A Bela Adormecida ou quase Isso... escrita por Shadow_Yume
-QUEEEEEE? Raito como você é cruel, não pode fazer isso comigo! Se...se tentar me matar eu vou jogar uma maldição em todos vocês!
Raito se aproxima de Misa e abraça com o braço esquerdo. O direito fica por trás da garota de forma de o publico só enxergasse a espada. Seu rosto fica do lado do de Misa de forma que o público não o visse.
-Misa. – Ele diz ao ouvido da garota de forma que só ela ouvisse. – Essa é a hora em que seu personagem deve morrer. Faça-o direito, por favor. Por mim.
-Misa faz direitinho – Disse sorrindo. – Se o Raito fizer algo pra Misa, Raito faz?
-Eu prometo.
-Ehhh... o príncipe já ta de agarração com a bruxa sexy. – Diz Matt pelo microfone.
Misa abraça Raito e faz um ‘v’ com os dedos e sorri para Takada.
-Misa... faça sua parte... – Diz Raito entre os dentes.
-Mas o que...? Como você ousa! – Gritou se afastando de Raito com os olhos marejados.
Raito ergue uma sobrancelha. Ele olha rapidamente para L atrás de uma explicação. Este da de ombros.
-Você... você... não tem coração... – Disse se ajoelhando no chão e começando a chorar.
-É Kira mesmo, o matador de donzelas. – Diz Matt.
-Tá a bruxa foi vencida. – Diz Raito se virando para Takada e Near.
Misa se levantou pronta para protestar, mas apenas saiu batendo pé do palco.
-E agora nossa filha ficará bem? – Perguntou Near olhando para a platéia.
-Precisamos do nosso padrinho mágico! – Disse Takada olhando para os lados.
L entra no palco.
-Oh não, é terrível, é trágico! – Diz L, exagerando na representação.
-Oh... – Diz Near com todo seu entusiasmo.
-O que podemos fazer?! – Pergunta Takada mostrando-se superior na interpretação.
-Que tal vocês ouvirem primeiro o problema antes de reagirem? – Pergunta Raito. – O que aconteceu, padrinho mágico?
- É a princesa, ela foi raptada e levada para o Castelo Maldito.
-Como isso é possível? A Bruxa já não foi derrotada? – Pergunta Takada, Near a puxa pela manga da roupa. –Sim?
-Você está dizendo as minhas falas...
-Ah foi mal...
-Isso foi antes dela ser derrotada. – Explica L.
-Nesse caso tudo que preciso fazer é ir até esse Castelo Maldito e resgatar a princesa.
-Ele quer a grana dela. – Diz Matt. – Cuidado Mello.
-/-
-Hunf, porque eu tive que morrer? Eu fui a que fiz mais sucesso...
-Misa isso é uma peça, e se você ao menos tivesse se dado ao trabalho de ler o roteiro, teria ajudado muito...
-Hall se eu tivesse lido o roteiro não teríamos tido tanto sucesso, o público só iria assistir esperando que a gente errasse tudo, mas quando viram que já estava tudo errado ele ficaram mais atentos, por isso eu não fiz nada de errado.
-Diz isso pra professora...
-/-
No palco as cortinas se fecham e o elenco volta para os bastidores, aguardando o último ato.
- Sabe, Raito-kun, você também furou o roteiro. – Diz L.
- Estou ciente disso, mas era necessário.
- Não vai se transformar em Kira no final.
- Você também com essa piadinha?
-E agora? – Pergunta Hall para os presentes. – Mello, você tem que aparecer!
-Eu quero mais é que essa peça se foda, eu já apareci até demais, deixe que a Misa faça o papel da princesa! – Resmungou comendo uma parte do chocolate, os olhos azuis da japonesa(?) brilharam.
-Sim, eu farei o papel da princesa!
-Nesse caso – Disse Takada pigarreando atrás dos dois – Como eu li o roteiro, eu deva ficar com esse papel tão importante para o fim da peça. – com o roteiro na mão.
-NÃÃÃÃO, RAAAAAAAAITO!
-AAAh pra putaquepariu as duas! – Disse Mello tomando o roteiro na mão de Takada que da um tapa no chocolate que voa para o chão – FILHADAPUTA!
