Um destino distante escrita por Laura Marie


Capítulo 12
Um novo dia para recomeçar


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal!
Aqui está o último capítulo desta última temporada ^^

Desejo a vocês uma ótima leitura
e desde já agradeço!



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O cajun abria os seus olhos com dificuldade, como se eles não quisessem sentir a claridade local. No entanto, após lutar contra si mesmo, Remy conseguiu se acostumar com a iluminação, e por fim, se dar conta que estava em um quarto de enfermaria.

Remy tentou se levantar, mas parou ao sentir uma forte dor de cabeça. Além disso, parecia que todas as células de seu corpo estavam em chamas. As suas tentativas de recordar a razão por estar ali eram em vão. Parecia que sua mente estava limpa, mas a única coisa que conseguia se lembrar era de uma festa no Instituto.

Merde! Onde diabos eu estou? – Disse ele consigo mesmo. No entanto, a sua dúvida foi desfeita assim que viu uma bela jovem de mechas brancas adormecida no sofá ao lado.

Vampira estava sentada no sofá, segurando o seu rosto com uma das mãos, mas parecia estar exausta, e dormia profundamente. Sem dúvidas, ela ficou ao lado do amado por todo o tempo.

– Vam-Vampira !?

O murmúrio chamando o seu nome foi o suficiente para despertá-la. Parecia que ela tinha acordado assustada, mas ela ficou ainda mais surpresa assim que avistou Remy acordado.

– Remy! – Disse ela que saltou do sofá, abraçando o amado fortemente.

– Eii... chérie!

Lágrimas de felicidade escorriam pelo rosto de Vampira enquanto o abraçava, sem perceber que estava o machucando um pouco com o seu ato de afeto.

– Seu idiota! – Disse ela, após o soltar, com um tom meio rude – O que você pensa que estava fazendo?

– Mas... Mas... O que eu fiz?

– Como assim? Você não se lembra? Você tentou usar o Cérebro! Por acaso estava tentando se matar?

– O Cérebro? – Assim que ouviu tal nome, uma série de imagens aleatórias percorreu pela sua mente. Imagens de pessoas e situações que ele tivera contato em um determinado tempo.

– E você nem telepata é! – Continuou Vampira – Por que você fez aquilo?

– Eu... Eu não sei – Disse Remy enquanto tentava se lembrar – Por quanto tempo eu estive dormindo?

– Por umas 10 horas, eu acho...

Remy se assustou ao ouvir tal resposta. Mesmo não se lembrando de sua viagem temporal, parecia que ele tivesse ficado ausente por mais tempo – Aliás, ele ficou três dias no futuro.

Após o momento de fúria pela estupidez de Remy, Vampira se acalmou, mas, por algum motivo, não conseguia dizer mais nada. Remy voltou encará-la, e percebeu que ela tinha ficado sem jeito.

– Você ficou aqui comigo por todo este tempo?

– Uhum... – Vampira desviava o olhar – Eu tive medo...

– Medo?

– Sim... Eu tive medo de você não voltar...

Ao ouvir a declaração, Remy se sentiu feliz, e até mesmo se esqueceu da dor. Ele se aproximou dela - que estava sentada ao lado de sua cama – e acariciou o seu rosto.

– Seja lá por onde eu estive, eu jamais te deixaria, chérie...

Os olhos de Vampira voltaram a lacrimejar. Apesar das circunstâncias, aquele era o momento que ambos mais esperavam para colocar suas desavenças de lado. Os dois ficaram se encarando, mas quando Remy se inclinou para mais perto de Vampira, eles ouviram alguém abrindo a porta.

– Olha só quem acordou! – Disse Ororo.

– Bem-vindo de volta, “Belo Adormecido”! – Disse Jubileu que passou à frente de Ororo, correndo para abraçar o amigo.

– É bom revê-las também, mes dames!– Disse Remy um pouco desconfortado com o forte abraço de Jubileu.

