Depois de eu pegar o número do celular da JeyJey (Jane) e da Re (Renata) fomos todos em bora, é claro que quando N chegou declarou guerra a JeyJey por ela estar "roubando sua melhor amiga", e Tra a LeLec (Alec) por ele estar "roubando sua irmãzinha".

Gente! Tá chovendo na minha horta!

Deixei eles irem na frente e eu fiquei pra trás com o pequeno saquinho que Percy me dera.

O abri e lá dentro havia uma corrente de bronze celestial banhado em prata com três pingentes, um tridente, um coração que tinha duas "portinhas" e um raio.

Sorri, Percy era tão... tão...

Tão tudo.

De repente, me ocorreu uma coisa, passei o dedo de leve no coração, e percebi uma fenda entre as duas metades, com um pouco de dificuldade eu o abri, dentro tinha apenas uma frase, usada tantas vezes por tantas pessoas, as vezes até de forma desonesta, mas eu sabia que não era o caso, essas pequenas palavras, eram pra mim, mais especiais que qualquer outra coisa...

Eu

Te

Amo

Ele me ama.

Ele me ama.

Ele me ama.

Ele me ama.

Eu sentia uma vontade de gritar, de abraçar o mundo, de contar aos berros por todo o território da Terra e de esfregar na cara de Edward, Alice e Rosalie...

QUE ELE ME AMA!!!

Ele me ama.

Ele me ama.

Ele me ama.

Ele me ama.

Ele me ama.

Isso preenchia toda a minha mente, ele me ama! Seu rosto, seu toque, seus olhos, seu sorriso, seu beijo...

Era só nisso que eu pensava.

Nele.

Isso é tão bom!

Se sentir amada era a melhor coisa do mundo!

Só então notei que tinha me perdido dos outros, e a minha volta só se viam capas vermelhas, coloquei minha pulseira e fui procura-los, mas só cheguei a uma área deserta, quase deserta.

Encostada numa parede estava uma mulher, de aparência... estranha.

–Olá, minha querida, que prazer conhece-la- disse ela, ironicamente- acho que você ouviu falar de mim, meu nome é Hera.

–Então o prazer é todo seu- eu disse.

Ela me olhou com raiva, se aproximou de mim e me empurrou, eu teria ido para o chão se não fosse uma parede, ela apertou meu pescoço, me fazendo parar de respirar, então ela apertou mais, me levantando do chão.

–Mais uma, isso eu não vou tolerar- disse Hera- primeiro aquela tolazina da Thalia, e agora esse vermezinho aqui, Zeus não aprende mesmo.

Eu já via pontos de luz na minha frente, eu quase não conseguia respirar em seu aperto de ferro.

–Então vá em frente- eu disse, de maneira sufocada- me mate, mostre a todos o monstro que você é!

–Não- ela disse, sorrindo- não vou sujar minhas mãos com o seu sangue, mas, vou fazer você dar uma reviravolta em sua vida, vou deixar a mostra o que Zeus, seu pai, se esforça tanto para esconder.

–O que?

–Seu verdadeiro eu, Isabella- ela disse.

Ela então colocou a mão no lugar onde estava meu coração, então senti um peso tirado de minhas costas, um peso que eu nem sabia que estava aqui.

–Veja- ela disse me mostrando uma mecha do meu cabelo, vi que ele estava branco- você erdou o dom de sua mãe, cara Isabella.

–Do que você está falando? O que você fez comigo? Renné não tem nenhum dom!!- exclamei.

–Quem disse que Renné é sua mãe, Isabella?- Hera perguntou- que tal você passar um tempo com sua verdadeira mãe, am?

Ela tocou no meu coração, e eu senti minhas lembranças mais íntimas, não serem roubadas, mas serem guardadas, em um lugar escuro de minha mente, ela arrastou a mão até minha testa e coisas, lembranças falsas, foram encaixadas em mim, sabe quando você está montando um quebra-cabeça e você encaixa aquela peça, que mesmo estando errada, se você forçar um pouquinho encaixa? Foi o que aconteceu, a única coisa que eu consegui salvar foram os olhos de Percy, aquele intenso verde mar que me faziam perder o fôlego.

Então eu apaguei.