Halloween High School escrita por Nicole


Capítulo 10
Fluffywolf


Notas iniciais do capítulo

Não me matem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/442365/chapter/10

POV Dylan Thompson

Gordas normais, quando estão com fome, já se pode considerar um problema. Mas quando a gorda em questão é uma lobisomem com garras e dentes afiados, isso se torna mais do que um problema comum, se torna um problema cabeludo.

–Senta, Hudson! –Comandei, corajosamente de cima de minha mesa e atrás de um forte feito com livros de matemática e um Nicholas que estava dormindo.

Ela arqueou uma das sobrancelhas. Tentativa de acalmar a Hudson faminta, fail.

–Bom, quem sabe se oferecemos o Dylan em sacrifício, ela não se acalme?-Sugeriu Lola.

–Ei! –Protestei.

–Não, não podemos fazer isso, Lola! –Retrucou Polly, indignada.

–Obrigado, Polly. –Me adiantei para abraça-la. Quando ela completou:

–Olha como ele é magro. Nem serve como palito de dentes. Isso não vai adiantar se quisermos que a Hudson esteja satisfeita e não queira nos matar.

–Está dizendo que eu não sou o bastante para satisfazer os desejos da Hudson?-Exclamei, irritado. Polly arqueou uma das sobrancelhas e abriu um sorriso malicioso. Acho que alguns tomates teriam inveja da minha cor neste momento. –Não é isso que eu quis dizer, Broone!

Ela piscou de uma forma muito inocente, o que chegava á ser assustador, considerando que era a Broone e ela nunca era inocente.

–Eu não disse absolutamente nada. –Ela sorriu maquiavelicamente, tornando-se um pouco menos assustadora do que quando estava piscando de forma inocente. -Já você...

Rangi os dentes, me amaldiçoando por ter dito essas palavras perto de um acumulado de mentes maliciosas. Carol e Coral estavam sorrindo muito maliciosamente, por que ruivas tem mentes mais poluídas e maliciosas que o resto de nós, meros mortais. O que obviamente é perigoso e foi uma das causas da Segunda Guerra do Brilho Mundial.

Até mesmo a Hudson, que parecia ter se esquecido da sua fúria por comida, parou por alguns instantes e lançou-me um olhar irritado, que significava que havia uma grande chance de que meu lindo corpinho fosse espancado pelo bastão de baseball dela.

–Malditas sejam as mentes maliciosas. –Grunhi.

POV Julie Carter

Uma das vantagens de ter uma bolsa absurdamente grande e bagunçada, é que ás vezes você acha coisas úteis para a sua sobrevivência, como um bolinho que estava com uma etiqueta de “Coma-me”.

–Hey, Hudson?- Exclamei, sacudindo o bolinho no ar. Ela farejou o ar e me olhou, ameaçadoramente sorridente. –Você quer o bolinho? Quer?

E antes que ela me batesse, joguei o bolinho para ela. E juro que nunca vi alguém, até mesmo o Nicholas, comer um bolinho em tão pouco tempo. E como uma lobisomem retardada é sempre feliz com comida, tudo voltou à normalidade. Ou seja, um bando de retardados correndo e lutando por Nutella. Absolutamente normal.

POV Nicki Hudson

Suor frio brotava de minhas têmporas. Minha visão estava escurecida e meus joelhos pareciam ser feitos de gelatina. Minha cabeça latejava e minhas orelhas ardiam febrilmente. E então, caí no chão do refeitório, mergulhando na inconsciência.

Acordei na enfermaria, sentindo meu corpo dolorido. Terry estava sentada ao meu lado.

–Hudson, sinceramente, acho que não consegue viver sem minha ilustre presença, não?-Comentou Terry, sarcástica.

Por alguma razão, meus ouvidos estão mais sensíveis que o normal e sendo assim, o volume em que Terry falava, os machucavam.

–Sinceramente? Acho que eu estaria bem melhor se não visse a sua bela face quando eu acordasse. -Comentei, revirando os olhos.

–Calada, Hudson. –Rosnou Terry, vasculhando os armários que havia na enfermaria.