Vampira tentou esconder seu constrangimento, mas logo Tempestade percebeu que ela e Jubileu tinham interrompido alguma coisa. Em seguida, apareceram Logan, Kitty e Bob na porta do quarto.

– Decidiu voltar do mundo dos mortos, cajun? – Brincou Wolverine.

– Podemos dizer que sim, mon ami!

– Está se sentindo bem, Remy? – Perguntou Kitty.

Ouí... Só sinto um pouco de dor, mas acho que vou sobreviver – Disse ele enquanto olhava de lado para Vampira.

Tempestade novamente sentiu que aquela turma no quarto estava atrapalhando alguma coisa. Sendo assim, desta vez, ela decidiu agir:

– Bem, acho melhor irmos agora. O Remy precisa descansar...

– Não acha que ele já dormiu tempo demais? – Retrucou Jubileu.

– Além disso, ele e a Vampira também precisam conversar.

Vampira sentiu o seu rosto corar ao ver a amiga sendo tão direta, enquanto Gambit apenas achava graça. Assim sendo, todos ali foram embora do quarto, deixando os dois sozinhos novamente.

– Eles sempre são bem barulhentos, não acha? – Disse Vampira com um sorriso tímido, tentando disfarçar a vergonha.

Remy também a respondeu com um leve sorriso. Mas já que eles estavam sós novamente, ele segurou uma das mãos dela, e voltou a acariciá-la em seu rosto.

– Sinto muito por ter sido um idiota, chérie... Se eu pudesse voltar atrás, eu...

– Não precisa dizer nada, Remy – Disse Vampira – Sou eu quem deve pedir desculpas. Eu agi como uma idiota tentando negar os meus sentimentos por você... Só foi preciso acontecer uma tragédia com você para eu poder perceber isso! Eu sinto muito!

– Você não tem culpa de nada, chérie... Eu compreendo a sua decisão de querer ficar sozinha, e irei respeitá-la. Eu vou te esperar até quando você tiver certeza... Marie.

– Remy... – Disse Vampira que, em seguida, segurou o rosto dele com suas duas mãos – Não precisa esperar mais!

Je t'aime, chérie!

Eu também te amo, Remy!

E, assim, Remy e Vampira conseguiram quebrar a barreira - que ambos tinham criado entre eles - com um beijo apaixonado.

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Na calada da noite, um ladrão – ou melhor, um ex-ladrão – vagava pela escuridão dos corredores da Mansão Xavier. Já que era um profissional, ele não tinha medo de ser descoberto. Fazia três dias que Remy havia recebido alta e agora ele estava ali, a caminho de um determinado local, considerado “tabu” pelos moradores do Instituto.

Não demorou muito para que ele chegasse ao seu destino. Assim que avistou o sistema de segurança fixado em uma porta, Remy apenas sorriu – burlar aquele sistema era como se fosse brincadeira de criança para ele. E em poucos instantes, lá estava Remy novamente na Sala do Cérebro.

As suas memórias retornavam na medida em que ele se adentrava na sala. Remy não sabia exatamente o porquê de estar ali - apenas tinha a certeza que ele deveria que estar ali. Assim que ele se aproximou do capacete do Cérebro, as imagens de Lucas retornaram à sua mente. E, de repente, ele mesmo se viu dizendo: “eu tenho um plano!”

– Claro! O plano! – Disse ele após se lembrar.

Sendo assim, Remy colocou as suas mãos sobre a mesa do Cérebro e começou a liberar o máximo de energia possível. Remy não só energizava a mesa, pois o seu poder ia se espalhando por todos os lados, até que a sala ficasse inteiramente energizada.

Ao ver que tudo estava iluminado ao seu redor, Remy tirou as suas mãos da mesa e saiu correndo da sala o mais rápido que pôde.

“Espero que haja tempo!” , pensava ele enquanto fechava a grande porta da sala. Assim que a trancou, Remy saiu correndo pelo corredor. No entanto, não demorou muito para que explosão dentro da sala acontecesse. O forte estrondo, vindo de dentro do Cérebro, o arremessou pelo corredor, fazendo-o parar quando ele se colidiu com uma parede.