-Isso não é hora pra isso Mello – Disse Near o segurando, antes que ao amigo voassem em cima de Takada e arrancasse os olhos dela para um possível colar.
-Chance de terminar bem... -76. - Calcula L. – O que você acha, Raito-kun?
-Por mim tanto faz, a professora vai querer o nosso fígado de qualquer jeito mesmo...
-NÃO! Se o Raito permitir isso, eu vou fazer a narração no lugar do Matt!
-Diz logo que vai agarrá-lo na frente de todo mundo... – Diz Mello aproveitando para recuperar seu chocolate
-Misa, sua parte na peça já acabou. – Explica Raito, o obvio.
-Não importa! Não vou deixar essa aí fazer a princesa!
-Eu sei que a gente pode resolver isso pacificamente. – Diz L. – Mello, você quer o papel?
-Eu nem quero fazer essa peça ridícula! – Disse mordendo o chocolate.
-Amane, o papel é seu.
-YEAH! – E faz sinal de vitória com os dedos.
-Porque exatamente? – Questionou Takada entre os dentes
-Porque a bruxa não aparece mais.
-Andem LOGO! – Gritou Hall depois de observar o publico. – Antes que o Matt comece com uma narração idiota e estrague tudo!
Raito volta ao palco. No fundo havia uma imagem de um castelo ao longe.
- E então o Príncipe Kira retorna ao seu castelo maldito para continuar suas maquinaç...
Raito envia um olhar do tipo “continue com essa piada e eu vou ai em cima e te estrangulo com o fio do microfone.”
-O Príncipe... Raito chega ao castelo da bruxa sexy.
-Até que enfim, poderei resgatar a princesa. – Recita Raito.
-O que Kira não sa... é Kira sim, algum problema?!
-O problema é você! – Berra Raito pra cabine.
Hall bate com o livro na cabeça.
-Se nem o Raito consegue manter o controle, nós não vamos terminar a peça... – Diz para ninguém em especial, Near apenas observa.
-Ei aonde vai? – Pergunta o baixando para o loiro que se afastava com o chocolate.
-O que você acha? Vou falar com o Matt – E Mello vai embora.
-Porque será que eu tenho 99 de certeza de que a coisa vai ficar ainda pior...?
-Baixa logo a porra das rosas! – Berra Matt.
-Já não era sem tempo... – Murmura Raito. – Nem mesmo essa barreira poderá me impedir! – Recita Raito sacando sua espada. Ele agita a espada na frente do cenário que é erguido novamente, e sai de cena.
-Não acredito que a gente chegou na cena final... – Diz L dos bastidores.
-Alguém tira aquele mauricinho de lá – Murmura Mello vendo a peça dar certo.
-Vamos terminar logo com isso pra eu poder me enfiar em algum buraco e só sair quando fizer 50 anos. – Diz Raito assim que chega aos bastidores. – A Misa já está pronta?
-Ô Misa, já terminou aí? – Pergunta Hall batendo na porta, Misa sai do pequeno camarim como uma roupa normal.
-Não, eu não sei o que usar! – Diz batendo o pé.
-Raito volte pro palco e peça a colaboração do Matt e do L pra enrolar, enquanto eu vou fazer essa menina engolir o vestido – Diz empurrando a loira de volta.
-Eu não vou enrolar nada, e o Matt não colabora. – Reclama Raito.
-Eu tive uma idéia. – Diz L. – Hall, tem alguma roupa de guarda sobrando?
-Tem um monte – E abre a porta e joga uns cinco modelos – Cuidado com o que vai escolher, porque tem um pior que o outro...
-Não é pra mim. – Diz olhando pra Mello.
-Ta tentando ferrar a peça de vez?
-Assim... façam algo logo antes que o público reclame – Diz Takada.
-O que está planejando, L? – Pergunta Raito.
-Simples. Raito-kun e eu iremos embromar um pouco, até Mello estar pronto. Hall, diga pra ele para lutar com Raito-kun assim que chegar ao palco. É pra ele perder, lembre-se. Near, avise pro Matt que ele o príncipe ira enfrentar o guardião do Castelo Maldito.
