POV PERCY

Eles ficaram lá, no meio de uma Rua em NY conversando sobre... Sei lá o que era. Parecia outra língua o que a Annabeth falava e o pior, ele entendia. Até que eu ouço uma palavra que eu conheço: Escola, foi no automático> instituição de ensino que obriga você a frequentar aulas, metade delas que você não vai usar na sua vida profissional.

Alguém pigarreou.

Era Rachel, ainda bem que ela fez isso, eu não ia conseguir. Ok, eu queria atrapalhar os dois, mas também queria ver até onde aquela conversa ia, e quantos anos a Annabeth ia demorar para perceber que eu estava ali. Então ela se virou, Annabeth estava sorridente, nem parecia que tinha acabado de ser lançada contra um poste a mais de 200 metros de distância por um ciclope. Ela olhou pra mim e Rachel, finalmente ela se tocou que nos dois ainda estávamos ali.

–Am... Pessoal, esse aqui é o Brandon – ela disse um pouco corada, sério, eu não entendi porque ela corou – Brandon, esse aqui é o Percy, meu namorado – ela disse (só o nome já me deu vontade de esmurra-lo) colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

–Ah, então você é o namorado? ouvi muito falar de você – A criatura que, aparentemente agora tem nome, disse se aproximando de mim.

–Engraçado, eu nunca ouvi falar de você- eu disse com um sorriso extremamente falso. Annabeth não entendeu minha indireta pra ela, mas infelizmente a Rachel entendeu. Ela deu um sorriso travesso pra mim e se aproximou da criatura.

–Rachel, esse é o Brandon, Brandon essa é a Rachel, minha amiga – Annabeth disse, e os dois apertaram as mãos.

–Espera – Rachel disse com uma cara “eu não acredito nisso” – Você é O brandon? o garoto que conseguiu desenvolver uma estabilidade eletrônica entre dois átomos de famílias diferentes dentro do laboratório de um internato em Nova York? - ela disse estupefata.

–É... bom, sou eu mesmo – A criatura disse coçando a cabeça. Qual o problema dele, tem piolho?

–A annabeth falou MUITO de você! – Rachel disse isso olhando para mim, ela estava me provocando. Então... a Annabeth falou da criatura para Rachel, bom saber.

Ficou um silêncio muito incômodo. Annabeth olhando para a criatura, a criatura pra ela, eu encarando Rachel e ela me encarando de volta.

–Então vamos? um filho de poseidon, uma filha de atena, uma filha de apolo e um filho de seja lá de quem seja, no mesmo lugar, deve chamar alguns monstrinhos - Rachel disse – Você vem para o acampamento com a gente- ela disse agora se referindo a criatura.

–Acampamento? - a criatura psicopata disse, aliás não quero dizer o nome, então vou só chamar de “criatura”.

–Acampamento meio-sangue, é um lugar para semideuses como nós. Já que você fugiu de casa, não tem para onde ir certo? - Annabeth disse, a criatura confirmou com a cabeça – Então você vem com a gente – Ela disse dando alguns pulinhos.

A criatura só confirmou com a cabeça. Nós andamos até a van, Annabeth e a criatura na frente, Rachel logo atrás me encarando. Chegamos na van, Rachel deu aquele sorriso travesso de quando ela vai aprontar alguma coisa ruim comigo.

–Então Annie, como o Percy vai dirigir na volta, porque você não no banco de trás com o Bran, pra falar do acampamento e tudo – Rachel disse isso para Annabeth, mas estava olhando pra mim. Não acredito nisso, a annabeth no banco de trás com esse psicopata, só pode estar de brincadeira comigo. Ela entrou no carro, e a criatura também. Dei a volta na van correndo, não queria perder os dois de vista. Entrei na van, entrei não, pulei dentro da van, mas eles estavam só conversando. Eu dei partida no carro, Rachel ainda do lado de fora, pra falar a verdade, eu minha vontade era saí correndo com o carro, e deixar ela aí.

–Você tá morrendo de ciúmes – ela disse quase como um sussurro, entrando no carro e colocando o cinto.

