Não consegui me segurar, soltei um sorrisinho bobo e me assustei, mesmo, de verdade com a pergunta dele:

“-O que foi? Eu sei que sou idiota, mas agora juro que não fiz nada.” _ Ele não era um idiota pelo o contrário, confesso que a inteligência dele me surpreendia.

“-È, que é engraçado olhar pro seus olhos”

“-Sério?”

“-Não, na verdade estava pensando em um jeito de te estuprar.” _ Fiz uma cara de alien pervertido do planeta feromônios. Ele riu de um jeito que me fez querer ainda mais beijá-lo, mas eu não podia fazer isso, você já pensou como iria ser encontrar ele na mesma casa todos os dias sem poder apertar aquelas bochechas ou morder aqueles lábios? (N/A: Não sou pervertida, okay, pessoas?), na verdade estou com medo de gostar daquele cara de um jeito que não conseguisse esquece-lo ou que fizesse ficar acordado á noite, em uma cadeira no quarto do hospital porque aquela “garota” o prendera. E não sabia se ficaria com raiva ou agradeceria por aquela resposta, á qual me fez ficar corada.

“-Não seria um crime se a “vítima” também quisesse”. Antes que pudesse abrir a boca vi a mão dele no meu rosto e meus lábios tão perto dos dele que não podia sequer respirar, sentia um tipo de vento estranho na barriga e quando não pude perceber já estávamos nos beijando. Não queria soltá-lo me senti tão bem com aquela boca na minha que era muito difícil admitir que ela não fosse minha... Ainda.

Ele me soltou por um instante e eu pude olhar novamente pro seu rosto enquanto ele falava

– Cuidado, Hazel Grace, vou chamar as autoridades.

–Augustus, você é tão convincente que estou com medo acho melhor correr pra casa pegar meus todinhos e fugir do país.

–Não, acho que quero que você cometa mais um desses “crimes” comigo, um garoto tão indefeso, de novo.

– Nossa então cheg... _ A droga do celular tocou, eu juro que se for mais uma daquelas operadoras me ligando vou mandar ela pra um lugar bem longe.

–Alô?_ atendi com desprezo até perceber que era minha vó ao telefone, Augustus começou falar com umas garotas e um garoto que passavam não entendi muita coisa do que eles falavam então continuei conversando com minha avó.

–Ah, claro ele tá aqui comigo, mas nós já estamos voltando. Okay, vovó. Tchau. Também te amo.

Gus estava voltando e eu falei que deveríamos ir já que a vovó ligou. Ele pediu uma foto comigo e como poderia recusar uma foto ao garoto ao qual cometi um “crime?”

Aquela foto ficou bem legal apesar de eu ser o que se chama de bonita. Pegamos um taxi porque eu não poderia me cansar mais. Eu não reclamava da doença, costumo agradecer todos os dias pela minha vida porque cada um tem o seu próprio destino (não acredito muito nesse lance de destino) e é impossível contestar as escolhas que sua vida fez mesmo antes de você souber falar seu próprio nome.

Um silêncio terrível tomou conta do ambiente dentro do carro até que Augustus chegou o celular pra mais perto do seu rosto e veio se aproximando de mim, do nada vi que ele já tinha tirado mais uma foto, e será possível que todo raio de foto com aquela perfeição fica bonita? Estou começando achar que tem algo errado com essa câmera do celular. Senti o meu celular vibrar então fui ver o que era dessa vez... E ótimo uma mensagem aposto que era alguma daquelas mensagens:

“Sua operadora informa você acaba de ganhar uma moto um carro uma nave espacial e dois doentes. PARABÉNS SORUDO!!”

Mas não, acredite sua vida pode mudar!

“Meu numero, e você fica linda desse lado do banco”_ Era isso o que dizia a mensagem e é claro que era do Augustus então olhei pro rosto dele que estava virado diretamente pra tela do celular e tentei responder algo descente. Mas tudo que saiu foi isso (um pedacinho de coco)

“Obrigada... Isso não quer dizer que eu acredite em você. Okay?”_ Instantes depois outra mensagem... E eu sei que é estranho trocarmos mensagens estando á menos de 50 centímetros um do outro.

“AH HAZEL GRACE, VOCÊ ESTÁ FLETANDO COMIGO?”_ Antes que pudesse responder o motorista disse que já havíamos chegado então Augustus o pagou e saímos, eu estava imaginando como seria agora. Eu iria pro banho, ele pra cozinha depois passaria por ele como um completo desconhecido ou me assentaria do seu lado e começaria uma conversa? Oh duvida cruel.

Andamos até a porta da casa ainda em silêncio e ele continuava escrevendo mas ainda não havia chegado nada então ele foi em direção á cozinha e eu para o quarto ferifiquei o celular umas 5..6 tal vez mais vezes pra ver se havia chegado alguma coisa, mas não então fui pro banho quando voltei “Três novas mensagens” abri ainda enrolada na toalha e vi duas mensagens que diziam:

“Você canta super bem da próxima vez vou assentar na porta do banheiro pra te ouvir... Não espera.”

“Bom... A sala do computador fica logo ali do outro lado da escada então?”

Sala do computador é um quarto onde ficam alguns livros e um computador, óbvio. Respondi as duas, e a terceira era uma mensagem de operadora mesmo.

“Olha, não julgue meus dons artísticos Augustus eu posso cantar muito bem no meu banheiro, não, mentira, não posso não”

“Então, uma palavra muito suspeita a qual não sei o significado”

Me arrumei depois de ter respondido e desci com esperanças da porta do quarto dele estar aberta ou que ele estivesse na sala. Mas infelizmente todas as minhas esperanças morreram depois de ouvi-lo saindo com o carro a garagem. Ele era realmente muito bonito, e por que estrou falando de Augustus Waters? Ele poderia mesmo me esquecer depois daquilo ou poderia enviar uma mensagem dizendo que gosta de mim e aquele beijo era o único que ele jamais esqueceria. Tudo bem, o mais provável é que ele me esqueça, mas sonhar faz tão bem né? Eu estou me assustando comigo porque não essas garotas que sonham com esse tipo de coisa eu nem falo isso naturalmente, sei lá, acho que não gostaria de viver um romance agua com açúcar não por causa da minha doença, mas sim porque acho isso um tedio se é pra viver um romance que ele seja bom ou louco porque eu não tenho muito tempo e ficar fazendo doce não dá certo pra alguém na minha atual situação... E olha só que bom outra ligação, outra fala interrompida pelo toque do celular.

–Alõ?

–Oi, mãe. Tá, tudo bem. Amham tirei, inclusive com um “amigo”, pois é... Não mãe, não tenho as fotos elas estão com ele.

Tchau, beijos te am... Ah é o nome dele? È, MÃE? TÁ ME OUVI...

Pi pi pi _ Foi esse o barulho que ouvi durante uns 2 minutos perguntando se a minha mãe me ouvia então levei em conta que a ligação poderia ter caído