Red Ice Klaroline escrita por Jenniffer, Pedro Crows Nest


Capítulo 8
Capitulo 8 -Take over control


Notas iniciais do capítulo

Rélow galeraaa. Peço perdão pelo atraso but... acontece nas melhores famílias principalmente quando um membro delas sou eu! :)) Tarda mas não falha e aí está mais um capitulo gigante de Red Ice! Esperando que gostem!



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Capitulo 8 -Take over control

Who decide which route we take

As people drift into a dream world

I close my eyes and my hands shake

And will I see a new day

Who's driving this anyway?

I picture my own grave

Cos fear's got a hold of me

Eu deixei Alex no aeroporto e voltei pra casa. 03 de janeiro...o ano já parecia voar. A última vez que vi Caroline foi no banheiro daquela festa em Mystic Falls. Não fazia tanto tempo, mas parecia fazer uma eternidade. Alex pareceu não notar nada , ela estava tão absorvida com as novas alianças que pareceu meio irritada quando "questões pessoais" a forçaram a voltar mais cedo para Paris. Pra mim isso veio como um descanso e eu nem me importei em averiguar o porque.

Minha situação com Caroline tinha passado de complicada para indefinida, perigosa, proibida... Eu não deveria realmente me importar com isso e seria muito mais fácil se eu conseguisse parar de pensar nela.

Eu me perguntava como ela estava lidando com os amigos dela agora. Naquele dia enquanto procurava o caminho de volta a festa, Damon parecia me esperar apoiado em uma das mesas altas que estavam espalhadas por todo o local, segurava uma garrafa de Whisky pela metade.

– Você perdeu a queima de fogos, mas não me parece nem um pouco chateado com isso. Certamente teve coisa melhor pra apreciar. Feliz ano novo, Klaus!

–Queima de fogos? Eu achei que você estivesse tão ocupado com a Elena que não tivesse ouvido sequer um deles. Feliz ano novo, Damon.

–Desculpe, Klaus...eu tentei convencer a Elena de que Caroline estaria segura com você naquele banheiro desativado, mas sabe como é...a sua fama fala por você e ela achou que estava indo "salvar a amiga".

–Eu realmente gostaria de ficar e conversar com você sobre "como ser o cara mau perdoado pela garota", mas acho que você percebeu que estou acompanhado, a Alex me espera. Com licença...

Ele alterou um pouco a voz:

–Você tem sorte que o que liga você a Alex é um jogo de interesses. Então ela não tem que ficar tão furiosa quanto a Caroline fica quando você vacila. Vou te dar um conselho: só é legal ter mais de uma garota quando você não ama nenhuma delas.

–Você bebeu demais. Está inclusive tentando me fazer crer que você se regenerou completamente.

–Estou tentando fazer você perceber que mais cedo ou mais tarde vocês dois terão que encarar isso de frente e não vai ser fácil. Haverão ganhos...e perdas.

–Cuide da sua vida, Damon.

Eu fui até o salão principal e nem a música alta tiraram aquela frase dele da minha cabeça. Eu varri o salão com os olhos procurando Caroline e não a encontrei, havia só um leve vestígio do cheiro dela que desapareceu do ar minutos depois. Eu me segurei pra não ligar pra ela, na verdade eu deixei meu telefone em casa, mas sempre que chegava checava as mensagens na esperança de que houvesse algo dela.

Eram 03:40 da manhã e eu não estava dormindo porque simplesmente não conseguia....já tinha tentado concentrar minhas energias pintando, mas no momento o meu atelier que sempre estava em ordem parecia um depósito de folhas amassadas e lançadas a parede. Nada que eu pintasse conseguia me dar a paz que eu precisava....nada mesmo me daria a paz que eu precisava. E eu nunca nem mesmo quis ter paz. Mas agora eu queria algo chamado Caroline, ela não podia ser chamada exatamente de paz, mas a minha inquietação clamava por ela naquele momento.

–Acordei você? A voz dela do outro lado da linha era um sussurro.

