A Caçadora - A Supremacia escrita por jduarte


Capítulo 25
Tomando O Que Lhe É Por Direito - #


Notas iniciais do capítulo

Oi oi, galera linda...
Aviso básico, postei uma parte extra no capítulo anterior, se vc não viu, CORRE DAR UMA OLHADA!
Espero que gostem do capítulo!!!
Beijos,
Ju!



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Ouvi rosnados e gritos alegres, e me concentrei em não surtar. Era a terceira vez no mês que meu bando arranjava briga e eu realmente não estava com paciência para aturar brincadeira de criança. Levantei-me da mesa e me dirigi até o refeitório. Tinha os trazido até Sleepy Hollow e os colocado no alto de uma montanha, num tipo de acampamento. Eu era o Guiador, eles ficavam nas cidades que eu escolhesse.

Cali entrou na minha frente e segurou meus ombros de uma maneira possessiva. Ela estava suficientemente machucada em seu rosto, e eu teria de agradecer Helena por isso, mais tarde. Ela tinha feito tudo o que eu não poderia fazer. Cali sussurrou eu meu ouvido:

– Não faça nada que eu não faria.

Travei a mandíbula, completamente irritado.

– Eu sou seu Guiador. Faço o que quiser. – explodi com ela, empurrando suas mãos para longe de mim.

Vários metamorfos estavam amontados formando uma rodinha em volta de dois em especial, que se socavam. Acotovelei todos com brutalidade para alcançar Nate e Laurent e quando minhas mãos tocaram em suas blusas, joguei cada um para um canto.

O refeitório ficou em um silêncio mórbido daqueles que só se ouve em um necrotério, e então as pessoas começaram a comentar. Arquejos e vozes baixas eram ouvidas.

Caminhei até Nate e peguei-o pelo colarinho, fazendo questão de bateu com sua cabeça na parede e lhe sufocar.

– Quem você pensa que é? – gritei. – Isso não é um ringue de luta!

Joguei-o no chão com toda a força e marchei em direção a Laurent que tentava se esgueirar pelo canto do refeitório. Segurei-lhe pela perna antes que pudesse escapar.

Ele me olhou com o rosto retorcido de dor e respingado de sangue.

– E você... – dei uma pausa. Senti minha raiva crescer a ponto de eu querer me transformar ali mesmo. – Eu ainda sou o Guiador, e se tiver algo contra isso terá de me matar. Não obedeça às minhas ordens e, eu juro, por tudo que é mais sagrado, que mato você.

Olhei para o refeitório cheio de gente sentada em cima das mesas que tinham sido afastadas para que eles pudessem brigar livremente e olhei para os dois. Nate rastejou para longe de mim.

– Arrumem isso antes que eu faça os dois fazerem a patrulha durante duas semanas seguidas, 24/7.

Seus olhos arregalaram.

– E quero tudo brilhando. – me virei para Nate, somente. - Quero você em meu escritório quando terminar.

Não esperei que ele assentisse e simplesmente saí andando, em direção ao escritório bagunçado. Ele não merecia que eu ao menos falasse com ele. Depois de tantas brigas que tinha causado, merecia logo a morte.

Jeremiah estava sentado em minha mesa, me encarando.

– Ele está dando trabalho? – ele perguntou.

Passei os dedos pelo cabelo.

– Sim. Não sei mais o que fazer.

– Edward disse que ele vai ficar de olho em Helena, agora. Quem sabe ele não sossega por aqui e vai infernizá-la lá em Manhattan? – ele tentou fazer graça, mas eu não consegui rir.

Jeremiah percebeu.

– O que foi desta vez?

– Não gosto de pensar que ela saiu daqui por minha causa.

Seu sorriso se transformou em uma leve tristeza.

– Ela sente sua falta. – ele murmurou e abaixou a cabeça.

Meu coração bateu rápido. Uma chama de esperança se acendeu em meu peito e tive que sorrir. Eu sabia disso. Eu tinha ouvido sua confissão aquele dia.

E parte de mim tinha amarelado o suficiente para não me mostrar para ela.

– Deve ser uma droga, não é? Estar com alguém sabendo que a pessoa gosta de outro.

Balancei a cabeça e me sentei na cadeira a sua frente, cruzando as mãos em cima do peito.

– Está falando de Cali?

– Sim, ela é a única pessoa sendo enganada nessa história.

Dei de ombros.

– Ela sabe meus sentimentos por Helena.

– Cali pode ser muito vingativa quando quer. – ele disse de supetão. – Ela quase matou Helena na igreja, quando ela salvou Polux.

A lembrança me trouxe certa dor.

– Eu deveria estar lá.

– Ou quando você impediu de Cali matar Helena, mas mesmo assim não fez nada para consertar o estrago que ela deixou em Jason.

