A Second Change For Us escrita por fanstalk


Capítulo 14
Confiança não é comigo, baby!


Notas iniciais do capítulo

Em 5,...4,....3,....2,....PAÇOCA!!!

Essa maratona foi feita por mim.

Me culpem pela depressão da Piper.... acabei de ler convergente e acabei de ficar viúva! Não existe mais sra. Pedrad. T.T T.T.

LEIAM AS NOTAS FINAIS!!!

Aproveitem!



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Simplesmente gostaria de ter batido com a cabeça para esquecer de tudo o que acontecera na noite anterior: meu sonho, o beijo de Jason, o ridículo jeito que me traz lembranças do passado. Tudo.

A aula de teatro estava acontecendo nesse mesmo instante, eu deveria estar lá, mas não conseguia sentir a ansiedade de voltar a pular em cima de um palco como sempre sentia. Isso era estranho. Toda a sensação de que eu deveria ficar sozinha me tomava, era quase como eu me sentia depois da Grande Humilhação, frágil e vulnerável.

No momento, eu estava explorando o lugar grande que era a academia, ninguém poderia suspeitar o número gigante de esconderijos que ela possuía. Eu estava em uma espécie de trilha que eu entrara atrás de um prédio lilás.

A trilha em si era muito fácil se comparada às inúmeras trilhas que eu fiz no meu acampamento de verão á alguns metros de Seattle. A terra batida facilitava as várias curvas do trecho e as árvores me protegiam do sol incrivelmente escaldante de dez horas da manhã.

No fim do percurso eu encontrei uma espécie de clareira com um lago límpido atravessando seu leito ali. Era relaxante e nostálgico. Lembrava-me a casa do meu avô, mesmo que fosse no meio de Oklahoma e fosse mais quente que ali no verão. Trazia paz, segurança e me distraía, tudo o que eu desejava.

Sentei-me á beira do riacho e senti lágrimas rolando ao lembrar da minha mãe. Era isso que eu senti... Dor. Dor que já deveria ter passado com o tempo, mas que se abria cada vez que eu me lembrava dela e agora de quando me lembrava dele.

Meu orgulho odiava a cada segundo entregar-me as lágrimas e á dor, mas era impossível. O toque dele era tão relaxante quanto o dela. Soluços contidos quase que minha vida toda agora era a trilha sonora do lugar. Eu não era mais a menina forte, era a menina frágil e órfã.

Toda vez que isso acontecia eu me perguntava as coisas mais cruéis e realistas insensivelmente conhecida pela fragilidade humana. Olhei-me no rio que molhava meus tênis e comparei minha aparência á dela. Olhos igualmente inocentes com a diferença de uma tristeza por algo perdido e inalcançável, cabelos lisos e ondulados nas pontas, rosto com um tom de pele escura suavemente como uma indígena alva e os lábios entre o avermelhado e rosado. Eram os mesmos gestos sem eu nem ao menos ter a chance de perceber, o mesmo olhar inocente e determinado. Provavelmente era esse o motivo por ele me querer longe e perto ao mesmo tempo. Eu lembrava ao meu pai que minha mãe se fora para nunca mais voltar, ele não me queria por perto por isso. Era o ciclo de querer e não conseguir, e eu era a causa.

Cada gota agora de minhas lágrimas incessantes caía no rio e eu já não o via mais como um rio relaxante, o via como o rio onde eu poderia liberar a tristeza e o lamento. Turvei suas águas com a minha dor e a minha saudade. Com o meu passado.

O sorriso dele veio á minha mente, a cicatriz que ele possuía no lábio inferior que me intrigava a cada momento e o deixava com a aparência que nunca se adequou a ele, não á verdadeira face de bad boy dele. Era instintivo voltar á ela toda vez que pensava nele. Lembro que não conseguia assistir á Harry Potter depois que ele me humilhou, pois me lembrava ele.

Depois de um tempo meus olhos não conseguiam mais chorar pelo passado, não conseguiam se expressar por meus soluços altos e agora era apenas a lembrança em meu rosto ainda não recuperado pela noite de insônia e choradeira.