–Eu não – eu disse, acelerei e o carro começou a andar, os dois lá atrás balançaram um pouco graças a minha acelerada. Esse era o plano. Mas eles ficaram mais perto um do outro. Droga.

Rachel chegou mais perto de mim, e ficou me encarando com os olhos sem piscar, bem perto. Eu fiquei olhando para a Rachel, para o trânsito, para a Rachel, para o trânsito, Rachel, trânsito, Rachel, trânsito.

–Será que dá pra você parar com isso?- eu perguntei, ela me encarando estava começando a dar um pouquinho de medo.

–Você definitivamente está com ciúmes – ela disse batendo palmas e voltando para o lugar dela.

–Eu não estou – eu disse sem muita convicção.

–Ah é? se você não está, porque não para de olhar no retrovisor para o banco de trás? coitado do garoto, você tá fuzilando ele só com o olhar - ela disse quase como um sussurro, pra que só eu escutasse.

–eu, eu,– eu gaguejei, mas era verdade, eu estava olhando freneticamente pelo retrovisor para o banco de trás.

–Você, você? - ela disse soltando um risinho – sério, você é muito engraçado com ciúmes – ela disse enquanto observava pela janela. Eu pensei um pouco e disse:

–eu estou olhando para o retrovisor porque eu estou dirigindo.

–Sério? esse tempo todo e essa foi a melhor desculpa que você conseguiu bolar? - ela disse sarcástica.

–Eu estou dirigindo, é sério – eu disse olhando mais uma vez pelo retrovisor.

–Muito mal pelo visto, você tem medo do acelerador? mais rápido! – ela disse, escutei umas gargalhadas vindas do banco de trás, não gostei nada disso.

– Só quero chegar no acampamento e saber quem essa criatura psicopata é – eu pensei alto, Rachel riu e fez a cara de quem acabou de ter uma ideia, sério, as ultimas ideias dela não foram tão legais comigo.

–Ei, vocês ai atrás – ela disse – vocês querem dar uma parada pra um lanche? - ela perguntou, só porque eu disse que queria ir para o acampamento logo.

–Claro! – os dois disseram em uníssono, depois um olhou para o outro e começaram a rir. Hilário.

–ok, Percy, vira aí à direita – ela disse indicando com a mão.

–Direita?- eu perguntei confuso, porque eu estava observando o pessoal lá trás.

–direita, na Cooper Ave. – Ela disse e eu assenti.

–Na verdade, é melhor para a esquerda, o Starbucks fica à esquerda – Annabeth disse se inclinando para frente, e olhou para Rachel.

–É, mas o Mcdonalds fica à direita – Rachel disse e apontou pra eu seguir.

–Eu realmente prefiro o Starbucks – annabeth disse, e criatura concordou. Como se esse psicopata pudesse opinar.

–É amorzinho, só que O STARBUCKS NÃO TEM MCLANCHE FELIZ, então Percy seu fofo, FAÇA-ME O FAVOR E VIRE A DIREITA– Rachel disse quase surtando. Annabeth ergueu as mãos rindo como um sinal de rendição. A criatura riu também. Novamente, Hilário.

–Primeira à direita – ela disse, mas não precisava. De longe você consegue ver aquele “M” enorme. Parei a van no estacionamento do Mcdonalds, Rachel, Annabeth e a Criatura desceram e começaram a andar na direção do restaurante. Rachel olhou pra trás e viu que eu ainda estava no carro, e voltou até a van.

–Você vai ficar ai? - ela perguntou entrando no carro.

–tô sem estômago pra ver aqueles dois – eu disse com um quê de nojo na minha voz.

–ah meus deuses Percy, como você é imaturo – Ele disse me fitando, e riu um pouco.

–Porque você ri de tudo? - eu perguntei, e era verdade, ela realmente ria de tudo mesmo.

–Eu só rio do que tem graça – ela disse séria, mas começou a rir.

–Eu estar com ciúmes da Annabeth não tem graça – eu disse olhando para a pista.

–HAHA! Então você assume estar com ciúmes dela! – ela gritou risonha. Eu suspirei.

