TAILS escrita por Cath Lovelace


Capítulo 12
Hammel estapeia o ursinho de Octavian




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Hammel estapeia o ursinho de Octavian

Não foi assim que eu esperava ser recebida.
É claro que eu também não esperava fogos de artificio, uma coroa, e vivas. Não fariam isso pra mim... Mas eles não passam de um bando de idiotas. (N/A: Eu amo os romanos, desculpem por isso.)
Depois de ser arrastadas por Octavian, até o templo, ele decidiu que iria fazer um interrogatório conosco.

Uma coisa que eu descobri sobre Octavian:
>Ele tem mania de perseguição.

Mas fico imaginando, quem seria louco suficiente de perseguir esse garoto...

De qualquer modo, estávamos no templo de Júpiter. Onde Octavian lia as profecias dentro do enchimento de ursinhos de pelúcia. ( Na verdade, ele lia papeizinhos de biscoito da sorte, dentro de ursinhos de pelúcia...)

– As profecias... – ele falou – estão tão confusas...
– Vai ver que a tinta da impressora estava falhando – dei de ombros

Octavian me encarou ameaçadoramente.

– Não quero brincadeiras. Quero saber o que estão fazendo aqui, e por que foram declaradas tão rápido, e porque você – ele apontou pra mim – Foi declarada por dois deuses diferentes.
– Deuses são confusos, áugure. Já devia ter aprendido isso – Lia provocou.

Nesse momento, senti meu ódio por ela diminuir.

– Também percebo que você não mostra nenhum respeito por eles – Octavian levantou as sobrancelhas loiras – Quem exatamente são vocês?
– Candice France – respondi rapidamente – 16 anos. Filha de Júpiter e Vênus – conclui sorrindo.
– Você não pode ser filha de Júpiter e Vênus! – ele exclamou – Seria uma deusa, não uma semi-deusa.
– Sou adotada – dei de ombros
– É mesmo – Lia disse – os pais dela a encontraram na lixeira.
– Cale a boca, Hammel. – dei um tapa na cara dela.

Ela tentou revidar, mas Octavian colocou um ursinho na frente da mão dela.

Hammel estapeou um ursinho.

– Parem – ele ordenou – estamos em um templo! Tenham um pouco de respeito.
– Tá. – Lia bufou.
– Você. – ele falou comigo – Porque foi declarada por Vênus?
– Sei lá... Vai ver ela me acha gata – dei de ombros novamente.

Prevejo que vou deslocar meu ombro, já que faço isso tantas vezes.

– Isso não é brincadeira! – Octavian levantou a voz.
– Escuta aqui, espantalho. – Lia começou – Você não pode gritar com uma filha de Marte. Eu já fui declarada, você só não devia ver se eu posso servir esse acampamento, ou me mandar embora logo? Seu problema é com essa aqui. – ela gesticulou pra mim.
– Como você sabe sobre ele ter que ver se pode servir o acampamento e... – sussurrei pra Lia, enquanto Octavian matava outro ursinho
– Conversei com Reyna, e ela me explicou – ela sussurrou novamente
– Você pode. – Octavian se virou pra nós – A noite, veremos se você serve para alguma coorte. Agora sai daqui. – ele expulsou ela do templo.

Lia sorriu pra mim, e correu pra fora, enquanto gritava “ SE FODE AI, FRANCE”

– Vou matar essa garota quando sair daqui. – murmurei
– O que você disse? - Octavian perguntou, se sentando em minha frente.

– Nada. – respondi. - Posso ir?
– Não. – ele falou calmamente – Só quando me explicar o acontecimento de hoje.
– Okay. Mas não me importo se não acreditar.

~ 5 minutos depois de uma história resumida de como os deuses adoram se meter na minha vida ~

– Oh... bem... É. – Octavian disse

Levantei as sobrancelhas.