–Eu não consegui dormir. Respondi um pouco aliviado,um pouco tenso.

–Eu estou na adega dos Lockwood.

–O que você faz aí Caroline? Não me diga que o Tyler...

–Você está maluco? Não tem nada a ver com o Tyler...eu estou aqui porque é o único lugar onde ninguém me procuraria. Eu estou me sentindo stalkeada.

Eu gelei ao ouvir essas palavras e me enchi de raiva automaticamente. Era o que eu temia, que por minha causa alguém quisesse machuca-la, mas eu daria um jeito nisso...

–Quem está fazendo isso com você? Eu quero nomes, características, tudo. Eu vou matar cada um da maneira mais dolorosa que eu consegui. Eu prometo.

–Klaus, você não entendeu. Eu estou falando das minhas amigas. A Bonnie e a Elena estão me enchendo de perguntas, seguindo meus passos e acho que até mexendo nas minhas coisas. Elas estão super mega hiper desconfiadas sobre nós. E você não pode mata-las, são minhas melhores amigas.

Eu respirei aliviado. Eu precisava lembrar que Caroline era dramática.

–Conte a elas. Eu disse o mais claro e pausadamente que pude. Eu sabia o efeito dessas palavras.

Ela respirou fundo.

–Eu não posso. Elas jamais entenderiam. Nem nós mesmo entendemos isso.

–Damon tentou me sondar quando eu estava voltando pra festa de réveillon.

–O que você disse a ele? Ela parecia gritar do outro lado da linha.

–Eu não dei atenção. Não era da conta dele. Mesmo que o que ele me disse faça muito sentido.

–O que ele disse a você?

–Pergunte a ele, Caroline. O silencio dela do outro lado foi acompanhado de uma suspiro aborrecido. Eu poderia ver a cada dela fazendo isso- E então? Você me ligou as 04:00 da manhã pra dizer que suas amigas estão incomodando você ou pra me dizer que você está tendo um momento de recaída pelo seu ex e por isso está contemplando a velha adega?

–Eu liguei porque eu sinto sua falta, seu estúpido.

–Eu também sinto a sua falta. Quer que eu vá ver você?

–Não! Não...bem não é que eu não queria. Você não deve. Nós temos que ter cuidado agora. Eu vou ver você.

–Bem, não são apenas as suas amigas que estão no nosso caminho. A Alex me pediu para cortar qualquer ligação com a "loira escandalosa". Ela acha que eu não sei,mas uma de suas bruxas está me rondando desde que ela partiu.

–Aquela puta é sua dona agora? Você tem medo dela? Qual o seu problema Niklaus? Onde ficou a estória do "estamos fingindo"?

Caroline deve ter acordado todos os fantasmas dos Lockwoods que estavam naquela adega.

–Bem, Alex é uma mulher, assim como você. E vocês se moldam a determinadas regras criadas pela mente feminina, que só vocês entendem. Ela disse que tem uma reputação a zelar e que se as pessoas vão pensar que estamos juntos, não devem perceber que estou ligado a outra mulher. Segundo a própria, ela não quer fazer papel de idiota.

–E você se importa? Desde quando você come nas mãos dela?

–Nós temos propósitos em comum. E você não me parece adepta da ideia de que devemos no expor para o mundo, então, precisamos entrar em um acordo.

–Eu não sei, realmente, eu não sei porque ainda me importo com você. Porque ligo pra você como uma cadela, porque sinto sua falta, quando você definitivamente não merece nada disso.

–Sabe de uma coisa, Caroline? Se você pretende buscar as respostas pra todas essas dúvidas fique a vontade. Eu cansei de tentar entender e nem vou tentar explicar ou buscar justificativas. Eu vou viver isso se você quiser e certamente sofrer por isso se você não quiser, mas eu vou sobreviver a isso no final, porque eu não sou covarde. Então, agora é com você. Decida o que você acha que eu mereço....ou que você precisa.

Eu desliguei o telefone. Meu ímpeto era ir a Mystic Falls, compeli-la e transar com ela na Praça da Cidade.