–eu... eu... – eu gaguejei – você não consegue ficar séria?- eu perguntei, e ela saiu do carro.

–A vida é só uma Percy, pra ser levada a sério – Ela disse abaixada na janela aberta da van, e com essa frase filosófica ela saiu saltitando até o Mcdonalds.

POV ANNABETH

Eu e o Brandon entramos no Mcdonalds, e escolhemos umas das mesas com sofás acolchoados. Eu me sentei em frente a ele e começamos a conversar, até que vejo a Rachel entrando no restaurante, eu levanto a mão como sinal pra que ela nos visse e ela vem até nós.

–E aí garoto, fale de você – Ela disse se sentando ao lado do Brandon. Até que eles combinam.

–Falar o quê? - Ele pergunta tímido com uma risadinha fraca.

–Cadê o Percy?- eu pergunto passando meus olhos pelo restaurante, não consigo vê-lo.

–Está no carro. Você poderia começar com onde você aprendeu a lutar daquela forma – ela disse encarando ele. Espera, Percy no carro?

–Eu vou lá - eu disse me levantando.

–Desde que eu tinha 7 anos eu sei que sou um semideus, aprendi com minha mãe alguns golpes, nunca conheci meu pai, eu fugi de casa porque tudo estava ficando muito perigoso para a minha mãe, eu também não sabia do acampamento e... – Brandon ia contando a história, mas eu saí andando da mesa. Cheguei no estacionamento e avistei a van do acampamento. Fui chegando mais perto, e vi Percy sentado no banco do motorista olhando para o nada.

–hey, não vai lanchar? - Eu perguntei, entrando dentro do carro.

–Sem fome – ele disse, foi uma resposta vazia e eu achei esquisito.

–Aconteceu alguma coisa? - eu perguntei curiosa. Para o Percy estar assim, alguma coisa devia ter acontecido.

–Não sei, porque não pergunta para o Bran – ele disse “bran” sarcasticamente, por um momento me olhou, mas depois voltou a fitar o nada. Então era isso.

–Percy, o Bran... – eu ia dizer mas continuei - ...don, o brandon é só meu amigo, da escola – eu disse tentando melhorar um pouco as coisas. Agora eu me sentia um pouco culpada, desde o queens não falei com o Percy.

–ótimo, agora você pode ficar com ele no acampamento e na escola, olha que coisa maravilhosa – ele disse ainda sarcástico, sem me olhar no rosto. Eu não podia acreditar que ele desconfiava de mim.

–hey – eu disse virando seu rosto – Eu amo você Percy, você – eu disse olhando naqueles olhos verdes penetrantes.

–Sei – ele disse tentando virar o rosto, mas eu não deixei. Ele forçou mais, então eu deixei ele voltar a fita a estrada – me deixe aqui – ele disse com uma voz embargada.

Eu deixei uma lágrima cair, e desci do carro. Saí andando até a porta do Mcdonalds, mas quando abri, desisti e voltei correndo para o carro. Entrei com tudo, Percy me olhou assustado eu ignorei e o beijei. Ele retribuiu, e eu o senti dar um sorriso. Paramos por falta de ar, mas ficamos com as testas juntas, um olhando para o outro.

–Acredita agora?- eu perguntei.

–talvez, mas eu vou precisar de mais um prova, só pra garantir – ele disse nós rimos e nos beijamos de novo. E de novo, e de novo. Até que eu realmente fiquei com fome, e ele também. Então fomos abraçados até o Mcdonalds.

POV PERCY

Entramos no Mcdonalds abraçados, ok, talvez eu tenha exagerado um pouco. Quando entrei eu vi uma garota de cabelos pretos de costas provavelmente conversando com o garoto porque ele ria muito. Ou eles estavam conversando, ou os piolhos dele estão começando a entrar na cabeça. O garoto encarou a mim e Annabeth, o sorriso saiu por um instante do rosto dele, mas então voltou . Rachel se virou e olhou pra mim e Annabeth, depois seu olhar se fixou em mim, ela me olhava como se esperasse uma resposta e então essa resposta veio na minha cabeça.

