City of Secrets escrita por Annie Winchester


Capítulo 5
Instituto


Notas iniciais do capítulo

Oiiie! haha Mais um capítulo pra vocês! Demorei mas consegui terminá-lo! E obrigada Anastacia Fray, por favoritar minha história... Não sabia que ela era tão boa a ponto de receber uma favoritação! Obrigada mesmo! hahaha não tá muito grande mas dá pro gasto Boa Leitura e até lá em baixo :3



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Minha cabeça está explodindo.

Tento me certificar de que o que aconteceu foi um sonho, mas não pode ser. Foi muito real e não se pode ficar bêbada com um copinho de bebida azul.

Mexo um pouquinho minha mão direita. Meu dedinho dói e esta enfaixado. Não sei onde estou... Lembro apenas de Jace... Ah! Devo estar no tal Instituto que Isabelle mencionou.

MERDA! FUI SEQUESTRADA!

Lentamente abro os olhos. Estou sozinha. Ótimo.

Sento-me com cuidado e examino o local em que me encontro. Um quarto não muito grande. Três paredes são brancas, sendo uma preta. A cama em que estou deitada é de casal; muito confortável. Num canto tem um guarda-roupa grande, preto. Tem sapatos e botas jogadas no chão. Alguns papéis na pequena escrivaninha estão desalinhados. Quadros super sem graças enfeitam o quarto. Sabe aqueles quadros que parece que alguém colocou tinta no nariz e espirrou no quadro? Pois bem, os do quarto são assim.

Vou até uma janela a abro a cortina. A luz do sol fere meus olhos acostumados a escuridão. Afasto-me da janela.

Há duas portas. Imagino que uma é do banheiro e outra para fora, seja lá o que tiver lá fora.

Uni-duni-tê salamê-minguê. Vai essa mesmo. Lentamente vou até a porta que escolhi e a abro. O banheiro. Aproveito para usar e lavar o rosto. Ele também é preto e branco. Grande também. Com uma banheira com hidromassagem... Que chique.

Olho-me no espelho. Meus cabelos estão soltos e rebeldes. Minha cara tá péssima. Estou com olheiras e a maquiagem está borrada. Esfrego um pouco para melhorar... Continua ruim e um pouco vermelho, mas ta melhor do que antes. Meu dedinho está engessado e enrolado numa faixa. Pelo jeito, recebi tratamento médico enquanto estava desacordada. Minhas roupas são as mesmas, porém, estão sujas e surradas. Estou só de meias.

Minha cabeça lateja. Na minha nuca, um galo enorme incomoda. Maldito Jace. Aposto que ele não ia gostar se eu desse uma coronhada nele!

Coloco meu tênis e pego minhas coisas que estão em cima de uma cômoda, só o celular e as chaves de casa. Meu celular está descarregado. Se alguém tentou falar comigo, não teve sucesso... Droga! Passei a noite fora e me dirijo a outra porta, da saída. Está trancada. Ótimo!

– HEEEY! TEM ALGUÉM AI? ABRE JÁ ESSA MERDA DE PORTA! EU QUERO SAIIIR! – grito esmurrando a porta. Começo a força-la para trás ainda gritando qualquer coisa para abrirem. Ela vai abrir querendo ou não.

Ouço um clique e, antes que possa processar o que ele significa, a porta se abre me jogando com tudo para trás. Minha bunda dói, acho que não vou sentar por uma semana.

Alec parece estar fazendo um enorme esforço para não rir. Ele está com uma camiseta cinza escuro e calça jeans escuro... Pra ele tudo é escuro? Eu hein!

– Poderia, por favor, não quebrar a porta do meu quarto? E... Quer ajuda? – ele estica a mão pra mim. Dou um tapinha afastando-a e me levanto.

–Esse é o seu quarto? – não consigo esconder a curiosidade, mas sou cautelosa.

– Sim. Meu quarto. Dormiu bem? – ele fala comigo normalmente. Um sequestrador fala assim? Ou é só ceninha?

– Estou na sua casa? O que eu to fazendo aqui? Você vai me machucar? Você dormiu onde? Cadê o safado do Jace? – faço uma pequena pausa. Depois Peter que é idiota por fazer perguntas demais. Mas elas inundavam minha cabeça, se ela estava doendo, agora estava prestes a ter uma explosão nuclear dentro dela. Então eu me lembro daquilo. Afasto aos tropeços para trás. – Cadê o Peter? Você matou o Cabeça Roxa!

– Eu... Hã... Calma. Uma pergunta de cada vez... – ele para pra pensar. – Sim, você está em minha casa. Hum... Você estava xeretando assunto de caçadores de sombras desmaiou e foi trazida para cá até se recuperar... Não vou te machucar, a não ser que me force a fazer isso. Eu dormi o quarto da minha irmã, Izzy... – ele da uma risadinha, que eu acharia fofa se não estivesse assustada. Ele fala comigo num tom neutro, apenas respondendo minhas perguntas. - o safado do Jace está em seu quarto e logo descerá para tomar café da manhã. Peter acordou faz tempo tomou café com Izzy e foi para casa... Parece que a mãe dele não está muito feliz com o fato de ele ter dormido fora sem avisar... E... Er... Só isso!

Sei que ainda falta uma resposta, mas não vou pressioná-lo já que ele não quer falar. Não porque eu esteja com pena dele... Só não estou a fim de pressioná-lo. Só.

– Tá... E eu devo confiar em você?

Ele dá de ombros de uma forma leve e descontraída.

