Quando despertei do meu sono leve, sabia que algo não ia bem. Foi triste ver os olhos marejados de Spencer e Sam, pior ter o Coronel ao lado da cama de Carly.

Mamãe ficou pelo hospital prestando apoio pela família Shay. Em dois dias eu fui liberado.

Ainda encontro-me em um sentimento de estático, como me sentir? Não derramei nenhuma lágrima, e quando entrei no quarto de Carly ,os aparelhos ligados – pi...pi...pi – e fungadas do respirador. A morena com face pálida e bem longe dali.

Quem era Freddie sem Carly?

A cabeça zunia, e rodava. Porém nada mais que isso. Meus estado de latência , adormecido até os ossos, porém tendo de caminhar entre todos aqueles outros.

Um sonambulo. Foi assim que fiquei uma semana dentro do hospital ao lado da Cama da Carly. O coronel não mais voltaria tinha pedido licença e todas as manhãs entravamos no quarto de Carly e sentávamos a esperar.

Um oi simpático e até mesmo forçando um sentimento menos pior do que presenciávamos ao ver “nossa” garota em coma.

Quando mamãe me jogou para dentro da escola na segunda seguinte. Caminhei sendo observado, o culpado daquele acidente havia sido eu?

Talvez sim, bem me sentia culpado, se eu não estivesse bêbado a reação seria mais rápida. Seja como for acho que outro assunto pairava pelos corredores.

“ A doce Carly Shay, havia usado psicotrópico tarja preta com álcool, e juntamente com acidente as coisas ficaram ruins.”

Realmente , fui fuzilado pelos olhares dos colegas, sentei no fundo tentando ignorar o burburinho que eu causei o acidente e dei bebida e drogas para minha amiga e sussurravam que finalmente ela havia aceitado namorar o nerd idiota , e o que ela ganhara? Um acidente seguido de um coma devido a drogas...

“Todos viram eles no observatório, ele dando bebidas para ela sobre o carro e sim, passando a tal droga...”

“ Só drogada mesmo para ficar com ele, claro ele abusou da tolice dela...”. Ouvi indo para os armários. Então sai de lá e corri para o hospital.

Não podia ser o culpado. Coronel mesmo falou que Srta. Missy falou sobre a droga, ela havia dado a Carly. Mas acho que foi como segredo assumir a culpa.

Uma semana e meia depois apreendi a não ouvir quando citavam iCarly ou Carly ou ele.

– Você não pode ficar assim! – Sam falou quando visitávamos Carly.

– E qual outro jeito, sou culpado...

– Quando ela acordar vai ficar furiosa com essas pessoas mesquinhas que te culpam, a verdade que foi aquele caminhoneiro o culpado...

– As drogas ajudaram...

– Isso é conversa! – Sam me abraçou e saiu, ela precisava ajudar Spencer também.

Aquela manhã gelada de inverno, fez meus ossos endurecerem, mesmo assim levantei e fui para o colégio. Passaria para ver Carly somente quando Coronel saísse do hospital. Com o tempo ele começou a ficar deprimido de uma forma que sentia pena de olhar. Eu também era digno de pena, mas mamãe cuidava de mim, porém não havia ninguém para cuidar do Coronel, pois Spencer só não estava pior pois Sam permanecia ao seu lado. Gibby corria de um para outro tentando confortar e até entender direito, e quanto mais tentávamos explicar o estado de Carly pior me sentia.

Estava em cálculo avançado quando uma msg de celular me distraiu.

– Venha para o hospital agora! – Mamãe escreveu. Meu coração deu um solavanco bombeando coração sangue quente. Senti despertar um pouco do meu estado de sonambulo, somente para correr sala a fora e corre mais ainda para chegar rápido no hospital.

– Ela acordou? – Puxei o fôlego para os pulmões ao entrar no quarto. O médio Dr. Denni , Coronel , Spencer e Mamãe me olharam de forma sentida.

– Algo importante querido – Mamãe me abraçou brevemente, olhei Carly estava igual, pálida e adormecida.

– Vocês vão desligar os parelhos, não podem fazer isso! – Corri para Carly beijando seu rosto morno.

– Não! – Spencer me puxou pelo ombro e abraçou vi lágrimas transbordando por lá.

– Então o que é? – Procurei o olhar do Coronel ele me sorriu, em um mês , eu senti que ali naquele sorriso havia uma esperança sincera. Mais um pulsar quente de sangue, senti despertando mais um pouco do estado de sono.

– Por favor, Doutor conte a ele – Mamãe pediu , eu vi ela e o coronel dando as mãos.

Aquilo estava me despertando.

– É sr Benson, sua namorada está grávida!

– Como isso é possível? – Consegui perguntar olhando dele para Carly. Eu sei como se faz isso, só que nunca me ocorreu essa possibilidade.

– Um mês exatos! – Coronel parecia ansioso. – E o doutor disse que podemos acompanhar a gravidez.

– Mas não tem problema? – Spencer perguntou. Por mim.

– Não vamos acompanhar e ver o desenvolvimento, mas isso é algo raro, uma gravidez nesse estado de coma.

– Queremos a criança! – Coronel respondeu.

Novamente peguei no sono. Não sabia se queria a criança, era jovem, e a mãe dessa criança nem estaria bem para cuidar. Não seria algo nosso, seria algo deles, de Spencer e Coronel, o neto ou neta dele. Que direitos eu teria sobre essa criança? Que direitos eu queria ter afinal?

Fiquei rígido ouvindo mamãe explicar para o Coronel que ajudaria integralmente ele a cuidar da criança.

Uma parte de Carly viria à vida enquanto ela estava ali, dormindo, alheia aquela conversa. Respirei forte e sai do quarto.

– É um segredo! – Spencer me sussurrou no corredor do hospital eu assenti.

Meus olhos iam se fechar e queria poder encontra-la nos meus sonhos