Alcancei a bolsa que eu trouxera junto comigo e a abri sem cerimônias. Esvaziei-a por completo colocando o que a preenchia no chão de terra e gramínea regional. Estojo com lápis, caneta, borracha e outros, meu caderno de anotações, a foto de minha mãe, a sua última foto antes de morrer e uma gilete. Eu era depressiva desde que me entendia por gente, a tristeza morava em meus olhos desde que me senti só. A gilete era apenas a lembrança do que depressivos deveriam fazer, se cortar, mas eu nunca me cortara, talvez por já saber que aquilo não conseguiria aplacar minha dor por mais que alguns minutos me dando em troca vários ferimentos sarados e prontos para serem cortados novamente.

Tentei me cortar para deixar a dor ir, mas eu não conseguia. Alguns me chamariam de covarde, outros me chamariam de sensata, mas a verdade era que a dor era o único jeito de me lembrar de tempos felizes. Joguei a gilete novamente para dentro da mesma bolsa que eu trazia junto á mim ao viajar pra cá. O barulho do papel encheu meus ouvidos e eu procurei o papel desconhecido dentro da bolsa que eu achava estar vazia.

Encontrei uma carta. O papel A4 estava levemente amassado pelo impacto e ao abrir reconheci se a letra de Jason. A caligrafia curvada e meio ilegível de qualquer garoto tinha. Era uma carta, possuía duas datas. A primeira de um pouco antes da Grande Humilhação e a segunda de antes de ontem. A noite do Heart Attack feat. Leyna.

14 de fevereiro de 2013. Seattle, USA.

Juro que me sinto um completo idiota por ter aceitado participar dessa droga de aposta. Desde o começou já sabia que era impossível eu não me apaixonar por ela e agora eu tenho certeza. Eu consigo me lembrar de cada detalhe de um dia normal apenas pelo fato de ela fazer parte da cena.

Dakota, meu melhor amigo, disse que eu pareço um retardado falando isso. Eu não posso dizer que é mentira e dar um soco falso no seu ombro como fazíamos antes de eu conhecer ela. Adoro principalmente seus olhos que mudam e me deixam na mais completa confusão de um jeito legal tudo nela.

Estou escrevendo nesse diário para depois ter a chance de queimar e fingir que eu nuca fiquei mexido por um agarota, que Piper McLean nunca aparece nos meus sonhos todas as noites me fazendo acordar e ansiar para vê-la mais um dia envolta dos meus braços.

Sinceramente? Eu não ligo para o que as pessoas vão falar de mim se eu realmente dizer que eu sou apaixonado por uma invisível, não mais. Tudo o que eu queria era ter a chance de mostrar á ela esse papel antes de queimá-lo. Faltem cinco dias para a humilhação e eu tenho tido pesadelos do que vai acontecer. Todas as noites.

Ela só teria que saber que aquilo não significa nada! Eu quero poder falar isso pra ela depois de tudo acontecer, mas sei que é mentira. A maior mentira, porque significa algo e algo que vai fazer ela se sentir menor, humilhada por todos. Eu vou perdê-la.

Eu amo Piper McLean e no dia que ela ler isso, se ela ler isso, eu estarei desesperadamente reconquistá-la e ter sua confiança de volta. Ela é perfeita pra mim, mesmo não se amando, eu a amo com todas as minhas forças.

Jason Grace.

Ele aceitou a aposta? Pra depois dizer que me ama? Minhas palavras se concentram em suas últimas e primeiras palavras. Me deixou surpresa, tenho que admitir, mas a principal atenção foi para a frase que ele tentou apagar passando um traço por cima de caneta “ Seus olhos que mudam e me deixam na mais completa confusão de um jeito legal”. Com certeza, ele escondia o fato de ser um escritor anto, do seu jeito, mas muito talentoso.

Olhei para a segunda carta e anexada junto estava uma daquelas fotos feitas em máquinas que saíam em trio. A foto que fizemos quando ele me levou para ver como realmente era ver a cidade do ponto de vista dele. Três fotos: a primeira com Jason me olhando exalando seu afeto por mim e eu corando violentamente como sempre fazia quando isso acontecia, a segunda com ele e eu nos encarando com o mesmo olhar entre o inocente e o selvagem de todo casal apaixonado e a terceira com ele e eu nos beijando de um jeito selvagem, suave e, claramente, de língua. Olhei para a segunda carta a fim de ler o que ele havia escrito.

25 de março de 2014. San Francisco, USA.