*************************

Eu acordei ardendo. E não de febre, ou de calor, eu estou literalmente ardendo, cada pedaço da minha pele esta sendo lenta e excruciantemente dilacerado. Eu não consigo identificar de onde vem a dor porque é dor em cada poro, é como se ela viesse de dentro pra fora e não de fora para dentro. Eu sinto as pupilas dos meus olhos contraírem cada vez que o revestimento deles começa a ser atingido pelo vapor de verbena. Uma sauna. Esse lugar é uma sauna de verbena. E o vapor vem de todas as direcções directamente pra mim. Lentamente e em ciclos. Eu lembrei. É a 4ª vez que esta acontecendo isso. Das outras 3 vezes eu desmaiei de dor. Eu não pude aguentar. É de mais, até para uma vampira. Até para mim que já fui torturada com luz do sol pelo meu próprio pai. Pelos parceiro do Tyler, até para mim que estive a alguns segundos de morrer envenenada e apodrecida pelo veneno de lobo do próprio Klaus. Essa névoa de verbena, preenchendo a sala e cada poro do meu corpo aos poucos, e tomando o seu tempo para me destruir lentamente é demasiada crueldade. Eu não sei quem está fazendo isso comigo. Eu tou no escuro. Não sei se estou cega pelo efeito da névoa ou se estou com a cabeça tapada. Na realidade eu estou sem sensibilidade em algumas zonas no corpo. Talvez a névoa tenha atingido os nervos dessa vez e tenha cortado a ligação dos meus membros com o cérebro e por isso a dor esta diminuindo, ou talvez eu apenas esteja sonhando em consciência, como num coma. Não consigo definir o que é real e o que não é, eu apenas sinto dor. E ela não tem hora para acabar. Ela apenas tem ciclos de suportável e insuportável, talvez sejam jatos de vapor, que perdem força num certo intervalo de tempo. Eu sinto a minha pele tentando se regenerar sem sucesso cada vez que a concentração de vapor é menor dentro da sala. Não sinto a presença de ninguém. Não ouço barulho, nem sequer o meu. Talvez eu também tenha ficado surda com o vapor entrando em contacto com os meus tímpanos. Todos os meus tecidos estão em pane, todos em carne viva ou algo pior. Eu não consigo ver, e num certo ponto isso é bom. Eu devo estar parecendo um pedaço de carne podre de açougue. Eu prefiro não ter essa imagem mental como a ultima que vou levar antes de morrer.

Porque isso é certo, eu vou morrer. Porque alguém me manteria em cativeiro e não tentaria obter nenhuma informação em tantas horas de tortura? Porque faz horas que eu estou aqui, eu acho. O que será que querem comigo? Porque não me matam logo e acabam com a dor, cada pedaço de mim está pedindo uma estaca de madeira no coração. Cada pedaço de mim só quer que isso acabe. Eu consideraria um favor pessoal se alguém me matasse nesse exacto momento e acabasse com tudo isso. Eu não sei quanto tempo mais vou suportar.

Eu tento me concentrar para lembrar como vim parar aqui mas eu eu não consigo me abstrair da dor.

Eu tento lembrar onde eu estava, mas tudo é névoa e branco, e os jatos começam de novo dilacerando a pele já machucada, rasgando as partes que já estão expostas, e então escuro. De novo.

Por favor, me deixem morrer... foi o meu ultimo pensamento antes de perder a consciência.

***** Casa dos Salvatore*****

–Isso definitivamente não é normal.

–Elena, você pode sentar e relaxar.... Caroline não deve estar a fim de ser encontrada.

–Concordo com o Damon. Deixem ela se divertir um pouco.

–Jeremy! Bonnie o fuzilou com o olhar. Caroline é nossa amiga e ela está agindo estranhamente há meses.

–E agora sumiu e não atende o telefone por três dias. Isso não é típico de Caroline, mesmo quando ela esteve viajando ela nos mandava mensagens.

