P.O.V Luke Zabini.

Depois do que a ruiva me disse sobre Dominique, eu não consegui me concentrar nas aulas nem em nada. Eu não vou mentir. Ela é uma garota muito bonita e gostosa. Sou sincero. E ainda por cima, beija bem.

Só Albus sabe da queda que eu tive por essa loira. Mas foi logo quando ficamos. Eu me apaixonei, mas me dei conta que ela era muito areia para meu caminhãozinho.

Todos não, mas a maioria dos rapazes achava ela linda. E ela era mesmo. Quando nós ficamos, estávamos no sexto ano, logo no início. Foi um fica de três semanas. Na primeira eu já estava perdidamente apaixonado por ela. Mas cadê a coragem pra assumir? Não tinha. É, quando se trata do coração eu sou muito mole. Daí eu decidi que não podíamos mais ficar. E nos afastamos um do outro.

Então eu deixei que essa paixão acabasse, porém ela não acabou, só está adormecida aqui. Dentro do meu peito. Basta um beijo daquele Veela para eu me apaixonar loucamente por ela novamente.

Deixei que ela vivesse em paz. Com os outros ficantes dela. Al me garantia que ela gostava de mim, mas não era o suficiente para mim. As palavras dele não eram o suficiente. Então eu aprendi a deixar essa paixão guardada em bem guardada.

Mas eu não nego, um dos momentos mais felizes da minha vida foi quando eu estava ficando com aquela loirinha. Quando nos beijamos pela primeira vez.

*Flashback: On

Nós estávamos debaixo da árvore perto do lago. Rindo e se divertindo juntos. Ela não fez menção de me beijar. Talvez porque tivesse com vergonha. Ou alguma coisa do tipo. Eu não tinha coragem de chegar do nada e beijá-la.

Então eu fiquei lá. Conversando e conhecendo melhor aquela Veela. Ela tinha e tem um sorriso que me deixa extasiado. Eu fiquei o que me pareceram horas olhando-a.

– Luke! - Ela me chamou.

– Ah... Oi! - Eu respondi voltando ou normal.

– O que houve? - Ela perguntou.

– Nada. Só fiquei aqui, olhando você. - Falei e percebi que suas bochechas ficaram vermelhas. Então eu me aproximei.

– Luke... Eu... - Ela começou a falar, mas não terminou. Porque eu peguei em sua bochecha. Ela ficou encabulada.

– Miny... Eu posso te chamar assim? - Perguntei.

Ela sorriu.

– Claro. Achei lindo esse apelido! - Ela falou me olhando. E eu pude ver o brilho naqueles olhos verde claro.

Então eu percebi que essa era a hora de agir. Me aproximei mais um pouco. Inclinei minha cabeça. Ela fez o mesmo. Eu pude sentir sua respiração ofegante. E foi aí que eu a beijei. Beijei aquela boca delicada. Como ela beija. E que boca. Que genes de Veela essa têm.

*Flashback: Off

É eu tinha que pensar rápido. Quase que de imediato. Eu fico ou não com ela? Será que isso vai me fazer bem? Bem no fundo eu quero. Mas como eu disse, eu não sou muito bom com esses negócios de coração. Tenho que manter minha pose, de homem fechado, que não se apaixona.

P.O.V Rose Weasley

Eu estava me sentindo um lixo. Eu briguei com aquele que até um dia desses era meu inimigo mortal. Eu só não entendia o porquê de estar me sentindo assim. Por que eu me importo com aquele filhote de doninha albina pensa? Aiii Merlin só pode estar me castigando.

Primeiro, a dentenção. Segundo, aquela mão-boba. Como eu odiei aquilo, aquele imbecil só pode achar que eu sou dessas garotas que ele já pegou, que ele passa a mão onde quer. Terceiro, aquela ofensa sem noção.

Como aquelas palavras doeram. Ele não tinha direito de dizer aquilo pra mim. Preciso desabafar. Preciso de alguém pra conversar. Ficar aqui nessa cadeira chorando não vai me ajudar em nada.

Fui me levantando quando alguém loiro apareceu bem na minha frente. E não era Scorpius. Era Dominique. Ela me olhou. Viu que eu estava com os olhos vermelhos e inchados.

– Rose... Você está chorando? – Ela perguntou se abaixando. Ela era mais alta que eu. Então ela tinha que se abaixar um pouco.

Eu virei o rosto. Funguei e disse finalmente.

– Não. Eu... Não estava chorando.

– Avá é mesmo! Me poupe Rose Weasley. Agora, senta aí. – Ela me empurrou de volta pra cadeira. – E me conta vai.

– Não tem o que contar Domi. – Eu não a olhova, pois sabia que meus olhos me entregariam.

– Rose, para! Pode parar tá? Divide comigo. – Ela fez biquinho. – Eu sou sua prima, e sua prima também. Me preocupo contigo. Agora fala logo.

– É o Scorpius! – Só de ter falado aquele bendito nome eu senti uma vontade enorme de chorar.

– Ok. O que ele fez? – Ela perguntou.

– Tudo. – Eu enxuguei as lágrimas. – Vou te contar desde o início...

Eu contei tudo para a loira. E quando digo tudo. É tudo mesmo. Contei desde a parte que ele pediu para sermos amigos coloridos até a parte da mão-boba.

– ...E eu o deixei plantando na biblioteca com cara de idiota. – Funguei novamente. Fiquei calada.

– Mas não é por isso que você está chorando, é? – Ela perguntou puxando meu rosto para que eu olhasse para ela.

– Não. É que hoje depois do almoço ele me ofendeu! – Eu desatei a chorar novamente.

– Calma Rose, não chore! – Ela me consolava.