Um barulho ensurdecedor pairou no ar. Encolhi-me em um espasmo de dor. Meus ouvidos doíam absurdamente. Uma caixa de comprimidos para dor havia caído do armário onde Terry mexia. O que tinha dentro daquela caixa? Bigornas?

Esfreguei minhas têmporas doloridas com as pontas dos dedos e fechei os olhos. E para melhorar a minha situação, Terry, que hoje estava parecendo um elefante manco, caolho e careca em uma loja de cristais, derrubou no mínimo sete caixas de bigornas/remédio.

[N/Terry: Ingrata]

Saía do meu POV, criatura de Satanás!

[N/Hades: Chamou-me?]

[N/Autora: Não, pai. Ela não te chamou. Não é só por que falam Satanás que é o senhor]

Podem sair do meu POV?!

[N/Autora: Querida, eu mando nesta história. Se eu quiser, você pode ir comer tacos na esquina e dançar rangatanga com um mamute.]

Só ignorem. Só ignorem.

[N/Autora: Hey!]

A autora esqueceu-se de tomar seu remedinho hoje. Normalmente, ela é ligeiramente menos retardada. Apenas relevem. E... A Terry cortou os meus pensamentos derrubando maldita caixa de remédios.

Terry me analisou com cuidado (O que nesse barraco disfarçado de escola, simplesmente quer dizer que ela me olhou por cerca de três segundos e de uma forma não muito clínica) e grunhiu.

–Por que me dei ao trabalho de pegar aqueles remédios. Lobisomens tem fator de cura. –Oh, parabéns! Devo entregar o prêmio de “Criatura Mágica Mais Promissora Do Ano” por essa descoberta tão profunda e reveladora?!

E então, ela guardou as caixas de remédio novamente no armário, fazendo um barulho absurdamente alto no processo e fazendo com que a leve dor de cabeça que eu sentia, evoluísse para uma dor de cabeça latejante.

Esfreguei minhas têmporas doloridas com as pontas dos dedos. Sentei-me na maca, encarando a parede. Pulei para o chão e suavemente, caí de cara contra o chão. Fazer o que se o chão me ama?

POV Tasya

Meu coração batia desenfreadamente. Suor escorria por minhas têmporas, alcançando minha camiseta. Minhas pernas não queriam me obedecer.

–Agora não. –Grunhi, cerrando os dentes.

Meus pulmões doíam de forma desagradável, implorando por um descanso e uma boa quantidade de ar. Mas não podia parar. Não agora. Por isso, continuei correndo. Minhas costelas doíam devido ao esforço. Minha respiração estava entrecortada. Inalei o máximo de ar que consegui. Virei uma esquina e em seguida, virei para o lado oposto. Ainda podia ouvir os sussurros de meus perseguidores.

Precisava continuar correndo, por mais que o meu corpo inteiro gritava de dor. Cada célula do meu corpo gritava para que eu parasse. A dor havia se tornado algo insuportável. Porém, eu precisava continuar. Havia muitas coisas em jogo para que pudesse me dar ao luxo de desistir.

A dor tornou-se um traço existencial. Ouvia passos próximos á minha pessoa. Precisava correr mais rápido, porém as minhas pernas não me obedeciam. Malditas pernas idiotas! Agora não era uma hora propícia para elas falharem. Obviamente, as pernas não me obedeceram e continuaram a se mexer naquele ritmo lerdo delas. Estava sem forças. Mas podia ver o meu destino, que deveria estar a cerca de duzentos metros. Eu conseguiria. Juntei o que sobrava de energia em meu corpo e me forcei ao máximo. Cheguei ao meu destino, sã e salva.

–VIVA A HORA DO ALMOÇO!-Bradei gloriosamente, enquanto pegava minha bandeja e a enchia com a maior quantidade de comida possível. Sentei-me na mesa onde estavam as pra... Colegas.

Lola sentou-se ao meu lado, depositando sua bandeja de pizza em sua frente. Ela mordeu sua pizza e mastigou distraidamente, até perceber a minha gloriosa presença.

–AHHHHHHHH! –Berrou ela, cuspindo todo o refrigerante que havia em sua boca (O que era uma quantidade impressionante) na cara do Dylan. –DA ONDE VOCÊ SURGIU, DESGRAÇA?!

