Far Away escrita por Momô


Capítulo 3
Without you


Notas iniciais do capítulo

Oooii gente, tudo bom? Primeiro queria pedir desculpas pela demora e por não ter postado ontem (ontem eu acabe me distraindo com um filme e não postei). Queria agradecer a todos que comentaram a fic e favoritaram, amo vocês, e agradecer também aos que não comentam nem se manifestam, também amo vocês.
Agora sobre o capítulo, é um PDV do Maxon, é bem curtinho, o próximo capítulo ainda vai ser um PDV dele ok? No próximo vou mostrar mais da rotina da família real, espero que gostem, não demorarei pra postar, dois dias no máximo ok?
Escrevi esse capítulo escutando a música With Me do Sum 41, quem nunca escutou eu recomendo, é muito fofa, e então, boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/445256/chapter/3

Maxon P.D.V

“Maxon, você está mesmo bem?”

Sim, já era a quarta vez durante o jantar que Kriss me perguntava isso, parece que nos últimos anos ela se tornou boa em ler minhas expressões apesar de eu ainda ter certa dificuldade em ler as dela.

“Sim Kriss, eu estou bem, eu já lhe falei.”

“Mas Maxon, você nem tocou no seu jantar”.

Olhei para o meu prato, e realmente, eu não tinha levado uma garfada à boca.

“Eu só estou cansado... Eu acho melhor me retirar tudo bem senhoras? Boa noite mãe, boa noite Kriss.”

Apliquei um leve beijo nos lábios de Kriss e logo me retirei da sala de jantar. Não fui em direção ao meu quarto e sim ao meu escritório, onde eu colocaria a mente para pensar um pouco. No percurso tentei manter a mente focada nos problemas que o reino estava enfrentando e eu como rei teria que solucionar, mas por mais que tentasse muito não consegui por muito tempo, meus pensamentos sempre me levavam para ela e para a carta que eu recebi há uma semana do meu informante. Meu primeiro pensamento ao ler a carta foi “uau, ela realmente me odeia”, e o próximo me obrigou a reler a carta. Eu já esperava que a resposta não fosse positiva, não imaginava America aceitando tudo muito bem, mas não esperava que ela fosse tão rude, pensei que ela fosse ficar mais abalada e com menos ódio.

Eu tinha que me distrair com algo o mais rápido o possível ou eu acabaria totalmente louco, dessa forma, assim que cheguei ao escritório me ocupei com uma papelada referente a um projeto que minha mãe e Kriss vinham desenvolvendo, elas pretendiam criar casas comunitárias para pessoas da casta oito ter onde dormir, e eu, logicamente apoiava, não apenas por ser bom para o povo, mas por animar minha mãe, o que depois da morte do meu pai tornou-se um pouco difícil, ela realmente o amava apesar de tudo. Depois da morte do meu pai ela quis sair do castelo, se afastar um pouco, eu teria aceitado e ela teria ido, mas parece que apenas pelo meu olhar ela entendeu que eu precisava dela para governar.

“Fiquei preocupada com você saindo tão repentinamente.”

Estava tão distraído que não percebi quando ela entrou na sala, em minha frente estava a Rainha Amberly, ela continuava linda como sempre, mas agora ostentava um rosto cansado, com um olhar de sofrimento em seu belo rosto. Lembrei de uma frase que eu li há muito tempo que dizia algo relacionado com “não importa quão perverso um homem seja, sempre haverá uma mulher que irá chorar por ele”.

“Desculpe mãe, não queria preocupá-la. Kriss já foi para o quarto dela?”

“Sim” Ela se aproximou e sentou na cadeira em frente a minha mesa “Kriss também está preocupada, você anda meio distante esses dias.”

“Eu estou cansado e...”.

“Maxon” Ela então me olhou com um olhar extremamente carinhoso “eu sou sua mãe, você pode me contar ”.

Hesitei por um momento, devia contar a ela? Ela tinha dito que iria me apoiar na minha escolha, mas talvez não me apoiasse no que eu vinha fazendo, nem eu me apoiaria, talvez.

“Mãe, eu não sei se devo lhe falar...”

“Ora Maxon, deixe disso, mas é claro que você deve me falar, você pode confiar em mim”

“Tudo bem” Finalmente me entreguei, não era fácil negar algo a ela “Eu mandei uma carta para a America”

Por incrível que pareça, ela não tirou a expressão carinhosa do rosto.

“Você o quê?”

“Eu enviei uma carta para a America, eu disse que eu a amo, que nunca a esqueci”

Agora sim ela parecia arrasada, a expressão carinhosa foi instantaneamente substituída por uma de pesar e tristeza.

