TAILS escrita por Cath Lovelace


Capítulo 22
Festas, Armas, Segredos e Hipopótamos rosas usando chapéus.


Notas iniciais do capítulo

Percebi que vocês não comentaram o último capitulo... Era grande demais? Sinto muito.

Esse é o penúltimo capitulo. APROVEITEM!



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Festas, Armas, Segredos e Hipopótamos rosas usando chapéus.

– CALA BOCA TODO MUNDO! – Natallee gritou, entrando no dormitório.
– Mas... Não tem ninguém falando. – Lyanna olhou-a confusa
– EU MANDEI CALAR A BOCA. – Natallee gritou novamente.
– Garota, eu vou enfiar a mão na sua cara se gritar de novo. – ameacei
– Okay. – Natallee revirou os olhos, e se sentou. – Adivinhem quem conseguiu ingressos para uma festa? – ela cantarolou, esfregando na nossa cara, 3 ingressos amarelos.
– Oh. Meus. Deuses! Pena que ninguém liga. – Lyanna falou, e voltou a assistir Bob Esponja.
– Qual é, gente! – Natallee disse – Precisamos nos divertir!
– Mais diversão? – Lyanna a olhou com cara de reprovação – Você já não se divertiu o suficiente, com a Srta Candice e o bando de babacas que salvam o mundo?
– Oi? – eu disse
– Ela tá falando sobre a semana passada, quando ajudamos a salvar o acampamento da esquizofrenia do Breu/Lia Hammel. E não a convidamos... – Natallee explicou
– É... Desculpa? – eu sorri inocentemente
– Otárias. – Lyanna revirou os olhos – Eu vou pra essa festa, mas com uma condição.
– YAY! – Natallee bateu palmas – Qualquer coisa.

(...)

– Chainz, sua piranha – eu disse, puxando a adaga que prendia meu cabelo – Da próxima vez que disser “qualquer coisa”, eu vou te jogar da janela.
– Eu não sabia que a louca da Lyanna ia decidir ir pra balada vestida de atiradora. – ela sussurrou
– ESTAMOS CHEGANDO, VADIAS. QUERO TODO MUNDO NA ATIVIDADE, ENTREM ATIRANDO, ISSO NÃO É UM TREINAMENTO. – Lyanna gritou a nossa frente
– Vai se foder, Lyanna. – Natallee disse de mau humor.
– É. E larga a porra dessa pistola, antes que eu atire na sua cabeça. - falei
– Vocês não sabem brincar. – Lyanna falou, soltando a arma de paintball no pé da Natallee
– AI! – Natallee gritou, mas a ignoramos.
– Isso não é vídeo-game, maníaca. É a vida real. – falei, soltando a minha arma também – Faça o favor de voltar pra ela.
– FAÇAM O FAVOR DE PARAR DE JOGAR ISSO NO MEU PÉ! – Natallee berrou, chutando as duas armas que haviam caído no pé dela.
– Ô CARALHO! – gritei – VOCÊ DISPAROU A PORCARIA DA ARMA, NATALLEE!
– ENTÃO CORRE, RETARDADA! - Natallee gritou de novo, já correndo, e me deixando pra trás
– PIRANHA! – gritou Lyanna, que estava levando boladas de tinta, da arma – ME AJUDA AQUI, CANDICE!
– AJUDA VOCÊ PEDE PRA ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DO ANIMAS, AMIGA. – falei – EU VOU É CORRER!
– OUTRA PIRANHA VOCÊ! – ela berrou, enquanto chutava a arma na minha direção.

Com a arma virada pra mim, Lyanna começou a correr também. Enquanto eram disparadas milhares de bolinhas de tinta, e ficávamos tão coloridas, quanto Gays na Parada Gay. Ou com Íris, num dia feliz.

– É aqui. – Natallee disse, se despindo do macacão camuflado que Lyanna nos obrigará a vestir.

Eu encarei a fachada da boate, que brilhava em azul neon.

– Pandemonium? – Lyanna questionou – Que nomezinho...
– Chega de criticar, Lyanna. – falei, tirando o macacão também.

Por baixo disso, Natallee e eu (as inteligentes) estávamos com vestidos curtos pra festa.
(N/ Lyanna: Tudo puta) (N/ Natallee: Fica na tua, se fosse por você, estaríamos na balada, parecendo presidiárias)

Entramos na balada, que brilhava com milhares de luzes, pessoas dançando, flertando e...