Dei de ombros.

–De tudo e do nada...

Carol grunhiu, revirando os olhos.

–Resumindo, ela veio correndo até aqui como uma desesperada.

E o prêmio de “Estraga-prazeres Suprema” vai para... Caroline Saints!

Julie sentou-se ao lado de Dylan e Polly, colocando cuidadosamente sua bandeja com um prato de salada e uma caixinha de suco de laranja integral na mesa. Eca! Comida saudável. Quem em sã consciência comeria isso no almoço?

[N/Julie: Eu como comida saudável no almoço.]

Eu disse em consciência, Julie. S-ã.

[N/Julie: ...Por que eu ainda sou sua amiga, mesmo?]

Por que eu sou linda, diva e ilumino a sua vida recalcada e sem sal com o meu brilho! Agora, chega de interromper os meus POVS divos!

Mastiguei minhas batatas fritas, pensando sobre a razão da vida. O que se resume basicamente a fanfics, comida, glitter, maridos presos em porões e livros divos.

–Viram a Nicki?-Perguntou aleatoriamente Julie. Ela tem essa mania de perguntar coisas aleatoriamente. Geralmente, são coisas sem importância como “Onde está a Nicki?” ou “Por que vocês comem tanto?” e por último “Mas salada é tão bom. Por que não comem salada em vez dessas frituras?”. Obviamente, coisas sem a mínima importância.

–Deve estar chorando embaixo da saída do ar condicionado por que ela não tem todos os livros que quer. –Retrucou Polly, tomando um gole de sangue.

–O Nicholas está lá. Aparentemente ele está deprimido por que descobriu que a Pinkie Pie não existe. –Comentou Julie.

... E esse, meus jovens, é o cara que já foi condenado por assassinato. Devo acrescentar que duvido das capacidades de julgamento dos séculos passados.

De qualquer forma, a sobremesa foi servida e qualquer pensamento produtivo que pudéssemos ter, foi mandando para o limbo da Friendzone. Que é um dos limbos mais profundos e viçosos do mundo.

POV Nicholas West

Eu estava encolhido no canto, em posição fetal. Antes que me julguem, sim, meu mundo caiu quando descobri que a Pinkie Pie não era real. Fala sério, ela era a minha ídola! A razão da minha vida, só perdendo para comida. Nós iríamos nos casar e ter dois filhos, Onofre Godofredo Anastácio Alejandro Nicolau da Silva dos Santos Laurêncio e Arnaldo Joshua Wesley Oxigenado Zeuza Lucrecia Stefânia Lady Gaga Diveza. Moraríamos em uma casa á beira mar e dividiríamos torrões de açúcar. Seríamos tão felizes juntos!

–Pooooor quê?- Gemi, sentindo uma tristeza avassaladora me invadindo. Ok, isso foi muito dramático, mas era assim que eu me sentia. Triste e sem motivação. O que seria de minha vida sem a minha Pinkie Pinkie? Minha vida não estava mais completa sem ela. Voltei para o meu quarto, me arrastando tristemente. Joguei-me no sofá, ligando a televisão. Estava em um canal que exibia um episódio repetido de My Little Pony.

–PINKIE PIE! –Berrei, me abraçando ao televisor. Uma pessoa aleatória que passava pelo corredor, me lançou um olhar de desprezo. Recalcado futricado. Aposto que ele nunca perdeu o amor de sua vida. Isso é muito traumatizante, acho que vou passar meus dias em uma terapeuta e... A televisão oscilou as imagens por alguns segundos até desligar por completo. VAGABA! É assim que me trata? Depois de todo o amor que dediquei?

Já tive meu coração despedaçado pelo fato de que o amor da minha vida não existia e agora a televisão, minha amante, me abandonou?! Isso é culpa do Dinkleberg! DINKLEBERG!