–Ok, Elena, então ligue pra Klaus e peça pra falar com ela. Quem sabe o telefone dela está com algum problema. Damon disse sarcasticamente.

–Klaus? O que Caroline tem a ver com Klaus? Stefan perguntou parando o livro que estava lendo do outro lado da sala.

–Hey, irmão parece que sua melhor amiga não lhe conta tudo.

Elena olhou pra ele como se não acreditasse que ele estivesse brincando com aquilo.

–Caroline e Klaus...hum....

–Na verdade Stefan, Damon acha que eles estão juntos. Mas não há nada que de fato prove ou justifique isso.

–É nada, nada. Apenas encontrei a Liz outro dia reclamando que recebeu tres multas de trânsitos de New Orleans sem nunca ter estado lá. E adivinhem? Elijah me contactou pra uma reunião mas teríamos que esperar o Klaus voltar de Paris....e onde Caroline passou o natal mesmo e trouxe todos aqueles presentes? Junte a isso o Klaus...escutem bem O KLAUS saindo bem humorado do banheiro desativado durante a festa de ano novo.

–Klaus está com aquela Alex. Falou Bonnie. E Caroline não pode estar com ele...não é exatamente o tipo de cara que ela....

–Ok, nós chegamos a desconfiar de algumas atitudes dela recentemente, mas não acho que ela e o Klaus... Damon estendeu o telefone para Elena:

–Híbrido assassino na linha, fale com ele.

–Oh...alo, Klaus...

–Elena. A que devo a honra?

–Bem, eu gostaria de saber...bem...é a Caroline. Nós não conseguimos falar com ela há tres dias e então se você souber..

–Caroline sumiu?

–Ela não está com você?

–Não. Não. Ela também não atende as minhas ligações, mas eu achei que...bem. O que a Liz sabe? Onde voces ja a procuraram? Notaram algo estranho na cidade?

–Não. Está tudo tranquilo por aqui, dentro do possível.

–Conte a ele sobre o meu sonho, Elena.

–O que a âncora falou?

–A Bonnie sonhou com a Caroline e no sonho ela gritava para Bonnie procurar a...Alex...Klaus? Klaus? Ele desligou.

*******************************

Eu não conseguia acreditar no que Elena havia acabava de me dizer. Caroline havia decidido sumir no mundo e se não fosse o sonho da Bonnie eu acharia que mais uma vez aquela cabeça loira oca queria me enlouquecer. E mesmo que minha racionalidade dizia que era isso, que na verdade ela devia estar bem e tinha sumido para tentar resolver as coisas do jeito dela, algo em mim me deixava inquieto. De qualquer maneira eu estava indo ao encontro de Alex agora e pretendia checar o quanto o sonho de Bonnie merecia algum crédito.

Alex estava começando a me irritar. Ela tinha enviado Calim, que só não estava morto ainda porque eu estava num dia de extrema benevolência, para me buscar para uma reunião de emergência. Nao satisfeita convocou uma legião de bruxas da Augustine para comparecer também, e ninguém me dizia a que propósito. Não sei quem eles achavam que eram para esconder algo de mim, mas enquanto nos encaminhavamos através do longo e escuro corredor da Universidade em direcção a um porão eu decidi que se a desculpa não me agradasse em breve seriam todos apenas corpos sem vida.

Eu pude ouvir o grito agonizante de Alex assim que abriram uma grande porta gigante de ferro. Ela estava sendo torturada? aquilo era uma emboscada? Má ideia eu pensei pra mim avançando em Calim e apertando o pescoço dele do jeito que quis fazer desde do dia em que ele viu Caroline pelada. Aquela devia ter sido a ultima imagem que ele deveria ter visto naquele dia mesmo, mas Alex não permitiria que eu matasse o associado dela, mas nunca é tarde para corrigir alguns erros estruturais. As bruxas vieram em seu socorro me atacando mentalmente para o soltar, eu senti meu cérebro fritar mas nada me faria largar aquele filho da puta que viu a minha mulher pelada e se atrevia a trair Alex e me arrastar para uma emboscada.