Obviamente, todos os moradores acordaram assustados e saíram correndo por todos os lados da Mansão.

– O que aconteceu? – Disse Ororo enquanto corria e vestia o seu roupão.

– Eu não sei, mas parece que o barulho veio da Sala do Cérebro! – Disse Logan.

– Do Cérebro?

– E onde está o Remy? – Disse Vampira ao perceber que o namorado não estava entre eles.

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Remy! Remy! Remy!” – era o que ele ouvia, mas não conseguia enxergar nada, muito menos reagir. Mas, de repente, os gritos chamando pelo seu nome foram ficando mais altos, e a escuridão em seus olhos se dissipava. Sendo assim, não demorou muito para ele conseguisse acordar e se deparar com dois olhos verdes o encarando de cima para baixo.

– Remy! Você está bem? – Disse Vampira, que o tinha deitado em seu colo.

– Vampira?

– O que aconteceu? O que você estava fazendo aqui?

– O Cérebro! – Disse ele se levantando bruscamente após se lembrar de sua missão – Onde está?

– Está destruído – Disse Wolverine – E suponho que você seja o responsável por isso!

– Ufa! Ainda bem!

– Como assim “ainda bem”? – Disse Vampira que, estando furiosa, o levantou pelo braço de uma vez só – Você faz ideia do que fez? Por que fez isso?

– O que eu vou lhe dizer pode parecer loucura, chérie, mas eu não sei a razão por ter feito isso, só sei que era necessário.

– Remy, por favor! – Disse Tempestade – Seja lá qual o motivo, você foi um irresponsável! Você poderia ter morrido! Ou o pior: poderia ter matado alguém!

Pardon, chérie! Eu machuquei alguém?

– Não! Por sorte, ninguém se feriu.

Bon!– Disse Remy aliviado.

– Bom nada! – Disse Vampira, ainda furiosa – Você ainda nos deve explicações, seu rato do pântano!

Chérie, eu já disse! Eu não sei por que fiz isso, mas eu tinha certeza que era necessário! Talvez, no futuro, vocês todos me agradeçam!

– O que você quer dizer com isso?

– Eu acho que destruir o Cérebro foi o de menos – Disse Wolverine – O único que poderia usá-lo era o Professor.

– Você quer dizer “o único que poderia usá-lo para o bem”, mon ami. Alguém poderoso poderia usá-lo e desencadear uma catástrofe futuramente!

– Remy está certo! – Disse Bob – Lembra quando o Stryker invadiu a Mansão e roubou o Cérebro? Quem garante que outro fanático não faça a mesma coisa!?

– E agora que essa coisa acabou, teremos um pouco mais de sossego neste lugar! – Retrucou Wolverine – Foi a segunda vez nesta semana que o cajun nos trouxe problemas com isso!

– Mas esperem um pouco! – Disse Tempestade ao perceber algo – Remy, você sabe de alguma coisa? Quero dizer, você sabe de alguém que esteja planejando usar o Cérebro?

– Eu não sei, chérie... Por mais estranho que pareça, eu sou a pessoa mais confusa aqui, acreditem em mim!

Era impossível saber quem estava mais confuso naquela situação. No entanto, a hipótese mais plausível é que Remy teria batido a cabeça no momento da explosão, assim ele teria perdido a memória sobre o que acabara de acontecer.

– Bem, crianças, o show acabou! Vamos voltar a dormir! – Ordenou Wolverine.

Dada a ordem, todos começaram a sair do local, ainda um pouco assustados e confusos com o recente acontecimento.

– E o senhor vem comigo! – Disse Vampira, que agarrou Remy pelo braço.

– Hey, chérie! Vá com calma! Eu quase morri de novo agora pouco!

– E você vai morrer de verdade se não vier comigo agora!

Sendo assim, o cajun não teve outra escolha a não ser seguir as ordens de sua amada furiosa.