POV Nicki Hudson

Olhei-me no espelho. Meus cabelos estavam adoravelmente (mal) penteados, meus olhos verdes lançavam um olhar de “Eu odeio todo mundo e quem entrar na minha frente, morre.”, minha pele estava pálida, como sempre. Havia algo estranho. Mais precisamente na lateral do meu rosto, brotando na altura de minhas orelhas. Ou melhor, em cima delas. Orelhas felpudas e pontudas, cobertas de pelos acinzentados.

Certo, orelhas de lobo. No lugar das minhas orelhas. Normal para um ser sobrenatural, não é mesmo?

[N/Nicholas: SIM!]

Como sempre, Nicholas está errado. Orelhas de lobo estavam, na escala Hudson de esquisitice, em quarto lugar. Caso esteja curioso, esta é a escala Hudson de esquisitice:

1.Pollyanna Broone sendo gentil e/ou adorável, meiga, fofa, etc.

2.Nicholas decidir, voluntariamente, que bolinhos fazem mal a saúde e passar a comer tofu.

3.Ruivas (Naturais.) sendo recalcadas.

4.Orelhas de lobo.

5.Comida decente, tofu não está incluso, sendo servida na cantina.

6.Qualquer estudante desta escola ser equilibrado mentalmente.

7.Lola não se perder constantemente.

8.Helsing não promover uma viagem entediante ao menos uma vez por mês.

9.A escola se tornar uma instituição de ensino de respeito e amplamente admirada na comunidade de monstros.

10.Ferrugem não cair no meu rosto durante o meu sono de diveza.

De qualquer forma, eu tinha orelhas de lobo. Nada agradável. Orelhas de lobo= Audição extremamente sensível (Até nos padrões de um lobisomem.) +Orelhas que se movimentam sem nenhuma razão lógica.

Bufei, saindo do banheiro e batendo a porta com força. O que resultou em um espasmo de dor. Malditos ouvidos extrassensíveis.

POV Dylan Thompson

Cobri meus lábios com a mão, tentando evitar que um “Ownnn” suicida escapasse por descuido. Nicki não o que exatamente possa se chamar de pessoa calma e paciente e com certeza odiaria se eu fizesse algum comentário sobre como as orelhas lhe davam um ar menos sociopata.

–Sabe o que causou estas adoráveis orelhinhas de lobo na Hudson?-Perguntou Polly, sorrindo provocativamente para a Nicki, que respondeu mostrando-lhe o dedo médio. –Hey! Sem gestos obscenos!

Helsing limpou a garganta, tentando conduzir as atenções para si próprio.

–Não sei exatamente o que pode ter causado isto na Hudson, porém acho que tenho uma ideia do que pode ter causado isto na Hudson. –Helsing pegou um exemplar com uma capa de couro verde desgastada, as páginas porosas e amareladas pela ação do tempo e aquele cheiro característico de exemplares antigos. Ele mostrou uma figura de uma fada. –Acho que a culpa pode ser dessas nossas queridas “amigas”.

–Mas... A culpa não era das estrelas?-Gemeu Nicholas, massageando suas têmporas. Helsing o ignorou solenemente.

–Está dizendo que a Hudson consumiu algo que estava encantado pelas fadas?-Perguntou Carol, arqueando uma das sobrancelhas. –Por que isso seria uma clara violação do código de conduta sobrenatural, que proíbe a comercialização de alimentos de origem do reino das fadas em instituições de ensino para jovens sobrenaturais.

–Porém, ela poderia ter conseguido de alguma forma o alimento encantado em questão e pode tê-lo consumido na esperança de que aumentariam suas habilidades sobrenaturais. –Resmungou Helsing.

–Sinceramente, Helsing, acha mesmo que a Hudson teria comido algo encantado pelas fadas, apenas para aumentar suas habilidades sobrenaturais?Mesmo sabendo que possivelmente haveriam efeitos colaterais, como orelhas, caudas ou presas?-Grunhiu Coral. – Ela pode ser burra, mas não tanto.

Houve um grunhido de protesto pela parte de Nicki. Apoiei-me em uma das estantes de carvalho que havia na sala de Helsing.

–De qualquer forma, não podemos deixar que vejam as orelhas dela. –Comentei, dando de ombros. -Talvez uma toquinha de lã.

Nicki rosnou irritada com o comentário. Engoli em seco.

