Dear Diary - Anne Roberts escrita por Milena Everton


Capítulo 6
Eu desejo você


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, capítulo novinho pra vocês! Esse aqui é bem curtinho, mas prometo que no próximo ano vou fazer uns mais compridos. Ah, tentei faze-lo bem... "Picante" haha, não sei se vão gostar. Lest's go my cats!



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– O que você faria se eu te beijasse?

Meu corpo todo estremeceu e não havia nenhum cabelo da pele exposta que não estivesse eriçado. Embora eu quisesse me enganar, eu sabia que para mim James não era apenas um primo que cresceu junto comigo e nos tornamos irmãos. Eu sabia que era bem mais além, mas... eu saber que meus desejos iam além daquilo não mudava o fato de que temos praticamente o mesmo tipo sanguíneo e como se já não bastasse chamamos o mesmo homem de pai e a mesma mulher de mãe. Eu desejava aquele rapaz como nunca havia desejado antes, enquanto ele estava longe era como se o sentimento estivesse controlado e frio, mas agora, bom, agora tudo estava em chamas dentro de mim e eu o queria de todas as formas. Eu não entendia como aquilo surgiu tão... De repente. Aquela pergunta acionou como querosene todo o fogo dentro de mim. Seus olhos se mantiveram firmes transbordando uma confiança absurda, será que ele não percebe o quanto aquilo era errado, sem nexo, sem coerência... sem sentido!

– O que você disse? – meus olhos espantados e confusos não deixaram escapar quão absurdo fora o que ele acabara de dizer, embora cada célula de meu corpo desejasse desesperadamente curiosa sua aproximação.

Minha pergunta pareceu desmontar a autoconfiança que existia em suas pupilas negras. Ele olhou vagamente para os cobertores, pareceu refletir o que acabara de ouvir.

– Nikolas. – disse entredentes. Afastou sua mão da minha erguendo o rosto novamente fitando-me. Havia uma espécie de raiva em seu olhar. – Estão juntos?

– Não! – falei em um sopro, certamente ele viu alguma coisa suspeita. Será que ele me viu na sacada quase beijando meu melhor amigo? Mas meu pai havia dito que ele saiu logo após... Ah meu Deus, ele deve estar falando do beijo de Romeu e Julieta.

– Aquela ceninha me pareceu um tanto que real.

– Esta com ciúmes? – James engoliu seco e seus olhos não negaram que minha pergunta o apertou sem abraçar. Ele levantou da cama ficando na frente da porta que estava fechada, uma de suas mãos estava massageando o pescoço, então... alguém por aqui esta nervoso. – É isso James, você esta com ciúmes? – me ajoelhei na cama ficando mais próxima, repeti a pergunta agora com um tom mais glorioso e eu me controlava para não sorrir.

O rapaz moreno de camisa preta com gola em V tentava não me olhar nos olhos, e eu me divertia com aquela cena esperando ansiosa a resposta para minha pergunta, porém, me veio logo à decepção.

– Boa noite Anne Roberts. – sorriu para mim como se há dois segundos ele não estivesse em puro desespero. Deu-me as costas, mas dessa vez eu não me iria da por vencida. Eu adorava quando era eu quem vencia James Roberts (coisa que dificilmente acontecia) por tanto não poderia desperdiçar aquela chance já que sempre era o moreno quem dava a última palavra. Saltei da cama em um pulo e o alcancei puxei seu braço e sem muito esforço o rapaz estava novamente de frente para mim, e dessa vez apenas centímetros separavam nossos corpos.

– Você não respondeu minha pergunta, James Roberts. – disse em tom de glória levantando uma sobrancelha.

James me encarou com o semblante nervoso que logo se desfez vindo ao rosto um ar leve e um sorriso se formava no canto de seus lábios, e eu não posso negar que seu olhar cerrado se fez extremante sexy.

– Nem você a minha.

