Piper McLean

Intérprete àVictoria Justice

Tinha apenas pouco mais que 3 anos quando descobri que minha mãe morreu. Ela era atriz, uma atriz de Hollywood. Lembro de querer chorar por ela, mas não conseguia fazer isso, pois apesar de ser minha mãe, eu mal a conhecia.

Lembro de como ela era linda, de como sua voz era melodiosa e gentil, ela parecia mudar de um jeito que apenas o seu lado bonito fosse mostrado, pois nela não havia defeitos aparentes. Dizem que eu lembro muito ela no meu jeito e eu digo que não posso, eu mesma tomar o lugar da minha mãe.

Ela sabia cantar tão bem, ela cantava pra mim todas as noites. Ela amava cantar em francês, principalmente Edith Piaf.

– Durma bem, minha petite. –ela dizia antes de depositar um beijo singelo em minha testa.

Depois que ela morreu, papai quase nunca mais tinha tempo livre pra mim, Silena, minha meia-irmã, passou apenas mais 10 ou 9 anos antes de ir pra faculdade. Quando Jason chegou eu estava só e ele me seduziu com suas palavra e seu charme de bad boy. Eu me apaixonei e fui humilhada.

– Pipes, eu... Eu não queria.... – ele disse antes de eu decidir nunca mais vê-lo novamente.

Eu estava curada. Ele me quebrou novamente. Alguém pode me consertar novamente?

Jason Grace

Interprete àLucas Till

Thalia Grace era a única família que eu tinha. Meu pai Zeus era apenas um pula-cercas qualquer que tinha casos com todas as prostitutas do estado, minha mãe era uma atriz que vivia em tabloides e não passava de uma drogada e alcóolatra.

Eles se separaram quando Thalia tinha 13 anos e eu uns 11. A maioria se separa com apenas com um papel assinado, meu pai matou a minha mãe na minha frente pelo simples fato de ela fazer a mesma coisa que ele fazia: ter casos com Deus e o mundo.

Ele não foi preso, julgado, muito menos processado. Isso revoltou a Thalia e a mim. Ele era meu pai, ele fora injusto com a mulher que me deu a vida, ela não era presente, mas me amava, amava a mim e á minha irmã.

Passei a olhar o mundo de outra forma. Me revoltei com o Estado, com a Justiça, me revoltei com a vida. Eu possuíra um humor sádico e frio, morei em Los Angeles até os 15 anos e com 15 me mudei pra Seattle.

Era a mesma coisa de sempre. Você mostra quem é e apenas as pessoas que te entendem falam contigo. Você faz apostas e mostra que não está de brincadeira. Você bebe até o gira pra esquecer seus problemas e no final descarregar tudo no vaso sanitário sujando tudo com seu vômito. O mesmo sistema de sempre.

– Hey, Grace, quer fazer uma aposta? – perguntou Octavian, o cara mais gay e irritante da escola –Duvido que você pegue aquela garota ali e depois a humilhe na frente da escola inteira.

A garota era Piper McLean e a aposta era a maior burrada da minha vida. Por motivos egoístas eu aceitei.

– Eu gosto de você Grace, eu acho que estou me apaixonando por você. – ela me disse depois de um mês de namoro, perto da aposta chegar ao fim.

– Não faça isso. – eu falei tentando alertá-la. Era proibido falar sobre a aposta diretamente com ela. – Não se apaixone por mim. Deixe que apenas eu me apaixone por você, ok?

Ela me olhou confusa e eu apenas sorri com meu sorriso para “relaxa”.

– Eu estava apaixonada por você, e eu entendo porque você falou aquilo, bad boys como você são insensíveis demais para ter sentimentos. – ela falou antes de eu tentar me explicar.

Era tarde demais, eu já havia perdido a única, além de Thalia com quem eu realmente me importava.

XXXXXXXX

Eles perderam tudo o que significava vida para eles. Jason perdeu seu senso do que definia moral e hipocrisia. Piper perdeu o amor por si própria e a confiança que se dá para cada um ao seu redor.

Você pensa em mil coisas ao seu redor. O futuro pode juntá-los. Mas a chave para tudo é a arte.

Era de tarde quando ele finalmente voltou pra casa em Seattle e chorou pela primeira vez por Piper.

Era de noite do outro dia quando ela finalmente percebeu o quanto tinha chorado por ele.

Era estranho pensar em como ele fora um desgraçado sem coração ao fazer isso com ela sem hesitar até a última hora.

Era estranho pensar que ela poderia ter percebido o quanto ele conseguia mentir tão bem dizendo que era apaixonado por ela.

O amor entre os dois era estranho e confuso.

Ela pensava nele como um bad boy de quinta.

Ele pensava nela como a única garota com quem se importou sem ser a irmã.

Para um coração partido nem cola superbonde conserta. A música ameniza e distrai.

Levara semanas para ela parar de chorar por m canalha e seguir em frente.

Vai levar anos para que ele desista dela.

“ Há mais mistérios entre o céu e a terra do que consta nossa vã filosofia”

William Shakespeare.

No fim, apenas William Shakespeare tinha a razão.

Ela era na história a Viola de Noite de reis, apaixonada por seu amigo e disfarçada de menino.

Ele era Lorde Macbeth de Macbeth, que seguiu ordens de uma pessoa por egoísmo e ego.

Agora, eles não eram mais Romeu e Julieta. Eles eram agora, megera domada. Piper seria Catarina e Jason seria Petruccio. Ela ainda não estava domada e ele teria que reconquistá-la.

Assim como o ódio e o amor estão na mesma face da moeda. O passado e o futuro estão na mesma frase de um parágrafo qualquer.

Ela ainda possuía sonhos com ele. Por mais que não quisesse revelar a nínguem, nem sempre eram pesadelos.

Ele sonhava com ela todo dia. Ele gostaria de dizer isso para o mundo.

Perder é apenas uma consequência de ganhar.

Queremsaber o que ele ganhara naquela inútil aposta? Lágrimas, dor e insônia.

Apenas uma música fazia ele se lembrar dela. Uma música feminina demais e adolescente demais para ele. Tocara num dia de sol m que eles ficaram no carro ouvindo a rádio local.

And your lips so kissable

And your kiss unmisable

Your fingertips so touchable

And your eyes

Iresistable