Descobrir um amor escrita por Kitsune


Capítulo 19
Volta


Notas iniciais do capítulo

São as provas, tudo culpa delas u.u desculpa minna-san, além disso minha imoto quase me espancou por eu demorar tanto e.e te amo Gé .



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~~~~~~Lucy on

Eu estava perdida, o último lugar onde queria ir era a guilda, se fosse para lá, seria obrigada a ficar no mesmo lugar que Lisanna e Natsu juntos, e não suportaria isso, além de que as pessoas certamente perguntariam sobre os ferimentos que, apesar de amenizados por qualquer coisa que aquele homenzinho fez, ainda são bem visíveis e certamente graves. Eu ainda estava com cortes profundos em partes do meu ombro e outro que ia da metade de minha coxa até eu joelho, do corte em minha testa e os outros em minha barriga e braços, só sobraram pequenas marcas vermelhas. Em minha bochecha ainda havia uma marca avermelhada de onde ele me deu um tapa, isso tudo além da insuportável dor que vinha de dentro do meu corpo, por causa da magia daquela mulher.

Imagino como ficariam os ferimentos sem os cuidados do homenzinho, com certeza inchados, inflamados e muito mais profundos. Gostaria de ter o agradecido, mas acordei tão perdida que não consegui.

Decidi ir para minha casa, não queria ver ninguém da guilda, nem mesmo a Levy, Erza ou Juvia.

Enquanto andava, a cena de Natsu se agarrando à Lisanna atormentava meus pensamentos. Mesmo se ele viesse pedir verdadeiras desculpas, eu não aceitaria, nunca ninguém havia feito coisa pior comigo, conquistado meu coração para depois pisar nele como se fosse algo insignificante.

Cheguei em casa cansada, pois meu corpo doía a cada passo, andei lentamente até a sala e despenquei no sofá com um longo suspiro. Olhei em volta. “Casa...” nos últimos tempos, a Fairy Tail virou minha casa, mas não sabia se poderia voltar pra lá.

~~~~~~4 dias depois

Nunca havia ficado tanto tempo sem sair de casa, e já fazia um tempo que não via meus amigos, passava o tempo escrevendo em eu quarto.

Natsu já havia ido em casa duas ou três vezes depois disso, mas ele não tentou entrar pela janela, como de costume, ele apena ficou gritando meu nome na porta de casa, eu fingia que não tinha ninguém, mas acabava implorando para que fosse embora, pois não conseguia mais segurar minhas lágrimas, ouvir sua voz era torturante.

– Você está com saudades de todos, Plue? – Disse enquanto lavava a louça da janta.

É claro que Plue não estava lá, mas eu gostava de fingir que sim, amenizava a solidão.

– É... Eu também... Mas não há nada que posamos fazer, não?

Meus ferimentos haviam piorado por falta de cuidados, a maioria deles estava inflamado.

Será que Natsu estava namorando Lisanna? Ou qualquer vadia por ai... Continuei esfregando os pratos quando de repente a campainha tocou, eu gelei, era certeza que era ele na porta.

Esforcei-me para falar.

– V-vá embora, Natsu.

Mas minha voz saiu falha e quase imperceptível, a campainha voltou a tocar.

–Vá embora!

– Lucy, sou eu.

Para minha surpresa, não era Natsu, era uma voz feminina e bem familiar, joguei a bucha na mesa e andei até a porta, abri uma pequena fresta e pude ver os cabelos brancos voando com o vento, era Mira!

– M-Mira!

– Olá Lucy...acho que precisamos conversar.

Abri a porta e mandei-a sentar no sofá, ofereci chá. A albina levou lentamente a xícara até a boca e em seguida disse:

– Então, o que aconteceu?

– C-como assim? Não aconteceu nada.

– Não minta para mim, Lu, você ficou várias semanas sem ir para guilda, Natsu disse que você estava viajando mas a quatro dias atrás apareceu lá dizendo que não conseguia falar com você, que estava presa em casa a tempos, estamos todos confusos e preocupados, ao menos nos de uma explicação!

– E-eu... Eu... Eu não aguento mais isso! – Joguei a xícara no chão – Não aguento mais não fazer nada e ser impotente sobre essa situação, Mira! Natsu me traiu e eu não quero falar com ele nunca mais, não aguentaria ir para guilda e ter de encara-lo, me desculpe se eu deixei todos preocupados, mas não foi minha intenção!

– Entendo... Lucy por favor, vamos para a guilda, ele não foi hoje, vamos, por favor.

– E-eu... tem outra pessoa que...

– Lisanna. Já desconfiava.

Desviei o olhar.

– Vamos! – Disse ela estendendo a mão para que eu levantasse.

Fomos andando, eu estava com muitas dificuldades por causa dos machucados, demoramos uns quinze minutos até a guilda, Mira foi abrindo a porta devagar, soltei um suspiro, tomando coragem e entrei.

– Lucy!!! – Gritaram todos

Meus amigos se reuniram em volta de mim, fazendo perguntas inacabáveis e eu não sabia como responder.

– Minna-san! Lucy não está muito bem, deixem-na descansar, por favor.

Todos se afastaram e cessaram as perguntas, até Wendy dizer:

– Lucy... Estávamos preocupados.

Me aproximei e passei a mão de leve em sua cabeça.

– Obrigada Wendy... Eu passei por alguns probleminhas e resolvi descansar um pouco, só isso.

Todos se entreolharam, Gray se aproximou de mim, com a cabeça abaixada, em seguida me olhou de um jeito que me fez estremecer, pois sua expressão era indecifrável.

– Natsu está completamente desesperado, não está comendo e nem dormindo, só pensa em você, só quer te encontrar logo, e acho que você, Lucy, nos deve uma detalhada explicação, não acha?

Cambaleei para trás, por um instante tudo veio novamente à minha mente, eu estava prestes a chorar, desviei o olhar de Gray, para não desabar, todos me olhavam e eu não sabia o que responder.

– E-eu...

De repente a porta foi aberta com um estrondo, virei-me para trás e vi, era ele.

– Lucy! Senti seu cheiro, apareça Lucy, por favor.

A multidão que me cercava abriu passagem entre mim e Natsu.

– Lucy...

Ele vinha em minha direção e eu fiquei completamente sem ação.

–Natsu...

Ele chegou até mim, sem me tocar e nem dizer nada, ficou a apenas alguns centímetros de mim, se eu fosse de sua altura, certamente estaríamos com as testas coladas, mas minha cabeça se encaixava perfeitamente em seu queixo. Ele entrelaçou seus dedos aos meus, mas e rapidamente o desfiz.

– Eu já disse, nunca mais me toque.

Ele não ficou espantado, acho que já esperava por isso.

– Eu te procurei por dias seguidos e, mesmo que for para ser um fim definitivo, me ouça – Disse com o mesmo tom sério.

Eu ergui a cabeça como se estivesse dando passagem para ele falar.


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Notas finais do capítulo

Próximo em tempo indefinido :(



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