Segurou meus pulsos nos virando sem dificuldade me deixando contra a parede. Seu corpo musculoso estava muito próximo e agora era eu quem estava nervosa. Ele aproximou seu rosto do meu e eu tremi com aquela ação, ele sorriu. Aquele sorriso lindo. O meu sorriso. Sua autoconfiança estava forte e eu me sentia derrotada, mas estar derrotada não era de tudo ruim. Ele passou a ponta de seus dedos em meu rosto descendo até os lábios demorando ali. Aproximou a boca de meu ouvido e eu pude sentir aquela respiração quente perto da nuca, mais um arrepio, mordi o lábio inferior. Aquela noite estava fria, mas eu estava queimando.

– O que você faria se eu te beijasse, Anne Roberts? – sussurrou em meu ouvido me fazendo suspirar alto. Ele parecia estar se divertindo com o descontrole que ele me causava.

Dominada pelo seu cheiro tranquilizador, eu não respondi. Senti-o soltar devagar meus pulsos, então levei minhas mãos até seu peitoral. Sorri baixo com certa incredulidade ao ver minhas mãos tremulas. O que estava acontecendo comigo? As mãos de James seguiram caminho até minha cintura, e ele mordeu de leve meu lóbulo, outro arrepio subiu minha coluna. James levou uma de suas mãos até meu queixo aplicando mais delicadeza do que força aproximando seus lábios dos meus.

– James... – falei em um sussurro – nós não podemos...

– Xi... – colocou o dedo indicador entre nossas bocas – Não fale nada... Agora.

Silenciei minha voz e ele abaixou a mão até minha cintura. Seus lábios puxaram os meus delicadamente. Levei minhas mãos até sua nuca deslizando pelos seus curtos fios pretos, o rapaz envolveu minha fina cintura com seus braços musculosos nos deixando mais perto um do outro. O beijo ficou mais intenso. O moreno me pressionava contra seu corpo e a parede. Eu estava começando a perder o controle, as coisas esquentavam cada vez mais e era difícil distinguir a que momento o calor de James começava e aonde o meu terminava. Estava rápido demais. Sua língua invadiu minha boca e aquilo fez minha respiração e as batidas do meu coração perderem completamente o ritmo. Minhas pernas envolveram seu quadril e James desceu em beijos e roçou os lábios quentes em meu pescoço. Respirei todo o ar que restava nos pulmões implorando por mais. Aonde íamos parar? Eu não tinha forças para me afastar nenhum milímetro daquele rapaz, todo o meu corpo o desejava mais que qualquer outra coisa. Todas as minhas células correspondiam aos toques de James Roberts. Era bom estar contra a parede por ele, era como se com ninguém mais pudesse ser assim... Tão mágico. Era como estar com sede por dias e achar água. Era daquela maneira que eu me sentia. Suas mãos desceram até meu quadril subindo rapidamente até as costas por baixo do tecido da blusa do baby-doll que me vestia. Fechei os olhos com força e mordi o lábio contendo o gemido, apertei minhas pernas em sua volta. Nossa respiração estava completamente acelerada. Nunca senti tanto desejo em toda minha vida.

– Estamos indo muito rápido... – se jogou para meu lado contra minha vontade. Respiração completamente fora do compasso.

– Não... – gemi em protesto ficando em sua frente, o puxei pela gola da camisa. Beijei-o com urgência.

Ele cedeu. Segurou meus braços comandando o beijo desesperado, deu passos incertos para frente, bati minhas costas na cômoda onde ficavam meus livros e um abajur que se quebrou no chão fazendo-nos acordarmos para a realidade.

– Ah meu Deus! – disse olhando para os cacos do objeto espalhados pelo chão. James tapou minha boca com pressa.

– Anne, querida você esta bem? – minha mãe perguntou abrindo a porta do quarto devagar nos surpreendendo. – James? O que esta fazendo ai meu filho?


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Comentem, por favor, preciso da saber o que estão achando e aceito sugestões.
Beijão!



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