Rachel me fez ficar com ciúmes de Annabeth pra que eu pudesse ver que não precisa ter ciúmes de Annabeth, e assim não ter ciúmes de Annabeth. Essa garota é um gênio.

Começamos a andar até a mesa. Rachel se levantou e se sentou do lado da criatu... do lado do Brandon. E eu e annabeth nos sentamos frente á eles, a mesa estava cheia de papéis de sanduíches e uma caixa do McLanchefeliz, Rachel segurava uma bonequinha com cabelo roxo.

–Eu vou ao banheiro, só um minuto – ela disse sorrindo, então me deu um selinho e foi em direção ao WC.

Rachel ficou me observando com um sorrisinho.

–Brandon, você poderia pegar ali um cappuccino grande pra mim¿ por favor? - ela perguntou.

–Claro – ele disse se levantando e indo em direção ao caixa.

–Você gosta de café? - eu perguntei.

–Café é vida, E então? - ela perguntou com uma expressão sabida estampada no rosto.

–Você é um gênio – eu disse rindo um pouco do que eu mesmo acabei de dizer.

–Demorou pra cair a ficha, não foi? - ela perguntou rindo.

–Eu realmente achei que você estava fazendo aquilo só pra me irritar – eu disse

–Claro que sim, tirei um pouco de proveito da situação – ela disse rindo.

–como você fez aquilo? sabe, esse jogo esquisito mental – eu disse

–Faz parte de mim – ela disse – esse jogos mentais são legais – ela disse rindo, nós dois rimos, de repente eu tinha começado a gostar mais dela.

–ei, qual é a desse seu arco – eu disse apontando para o arco em seu braço – como você conseguiu fazer com que ele, sabe, virasse, hm sabe....

–Cumpri uma missão para Hefesto, e esse foi o meu presente

–Hefesto? mas porque ele não fez por..

–Si mesmo? os deuses são preguiçosos Percy, todos esses anos e você ainda não aprendeu?- ela disse e começou a rir.

–O que foi? - Annabeth disse sentando ao meu lado, automaticamente coloquei meu braço ao redor dela.

–sua amiga é um gênio – eu disse.

–sério? pensei que você não gostasse dela – Annabeth disse, depois que percebeu o que disse botou a mão na boca. Eu simplesmente queria esgoelar Annabeth agora, então olhei para Rachel.

–É mesmo? - Rachel perguntou arqueando as sobrancelhas, mas depois para minha surpresa começou a rir, de repente éramos três lerdos rindo, de novo – Relaxe, não sou muito de causar boa impressão logo de primeira, acostumei- Ela disse e era verdade.

–Aqui está – Brandon disse com um copo escrito “cappuccino Premium” na mão, sentou do lado de Rachel e entregou o copo a ela.

–Obrigada, espera – ela disse sorridente e abriu a mochila procurando alguma coisa .

–Não, é por minha conta – Brandon disse. Rachel sorriu.

–Ok, eu e minha carteira agradecemos – ela disse e nós 3 sorrimos. A criatu.. Brandon, o brandon só deu um sorriso tímido.

–Que horas? - Annabeth perguntou.

–21h35min – eu disse, ela suspirou.

–Ainda? Então, agente ainda tem tempo – ela disse – eu vou pegar um sanduíche pra mim, vocês querem alguma coisa? - ela perguntou, Rachel levantou o copo de café do tipo "estou satisfeita" e Brandon negou com a cabeça.

–Eu vou querer um Mc... – eu ia dizendo, mas Annabeth me cortou.

–Um McFish completo com coca-cola, e nuggets no lugar da batata frita – ela disse sorrindo, eu confirmei com a cabeça. Ela me conhecia.

Ela foi até o caixa, e voltou rápido com uma bandeja cheia.

–McFish pra você, McChicken pra mim – ela disse separando as comidas na bandeja.

–Fique com o troco – eu disse entregando uma nota de 50 dólares a ela, eu parecia um mafioso falando. Ela bufou e jogou a nota na mesa, mas sem que ela visse eu coloquei em sua mochila.

– Bran, eu já te conheço e tal, mas eles dois não, fala um pouco de você – Annabeth disse docemente enquanto comia, é meio estranho ver ela sendo doce, ela é mais do tipo “chave de braço”, ou seja, nada doce.

