Lola escrita por Isabella


Capítulo 4
Não se vá...


Notas iniciais do capítulo

Programei os capítulos para serem postados até domingo, olhem como sou linda (sóquenão) kkkkkkkk
Deixem comentários, eu fico mega contente quando eu os vejo!



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Sábado, 11:00. 10/01

Acordei com o Sol forte em meus olhos. Meio "zonza", levantei-me da cama em direção ao quarto de minha mãe. Abri a porta devagar e chamei-a:

– Mãe, já acordou? A senhora está melhor?

Nada de respostas. Senti meu coração bater mais rápido, eu estava começando a ficar nervosa. Decidi me aproximar mais de sua cama e a sacudi.

– Por favor, me responda.

Seu corpo balançava com meus movimentos, até que parou de barriga para cima. Senti o nervosismo tomar conta de mim. Os olhos dela estavam arregalados, sua face mesclava dor e espanto. Eu estava desesperada agora, chacoalhei minha mãe mais vezes, mas nada adiantava. Percebi que ela não respirava, então decidi verificar seus batimentos. Peguei em seu pulso frio, mas não havia sinal de vida algum.

– NÃO, NÃO! POR FAVOR, NÃO ME DEIXA. MÃE, EU TE AMO. VOLTA PARA MIM, NÃO ME ABANDONA! - eu já estava aos prantos, berrando.

Não conseguia pensar em nada, estava arrasada. Meu mundo caiu e eu, inútil, nada podia fazer. Minha mãe se foi e nem pude me despedir, nem dizer para ela o quanto eu a amava. Não podia ser verdade, não mesmo.

Peguei meu celular e liguei para a ambulância. Depois de cinco minutos o socorro chegou. Junto de alguns policiais, e de um homem, que eu lembrava ser da empresa de minha mãe. Connor.

– Lola, estou completamente arrasado. Meus pêsames. - Disse ele vindo ao meu encontro.
– Eu sabia que ela não estava bem, mas ela não quis me dizer o que tinha. Agora se foi, para sempre. - eu chorava. Era a única coisa que eu podia fazer: chorar, e chorar mais.

De repente senti os braços de Connor me envolvendo, afagando meus cabelos, num gesto de conforto e de me consolar. Eu estava arrasada demais, então o abracei com força. Passei alguns minutos assim com ele, não queria solta-lo, apesar de eu não o conhecer muito, sabia que minha mãe gostava dele.

Lembro-me que ele é filho do dono da empresa em que minha mãe trabalhava, ela o conheceu quando ele era pequeno e sempre tratou-o como um parente. Sei que ele tem 20 anos, e um irmão de 23. O nome do irmão eu não me recordo agora, mas eles são completamente diferentes em quesito de personalidade. Connor é quieto, mas simpático, sempre trata bem as pessoas. Já o irmão é festeiro, do tipo que "pega todas" e não tá nem ai para nada.

Caí na realidade, então me desfiz do abraço. Um médico apareceu:

– Senhorita, eu sinto muito. Sua mãe já estava morta haviam algumas horas, provavelmente de um rompimento de artérias, devido ao tumor...
– Tumor?! Ela nunca me disse nada sobre ter um tumor! - eu quase berrava, não era possível que ela escondera algo tão grave de mim.
– Sei que o momento é de dor. Com licença.

Olhei para Connor, ele não parecia surpreso com a notícia do tumor, ele só parecia desapontado e, claro, muito triste.

– Connor... Você já sabia do tu-tumor? - Gaguejei, estava soluçando de tanto chorar.
– Sim, Lola. Há algumas semanas sua mãe me disse sobre o isso. Ela sentia que não tinha muito tempo de vida e não te contou pois não queria deixa-la preocupada.
– Ela não podia ter me escondido isso!
– Acalme-se por favor.
– Desculpa, eu não queria gritar com você.

Demorou uns dez minutos e os médicos foram embora. Levantei do sofá onde eu estava com Connor, avisando-o de que iria tomar um banho. Ele disse que me esperaria.

Depois de um tempo, sai do banheiro. Nada havia melhorado. Fui de encontro ao Connor.

– Ei, Lola, você não comeu nada hoje...
– Não estou com fome.
– Mas precisa comer alguma coisa. Do que você gosta? Eu prepararei algo.
– Obrigada, mas não.
– Bom, irei fazer sanduíches. Já volto.

Sério, eu não estava com apetite para comer, não da maneira que eu estava. Ele não iria me obrigar a comer... Ou iria? Pelo jeito sim. Um prato foi entregado para mim, eu o peguei e dei uma pequena mordida no meu sanduíche.

Connor sentou-se ao meu lado, com um prato para ele também. Sabia que alguma hora eu iria sentir fome, então sem mais resistir eu comecei a comer. Caramba! Estava super bom, mas não melhorou meu humor.

– Está bom?
– Sim, obrigada por fazê-lo.
– Não foi nada. Sabe, eu preciso te contar algo...
– O que é? - eu ainda não estava bem, não esperava por mais "surpresas" hoje.
– Bem, antes de sua mãe... falecer, ela me pediu algo.
– O que ela pediu?
– Ela pediu para, se caso ela fosse... eu te levar para morar comigo.
– O QUE?! NÃO, PERA Aí! COMO ASSIM MORAR COM VOCÊ, SEM MAIS NEM MENOS? EU NEM TE CONHEÇO DIREITO!
– Eu só estou te avisando do que ela me pediu. Sinto muito, mas você terá de mudar comigo e com meu irmão.
– Quando?! - questionei-o tentando ser mais calma, apesar de ser impossível.
– Quanto antes melhor. Eu providenciarei um quarto para você, podemos ajustar nossas rotinas. Acredite, isso para mim é tão assustador quanto para você!
– Tá... Olha estou com a cabeça cheia. Eu preciso ir dormir.
– Entendo, eu voltarei amanhã para começarmos a mudança. Boa noite Lola.
– B-boa noite Connor. - eu desmoronei novamente assim que ele saiu, tudo veio em minha cabeça. A morte de minha mãe, a mudança. Era demais! De tanto chorar eu acabei dormindo.


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