–Boa ideia! –Helsing bateu palminhas, animado. Tirou uma toquinha de lã vermelha de seu bolso e entregou para a Nicki.

–Não vou usar isso. –Grunhiu ela, raivosa.

–Claro que vai. –Respondeu ele, enfiando a toquinha de lã em sua cabeça. –Perfeito.

Ela grunhiu, tentando tirar a touca, porém Helsing a repreendeu com um tapa. Peguei meu celular e mirei a câmera para ela.

–Sorria, Fluffywolf! –Pedi, batendo a foto.

–Do. Que. Me. Chamou?- Rosnou a lobisomem.

Comecei a correr, sem responder. Considerando que havia uma lobisomem com tendências homicidas me perseguindo, era mais seguro correr o mais rápido o possível.

POV Coral Greyson

–Bom dia, Fluffywolf. –Cumprimentei Nicki, que descia as escadas com uma careta de ódio estampada no rosto e um rosnado presente nos lábios. Ela me mostrou o dedo do meio e foi pegar sua comida. Quando ela se sentou, Polly abriu um sorriso provocativo.

–Tudo bem com você, Fluffywolf?-Perguntou ela, sorrindo. Nicki mostrou o dedo médio e voltou a comer. –Hey! Sem gestos obscenos!

Nicki deu de ombros, mordiscando sua torrada coberta com geleia de framboesa.

–Poderia me emprestar a sua linda toquinha de lã?-Indagou Polly, rindo-se.

–Vai se ferrar, Broone. –Praguejou ela.

–Que mau humor, Fluffywolf! –Comentou Kath, rindo. E em seguida, ela apertou as bochechas de Nicki, que rosnou ameaçadoramente. Kath não ligou e continuou a apertar as bochechas de Nicki, até que ela quase arrancou seus dedos com uma mordida. –É feio tentar morder seus amigos, Fluffywolf.

–Amigos seriam mais inteligentes e manteriam suas adoráveis mãozinhas longe de minhas bochechas. –Rosnou a lobisomem.

–Mas isso seria tão triste. –Suspirei, apertando as bochechas de Nicki. Era tão divertido irritar ela. Outros retardados, ou seja, a mesa inteira, apertaram as bochechas da lobisomem que ameaçava arrancar nossos dedos á dentadas se não parássemos de apertar suas bochechas em cinco segundos.

–OUCH! ELA ME MORDEU! –Ganiu Nicholas, apertando seu dedo que sangrava.

–Humpf. Eu disse que ia morder o ser que continuasse a apertar as minhas bochechas. –Retrucou Nicki, com um olhar sociopata. E não acreditam quando eu digo que essa garota é o demônio.

E como pessoas mordendo as outras dá fome, eu me levantei e fui pegar mais comida. Levitei meu prato e o enchi com o máximo de comida que eu pude. Quando voltei para a mesa e ia dar uma garfada no meu bolo de chocolate sexy, Helsing apareceu e tirou o prato de minhas mãos.

–Vamos, Greyson! Há coisas mais importantes há serem tratadas do que bolos de chocolate! –Disse ele, jogando meu prato na parede.

Maldito mendigo diretor! Isso terá vingança! Ninguém joga meu bolo de chocolate na parede e saí impune!

Entrei no escritório do Helsing e me sentei na única poltrona que havia (Escola de pobre é fogo, viu?).

POV Nanda Hastings

Como a Coral, maldita seja, tinha sentado na única cadeira disponível nessa droga de sala, tive de ficar em pé. Nicki estava apoiada em uma das paredes, próxima a janela, ajeitando sua toquinha de lã e resmungando sobre o quando odiava toquinhas de lã.

–Eu os convoquei aqui para lhes dizer que posso ter descoberto a cura. –Disse Helsing.

–FALE HOMEM, FALE! EU NÃO SUPORTO ESSA PRESSÃO! –Berrou Nicholas, correndo em círculos pela sala e com as mãos na cabeça.

–Acalme-se, desgraça. –Disse, dando um tapa em cada bochecha de Nicholas.

–NÃO ME PEÇA PARA ME ACALMAR! –Berrou o zumbi retardado.