– Confie se quiser. Você deve confiar em si mesma. Tá com fome? – tá... Isso foi estranho... Um pouco... Sei lá. Eu aceno com a cabeça afirmativamente.

– Venha. Eu te levo a cozinha. – enquanto caminhamos pela casa, percebo que ela era muito grande e velha. Mas parece deserta. – depois de comer, vou te levar até Hodge, nosso instrutor, para vermos o que faremos com você e seu amigo.

O jeito como ele fala, não é como gangster fala em filmes... Talvez ele seja diferente.

Estamos andando lado a lado... Bem lado a lado. Enquanto andamos, nossos braços esbarram de leve. Mas ele é meio alto que eu o que fica meio estranho e me sinto uma anã. Minha cabeça fica uns quatro centímetros abaixo de seu ombro. Não sou tão baixa. Ele que é alto demais. Rum.

Ele para em frente a uma porta dupla e a abre. Uma cozinha grande e bonita em minha frente. Ao contrário da maioria dos cômodos e corredores em que eu passei, ele não é escuro. É branco e bege. Jace está de costas para nós procurando alguma coisa num armário. Quando Alec fechou a porta a nossas costas ele se virou com uma caixa de cereal em uma mão e leite na outra. Usa uma camiseta de gola “v” branca e solta, calça de moletom azul marinho e está descalço... Que relaxo!

– Olhem só! Bom dia ratinha! Como está a cabeça? E seu dedinho? – ele se faz parecer preocupado. Me seguro para não voar no pescoço dele. Ele me irrita só de respirar.

Trinco o maxilar e respondo com falsa gentileza.

– Ah! Bom dia, tapado! Bom, estou bem! Posso dar um soco na sua cara sem muito esforço! – sou um sorrisinho vitorioso! Yes! Eu sei jogar o mesmo jogo que ele.

Ele sorri de volta. Um sorriso desafiador. Vai ser interessante ficar no mesmo cômodo que ele.

– Jace, pare com isso. Ela é convidada e vai ficar aqui o tempo que quiser e precisar. – Alec da um empurrãozinho nas minhas costas. Estremeço com o toque. –

– O que não ai ser muito tempo. Já que preciso voltar pra casa se não meu pai me mata – falo enquanto me dirijo a mesa e sento em uma cadeira na ponta da mesa. Jace pega mais dois potinhos e senta na outra ponta, de frente pra mim.

– A filhinha do papai tem que voltar pra casa? Bom. Assim para de atrapalhar minha vida. – ele derruba cereal em seu potinho e depois o leite de uma forma ameaçadora. Eu sei, seu sei. Não é normal uma pessoa te dar medo fazendo cereal. Mas ele conseguiu. Alec faz o seu cereal normal mesmo, sem ameaças nos gestos, e agora é minha vez.

– Não vejo como posso te atrapalhar. Alec é quem está se dando o trabalho de ficar de olho em mim. – termino de fazer o cereal e começo a comer. É bom. Melhor que o lá de casa.

– Você não dá trabalho – Ale disse pensativamente. Que brisa.

Jace ri. Uma risada cruel e sem humor. Retraio-me um pouco.

– Você está em território inimigo. Não sabe nem onde fica a saída. Vê se não banca a gostosona. – seu tom de aviso me assusta. Ele me assusta. Quero sair daqui, ir pra casa. Mas não posso demonstrar fraqueza, ou será pior.

– Não preciso bancar a gostosona! Eu já sou! E eu preciso ir ao banheiro. Vou ao do seu quarto, tá Alec? É o único que eu conheço. Já volto. – peguei uma última colherada de cereal e me levantei. Eles ficaram me encarando. Acho que não é isso que esperavam.

Caminhei continuamente até a porta para não levantar suspeitas. Estou fechando a porta, quando escuto a voz de Jace

– É... Não é gostosona. Mas dá pro gasto, irmãozinho. – enrubesço tanto, que não saberiam me diferenciar meu rosto a um tomate.

– Aff Jace! Cale a boca. – então risadas.

Jace disse que eu não sei onde fica a saída. Mas eu posso encontrá-la.

Começo a andar pelos corredores e vejo quadros e mais quadros... Não iguais aos do quarto de Alec. Os dos corredores são verdadeiras obras de arte. Mas não tenho tempo de apreciá-las. Logo os dois vão notar minha demora, e vão me procurar. Preciso ser rápida.

Surpreendo-me ao ver que não tem ninguém aqui. Se tiver, estão em outro lugar da casa, no qual eu não passei. Me deparo com um gato gorduchinho na frente do elevador. Ele me encara com aqueles olhinhos redondos. Uma gracinha. E...

Um elevador... Um elevador? Isso é um prédio? Tanto faz. Não posso perder tempo com um gatinho estúpido. Entro nele e aperto o botão Térreo.

Sigo por mais um corredor e... Claridade. Estou do lado de fora. Um portão de metal gigante de estende a minha frente... Belo portão. Bem entalhado. Abro-o com um rangido. HÁ-HÁ Jace! Ta vendo só a filhinha do papai? Toma na cara! Eu consegui sair!

– Até nunca mais idiotas. – sussurro e, sem me preocupar em fechar o portão, saio correndo, sem rumo pelas ruas.

Logo, as ruas começam a se tornar familiares, desacelero o ritmo, e sigo em direção a minha casa. Finalmente.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? Não deixem de comentar! Sem previsão para próximo capitulo e só posto com reviews! haha até que não sou tão exigente, mas preciso de estimulo! Bjuus e até mais seus lindos e lindas!