“Mas querido, eu pensei que você amasse a Kriss, vocês pareciam felizes juntos”

“Eu gosto da Kriss mãe, mas é diferente do que eu sinto pela America, durante esses dois anos eu tentei esquecê-la, tentei mesmo, mas não dá, eu vejo a America em cada momento, penso em como tudo seria se ela estivesse aqui, eu não consigo não pensar nela mãe, e depois da carta que ela me mandou eu não sei mais o que fazer, estou perdido”

Minha mãe ficou um tempo em silêncio, ela gostava muito da Kriss e a apoiava, não sei bem como ela reagiria com aquilo, eu apenas não queria que ela me visse com maus olhos, eu queria que ela me ajudasse, eu não sabia mais o que fazer.

“Posso ler essa carta?”

“Sim ” Eu respondi. Tirei a carta da gaveta que ficava debaixo da minha mesa, ela ainda estava intacta e ainda trazia um aroma agradável. Senti vontade de chorar apenas de ver a carta, o que America estaria fazendo nesse momento? Será que ela estava gostando de alguém por lá onde ela estava? Ela tinha reconstruído a vida dela? Eu ainda a veria algum dia? “Está aqui”

Minha mãe logo pegou a carta e começou a ler, não demorou muito para ela terminar e me olhar com olhos tristes.

“E então?” perguntei na esperança de que ela fizesse todos os sentimentos ruins irem embora.

“Como rainha não regente eu devo lhe dizer: desista, está claro que ela não quer nada com você, e você tem um compromisso com Kriss, como Rei você deve honrá-lo, você não pode simplesmente abandonar tudo por essa garota”

As palavras da minha mãe me machucaram um pouco. Ela estava certa, mas algo em mim não conseguia aceitar isso, parece que algo em mim não aceitava deixar a America.

“Mas como sua mãe eu te digo: siga o seu coração. Você sempre me orgulhou nas suas decisões, sempre, e não importa o que você decida eu estarei ao seu lado”

“O meu coração me diz para buscar a America, mas isso não é possível, ela me odeia”

O rosto da minha mãe pareceu se iluminar um pouco e pude até ver um discreto sorriso se formando nos seus lábios.

“Ela não te odeia filho” Ela falou com uma expressão um tanto brincalhona “Se ela te odiasse nem teria respondido a sua carta”

“Mas então por que...” Não consegui terminar, ela me interrompeu.

“Ela está magoada Maxon, ela foi trocada, teve sua confiança quebrada, mas eu posso te garantir que ela não te odeia”.

Realmente, ela poderia ter queimado a carta, rasgado, como ela ameaçou, mas não o fez. Por que ela se daria ao trabalho de responder? Além de é claro jogar na minha cara que não quer nada comigo. Eu não sabia no que iria resultar, mas algo em meu coração me dizia que eu devia continuar tentando, que eu não devia desistir, que eu devia isso a ela.

“Mas saiba querido, que a decisão que você tomar trará suas consequências, e que agora você é o rei de Illéa, você deve pensar no seu povo antes de você”

E com aquelas palavras a minha mãe se retirou do escritório. Eu ainda fiquei um tempo pensando naquela conversa que tivemos e no que eu deveria fazer, eu não podia negligenciar o meu país, eu tinha problemas a serem resolvidos, problemas sociais, políticos, e ainda tinha a questão com os rebeldes, que por mais que eu tentasse fazer contato numa tentativa de apaziguar, não respondiam favoravelmente, apesar de os seus ataques terem se tornado menos frequentes após a morte do meu pai, só fomos atacados uma vez e pelos nortistas.

Sem mais cabeça para pensar nesses assuntos eu me retirei para o meu quarto para tentar dormir um pouco. Entrei no quarto e passei direto para o grande banheiro que compunha a suíte. Eu ainda estava no quarto do príncipe, não conseguia me sentir bem no quarto do meu pai, no quarto que ele morreu. Entrei na banheira com a água morna e me permiti relaxar um pouco. Meus pensamentos novamente me traíram, me levando para a noite no jardim que eu encontrei a America pela primeira vez, mesmo sem conseguir ver muito bem o seu rosto eu a achei linda e percebi que ela era tudo o que eu queria, ela me daria a felicidade que eu tanto buscava. Repentinamente me levantei da banheira que já não me parecia mais tão atraente e me joguei na cama, pensei por algum momento e percebi que sem a America eu não era nada, e no meio desses pensamentos eu dormi, e sonhei. Com o que eu sonhei? Sim, eu sonhei com America Singer


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Gostaram do capítulo? Espero que sim c: Comentem por favor, nem que seja apenas com um simples "gostei" ou então "não gostei".
Bjus.