Por fim, Julie e Coral conjuraram mordaças e correntes e o prenderam em um cantinho da sala.

–E que cura seria esta?-Perguntou Carol, erguendo uma das sobrancelhas. –Até onde eu saiba, não há cura. Exceto... Argh!

–Exceto o quê?-Perguntei, curiosa.

Para o encanto quebrar, o beijo de seu inimigo de berço deve aceitar. Pois apenas assim, a vontade das fadas será aplacada e assim será a fera do homem separada. –Recitou Helsing, passando os dedos pelos longos cabelos negros. Ao ver nossas caras de mongóis, ele completou. –Significa que a Hudson precisa beijar algum membro sobrenatural de uma raça com quem os lobisomens tenham uma rixa milenar.

Ergui uma das sobrancelhas, rindo histericamente.

–Quer dizer que ela vai ter de beijar um dos vampiros?

Nicki grunhiu de desgosto, passando os olhos por todos os vampiros presentes.

–Foi mal, Hudson, mas você não faz o meu tipo. –Brincou Polly.

–Vai se ferrar, Broone. –Suspirou a lobisomem, enquanto massageava as têmporas.

–Uhm, você pode beijar o Dylan. –Sugeri, apontando para o vampiro, que estava sorrindo como um idiota que ele é e jogando DS.

–Urgh. –Grunhiu a lobisomem. –Por que justamente o Dylan?!

–Por que não me beijar, hein?-Resmungou Dylan, obviamente ofendido com o fato de que a Nicki se recusava a beija-lo, o que eu acho que é completamente plausível e qualquer pessoa menos a Pelancas também conhecida como velha pelancuda, também faria.

–Por eu iria te beijar?-Ah! Essa doeu até em mim!

POV Nicki Hudson

–Vamos, é só um beijo, Hudson! –Protestou Dylan. Eita moleque chato! Desde que eu disse que eu não queria beija-lo, decidiu que me perseguiria como um gordo persegue a comida.

–Um beijo seu. –Frisei, irritada. –Prefiro conviver com estas orelhas a te beijar.

–Sério?-Perguntou ele, sorrindo diabolicamente. E então o desgraçado arranhou suas unhas no quadro que havia na sala de aula, produzindo um barulho extremamente ensurdecedor. -Mesmo depois disso?

–Sim. –Respondi, pegando meus livros e saindo da sala.

–Espere! –Berrou ele, indo atrás de mim, tropeçando em um dos livros que havia no chão. Virei-me e então aconteceu. Nossos lábios se encontraram. Durou pouco e foi, como direi?O. Pior. Acontecimento. Da.Minha. Vida!

–ARGH! –Berrei. –Preciso lavar minha boca com água sanitária.

–Não aconteceu nada. –Suspirou Dylan, tirando a toquinha de lã ridícula da minha cabeça. As orelhas ainda estavam lá.

–Não me diga, gênio. –Grunhi, procurando por algo para desinfetar os meus lábios. Acabei encontrando um vidro com uma poção de purificação. Tinha que funcionar. Bebi e depois joguei o frasco pela janela. Peguei a toquinha dos infernos das mãos de Dylan e saí da sala.

Fui para o refeitório, me encontrar com os retardados que chamo de amigos por caridade. Estava tendo uma guerra de comida e no exato momento em que entrei, uma enorme quantidade de couve atingiu meus lábios. Eu já mencionei que odeio couve?Pois então, eu detesto couve!

Imediatamente, minhas orelhas encolheram, voltando a sua forma natural.

–Então o seu inimigo de berço era uma couve?-Perguntou Julie, incrédula.

–É. –Respondi, dando de ombros.

–E o efeito do encanto das fadas passou, certo?-Perguntou ela, aliviada. Apontei minhas orelhas. –Ah, que bom! Já achei que pudesse ser indiciada...E olha as horas! Acho que tenho que ir lavar meu dragão de estimação! Tchau!Ciao! Adios!Bye!

E então ela saiu correndo... Espera! Julie não tem um dragão de estimação!

–CARTER! –Berrei, saindo correndo atrás dela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Halloween High School" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.