– Eu estava lá! – disse ofendido, usando minha voz autoritária.

– Você estava. – ele concordou. – Mas se fosse comigo, se Cali levantasse a voz para a minha alma-gêmea, certamente não estaria respirando segundos depois.

Um silêncio na sala deixou-me calado por completo. Não tinha nada a dizer.

Fora a primeira vez que Jeremiah tinha dito em voz alta que Helena era minha alma-gêmea, e eu tive que me controlar.

– Você não fez nada porque não quis.

Sua resposta foi como um tapa na cara, e eu tranquei a mandíbula.

– Helena ama Polux. Eu não posso fazer mais nada.

Jeremiah mordiscou a boca.

– Polux está morto, Fitch. Morto! Helena está devastada e só quer alguém para conversar. Você poderia conversar com ela...

– Não. – o interrompi. – Eu já causei dor demais à ela. Ela não deve querer me ver nem pintado de ouro.

Ele coçou a nuca.

– Ela perguntou sobre você.

Levantei os olhos em sua direção.

– O que ela perguntou? – minha curiosidade era maior do que minha raiva.

– Se você tinha ido visitá-la enquanto estava em coma.

– E vocês disseram que eu tinha ido, certo? Que eu tinha ficado lá a maior parte do tempo...

Ele abaixou a cabeça, parecendo derrotado.

– Não sei se Claire chegou a dizer algo.

Engoli seco.

– Helena deve me odiar. – minhas mãos foram parar em meu cabelo, e eu puxei em um sentimento de derrota. – Este é um dos maiores motivos pelos quais eu nunca me mostrei para ela. Helena só me conhece como lobo, Guiador, e – revirei os olhos – cachorro.

Ele saiu da mesa e deu dois tapas de leve em meu ombro.

– Você é Fitch Monet, pelo amor de Deus. Vá reconquistar sua mulher antes que algum sem noção entre no caminho! Não cometa o mesmo erro duas vezes.

Assenti.

– Vim aqui para buscar minhas armas. Vou voltar para a empresa assim que puder.

– Sinto muito por ter atrasado na nossa reunião, ok? Cali ficou me atrasando e arrumando desculpas para brigar... – minha frase ficou no ar. Coloquei as mãos na cabeça, eu tinha cansaço.

– Se odeia tanto assim Cali, por que não termina as coisas com ela de uma vez? – sua pergunta me pegou desprevenido.

– Não posso simplesmente terminar tudo. A segurança de Helena está em jogo.

Ele parou e fez uma careta.

– Então está com uma mulher que odeia para proteger a mulher que ama, é isso?

Assenti mais uma vez.

– Isso é idiotice, Fitch. Se ficar com Helena, então você a irá proteger. Se continuar com Cali, só será infeliz.

Levantei e caminhei até a janela, de onde tinha vista para todo o campo verde que desapareceria sob as árvores densas.

– Por que todos vocês são contra Cali? – perguntei levemente incomodado.

– Porque somos as únicas pessoas que vêm que ela está somente te usando. – ele respondeu.

Sua resposta me irritou. Não porque ele estivesse errado, mas porque eu sentia a mesma coisa.

– Pense nisso. – Jeremiah sussurrou e olhou pela janela. – O Sol está quase se pondo. Se correr chegará em duas horas, no máximo.

Ele queria que eu fosse me encontrar com Helena? Ela não me atenderia.

– Edward estava querendo te ver mesmo. Use isso como desculpa.

Sorri de canto.

– Cali não vai gostar...

– Mande Cali à merda. – ele me cortou e saiu da sala com um sorriso estampado no rosto.

Nate entrou em minha sala depois de bater quase que silenciosamente, e de cabeça baixa.

– Sinto muito pelo que aconteceu, Fitch. Eu não consegui me controlar.

Revirei os olhos.

– Se isso acontecer novamente não serei piedoso. – resmunguei em resposta. – Vou sair e quero que fique no comando com Jeremiah. Se abusar do poder eu saberei.

Ele me olhou pela primeira vez, parecendo não acreditar no que eu dizia.

– Isso é algum tipo de piada? – ele perguntou.

Balancei a cabeça negativamente.

– Não. Vou até Manhattan. Já que morando lá você não me fornece nenhuma resposta, e nem nada, pensei em passar para dar uma checada eu mesmo.

Seu rosto se transformou em uma careta.

– Helena?

Sorri largamente.

– A única.

Ele deu de ombros.

– Contanto que não faça nenhuma besteira...

Dei-lhe um soco no ombro.

– Nada que você não faria. – gritei enquanto saía da sala à toda velocidade, torcendo para que Cali não me seguisse, pronto para ver minha Helena.


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Notas finais do capítulo

Continua?



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