Real or Not Real? escrita por Jubs


Capítulo 7
Violet


Notas iniciais do capítulo

Mais um! Esse ficou tão... *--------* A gente se vê lá embaixo. Enjoy



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Sinto Peeta passar os dedos sobre meu braço. O toque suave me faz arrepiar.

–Bom dia –digo sem me virar. Nem abro os meus olhos, apenas sinto-o beijando meu pescoço, subindo para o meu rosto. Enfim, me viro e deixo-o chegar aos meus lábios. Aqueles lábios de Peeta têm um gosto adocicado e perfeito. Deixo-me levar pelo prazer de sua companhia.

Passamos duas semanas na enorme casa da Capital, sem nada ou ninguém para atrapalhar. A viagem de volta me deixa zonza e enjoada. Suspeito que dessa vez tenha dado tudo certo, mas decido não dizer nada a Peeta, apenas irei ao hospital quando ele não estiver em casa.

Peeta e eu decidimos que vamos morar na minha casa porque a quantidade de quartos é maior, mas sua casa não ficará inutilizada, vai ser bom fugir da mesmice de vez em quando, mesmo que sejam apenas vinte e dois metros.

Depois que Peeta se assegura de que estou em casa, sã e salva ele vai à padaria, finalmente coordenar o começo das reformas. Finalmente Peeta voltará à ativa. Assim que ele sai vou ao hospital, dessa vez nada é sigiloso, exceto para Peeta e eu. Passei um tempo pensando e farei uma surpresa a ele, mesmo que eu não saiba o resultado. Por fim, os médicos me entregam um envelope com os resultados.

Chego em casa antes de Peeta e tenho tempo de preparar minha surpresa. Misturo o envelope do hospital com algumas correspondências. Não faço a menor ideia do que esteja escrito, mas quero que ele veja antes de mim. Eu não sou boa em explicar as coisas, ele sim. Ele vai saber o que falar para mim.

Ele finalmente chega em casa. Eu não sei mentir direito, isso é fato. Esconder uma coisa séria como essa é ainda mais difícil. Mas deve estar tão na cara que Peeta tira o sorriso da cara assim que presta atenção em mim.

–Aconteceu alguma coisa? –pergunta ele preocupado.

–Não –digo disfarçando. Nada além do fato de eu achar que estou grávida, nada além disso. Penso. Enfim, prossigo tentando disfarçar –chegou correspondência.

Ele analisa cada nome nas cartas e joga um por um em cima da mesa como se não se importasse com nenhum deles. Então para num envelope branco com o símbolo do Doze.

–Cartas de pessoas que vieram no casamento. Exceto por esse envelope do hospital –ele abre e começa a ler. Ele abre a boca num espanto feliz – Ah meu Deus Katniss! Isso é sério?

–Eu não sei o que é! –digo sorrindo, apenas porque ele sorriu também – É sério? Deu positivo?

–Sim Katniss. Eu vou ser pai, agora de verdade!

Minha cara de espanto luta contra um sorriso em minha face. Estou muito feliz, mas o pânico de ser responsável pela vida de outro ser humano volta a me atingir. É necessário que Peeta me beije três vezes até que eu volte às órbitas do Planeta Terra. Por fim ele me abraça e eu só consigo fazer o mesmo, buscando apoio para o meu medo. Eu o seguro tão forte que meus braços chegam a doer. Ele coloca a mão na minha barriga.

–Eu te amo –ele diz num sussurro. A cena é tão linda que meu medo dá lugar à emoção. Lágrimas escorrem por minha face. Peeta volta a olhar em meus olhos –Amo vocês dois. Ou duas –ele sorri.

Decidimos que Haymitch e Effie serão padrinhos de nosso primeiro filho, assim como foram padrinhos do nosso casamento. Haymitch dá um abraço em nós dois quando faço-lhes a proposta e Effie irrompe em lágrimas de felicidade. Ela diz que tem muito orgulho de nós dois e faz questão de ajudar-nos com todo o enxoval.

Passam-se cinco meses e Peeta me leva ao hospital da Capital para que eu faça um ultrassom.

A médica é uma mulher bem simpática, embora eu esteja ansiosa para saber o sexo do meu bebê começo a pensar em vários nomes e só me toco de onde estou quando a doutora exclama:

–É uma menina! Vocês já tem ideia para o nome?

–Ainda não –falamos juntos. Dali saímos para comprar roupas, móveis para o quarto e quando chegamos em casa, Peeta decide fazer a pintura do lugar. Eu o deixo fazer o que quiser, confio em seu bom gosto. Ele passa o dia inteiro no quarto que escolhemos, as paredes são de um amarelo suave. Na que fica ao lado da cama Peeta pintou algo parecido com a Campina e desenhou um tordo muito detalhado pousado numa árvore. É tudo lindo, perfeito.

Acordo com fortes dores, tento me lembrar que dia é hoje. Já fazem oito meses e vinte dias. As dores começam a ficar mais intensas e preciso acordar Peeta.

–O que foi? –diz ele sobressaltado.

–Parece que sua pequena não quer esperar mais –digo fazendo cara de dor.

Ele se levanta rapidamente, veste uma roupa por cima do pijama, arruma a bolsa de nossa filha e me leva no colo escadas abaixo.

Chego ao hospital do Doze e muito rapidamente e a única coisa que vejo antes de entrar na sala de cirurgia e receber a anestesia é o rosto apreensivo de Peeta.

Acordo num quarto, Peeta está ao meu lado e um pequeno berço também.

–Traz Violet para mim? -peço

–Violet? –ele pergunta pegando a neném.

–Sim, como violetas, como meu nome vem de Katniss, como o de Prim veio das Prímulas –pego minha filho no colo, ela é tão perfeita, tão pequena e tão frágil que logo o medo me atinge novamente- Peeta, eu não sei fazer isso.

–Sabe sim –ele beija minha testa –você vai ser a melhor mãe do Mundo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? já sabem o que fazer né seus lindos? até mais