– Hey, aquela garota tá carregando uma corda? – Natallee perguntou
– Tá sim. Será que ela deixa a gente pular? – Lyanna sorriu
– Não, idiotas. – falei – Aquilo é um chicote. Ela deve ser domadora de leões.
– Ô, gênia. Aqui é uma balada, não um circo. – Lyanna me deu um tapa no pescoço
– É mesmo. – Natallee disse – Mas olhem... Tem outro garoto ali. E mais um, e mais um!
– São três garotos, Chainz. – Lyanna explicou.
– É, isso ai. – Natallee disse – Agora só tem dois, olhem. Eles mataram um.
– Acontece. – Lyanna disse sem dar muita importância. – Vamos dançar!

Sorri pra elas, mas segui um caminho diferente. Eu fui até o bar. Lá, um cara qualquer pediu minha identidade.
Como uma garota normal, eu tinha uma identidade falsa.

– Seu nome é Alejandra Telletubbie Amém? – o cara perguntou
– Minha mãe era bem criativa pra nomes... – respondi
– E você tem 35 anos. – ele continuou
– Eu uso produtos Jequiti. – falei
– Ah, Okay. – ele deu de ombros, e me entregou minha bebida.

Me sentei em um banco, e fiquei olhando para a pista, enquanto via Lyanna e Natallee dançando.
Enquanto eu fazia isso, meu celular começou a tocar.
Você pode pensar que é errado um semideus ter um celular, pois pode atrair monstros, que tem um gps pra nos encontrar, e blá blá blá.
O que eu penso disso? Eu penso que não dou à mínima.


– Que foi? – atendi o celular
– Hey, Candy! – uma voz conhecida falou – Wow, que barulho é esse?
– Oi, monstro ruivo. Estou na balada, fala logo.
– Candice, você está em uma missão importantíssima, e decidiu gastar um de seus poucos dias para ir a balada? – Rachel disse chocada
– É a vida, né. – falei
– Deuses. – ela murmurou – Tudo bem, eu tenho algo pra contar.
– Eu também! – falei animada – Vou contar tudo pras meninas hoje, e amanhã vou falar com Reyna e Octavian. Estou pronta pra contar meu segredo.
– Não, Candice. – Rachel disse – Você não pode, não tem mais tempo.
– É claro que eu tenho. – falei – E vou fazer isso em... 20 minutos.
– Candice, não! – Rachel gritou – Outros foram mandados para essa missão. Você vai sair dai amanhã. A missão foi cancelada. Os sete da missão foram encontrados. Você não é mais necessária pra isso
– Pare com as piadas, Chel. – eu ri – Essa profecia é só um mito. Eu tenho que ir. Beijinhos!
– Candy...

Levantei do banco, terminando minha bebida, e indo pra pista de dança.
Depois de talvez, uns 30 minutos dançando, Natallee, Lyanna e eu, nos reunimos em um canto, para descansar e beber.

– Ei. – falei sem rodeios – Tenho algo pra contar.
– Fala ai. – Lyanna disse, sorrindo e bebendo.
– EU AMO VODKA! – Natallee gritou, e eu fui obrigada a lhe dar um tapa.
– Bem, eu sou grega, estou em uma missão de paz para juntar os gregos com os romanos. Meu verdadeiro pai é Zeus, e não Júpiter. – falei rapidamente.

As garotas me encararam sem expressão por alguns longos minutos, até Natallee falar alguma coisa:

– E dai? – ela disse
– E dai que... Bem, eu sou diferente de vocês. – Eu disse
– É claro que você é. – Natallee revirou os olhos – Você é uma sereia, foi reclamada por dois deuses, e namora Octavian.
– Não tem como ser mais diferente. – Lyanna acrescentou.
– Mas... eu sou grega! – falei
– Ah, grande coisa. Você não é diferente de nós. – Natallee disse – Os deuses gregos são tão babacas quanto os romanos.
– Nós não te odiamos por isso. – Lyanna riu – Aliás, não damos a mínima.
– Oh meus deuses. – eu disse – Vocês são demais!
– Nós já sabíamos que você era, de qualquer modo. – Natallee falou
– Oi? Como? – exigi saber
– Lia Hammel nos disse que vieram de outro lugar, com deuses diferentes. Ela não estava muito sã naquele momento, então Nat e eu duvidamos um pouco. – Lyanna contou – Mas você disse agora... E mesmo não estando tão sã – ela falou, olhando para o meu copo vazio – Nós acreditamos em você.
– Nós ainda somos iguais. – Natallee sorriu, e me abraçou.