–am... – Ele gaguejou.

–Vamos fazer o seguinte – eu disse - Como o jogo da garrafa, só que com perguntas – eu disse, quando eu falei jogo da garrafa me veio na mente uma cena da annabeth beijando o Brandon, TIRA TIRA TIRA da cabeça. Ok.

–Essa é a sua brilhante ideia cabeça de alga?- Annabeth perguntou. Eu disse que ela não faz o tipo doce.

–Tem alguma melhor? - eu retruquei, ela sorriu de leve eu.

–Tá ok, onde agente vai achar uma garrafa cabeça de alga? - Ela perguntou autoritária, como se estivesse dizendo “ah, eu não tenho nenhuma ideia, então vai a sua mesmo”.

–Dã, agente tá em uma lanchonete Annabeth – Rachel disse, com um tom de obviedade, ela riu e eu não consegui segurar a gargalhada, até a criatu... Brandon, até o Brandon riu junto.

–am... mas não precisa de garrafa, se pegar esse canudo – o Brandon disse pegando um canudo em cima da mesa – e Amassar esse lado, quando girar, esse lado aqui é o vai fazer a pergunta – ele disse, é bem mais fácil assim mesmo. Todos assentiram.

–Eu começo, já que a ideia foi minha – eu disse só pra provocar, eu sei como annabeth gosta de ir primeiro. Ela me encarou, fica tão linda com raiva, meus deuses.

Eu girei o canudo, eu faria a pergunta e a Rachel ia responder.

–Ok – ela disse e ficou esperando a pergunta enquanto tomava seu café.

–Uma atriz que você gosta? - eu sei, eu sei, pergunta meio besta, mas mesmo assim foi a única que me veio na cabeça.

–Rachel Weisz – ela disse, eu não fazia ideia de quem era aquela.

–Outra? - eu perguntei na esperança que ela dissesse alguma que eu conhecesse.

–Rachel McAdams – ela disse tomando mais um pouco de café.

–Alguma que não se chame Rachel? - eu sugeri, ela ficou pensativa.

–Só pode uma pergunta por vez – ela deu um risinho e girou o canudo. O Brandon ia perguntar e ela responder.

–Um personagem que você gosta? - ele perguntou.

–Rachel Green – ela disse, ele fez uma cara de dúvida muito parecida provavelmente com a que eu estava – Rachel Green, de friends, os seis amigos que moram em NY, i’ll be there for you – ela disse, Brandon murmurou um “ahh” do tipo “ata, entendi agora”, eu murmurei também, mas continuava sem entender.

–Alguma que não se chame Rachel? - Ele perguntou, o cara devia estar lendo minha mente.

–Rocky – ela disse depois que pensou um pouco.

–Rocky é – ele perguntou no intuito que ela completasse.

–Um apelido – ela disse.

–Para... – eu perguntei.

–Rachel – ela disse e começou a rir cuspindo um pouco de café. Logo nós quatros estávamos rindo de novo. Éramos um grupo de adolescentes em uma lanchonete rindo de piadas, nem parecia que éramos de verdade meios-sangues que acabaram de enfrentar um ciclope.

Passamos um bom tempo conversando assim, e foi realmente divertido. Mas quando a hora marcou 11h22min nós saímos do McDonalds em direção á van. Annabeth ia entrar dentro do carro no banco de trás mas Rachel a segurou.

–Não, dessa vez eu vou atrás – ela disse sorrindo pra mim, eu sabia que ela fez aquilo por mim, de repente não sei por que, eu senti que ela era minha amiga.

Então ela entrou no banco de trás e começou a conversar com Brandon. Eu fechei a porta.

–Ei, eu ainda vou entrar – Annabeth disse. Eu fechei a porta pra poder abrir pra ela. Então eu abri a porta pra Annabeth, ela sorriu e entrou. Eu fechei a porta, de novo, e fui em direção ao banco do motorista. A volta foi rápida, eu vim conversando com Annabeth sobre, quase tudo.

