Diário de um Filho de Afrodite Sem Noção escrita por Leo Chase BrE


Capítulo 3
Foto real? Mentiras de uma mãe - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Não queria deixar vocês sem o que fazer! Mas um capítulo! Decidi fazer continuação do anterior, então ele ficou curtinho. Eu prometo que não vai demorar para sair o passado dos pais o Ollie, estou na metade! Espero que goste! (Cap, sem fotos ::::: preguiça)



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­­­Recapitulando...

Super pimenta de Ollie mata Quimera faminta;
Descoberta do século: Nosso novo inspetor é um sátiro;
Fomos pra casa dos Sugg para arrumar as malas para ir a esse tal de Acampamento;
A mãe deles surtou;
Primeira parte do passado dos Srs. Sugg.

–ooo-

No conforto do chão — ou não — da casa dos Sugg, Sra. Sugg, de cabeça abaixada, nos contava sobre o seu passado.

— Depois de ele ter me chamado, desci as escadas sem nenhuma noção do que iria acontecer. Então, ele começou a passar a mão na barba e falar com aquela voz aconchegante, calma e — ela piscou o olho esquerdo com força, como se estivesse comendo sal puro — falsa... “Querida, eu tenho que te mostrar uma coisa”.

Ela refletiu um pouco. Tentando buscar algo em si mesma. Talvez uma sensação que ela fingisse não existir, mas que persistisse dentro dela. Filósofo? Valeu, sei que sou.

—Não sei por que, mas senti que não era a primeira vez que ele dizia aquilo, e nem a última... — Ela cerrou os olhos e olhou para cima.

Eu e Ollie desviamos o olhar, vergonha alheia? Sei lá! Era difícil fixar os olhos nela, ela estava contando o pesadelo real de sua vida. Pelo visto, os deuses gregos são uns belos estragadores de família. Horrível! Uma coisa que eu não queria que acontecesse nem para as piranhas e...

— “Mostre-me”. Foi a única coisa que eu proferi no momento. — senhoras e suas palavras inventadas... — Uma coisa me intrigava bastante naquele instante: Aquele... Estava arrumado, de malas prontas e perto da porta.

Então ela rapidamente se levantou e foi ao próprio quarto. Enquanto ela estava ausente nem mesmo eu — é estava tenso — me atrevi a puxar assunto. Todos olhavam para onde ela estava sentada, como se ela tivesse pausado o tempo. Voltou. Em suas mãos ela carregava um papel um pouco amassado dobrado em três. Sentou-se mais uma vez.

— Já no pé da porta ele retirou do bolso e entregou-me isto aqui.

Ela levou o papel na altura de nossos olhos. Aquilo parecia mais uns daqueles panfletos que você pega no hospital, tipo: “Então Você Tem Uma Doença Rara E Vai Morrer Amanhã?” ou mesmo na escola: “Você Se Veste Como Uma Criança De Cinco Anos?”.

O sátiro estendeu o braço e o apanhou, ele tinha certa confiança. Será que ele já tinha visto um?

— “Então Você Teve Um Filho Com Um Deus Grego?” — Leu, com um risinho —Nossa! Eu pensei que isso era abobrinha — quem fala “abobrinha”? — que meus velhos contavam. Então existe mesmo...

— Nossa! — Interrompi — Como eles são caras-de-pau e preguiçosos, nem pra... — Ollie enterrou seu cotovelo em minhas costelas. — Tá! Parei!

O homem peludo abriu o folheto. Não era mal feito. Havia imagens autoexplicativas — única coisa que eu vejo — seguidas por textinhos nada interessantes.

— Vocês já devem saber como é a sensação de..., não? — Ela perguntou leve e misteriosamente. Ninguém respondeu, é claro. Continuou:

—De ter milhões de perguntas mal formuladas, até mesmo idiotas, explodindo pela sua boca. — Senti quatro pares de olhos perfurarem meu corpo. — Até hoje eu não conseguir lê-lo por completo. E no momento a coisa que mais me chamou a atenção foi isso aqui.

O homem-bode abaixou o papel e, lentamente, Sra. Sugg apontou e fez um circulo invisível em uma imagem. Ela parecia um pedaço de terra com grama, praia e floresta, mas, o que mais me chamou a atenção, foi umas doze casinhas de cores diferentes que formavam um U invertido bem no centro da pequena imagem. Lia-se alguma coisa como...

— O Acampamento Meio Sangue. — Disseram os irmãos juntos depois de um tempo mudos, como se a vozes deles tivessem dado um rolê no shopping por uns minutos.

— Isso mesmo, queridos. Logo abaixo da imagem diz algo que vocês teriam de ser levados para este lugar por ser mais seguro... Na hora, eu não me contive, ele não poderia me deixar só, cuidar de duas crianças sem um pai é muito difícil. “Não você não vai!” eu agarrei seu braço com força e o olhei seriamente nos olhos dele — ela repetiu a ação, mas agarrou o nada e olhou para o vazio. — “Você não pode ir, nem deixou dinheiro ou comida.” Foram as primeiras coisas que vieram na minha cabeça. Então ele estalou os dedos e uma caixa apareceu no centro da sala. “Na caixa, tem 100 dracmas para cada criança e néctar e ambrosia suficiente para 5 dias, será preciso no futuro.” — ‘tendi tudo! — “Agora eu tenho de ir.” Ele disse friamente, enquanto tirava minha mão de seu braço facilmente como se fosse teias de aranha. Com ele já fora de casa eu disse: “Eu não vou deixar!” e fechei a porta com muita força. Então essa foi a última coisa que seu pai disse: “Treze anos”.

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Notas finais do capítulo

Até o prox. capítulo! Comente! Favorite! Recomende! Sei lá! ;) Só postarei o prox. cap com o minimo 5 comentários >:)



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