa que a gente mais ama nesse mundo. – Complementou Maxi, saindo dali.

_Sinto lhe informar, mas ele está certo. – manifestei-me.

_Francesca, por favor, sem sermões hoje...

_Não León, está na hora de você tomar uma decisão, a Vilu quer uma família, e para isso ser realizado, você tem que fazer acontecer! – disse e sai.

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Por Violetta #

Pouco a pouco as crianças foram se cansando. As pessoas estavam indo embora, já era tarde... Até que ficamos somente eu e o León. Ele estava um pouco sério. Parecia que tinha viajado para outro mundo e se esqueceu de voltar. Ele estava encostado na parede da cozinha, com a cabeça baixa, muito pensativo.

Aproximei-me dele, e o abracei pelas costas. Senti ele relaxar e colocar suas mãos por cima da minha, ma fazendo sorrir. Ele se virou e logo agarrou minha cintura, me fazendo ficar grudada com ele.

_O que você tem? Parece pensativo... –comecei.

_Não é nada, são apenas coisas que rondam minha cabeça, nada de mais. – respondeu-me esboçando um sorriso.

_Devo me preocupar? – perguntei acariciando seu rosto. Ele negou e beijou-me. Carinhosamente, passava a mão em meus cabelos. E deslizava a outra pela minhas costas.

O beijo continha amor, e eu senti algo que nunca senti. León estava me beijando calmamente, como se quisesse me dizer algo nesse beijo, nesse simples beijo. Automaticamente levei minhas mãos até seu rosto, e de olhos fechados, pude perceber que ele estava deixando escorrer lágrimas, antes do ar faltar, interrompi o beijo, e limpei seus olhos.

_Eu devo me preocupar – afirmei suspirando.

_Me desculpe se eu não te faço feliz... – sussurrou ele, escorregando suas mãos dos meus braços, e chegando a minha mão, onde apertou com força.

_Que? Claro que você me faz feliz, me faz extremamente feliz, eu te amo muito! – exclamei sorrindo.

_Me desculpe – sussurrou quase inaudível.

_Não sei porque está dizendo isso, mas você me faz feliz demais León, eu sei que você vai continuar me fazendo assim, feliz, transbordando alegria. – soltei um breve riso.

_Eu sei que você quer ter uma família – disse sério.

_Ai León... Não vamos começar com esta conversa, olha, eu sei que você não tem muita vontade de ter filhos, então tudo bem, eu te amo, e embora este seja o meu sonho, eu quero que seja o seu também, e como não é, vou tentar seguir em frente, sem um... Filho. – disse forçando um sorriso.

_Eu só tenho medo, não é que eu não tenho vontade de ter filhos...

_Medo, León? Medo do que? Medo de tê-los? Medo de não tê-los? Medo de ter um fruto do nosso amor? Ou medo de formar uma família comigo? – perguntei triste.

_...Medo de te perder... – falou em meio um suspiro pesado.

_Medo de me perder? Do que está falando León? – perguntei irritada. – Quantas vezes tenho que dizer que você não vai me perder?!

_Você sabe o que você significa pra mim?! Sabe o tanto que você me importa?! Sabe quantas vezes eu deixei de dormir, pra pensar em como te fazer a mulher méis feliz do mundo?! Você não sabe! – alterou o tom. – Não sabe quantas vezes, tive vontade de deixar tudo pra lá, de te esquecer completamente, e quando voce decidiu ir pra Madrid, sem se despedir, como acha que eu fiquei?! Sabendo que a qualquer momento, sua “doença”, podia se agravar! E eu não te teria mais, não poderia mais te reconquistar! Não sabe quantas vezes eu pensei nesse seu sonho de ter filhos! Eu sempre quis ter filhos Violetta! Principalmente porque a mãe de meus filhos seria você! Não sabe o quanto eu chorei quando você foi estudar na Espanha, me deixando, como se nada que nós vivemos tivesse valido a pena! Eu te amo mais do que tudo no mundo! MAIS DO QUE TUDO! Você é a mulher dos meus sonhos, não posso viver sem você, sem suas caricias, por que te amo... Eu te amo... – disse se controlando. – Amo muito...

Senti uma breve dor de cabeça. Ele desabafou completamente. Minha mãos suavam, minhas pernas estavam bambas. É claro que eu o amo, ele me faz muito feliz. E sobre essa doença, nem sei se ela existe mais, já passei por tanta coisa ruim, que acho que minha imunidade se tornou mais forte.

_León... Você tem que entender, que eu não sou a Violetta de cinco anos atrás, voce tem que saber que eu mudei, minha doença nunca mais se manifestou, eu me tratei, amor. Eu fiz isso para ter uma vida ao seu lado, eu voltei de Madrid, por você, para realizar meus sonhos aqui... Você não sabe o quanto eu ansiei pelo momento em que você me pediria em casamento, e começaríamos uma família de verdade, como a de nossos amigos. Não somos perfeitos, nunca vamos ser, mas nós podemos tentar, eu não tenho medo de tentar uma gravidez. – falei sorrindo.

_Não tem? – perguntou sério.

_Claro que não, aliás, se eu morresse, você poderia ficar com o que restou de mim, ou seja o meu filho. – continuei com um sorriso no rosto. – Não tenho muito medo da morte, porque será o destino de todos nós. Mas antes, eu preciso cumprir minhas coisas, os meus sonhos, e dentre eles está me casar com você e construir uma família, um lar, e aí eu estaria completíssima.

_Também não tenho medo da morte, mas só o fato de pensar em te perder, me dói, me sinto vazio, quando te seqüestraram, eu pensei que meu mundo havia acabado, eu fiquei arrasado... – León disse segurando minhas mãos com força. – Mas eu quero tentar.

_Hã? – perguntei confusa.

_Eu quero tentar – repetiu com um sorriso brotando dos lábios.

_Não estou entendendo.

_Violetta... Eu quero ter uma família com você...

...


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