Chegamos no acampamento era pouco mais que meia-noite. Argos estava à nossa espera perto de Peleu. Nós descemos do carro e eu entreguei as chaves a ele. Quando ele passou por nós, vi Rachel estremecer. Ela não gostava mesmo do Argos.

–Crianças! – Quíron veio ao nosso encontro.

–Crianças? Quíron, eu tenho 21 anos, se lembra? - Rachel disse e Quíron sorriu.

–O meio-sangue?- ele perguntou cruzando os braços.

–São e salvo – ela disse e deu um empurrão em Brandon, ele deu alguns passos para frente e ficou maravilhado com Quíron.

–Centauro – eu respondi, era minha vez de tentar ler a mente dele.

–Bem vindo ao acampamento! – Quíron disse olhando para Brandon – já deram as introduções?- Ele perguntou.

–Boa parte, sim – Annabeth respondeu. Quíron saiu andando e fez menção para que Brandon o acompanhasse. Eles foram, ficando só eu, annabeth e Rachel. O acampamento estava esquisito, sem os ruídos, o tilintar das espadas, as brigas, e sobretudo sem os gritos da Clarisse.

–Não precisa nem corar pra dizer ok? - Rachel disse olhando pra mim e pra Annabeth – eu já tô saindo, segurar vela realmente não está entre meus afazeres da noite – ela disse e foi saindo, com o arco reluzente em suas costas. Eu me virei para Annabeth e a beijei, ele pôs os braços em meu pescoço nos beijamos muito, apaixonadamente, como se eu não a beijasse a décadas, mas tivemos de nos separar por falta de ar. Ela olhou para o relógio no pulsou.

–Olhando as horas? - eu perguntei.

–Não, imagina! Tava assistindo o jornal bom dia olimpo – ela disse sarcástica. Ok, se uma pessoa olha pra um relógio é claro que está olhando as horas, minha pergunta foi estúpida. Mas perto de Annabeth eu não passava de um bobo estupidamente apaixonado.

–Temos que ir, tá tarde – ela disse, eu concordei sem falar nada, só afirmei com cabeça e voltei a beija-la – Temos mesmo qu... – ela tentou dizer, mas eu simplesmente não parei de beijar ela. Até que ouvimos um barulho, e nós dois paramos o beijo e olhamos para o local de onde vinha o ruído. Annabeth olhou pra mim e eu pra ela.

–Harpias – dissemos em uníssono e começamos a correr em direção a área dos chalés, estávamos rindo e as harpias provavelmente correndo atrás de nós.

–Não é hora pra isso Percy! – ela disse enquanto corria quando eu tentei dar um selinho nela, eu fiquei triste, mas ela me beijou e entrou correndo no chalé 6 e eu no 3.

Quando eu entrei no chalé eu não dormi, capotei.

Acordei me espreguiçando. Era cedo, mais hoje tem caça a bandeira então , me levantei, pus a camisa do acampamento, uma bermuda preta, tênis de corrida, contracorrente no bolso e saí do chalé 3. Fui em direção ao chalé 6, bati na porta mas ninguém atendeu, eu abri e vi que o chalé estava vazio. Saí andando pelo acampamento então escuto uma barulheira vinda do pavilhão, eu fui até lá.

O pavilhão estava lotado, todos estavam ali, usando armaduras ou provando armaduras, brandindo espadas, mas minha atenção se voltou para uma das mesas. Não sei de que chalé era, só sei que Annabeth estava morrendo de rir, juntamente com Brandon.

Lembre-se da terapia da Rachel, Lembre-se da terapia da Rachel, Lembre-se da terapia da Rachel, Lembre-se da terapia da Rachel.

–Percy! – Annabeth disse pulando no meu pescoço e arrancando um beijo daqueles meu. Fiquei feliz porque foi bem na frente do Brandon. Lembre-se da terapia da Rachel.

–Sabidinha, porque tanta animação? - eu perguntei, ela respirou fundo.

–Caça a bandeira! É hoje, se esqueceu cabeça de alga? - ela disse exibindo um sorriso lindo.