-Aleluia uma boa coisa – Diz Hall se afastando, Near vai até a cabine.
-Mello, estão precisando de você.
-Nem a pau, eu já fiz o meu papel.
-É outro papel.
-Por nada nesse mundo.
-Você vai lutar com o Raito.
-Uma cena de luta é?
-Pois é.
-E o que mais?
-Você tem que pegar o seu uniforme lá em baixo e ir lutar.
-Espadas?
-É essas coisas...
-Sei... Aê Matt, eu vou ajudar aqueles idiotas – Diz se afastando – Mas vê se você também me ajuda, entende?
-Pode deixar.
-Vamos indo, Raito-kun.
-...
Os dois entram novamente no palco.
-O que está fazendo aqui, Padrinho Mágico?
-Eu vim te avisar sobre o poderoso inimigo que habita esse castelo.
-Que inimigo? A Bruxa já foi derrotada.
-A Bruxa criou um guardião para defender esse castelo caso houvesse uma emergência. Você deverá enfrentá-lo e derrota-lo.
-Entendo. E como irei fazê-lo?
-Eu que sei? Você é Kira, vai dar um jeito.
O auditório inteiro ouve uma risada vindo da cabine de som.
-Cacilda... que seja Padrinho Mágico...
-Até mais. – Diz L saindo do palco.
-Dorme sujo, filho da mãe...
-E eis que entra o terrível Guardião! Sai que é tua, Mello! – Berra Matt.
-Ô poha, calmae aê – Vai até os bastidores – Então o que eu tenho que usar?
-Algo daquela pilha de roupas – Diz Near apontando para os uniformes; Mello vai até lá e fica olhando para eles.
-Aaah acho que esse aqui ta bom – E puxa um sem nem analisar direito e vai até a parte de armas – Que merda, só tem coisa brega e mal feita... – E caída no chão vê algo interessante – Uh, vou revolucionar aquela merda – Diz pegando o objeto e indo se trocar.
-O Guardião é invisível? – Pergunta Raito.
-Não, ele ta vindo ai. É que ele tava comendo chocolate. – Responde Matt.
-Huhuhuh, prepare-se – Diz Mello pulando de trás das cortinas, a espada estava amarrada na cintura, e quase tropeça na cortina que se enrola na bota – não era pra começar assim – Diz sacudindo o pé e se livrando do pano.
-Oh, esse é o terrível Guar... que mer de roupa é essa? – Pergunta Raito
-Ele não fez isso... – Diz Hall ao ver Mello mostrando seu lado loiro ao escolher o uniforme nazista que por alguma razão bizarra estava nas coisas do teatro – Ele fez – E bate com a cabeça na madeira e desmaia.
-É bonita ne? Bem exótica, o resto era tudo tão feio – Disse admirando seu ‘bom’ gosto.
-Pu que pa - Exclama Raito.
-Serão essas suas últimas palavras? – Pergunta com um sorriso maligno e saca a espada que faz ‘zion’ e acende a cor vermelha.
-Ta de sacanagem... – Raito pigarreia. – Prepare-se para seu fim, criatura das trevas.
-Fim? Você irá implorar por sua pobre alma!
-Parem de conversa e lutem, cacete! – Berra Matt.
Os dois avançam um contra o outro, na ponta do palco Near liga um ventilador para dar mais efeito as roupas voando e porque não tinha mais o que fazer.
Raito faz fortes investidas, como quem deveria acertar Mello, o problema é que ele não se deixa ser atingido, prolongando a luta.
-Moleque teimoso... – Pensa Raito investindo com mais fúria.
Mello continuava defendendo, com um sorriso diabólico, interpretando bem demais o papel.
-Ta de sacanagem que eu vou perder pra esse aí! – Pensa contra-atacando.
Hall se agacha ao lado de Near.
-Você avisou aquela besta quadrada que é para ele perder?
-Sim, eu avisei.
-Aquele quadrúpede só está querendo aparecer, não acredito... – Fique aqui que eu vou falar com o Matt para ele controlar a luta através da narração – Disse se afastando e indo até a cabine – Matt será que da pra voc-- - E para assim que vê o ruivo sentado na cadeira, com um mini game nas mãos jogando alucinadamente. – Matt!