Eu a perdi pelo tempo entre nós dois. Eu a segui até a academia de artes que aminha irmã frequenta só pra vê-la e reconquistá-la. Mais bonita do que a última vez que a vi e de certa forma mais triste e desiludida do que antes, sei que parte dessa tristeza corresponde á mim e que a preda de seu olhar inocente e singelo também é culpa minha. Eu a iludi e ainda vejo seus olhos cheios de lágrimas quando fecho os olhos.

Passei a ouvir músicas que segundo Dakota, são de corno manso, largando e deixando de lado o rock cuja qual me acostumei a ouvir em momentos de crise. Não consigo ouvir Beatles como um consolo, apenas uma acusação na música Yesterday e Help!. Desde que a deixei ver quem eu realmente me tornei desde que meus pais se separaram, só consigo ouvir a música When I Was Your Man do Bruno Mars e entender a burrada que eu fiz. É a mesma sensação, sem tirar nem pôr.

Quando cheguei aqui, conheci Leo Valdez, somos amigos agora. Colegas de quartos. Ele disse conhecer Piper quando eu a descrevi, e ele não sabe ainda o quão idiota e perverso eu fui com o ser mais injustiçado e subestimado que conheci. A garota mais incrível e interessante que se passava por invisível.

Na hora do jantar, Thalia cantou mostrando porque estava ali, eu cheguei no fim, mas percebi o quanto minha irmã é talentosa. Chamaram Piper, a minha não mais Piper, para cantar. Tento até agora entender como sua voz consegue ser mais melodiosa e afinada do que já era antes. Sei que ela ainda sente raiva de mim, desprezo por justa causa. Ela cantava de olhos fechados com medo do público e sorri ao perceber que ela continuava a mesma pessoa tímida que eu conhecera na Yancy. A música era pra mim, mas não de um jeito bom, ela ainda me olha como o cara que partiu seu coração e isso faz o meu se partir. Eu ainda a amo mais do que tudo.

Juro que imaginei nosso reencontro com ela voltando as meus braços e dizendo que me perdoa. Como eu estava errado, como eu estava iludido. Ela me deu cortes de navalha com sua língua ferina de uma pessoa humilhada, a ferida dela ainda está aberta ou se abriu ao me ver ali, ela não contou que eu a magoei na frente de todos quando a perguntaram, ela classificou como “ desentendimento antes de vir pra cá”.

Está chovendo muito aqui, estamos no mesmo local a fim de dormir. Juro que tento fechar meus olhos e dormir. Mas tenho medo de esquecer que esta noite quase a beijei, que esta noite eu a vi novamente. Ainda sou um bad boy, mas quero ela como me namorada.

Jason Grace.

Ambas as folhas estavam amassadas e eu joguei-as dentro da bolsa junto com as outras coisas para voltar ao dormitório para assistir a segunda aula. Voltava pela mesma trilha.

Ele queria ser meu americano idiota? Parabéns Grace, fase 1 completa: me achar. Mas a fase 2 será um pouquinho mais porque me conquistar vai ser mais difícil do que pensa e nenhuma carta ou declaração piegas á la bad boy vai me convencer por mais que um segundo.

Welcome to the jungle, baby!


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Notas finais do capítulo

Primeira parte postada!

Ficou muitoooo depressiva, eu sei que sim. Sinceramente? Eu me emocionei nas cartas do Jay Jay. Reyna, my dear..... Jay tb é literatura huahuahuahua.

A maratona todinha é dedicada á Reyna Salvatore que fez a PRIMEIRA RECOMENDAÇÃO!! Valew Jubs! huahuahuahau.

Convergente? Leia! É triste, mas leia! Quer inspiração? Leia convergente. Virei viúva, Uriah me deixou, não digo como, mas me deixou... Sim Bitches, eu era casada com ele! T.T. Única série de livros que tive 3 husbands (maridos): Uriah (luto), Caleb (traidor) e Will (luto).

Sou viúva duas vezes, tenho que acabar com essa macumba!

Primeira parte da maratona dedicada a kerline por favoritar a fic. xoxoxoxo. Continue diva, flor!

Daqui a uma hora posto o próximo capítulo, não se iludam, ok? Não é nada que vcs pensam, é algo que eu pensei com a mente de uma "afilhada" de hermes. ~~~sorriso malicioso~~~

Mandem reviews para florescer minhas futuras ideias ok? Vcs tem 1 ou 2 horas, nada mais.

Laísm preparando segunda parte.