–É impossível esquecer com você me lembrando a cada minuto – eu disse, annabeth deu um tapa de leve na minha cabeça e me arrastou até a mesa – Agente pode sentar aqui? - eu perguntei.

–São só mesas – annabeth disse dando de ombros.

–Ei, essa frase é minha – Escutei uma voz, quando me virei, me deparei com Rachel se sentando ao lado de Annabeth, ela estava com um headphone preto na cabeça, e usava uma blusa que eu reconheci na hora: Nirvana.

–Pensei que vocês não tomassem café da manhã – ela disse.

–Normalmente não – Annabeth disse.

–Blusa? - eu perguntei.

–Acordei tarde, me deu preguiça de trocar – ela falou olhando para baixo.

–onde que você comprou? - Brandon perguntou, parece que ele quer se enturmar. É, isso não vai acontecer.

–Eu que faço, ser filha do deus da arte tem suas vantagens – ela disse sorrindo e se sentando em cima da mesa.

–Ei, se eu te der a blusa, você faz o desenho pra mim? - eu perguntei curioso.

–Claro, se você der o dinheiro também – ela disse, eu e Annabeth rimos, mas ela parecia estar falando sério.

–Quanto? - eu perguntei cruzando os braços.

–Depende do desenho – ela disse.

–Ramones, o tradicional – eu disse, ela sorriu

–hm, não sabia que você tinha bom gosto, 3 dracmas ou 5 dólares – ela disse sorrindo – aceito os dois.

–e pra mim? - Annabeth disse – eu ia querer uma...

–coruja – Rachel cortou ela, Annabeth concordou com a cabeça – Para os meus amigos eu faço de graça – ela disse, e eu a encarei incrédulo. Mas antes que eu dissesse qualquer coisa, uma trombeta de caramujo soou e todos se postaram juntos à suas respectivas mesas. Chegou a hora da captura a bandeira.

–Rach, sua armadura! – Annabeth gritou, Rachel olhou pra baixo, murmurou um “Vish” e saiu correndo em direção a área dos chalés.

Annabeth saiu andando seguida por dois filhos de Atena que um estandarte com uma bandeira de seda prata na ponta. Do outro lado apareceu Clarisse, seguida por dois filhos de Ares que levavam um estandarte com uma bandeira vermelha com uma cabeça de javali. Devo dizer que me lembrava um pouco Clarisse.

–Equipe azul, para a frente – escutei a voz da sabidinha de longe, ouve um barulho, as pessoas batendo os escudos nas espadas, esse barulho parece muito com arranhar um metal com um garfo, dói nos dentes. Seguimos na direção norte, todos se posicionaram.

Eu ia defender a bandeira então segui para a minha posição, juntamente com os filhos de Apolo. Logo quando chego, avisto Nico, ele ia defender a bandeira comigo, os filhos de Atena, Apolo e alguns de Afrodite.

A trombeta soou. O jogo começou.

Logo, alguns campistas com capacetes de penachos vermelhos de aproximaram. Eu e nico começamos a lutar, eles eram difíceis, filhos de Ares, mas eu ganhei e dei uma ajudinha a nico. Sinto alguns tapinhas na minhas costas, e viro e disparo contracorrente que é bloqueada.

–Calma esquentadinho – Rachel disse com uma cara de assombro – sou eu.

Veio correndo um time, umas 14 pessoas em direção a gente, Clarisse liderando.

–Ela é minha- Rachel disse olhando pra mim e deu um sorriso de canto. Sua espada voltou a ser um arco, e de longe ela derrubou 3. Voltou a ser espada, começamos a defender a bandeira. Um dos campistas veio até mim, as espadas se juntaram, eu ri de leve, como era bom aquilo. Ergui contracorrente e abaixei rapidamente, desarmando-o. Olhei para o lado, Nico estava no chão, um garoto ia finalizar o golpe até uma raiz de árvore segura seus braços, depois suas pernas, o garoto ficou paralisado no chão. Nico sorriu. Bia,pensei.