– É... Que... Ai Domi! – Eu não conseguia evitar.

Depois de alguns minutos eu me acalmei. E terminei de contar tudo. Sobre a caixa de chocolate que Lysander me deu. Da cena que Scorpius fez e das coisas que ele me disse.

– ...Então eu saí correndo de lá. E mais uma vez eu o deixei sozinho. – Respirei de alívio. Eu me sentia melhor agora. Depois de colocar tudo para fora.

– Rose, o loirão ficou com ciúmes de você. – Ela falou.

– Não Domi, não é hora pra isso. – Eu dei os ombros.

– É sério. Ele ficou com ciúmes do Lysander. – Ela repetiu a ideia absurda. – Rose, Scorpius Malfoy está com ciúmes de você! Prima, você... Você fez ele sentir ciúmes!

– Não Dominique Weasley, eu não fiz. Deixa de maluquice! – Eu tentava acalmá-la, pois ela estava eufórica.

– Você tem noção do quanto isso é...

– Maluquice sua, tenho! – Eu me levantei. – Tenho que ir, vê se você toma um suco de abobora com calmante... Você tá muito agitada.

E falando isso dei tchau a ela. E sai da sala comunal.

Eu havia perdido uma aula. McGonagall vai cair em cima de mim. Aposto. Pensarei nisso em outra hora.

Sai do castelo em direção ao campo de Quadribol. Sabia que hoje era treino da Sonserina. E o filhote de comensal estaria lá com certeza. Então foi para lá que eu fui.

E como eu havia dito. Lá se estava ele. No gol, defendendo as balizas. É, o Malfoy era goleiro e capitão do time das cobras. Al, meu primo, era o apanhador. Luke era artilheiro. Os outros integrantes do time eu não sei o nome. Nem me interessa.

Fiz alguns gols no filhote de doninha. Eu fui artilheira do time da Grifinória. Mas isso faz muito tempo. Eu abandonei o Quadribol por causa dos estudos. Joguei até o quinto ano. A partir do sexto eu saí. Por causa dos N.I.E.M.S.

Minha família, só o que tem, é jogador de Quadribol. Meu pai era Goleiro, podia não ser muito bom, mas dava seu melhor. Meu tio Harry era apanhador. Minha tia Gina, artilheira. Minha mãe não gostava muito, preferia um bom livro. Então. Meus tios Fred e Jorge eram batedores. Tio Gui foi capitão da Grifinória. E ainda tem meus primos.

James era goleiro, ele não estuda mais em Hogwarts, terminou ano passado. Lily é apanhadora. Roxanne e Hugo são artilheiros. Vic foi, no tempo que estudava aqui, só que da Sonserina. Louis foi batedor da Lufa-Lufa. E por aí vai os talentos Weasley’s.

Mas, voltando ao presente. Eu me sentei nas arquibancadas. Lancei sobre mim o feitiço escudo, por precaução contra um balaço. Nunca se sabe. E fiquei lá. Esperando o treino acabar.

Passados alguns minutos ouvi Malfoy chamar os outros integrantes. Acho que para uma reunião. Eu desfiz o feitiço. Desci das arquibancadas e fui andando bem devagar em direção aquele aglomerado de gente. Só cheguei a tempo de ouvi-lo falar.

– ...Então, até o próximo treino galera!

Os garotos seguiram para o vestiário. E as duas únicas garotas do time foram para o castelo sujas mesmo.

Eu segui os rapazes. Sem dar uma palavra. Eu entrei no vestiário. E me deparei com uma cena, muito constrangedora. Luke encontrava-se só de cueca e meu primo Al sem camisa. Ok, Merlin. Isso não ajuda em nada. Fiquei vermelha da cor dos meus cabelos.

O meu primo, que é outro idiota, percebeu.

– Que é isso prima?

– Morre Albus Potter! – Deu os ombros e virei de costas.

– Deixa Al. Ela é pura, não pode ver essas coisas... Só se for o Scorpius, nosso loirão aqui. – Maldito Zabini. Tinha que falar uma besteira dessas.

– Vai comer a Dominique, Luke! E me deixa em paz. – Foi Malfoy quem falou dessa vez.

– Respeita Scorpius, não fale assim da minha loirinha. – Luke a defendeu.

– Foi mau cara! – Scorpius se desculpou.

Depois disso tudo ficou em silêncio no vestiário.

– Vem cá Zabini, eu quero minha resposta! – Eu falei ainda de costas.

Nenhuma resposta. Eu me virei e dei de cara com um Malfoy sem camisa.

– Cadê... Cadê... – Droga, eu não conseguia me concentrar com aquela paisagem na minha frente.

– Os meninos? – Ele completou.

– É.

– Já foram! – Ele se se empertigou do armário onde ele estava encostado.

– E só tá eu... E você... Aqui? – Eu não queria olhar para aquele abdômen perfeito que aquele filho de uma mãe tinha, mas era irresistível.

– É. Acho que tá na hora de conversarmos, concorda? – Ele falou.

– Eu não sei...

– Desculpa. – Ele me interrompeu.

– Scorpius eu...

– Me... Me perdoa, por favor, deixa eu me redimir. – Ele me encarava.

Então sem aviso nenhum ele me beijou. Foi um beijo com calor. E demorado. Como eu queria aquela boca. Deixei que ele me envolvesse em seus braços. Aqueles braços musculosos.

Por que me sentia tão bem nos braços dele? O que estava acontecendo comigo? Eu não queria pensar em mais nada, só aproveitar aquele beijo. Esqueci até do acontecido de hoje de manhã. Me deixei levar por aquele abraço apertado. Mais tarde eu penso nisso.