Crescidos !! escrita por Bianca Saantos


Capítulo 38
Fora de cogitação !




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/445883/chapter/38

Levantei-me, e sai de lá. Ele está incrivelmente chato! Fui para a cozinha e preparei o café, arrumei a mesa, e me sentei.

_León! – chamei-o.

Ele entrou na cozinha calado e me olhou...

_Não vai comer? – perguntei.

Ele se sentou, e começou a tomar seu café, ainda me olhando...

_Que clima horrível – murmurei.

_Digo o mesmo – ele disse baixinho.

_Finalmente disse algo! – falei séria, e ele se calou de novo. – Ai León... Desculpa vai... – disse acariciando sua mão sobre a mesa.

_Eu... Eu vou... Na casa do Maxi, volto de noite – ele disse tirando sua mão da mesa, e se levantando.

Encolhi-me na cadeira, e uma lágrima desceu, ele era muito insensível! Que droga! Já pedi desculpas. Ele beijou o topo da minha cabeça, e ergueu a mesma.

_Volto já – ele disse sorrindo.

_Vai, e volte quando você achar melhor – falei baixo.

Fui para o meu quarto e sentei-me um pouco, pensei em tudo e mais um pouco, depois tomei um banho, pus uma blusa e uma saia preta rodada. Peguei minha bolsa, e sai do quarto, agora eu vou á casa da Camila... Ver a linda da Mel.

_Aonde vai? – León perguntou assim que eu abri a porta.

_Que te interessa? – dei um sorrisinho cínico e saí.

Peguei meu carro e sai, era bom correr na pista, ai credo! To parecendo o León quando sai da MotoCross. Mas enfim, minha dor de cabeça não estava mais me atormentando, ainda bem...

Cheguei a casa da Camila, e bati na porta, Broduey veio me atender...

_Oi Vilu! – ele disse sorridente. – A Cami tá te esperando... – ele continuou e logo me mandou entrar. Sorri e entrei, Camila estava na sala, Mel estava no carrinho, dormindo, como um anjinho...

_Pensei que o León viria... – Ela disse sorrindo cansada.

_Aquele lá? Por mim, tanto faz... – falei me sentando ao lado dela.

_Brigaram? – ela perguntou séria.

_O que você acha? – perguntei num tom irônico e ela riu

_Qual foi o motivo dessa vez? – ela perguntou.

_Nada... Foram coisas... Da cabeça dele! – falei por fim, e ela me olhou desconfiada.

_Ah sei... Da cabeça dele, mas tá, não vamos mais falar disso... – ela disse sorrindo.

_Como ela está? – perguntei olhando a neném.

_Bem... Eu acho que bem... – Camila disse preocupada.

_Como assim acha? – perguntei preocupada.

_É que ela tem tido um pouco e febre esses dias... Mas acho que não é nada de mais – ela falou séria.

_Vai ao médico? Perguntei.

_Sim... – Daqui uma semana, caso ela não melhore. – ela disse.

Ficamos conversando, e colocamos todos nossos assuntos em dia, Broduey ficou espantado sobre o quanto nós duas falávamos, eu e a Camila demos risada, e assim foi... Depois de umas duas horas, eu fui embora... Saí da casa da Cami, mas quando estava quase entrando no carro sinto alguém puxando e colocando os meus braços para trás, e logo colocou a mão em minha boca, agora sim me assustei.

_Não grite, não faça absolutamente nada, se não sofrerá as conseqüências – A pessoa disse baixo no meu ouvido. Eu reconhecia aquela voz, mas no momento, não estava a identificando.

Tentei me soltar, mas foi em vão, a pessoa era muito mais forte do eu, não conseguia nem me mexer direito, a mão dela em minha boca, faziam com que meu desespero não saísse pela minha boca, em forma de palavras... E agora?! Pela voz grossa... É um homem... Oh Deus! Estou sendo assaltada?! Ou pior...