Deixo outro filho de Ares no chão, quando olho para o lado vejo de relance uma boa briga entre Rachel e Clarisse, Rachel não sorria mais, estava séria. Então eu vejo, o filho de Ares que Rachel deixou colado na arquibancada ontem, vindo por trás. Tentei chegar até ele, mas ele cai no chão do nada. Até que me vem a visão de uma garota loira se materializando com uma bandeira vermelha em uma das mãos, e uma adaga em outra. Clarisse também vê.

–DROGA!- ela grita, grita não, ruge e sai andando.

Rachel e Annabeth se abraçam, nosso time se enche de vivas. Todos os penachos azuis pulando de alegria. Annabeth vem até mim e me abraça.

–Você sabia – Rachel diz à annabeth ofegante – você sabia que Clarisse ia vir até aqui, atrás de mim – ela diz, annabeth afirmou com a cabeça triste.

–me desculpa rach, é que...

–MANDOU BEM! – Rachel diz sorrindo, annabeth me olha surpresa, eu estava tão surpreso quanto ela.

A trombeta de caramujo soou, e de longe ouço a voz de Quíron.

–Vitória de Atena!

Annabeth sai pulando junto á Rachel. Eu me viro para Nico.

–Tudo ok¿ - pergunto, um quê de preocupação na minha voz.

–Graças a Bia – ele diz ofegante, e nós dois saímos da floresta. A manhã estava quente, todos estavam cansados. Vi de relance Clarisse cuspindo fogo perto do chalé 5. Eu achei hilário. Também vi os irmãos Stolls com maquiagem no rosto gritando algo parecido com "Não sai".

Bia chega correndo e beija nico, achei melhor deixar os dois aí, e fui procurar Annabeth.

Saí andando, procurando por Annabeth, até que chego na orla da floresta e me deparo com uma cena nada agradável.

Annabeth deitada em cima do Brandon na grama. Me sangue ferveu, subiu para a cabeça, esqueci meu nome, esqueci , tudo que eu pensava em fazer era arrancar a cabeça daquela criatura psicopata, não, o nome dele não é mais brandon.

Ela se levanta, eles se encaram e quase se beijam. Seus rostos próximos até demais um do outro.

Então avancei.

POV ANNABETH

Saí correndo com Rachel pela floresta, sendo parabenizada por todos. Quando saímos de lá, Rachel se despediu e disse que ia parabenizar o chalé 7. Eu assenti. Eu tinha de voltar para a floresta, Percy ainda estava lá, quando eu me viro esbarro com o Brandon, nós caímos no chão.

–Annie, calma, vim dar os parabéns – ele disse em meio a risos, eu estava em cima dele, era uma situação estranha. Eu me levanto, e ele me ajuda.

–Am... é, brigada, mesmo – ele dá um passo a frente, nossos rostos perto um do outro, ele ia me beijar, mas eu desvio.

–Bran, eu estou com o Percy, eu – mas antes de terminar de falar o Bran está caído no chão, um Percy vermelho de raiva atrás dele. Eu arregalei os olhos.

–Perrcy, o que... – mas ele me ignora e levanta o Brandon pela gola da camisa, empurra ele de novo, mas dessa vez o Brandon não cai, ele puxa a espada, meu coração para, eu tento ir lá para o meio mas alguém me agarra.

–Annabeth, não – era voz de Rachel.

–M-mas eles vão se ma-a-atar – eu digo, entre soluços e observo a cena.

Percy avança, as duas espadas se chocam, brandon tenta desviar sem muito sucesso. Um corte aparece em seu braço, ele tenta revidar no Percy, mas ele vai para o lado rapidamente dando um soco nas costas de Brandon, ele retribui e avança com a espada para a garganta de Percy, por pouco Percy desvia com o cabo de contracorrente. Brandon se abaixa um pouco, tentando reparar o nariz sangrando, Percy aproveita e da uma boa joelhada em seu rosto. Antes que o Brandon pudesse fazer qualquer coisa, Percy o desarma e o joga com força contra uma das árvores.

Brandon urrou de dor de caiu deslizando pela árvore, eu mordi Rachel e saí correndo. Mas fico parada entre os dois. Percy me olha, Brandon também eu fico indecisa para qual lado ir.

Os dois me chamam só com o olhar.

Eu corro até ele.