Alex gritou pedindo que eu parasse, e nada mais fez sentindo.

Nos minutos seguintes ela me explicou o que estava acontecendo. Que tinha 3 dias que ela estava sendo torturada. Mas ninguém estava segurando ela, ou a mantendo em cárcere. Antes pelo contrario, as pessoas que estavam ali, inclusive as bruxas estavam ali para amenizar a dor dela. E eu fui chamado lá porque ela precisava me comunicar que estava em perigo de vida, mas não podia fazer isso a distancia. O olhar dela era de profundo desespero. O que eu não entendi porque. Ela estava sendo bem cuidada pelas bruxas. A situação dela estava controlada, ela apenas tinha que me dizer a quem raios ela estava ligada, e eu mesmo traria essa pessoa pra ela se ela quisesse. Afinal aquilo não era uma emboscada. Embora não me parecesse exactamente que eles precisassem da minha ajuda. Porque, tirando os intervalos em que Alex estava agonizando de dor de uma forma que me incomodava até ouvir, e ela não significava nada pra mim, muito menos a dor dela, ela estava bem. Ela estava apenas sofrendo os ferimentos clones que a pessoa a quem ela estava ligada estava sofrendo. Ela estava reticente em me dizer quem era, e eu estava sem paciência por isso invadi a mente dela procurando a informação. Como original essa era uma vantagem que você tinha. Além de poder hipnotizar vampiros, você também podia partilhar ou extrair memórias apenas com um toque e bastante concentração. Ela estava ligada a uma mulher. Amante dela. Otimo, isso acabava de ficar ridículo. Alex era lésbica. Mas não era esse tipo de ligação que eu procurava. Eu vi Caroline na mente dela, e continuei vasculhando. E no momento que eu consegui ver o que queria eu soube porque ela não queria que eu visse. E o meu corpo gelou me deixando paralisado por alguns segundos de uma tal forma que não fui capaz de sair da posição em que estava, com a mão na cabeça de Alex, e sendo observado pela pequena multidão na sala eu comecei a amassar o cranio dela como se fosse uma noz assim que recuperei a consciência. Ela tinha se ligado a Caroline para se proteger contra mim no futuro. Logo Caroline era quem estava sofrendo em tempo real aquilo tudo. Caroline era quem estava sozinha em algum lugar sendo tortura sabe se lá por quem, ou porque que. Porque essa puta tinha todo um clã amenizando as dores dela, e Caroline não. Ela pode ver o ódio preenchendo meu corpo como uma febre, ela tentou colocar uma barreira mental entre a gente mas não foi capaz, uma bruxa tentou me atacar, dessa vez para ajuda la, para me impedir de entrar mais na mente dela, e acabou tendo seu coração arrancado em dois segundo, eu sequer tive que cortar o contacto da minha outra mão com a cabeça de Alex. Isso sossegou todos os outros que poderiam estar sentindo a síndrome do herói e se meter entre mim e o que eu queria. Alex achava que a amante dela estava fazendo isso com Caroline, para tentar culpa la de alguma forma e destruir nossa relação. E eu achava que eu e Caroline éramos disfuncionais e perigosos um pro outro. E as bruxas já sabiam onde elas estavam e já estavam a caminho enquanto as que estavam connosco na sala a ajudavam a me manter longe da amante. Claro. Ela sabia que ela era uma mulher morta. E queria me conter. Faria sentido se não estivéssemos falando de mim. Eu pude ver a localização de Caroline e desapareci da sala, deixando apenas vento a minha passagem. Eu cuidaria de Alex mais tarde. Agora, Caroline precisava de ajuda, e alguém tinha que pagar pelo que tinha feito a ela.