Naquele momento, eu seria capaz de vomitar um arco-íris.
Elas me aceitaram! Eu havia terminado minha missão!
Pelo menos, era o que eu acreditava.

Quando saímos do Pandemonium, já passava das três da manhã. E quando chegamos ao portão do acampamento, já passava das cinco.

– WEEEEE! – Natallee gritou, correndo pelas ruas quietas da coorte um – EU TÔ SUPER BEBÂDA!
– Cala a boca, piranha! – Lyanna sussurrou – Vai acordar todas as coortes!
– QUE SE FODAAAAA! – Natallee gritou – EU QUE MANDO NESSA PORRA TODA.
– Bonito, né. – Disse uma voz, que estava atrás de nós.
– Oi mãe! – Natallee exclamou, tomando nos braços, a figura a nossa frente.
– Eu não sou sua mãe! – disse a coisa.
– Mãe, porque você tá usando um pijama de ursinhos? – Natallee perguntou, se jogando nos ombros da coisa que eu ainda não identifiquei, porque tá tudo escuro.
– Garota... Você está estragando meu sermão. – disse a voz
– Ai, deuses – Lyanna bateu a mão na testa – Hey, Natallee. Você está agarrando o namorado da Candice.
– OI? – gritamos juntas
– SHIU! – disseram Lyanna e Octavian juntos.
– Octavian?! – falei chocada
– Candice! – ele falou com a mesma voz.
– Natallee! – Lyanna disse, quando a maluca se jogou no chão, e vomitou.
– ... Lyanna? – Natallee falou, depois de cair na grama.
– Burro! – gritou uma voz vinda do nada – Brincadeira, eu sou a Lia.
– VOLTA PRO SEU QUARTO! – gritei, depois me recompus – Octavian, o que você está fazendo aqui?
– Fui avisado por sentinelas, que minha namorada e suas amigas problemáticas chegaram bêbadas, e depois do toque de recolher. – ele disse, analisando a mim.
– Tecnicamente – disse Natallee, que decidiu que ia ficar deitada na grama – Só eu estou bêbada.
– E só eu sou a problemática. – acrescentou Lyanna
– E... É, eu sou a sua namorada. – dei de ombros
– Eu sei que é! – Octavian bufou – E também sei que você é a problemática, Lyanna.
– É a vida, né. – ela sorriu
– ... Mas, as senhoritas devem me explicar agora mesmo: onde estavam, porque chegaram tão tarde, porque ainda estão pra fora de seus quartos, e... Porque há um hipopótamo-voador-de-chapéu na entrada do acampamento. – ele falou, e esperou uma resposta.
– Festa. – Natallee respondeu a primeira pergunta com toda sinceridade
– Por que a vida é louca, e por que você não nos deixa ir pra lá. – Lyanna respondeu a segunda e a terceira
– E... bem, o Eddie, sim, Octavian. – eu disse, quando ele ia me interromper - Esse é o nome do Hipopótamo, me deixa terminar! O Eddie foi quem nos trouxe pra cá, fim de história, estamos indo! – Falei, e as meninas levantaram e correram/ se arrastaram para o nosso quarto.

Octavian me segurou.

– Não faça mais isso. – ele pediu.

Mesmo no escuro, eu conseguia ver seus olhos brilhando, como acontecia todas as vezes que nos tocávamos.

– Fazer o que? – perguntei, arrumando o cabelo dele.
– Sair, chegar tarde, não me avisar... – ele falou, meio aflito.
– Octavian, você é meu namorado, não meu dono. – eu disse
– Mas eu me preocupo com você! – ele me apertou mais forte – Você poderia ter se machucado. Podia ter sido morta, e aliás, todas vocês precisam de uma autorização para sair do Legião.
– Isso é um Acampamento, ou uma prisão? – questionei
– Isso – ele falou, apontando ao redor – é a nossa única forma de sobreviver. Não repita mais isso, ou vou te delatar.
– Wow. – falei – Que tipo de namorado é você?
– O tipo que não sabe mais como te proteger de burradas. – ele falou sério
– Tudo bem, Octavian. – suspirei – Isso não vai mais acontecer... Tenha uma boa noite. – me virei pra sair, mas ele me puxou de novo.
– Você não me deu um beijo. – ele sorriu, e me beijou. – Eu amo você. Boa noite.



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Notas finais do capítulo

Últimas perguntas? Esperanças? Desejos?



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