– Eu não acredito em você, France – ele me olhou, como se esperasse que eu contasse outra história.
– Como eu disse, eu não me importo. – sorri – Eu sou filha de Júpiter. É isso.
– Sei... – ele falou duvidando
– Escuta, Octavian, certo? – falei irritada – Júpiter apareceu aqui, e me declarou como sua filha. Vênus aceitou isso. Então eu sou filha de Júpiter! Apenas aceite isso, e veja logo se eu posso ficar no acampamento ou não!
– Eu não sei o que você está fazendo aqui. Eu não sei o porquê os deuses terem tanta preferência por você. Mas estamos no templo do “seu” pai. E vou respeitar isso. Você pode ficar no acampamento, France. Mas será sobre minha vigia. Cuide-se. – Octavian terminou, saindo do templo e me deixando sozinha e irritada.
– Garnier. – murmurei (Pros lesados que não entenderam: “Cuide-se, Garnier.” Propaganda de shampoo, hurr durr) e sai do templo.

Enquanto eu andava murmurando sobre o quanto os romanos eram retardados, e quanto eu preferia estar afogando alguém no outro acampamento, alguém encostou em mim.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAH – gritei e dei um chute no meu agressor. Que não era um agressor.

Eu havia acertado um chute bem na virilha de Raymond, o garoto gato da entrada.

– Oh meus deuses! Me desculpe! – falei, tentando ajuda-lo a levantar.
– Tá... tudo bem – ele ofegou, e cobriu as virilhas.

Provavelmente ele estava achando que eu ia chuta-lo de novo.
Parabéns Candice, você perdeu todas as chances com o garoto.

– Sinto muito... eu achei que sei lá... Fosse o Octavian. Eu realmente tô querendo dar uns chutes nesse garoto. – bufei – me desculpa.
– Nah, tá tudo bem. – ele se endireitou – mas se eu ver o Octavian por ai, vou transmitir seu chute a ele. – ele sorriu

Chances restauradas?

– Ér... Eu vim falar com você, por que Reyna quer te ver. – ele explicou
– Ah sim... – olhei para a cidade – Bem... Eu não conheço nada. Pode me levar até lá? – perguntei
– Hummm... Claro, só me seguir. – ele sorriu e ofereceu a mão pra mim.

Claro que eu peguei a mão dele. Eu não tenho vergonha na cara mesmo.

– Ela está te esperando lá dentro. – ele avisou – Até mais tarde! Espero que venha para a segunda coorte. – ele se despediu, e saiu correndo.

Entrei na principia, e vi Reyna parada, perto de uma mesa com duas estatuas de cachorros feios ao seu lado.

– Oi? – falei meio hesitante
– Olá. – ela respondeu se virando. – Deve estar se perguntando o porquê de eu tê-la chamado aqui.
– Estou me perguntando muitas coisas. – dei de ombros
– O problema, Candice, é que não sabemos o que fazer com você. – ela falou rapidamente

– Achei que eu poderia ficar... – falei cofusa
– E você pode... - ela falou – mas... bem. Você já ouviu falar de Jason Grace?

Jason Grace? Não. Mas eu conhecia Thalia Grace. A pinheiro do acampamento, e minha irmã.
Mas eu preferi manter essa informação para mim. Ela era grega, e caçadora...

– Não... – respondi, tentando parecer confusa com a pergunta
– Ele também era um filho de Júpiter – ela pareceu momentaneamente triste – e desapareceu, a apenas alguns meses...
– Ele... Desapareceu? – perguntei
– Sim.
– Eu... sinto muito. – falei – Mas, o que isso tem haver comigo? – perguntei.

Como eu disse anteriormente, eu não tinha vergonha na cara mesmo.

– Nada. – ela respondeu envergonhada – Apenas achei...
– Eu entendi. – cortei-a delicadamente – Sinto muito, mesmo. Mas não conheci Jason Grace.
– Tudo bem. – ela se virou para a mesa, e suas estatuas se mexeram.
– CARALHO. – gritei – ESSES DEMONIOS SE MEXERAM!

– Eles não são demônios. – ela acariciou a cabeça da estatua dourada. – E se mexem, por que são reais. Esses são Aurum e Argentum.
– Esse Argentum é argentino? Não gosto de argentinos... – falei
– Não. – ela levantou as sobrancelhas – Aurum e Argentum significam Prata e Ouro.
– E qual é qual? – perguntei – Ah... Desculpe. – falei quando notei que a pergunta era ridícula.
– Você será mandada para uma coorte. – Reyna ignorou minha frase idiota e continuou – Hoje à noite, antes do “jogo”. Boa sorte .


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Notas finais do capítulo

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