Damon e Stefan chegaram ao mesmo tempo que eu no local. Eu liguei pedindo reforços, eu poderia matar todas as bruxas que estavam ali tentando parar a amante de Alex, mas isso demoraria, e cada segundo era mais um tormento que Caroline passava. Cada segundo era precioso. Achei que eles gostariam de estar lá. Damon pela matança. Stefan pela amiga. E eu não estava errado, estava refletido nos olhos de Damon o entusiasmo pela caça, e de Stefan a preocupação. Era uma clareira, em algum lugar daquela floresta haveria uma entrada, uma construção subterrânea. Nós não conseguíamos ouvir sons, apenas nos dividimos eficientemente, e nos encontrávamos em cada nó de terreno em comum, ou deixavamos uma marca no lugar para que os outros soubessem que não encontramos nada e continuassem na parcela seguinte.

Eu bati de frente com uma bruxa despedaçada. Não soube distinguir se seria obra Stefan ou Damon. Provavelmente Damon. Ele estava levando a serio o resgate de Caroline, e qualquer bruxa amiga da Alex que tentasse impedir morreria. Por essas e por outras que Damon tinha meu respeito. Com certeza Damon. Stefan não seria tão sujo. Ele apenas quebraria o pescoço dela, ou algo assim. Se as bruxas começavam a dar de frente com o nosso caminho era porque estávamos perto. Muito perto. Porque elas conseguiam sentir a amante de Alex, que também era bruxa como elas, e eu demorei menos de um segundo a focar numa luz que apareceu no meu campo de visao, e ouvir o barulho de algo se fechando. Na minha passagem eu esmaguei a cabeça de 3 bruxas na parede do túnel onde nos encontrávamos. Não me interessava se elas iam tentar me impedir ou não. Não tinha tempo nem paciência para descobrir se elas mereciam ou não morrer.

No final do túnel tinha um vidro. De um lado Regina, sentada, apreciando a paisagem. E do outro névoa. Não dava pra ver nada lá dentro, era lá que Caroline devia estar. Eu não vi a cara de Regina quando estilhacei o vidro que a separava e protegia de Caroline, mas segundo o que Damon contou depois, era a cara de quem sabia que não viveria mais um dia. Ela estava certa.

Caroline estava no chão. Irreconhecível. A verbena estava comendo a minha pele, e eu pude sentir o gosto do meu próprio sangue escorrendo pelos músculos na ausência de pele e ardendo. Se era possivel alguém estar cego de ódio, esse alguém era eu. Eu coloquei Caroline nos braços de Stefan com todo o cuidado, desacordada, e os mandei seguir em frente que eu já os alcançaria. Damon se ofereceu para ficar, mas ainda podiam haver bruxas dificultando o caminho de Stefan com Caroline. Então ele foi e eu fiquei para cuidar de Regina.

E foi um dos meus melhores trabalhos. Eu coloquei um dedo num lugar muito especifico logo a baixo da nuca dela perfurando o crânio e alterando o curso da circulação sanguinária da mulher e fazendo com que cada poro dela explodisse em sangue. E segui, arrastando a por uma perna, com a cara sendo comida pela chão por onde passávamos a alta velocidade. Eu duvidava que Caroline fosse querer se vingar fisicamente dela, mas por vias das duvidas a alimentei com meu sangue, para transforma la numa vampira, se Caroline não quisesse brincar, eu brincaria ... mais tarde. Regina merecia uma morte lenta e dolorosa.

Eu cheguei em casa minutos depois de Stefan e Damon terem entrado, Rebekah tinha evaporado de New Orlens, eu sabia que ela devia estar trabalhando essa ligação entre Alex e Caroline para se assegurar que tinha algo para usar contra mim se eu voltasse a ameaça la de alguma forma. Ela fazia bem em sumir. Damon estava bebendo meu whisky enquanto esperava e eu subi, e encontrei Caroline ainda desacordada, e Stefan tentando limpar a pele dela que já se recompunha aos poucos.

– Eu mesmo faço isso. Ele aceitou com a cabeça e desceu. Pude sentir Alex entrando dentro da casa. Como ela chegou lá tão rapido eu não sei. Mas claramente ela estava bem melhor do que Caroline, o que eu iria consertar em breve. E senti o sangue bombear mais rápido. Ela não subiu. Eu ri. Damon e Stefan se divertiriam brincando de gato e rato com ela até eu descer e acabar com aquilo.

