Quando cheguei na escada eu fiquei sem reação nunca tinha visto antes, era Carlos Daniel sentado no chão em frente a escada com uma garrafa de bebida em uma das mãos eu não sabia o que ele estava bebendo não tinha como enxergar da onde eu estava, fiquei por um tempo parada olhando para ele estava tentando ao menos absorver aquela imagem no meu cérebro, então fui me aproximando do corrimão da escada e me segurei ali e fui descendo degrau por degrau mas quando eu estava chegando perto dele o degrau que eu tinha pisado deu um rangido baixo o bastante para que desse para Carlos Daniel escutar, no que ele ouviu ele se virou lentamente na minha direção olhando para ver o que tinha causado o rangido por que a casa praticamente estava vazia os empregados todos tinham ido junto para a fazenda só tinha ficado eu e Carlos Daniel sozinhos ali, quando olhei para Carlos Daniel pude ver que seus olhos estavam vermelhos ai comecei a pensar comigo mesma "eu não posso acreditar o Carlos Daniel estava chorando??mas por que será que aconteceu alguma coisa que ele não queira contar?? será que devo perguntar?? eu nunca o vi chorar por nenhum motivo" essa era a primeira vez que via Carlos Daniel de tal forma ele estava com a mesma roupa de quando tinha subido pro quarto, ai pensei de novo comigo "mas espera ai, o Carlos Daniel não subiu pro quarto para dormir?? então por que ele ainda está com a mesma roupa de quando estávamos na biblioteca? meu deus será que ele está bebendo desde aquela hora? ai minha virgenzinha me ajude por favor, não deixe Carlos Daniel ficar agressivo como daquela vez que ele tinha bebido quando a leda estava por favor eu lhe peço" fui descendo as escadas Carlos Daniel continuava com seu olhar fixo em mim não tirava os olhos nem por um segundo se quer , peguei e cheguei perto dele me abaixei e sentei ao lado dele que em um vulto me abraçou, um abraço desesperado, cheio de angustia, medo, tristeza, foi um abraço que não tinha definição pra descrever, isso foi estranho eu é claro que o abracei não iria desampara-lo, deixa-lo só como se não tivesse ninguém no mundo e ele tinha sim todos os bracho e principalmente a minha pessoa, ele me abraçava como se o mundo fosse acabar, como se aquele fosse nosso ultimo abraço isto estava me deixando confusa muito confusa, mas não o soltei continuei abraçada nele confortando ele, quando ele estava mais calmo, começou a sair de meus braços e me olhou com uma cara triste e abaixou a cabeça e ficou olhando para a garrafa de bebida , agora sim eu podia ver o que ele estava bebendo era “Conhaque” isso me fez lembrar da vovó piedade quando eu cheguei aqui na mansão, ele olhava para a garrafa não se movia, eu peguei e toquei a minha mão na dele e ele levantou seu olhar para mim e olhou fundo em meus olhos foi tão fundo que eu acho que ele conseguiu ver a minha alma somente com o olhar e uma pequena lagrima cai de meus olhos ele viu e secou com o polegar.

Continuamos nos olhando por algum tempo até que eu decidi perguntar a ele o por que de tudo aquilo:

Paulina: Carlos Daniel o que foi que aconteceu? Por que você esta nesse estado, não trocou de roupa e ainda pra terminar está bebendo? Pode me dizer??(perguntei olhando nos olhos dele)

Carlos Daniel me olhou, olhou, até que por fim ele decidiu falar:

Carlos Daniel: paola eu to assim por sua causa..(disse com a voz arrastada)

Eu olhei incrédula para ele, como ele podia dizer que estava naquela estado por minha culpa?...olhando pra ele falei:

Paulina: Carlos Daniel como você dizer que eu sou a causa disso?(falei tirando minha mão da dele)

Carlos Daniel: por que....por que é verdade!!! Você não deixa mais eu me aproximar de você, tranca a porta do quarto, vira o rosto para mim...acha isso pouco?(disse fechando os olhos)

olhei para ele eu não conseguia ver ele daquela forma, ele já tinha parado de beber quando ele bebe fica mais agressivo ele solta todas as suas magoas pressas no peito e isso dependendo me chateia um pouco...

ver Carlos Daniel daquela forma me fez sentir um aperto no coração que eu decidi não tocar mais no assunto do por que ele estar desse jeito achei que seria melhor eu perguntar no dia seguinte depois dele estar sóbrio, então me levantei e peguei novamente na mão dele e o puxei ele relutou durante um momento mas depois viu que eu só queria ajuda-lo então se apoiou no corrimão da escada e se ergueu ele estava tonto por causa da quantidade de conhaque que ele tinha bebido coloquei um braço dele entorno do meu ombro para ele se apoiar e fomos subindo as escadas estava um pouco complicado mas conseguimos quando chegamos no fim dela parei um pouco estava sem folego Carlos Daniel era muito pesado, levei ele até o quarto dele quando ele foi querer deitar na cama eu parei ele:

Paulina: não senhor Carlos Daniel bracho, o senhor vai ir já tomar um banho frio para ver se passa um pouco dessa ressaca, que eu vou ir lá na cozinha arrumar alguma coisa pra você comer...(falei no tom mais autoritário possível)

Ele tentou protestar , mas quando eu olhei para ele com a cara bem séria ele se virou e foi cambaleando até o banheiro e fechou a porta, assim que ele entrou eu sai e fui para a cozinha arrumei um café bem amargo pra ajudar na ressaca dele, coloquei na bandeja um suco de laranja natural, e fiz uma torrada para ele nada muito pesado por que com certeza assim que ele comesse iria dormir então optei por algo mais leve, não demorei muito o máximo para ele tomar um banho cheguei no quarto ele ainda não tinha saído, então arrumei a cama dele que estava com os lençóis todo amarrotados ajeitei os travesseiros, e coloquei a bandeja com o lanche pra ele sobre a cama, peguei e fui no criado mudo onde eu sabia que tinha remédios então procurei algum analgésico pra ele tomar antes de comer, passou mais alguns minutos e eu ouvi o barulho do chuveiro cessar então sentei no sofá que tinha no quarto para esperar por ele...”