-Vai, vai, vai... isso! Passei!
-Sua besta quadrada! A peça ainda não acabou!
-To esperando a luta acabar. – Diz sem tirar os olhos do game.
-É pra você ajudar narrando!
-Ajudar pra que? Deixa eles se matarem la.
-A luta não pode demorar muito! E o estúpido do seu amigo não vai sair de lá, e é pra ele ser derrotado! É pra essa peça acabar com a droga do Raito beijando a princesa! Então larga essa merda de jogo e faça o seu trabalho!
Matt se vira para o microfone e o liga.
-Ae Mello, ordens superiores. Termina essa joça pra eu voltar a jogar.
-Não era desse jeito...
Mello da um salto se afastando de Raito e olha para a cabine.
-Aaah qualé Matt, eu ainda to de pé como é que de repente eu vou morrer?
Raito se emputece de vez e atira a espada no chão.
-Desisto. Você venceu, Guardião Jedi maluco. A princesa é sua. – E sai do palco a passos largos.
-Não era pra você ter feito isso, Raito-kun. – Diz L. Raito passa direto, sem diminuir o passo e sem falar com ninguém.
-Eu venci? Assim? Mas que peça de merda... – E puxa o chocolate e vai embora.
-Bele. – Diz Matt voltando a jogar.
-Aaaah eu desisto – Murmura saindo da cabine batendo a porta – A Amane vai começar a gritar...ah que inferno... – E sai com dor de cabeça.
L aparece na beira do palco e ergue um cartaz de forma que só Matt pudesse ver.
-Que foi? Ah! É pra fechar? Maravilha. –
Matt pega o roteiro que estava largado no chão. Ele da uma lida e chega a conclusão que a peça não seguiu do jeito certo.
– Vo improvisar então. A princesa ficou dormindo por mais um bilhão de anos até o castelo virar pó e desmoronar com tudo. O rei e a rainha adotaram o Padrinho Mágico que encheu eles de grana e o reino sem nome dominou o mundo com seu exercito. O Príncipe Kira voltou a planejar maldades e continua foragido até hoje. E o Guardião Jedi arrumou um emprego num programa de televisão e comprou uma Suzuki 2007. E todos viveram felizes para sempre, fim.
Matt puxa um pacote de cigarros da jaqueta e acende um.
-Adoro finais felizes. – Ele diz pra ninguém. Os extintores de incêndio se ligam com a fumaça e começam a jogar água na cabine. – Mas que porra...? – Ele apóia uma das mãos no painel e toma um choque. – Merda. – O painel começa a faiscar. – Ah... puta merda... – Matt sai correndo o mais rápido que pode e escapa da bola de fogo causada pela explosão.
(Nos bastidores...)
-Porque diabos a MisaMisa não apareceu!? – Gritou realmente furiosa.
-Ninguém seguiu o roteiro Amane...Agora vá pra sua sessão de fotos que estão te esperando.
Misa pensou por alguns instantes e aproveitando que estava de volta do Gothic Lolita saiu para aproveitar o seu sucesso. Hall despencou na cadeira.
-Que se vai fazer aqui? ‘Sinbora’ – Disse Mello jogando o papel do chocolate no chão.
-Mello como você pode ser tão despreocupado?
-Assim...eu sou normal, agora vamos logo o Matt já deve estar no estacionamento...
-Vocês vão de carro?
-E desde quando a gente tem carro? É moto porra, você sabe disso, anda logo.
-E eu vou na garupa?
-Caralho odeio mulher fresca... Eu realmente não vou responder a sua pergunta – E saiu saindo com a loira na cola.
-Eu não sabia que tínhamos especialistas em efeitos especiais. – Diz L comendo uma rosquinha.
Raito passa voando baixo com uma máscara sobre o rosto.
-Você vai sair assim? – Pergunta L.
-Nunca mais mostro a minha cara em público. – Diz Raito pondo um chapéu e óculos escuros.
Fim.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Essa fic na verdade é o primeiro capítulo de uma saga, por isso pode não ter feito muito sentido a cena inicial do colégio e esse final.
Sabendo que a atualização seria muito lenta, cortamos alguns pedaços e publicamos somente a peça.