Eu enchi a banheira de agua morna, e Caroline acordou no caminho, eu estava com ela no colo, ela acordou sobressaltada, assustada, se debatendo. Eu apenas a segurei forte e disse que tudo ia ficar bem. Ela abraçou meu pescoço com muita força, como que se agarrando a uma memória boa, e ela só percebeu que era real e não uma alucinação provocada por uma dor quando a agua quente abraçou a pele dela. Ela respirou muito fundo, em fases, como se o pulmão dela não pudesse suportar respirar por muito tempo. Ela estava exausta.

– O que aconteceu? - ela conseguiu perguntar muito baixinho, ainda confusa.

– Só um sonho mau. Já passou. Ela não acreditou no que eu disse mas sorriu de leve e apoiou a cabeça na borda da banheira. Eu beijei a testa dela e prometi a mim mesmo, que ninguém nunca mais tocaria nela. Ela não voltaria a ficar sozinha nem por um segundo.

Alguns momentos depois eu fui capaz de deixa la sozinha, dormindo na cama, respirando profundamente, o que me deixava bem mais calmo, e descer pra saber o que era feito de Alex e os Salvatores.

Alex estava possessa tinha quebrado tudo que estava no caminho dela, e tentava inutilmente se soltar do lugar onde Damon a tinha prendido. Para uma bruxa tão poderosa ela tinha muito poucos recursos. Devia ter a ver com Caroline. Se Caroline estava fraca e exausta, provavelmente isso reflectia em Alex enquanto estivessem ligadas.

Ela começou a gritar os mais absurdos impropérios dizendo que se eu não libertasse Regina que ela se machucaria a si própria apenas para provocar dor a Caroline, e eu nunca conseguiria uma bruxa suficientemente boa que pudesse desfazer o feitiço se ela não quisesse colaborar.

– Sabe Alex. Nós podíamos dominar o mundo juntos... Regina está morta, para sua informação. Ela era mais fraca do que eu previ. E nem o meu sangue foi capaz de traze la de volta. Ela sangrou até morrer. Mas eu prometo que enterrarei vocês duas juntas, em sinal da minha boa vontade.

Ela começou a rir loucamente, completamente fora de si, dizendo que eu não poderia mata la e que eu pagaria pela vida de Regina.

– Uma coisa que eu aprendi em mais de mil anos de vida lidando com bruxas é que todo o feitiço tem uma falha, e o que você não sabe ainda mas vai descobrir em breve é que você se ligou a pessoa errada. Porque você sabe, querida, eu deslizei o meu dedo indicador entre os seios delas, abrindo os botões da blusa. Quando uma bruxa, ser vivo, se liga a um vampiro, ser não vivo, se essa bruxa morrer, o vampiro em questão apenas permanecerá morto. Como sempre esteve. A expressão dela ficou congelada no rosto dela no momento em que eu separei o coração do corpo. E Caroline continuava respirando tranquilamente lá em cima. Porque ela já estava morta.

Eu deveria estar preocupado com todos os meus planos que acabavam de ir por agua a baixo. Mas eu estava mais preocupado em saber como que Caroline iria reagir quando acordasse e soubesse que todo mundo já sabia sobre a gente. E ela não podia fazer nada quanto a isso. Ela ia arrancar minha cabeça. Várias vezes.

Eu soube que tudo acabava de ficar bem pior quando Bonnie e Elena bateram na minha porta. Agora a merda tava feita. Caroline iria surtar.

Quanto aos meus planos... eu precisava de planos novos. Teria que lidar com Davina e o ritual de outra forma. Claramente, eu não podia confiar em ninguém além de mim próprio.


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Notas finais do capítulo

E aí meu povo? Comentários? Gostaram? Não? O que acharam? Se tiverem amado é favor divulgar. Tenkiu por terem lido mais um capitulo da nossa fanfic! :DD