O homem foi me guiando até debaixo de uma arvore, bem distante da casa da Camila, ou seja, andamos muito. O lugar onde ele me levou era vazio, mas eu avistei um carro. Ele iria me seqüestrar?! Ai meu Pai Amado! Tentei me debater, mas também foi em vão.

Quando nos aproximamos do carro, ele me soltou, mas antes que eu pudesse sair correndo dali, ele me puxa de novo, e depois me empurra, fazendo com que eu caia de costas no chão, já via sangue na grama, só não sabia dá onde era... Acho que com o impacto do empurrão, eu devo ter machucado algo... Passei a mão em meus braços, e não vi sangue nenhum... Logo passei em minha cabeça, e... Pronto! Vou morrer! É isso vou morrer! Minha cabeça estava sangrando e pelo visto não era pouco não! Comecei a soluçar, e logo veio o choro seguido pelo meu desespero.

Ele me levantou e pôs um pano em minha cabeça, tentando secar o sangue, que mais parecia uma fonte vermelha... Já me sentia tonta, muito tonta, sem saber ao certo o que estava acontecendo comigo. Ele me guiou até o carro, mas antes de entrar, ele colocou um pano em meu nariz, e eu inalei aquilo, depois disso, apenas me lembro do cara com algo preto tampando seu rosto... Depois... Tudo ficou preto, não vi e nem escutei mais nada... Apaguei...

.....................................................................................................................................................

Acordei em um lugar todo branco... Eu estava sentada, minhas mãos amarradas atrás da cadeira, e uma fita em minha boca, me impedindo de gritar. Minha cabeça, ao parecer, estava com um curativo, ou seja, um pano amarrado na mesma.

Meus olhos embaçados conseguem ver apenas uma porta em minha frente, uma pequena e estreita porta, olhei em volta, e não tinha nem uma janela sequer... Era tudo totalmente fechado, por onde será que entrava ar?

A porta fez um barulho irritante, e logo se abriu, vi uma figura alta, cabelos grandes e soltos, não conseguia saber quem é, mas assim que se aproximou, pude ver quem era... Lara, ela estava com um vestido até os joelhos, um salto vermelho enorme, e os cabelos soltos, estavam exageradamente grandes. Ela sorria, sorria muito!

Aproximou-se mais de mim, e puxou a fita de minha boca, aquilo ardeu pra caramba! Sem contar a pequena dor...

_Acordou? – ela perguntou sorridente. – Vejo que está bem não é? – ela perguntou mais uma vez. Cínica!

_Me... Tira... Daqui – minha voz saiu baixa, e rouca... Horrível!

_Está louca?! – Ela riu ironicamente. – Não vou perder a oportunidade de te ver morrer pouco a pouco! – ela disse séria e eu arregalei meus olhos, um medo subiu por minhas veias, e estremeci.

_Louca – falei. – Se o León souber... – ela me cortou.

_Ele não vai saber... Vou esperar o tempo que for preciso, aí ele vai te esquecer, e eu vou poder dar o bote, ele vai estar carente, então... Eu serei a pessoa certa! Você não sobreviverá no Maximo dois meses... Trancada aqui, sem ar, sem comer, e sem sair daqui para nada! – ela disse com um olhar furioso.

_Lara... Você não vai progredir em nada me deixando aqui morrendo aos poucos... Só vai machucar o León, ele me ama aceite isso! – falei séria. – Isso que você está fazendo, está fora de cogitação!

_Te ama?! – ela riu ironicamente. – Vocês vivem brigando, são totalmente diiferentes! – ela disse.

_Não dizem que os opostos se atraem? – perguntei sorrindo desafiadora. – Pois bem... Eu e o León fomos feitos um para o outro – falei sorrindo e provocando a mesma.

_Imbecil – ela murmurou.

_Desacate-me outra vez... E eu juro que eu te mando pro espaço! – falei nervosa.

Ela riu e se retirou. Me deixando lá, sozinha... Ai se o León souber... Queria tanto que ele soubesse...

...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Goostaram?!
Comentem !!