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Em um quarto escuro, apenas iluminado pelo luar, estava um casal deitado e abraçado, como se nada tivesse acontecido minutos atrás. Aliás, qual importância teria o passado se um belo futuro estaria reservado pela frente?

– Você é, sem dúvidas, surpreendente, Remy LeBeau! – Disse Vampira.

– Se eu não fosse assim, eu não seria Remy LeBeau, chérie!

– Mas vá com calma, docinho! Você não tem sete vidas!

– Não se preocupe, Marie. Eu não pretendo te fazer viúva antes mesmo de nos casarmos!

Ao ouvir tais palavras, Vampira arregalou os seus olhos. No entanto, ela preferiu esconder a sua surpresa com a sua felicidade.

– Você está me pedindo em casamento?

– Pensei que eu já tivesse feito isto antes...

– Por que será que eu não me surpreendo mais com você, hein !? – Disse Vampira que, em seguida, respondeu ao suposto pedido de casamento com um beijo.

Após trocar as carícias, Remy olhou para baixo e se lembrou de que os dois não estavam mais sozinhos. Ele tocou na barriga de Vampira, e sorriu ao pensar em seu filho que estava por vir.

– Já sabe se é menino ou menina? – Perguntou ele.

– Não dá pra saber. Só tem algumas semanas ainda, Remy!

– Mas eu sei: será um menino!

– Como pode ter tanta certeza disto? – Disse Vampira que o encarou com um olhar desconfiado.

– Hum... Digamos que eu apenas sei...

– Meu Deus! – Disse Vampira em um tom apreensivo, tampando parte de seu rosto com uma das mãos – Se você estiver certo, eu espero que ele não seja como você!

– Como assim !?

– Eu vou ter que aguentar dois “Remys”!? Aff! Isso ninguém merece!

Remy descontou a brincadeira com algumas cócegas em Vampira.

– Ele poderá ser bonitão, assim como eu, mas aposto que ele será um teimoso e cabeça dura como a mamãe! – Brincou Remy – Eu vou sofrer com vocês dois!

– Agora eu tenho que concordar com você!

Os dois riram naquele momento delicado de amor, mas também descontraído. Aliás, era a primeira vez que os dois estavam juntos e felizes após Vampira descobrir a sua gravidez.

– E que tal a gente fazer outro?

– Outro o quê !? – Disse Vampira com os seus olhos arregalados.

– Outro bebê, é claro!

– O QUE VOCÊ TEM NA CABEÇA, REMY!? – Disse Vampira impressionada com o que jeito que ele levava as coisas – Esse aqui ainda nem nasceu e você já está pensando no próximo !?

– Oras e por que não? – Disse Remy sorridente – Se este aqui é um garotão, então poderíamos ter uma garotinha também. O que acha?

– Posso te responder depois que este nascer? Acho que ainda teremos muito pela frente para construir a nossa família.

D'accord! – Disse ele que, em seguida, voltou a beijar a sua amada.

No entanto, o beijo não durou muito, sendo interrompido novamente por Remy.

– Pelo visto este negócio de paternidade está fazendo a sua cabeça, hein! – Disse Vampira ao perceber tal inquietação.

Pardon, chérie! Eu só queria perguntar se você já tem pensado nos nomes.

– Pra falar a verdade, eu ainda não tive muitas ideias – Disse Vampira, segurando a mão dele que estava sobre a sua barriga – O “senhor sabe-tudo” tem alguma sugestão?

– Bem, que tal... Oliver !?


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Notas finais do capítulo

E aí, pessoal? Gostaram?
Espero que sim Hehe ^^
MUITO OBRIGADA por acompanhar a história desde a primeira temporada!
Espero aparecer por aqui com outras histórias, com outros personagens!

E quem quiser ter mais contato comigo, enquanto eu não retornar por aqui,
é só curtir a minha página no Facebook ;-)

www.facebook.com/LauraMarieFics

Mais uma vez, muito obrigada
e até à próxima! ;)

Abração!