Uncontrollable ('The Orphan' – Season 3) escrita por Stéfane Franco


Capítulo 6
Capítulo 5 – Changes


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelas sugestões, são tão boas que nem sei qual escolher!!
Fiquei tão feliz com o número de comentários que resolvi postar outro capítulo!!!!!

Como eu disse no anterior, esse é majoritariamente sob o ponto de vista da Alessa, e estou pensando em fazer um sob o do Snape... Que tal??

Espero que gostem!!



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Capítulo 5 – Changes

“Mudanças”

– Alessa - setembro de 1995 -

– Antes de começarmos a aula de hoje – disse Snape aproximando-se de sua mesa – eu acredito que seja apropriado lembrá-los que em junho vocês irão encarar um exame importante, durante o qual cada um estará provando o quanto aprendeu sobre a composição e o uso das poções mágicas. Sendo alguns dessa classe claramente estúpidos, eu espero um sofrível “Aceitável” em seus N.O.M.s, ou vão sofrer meu...descontentamento. – disse encarando Neville – Depois desse ano, é claro, muitos de vocês não vão mais estudar comigo. Eu apenas aceito os melhores em minhas classes para os N.I.E.M.s, o que certamente quer dizer que alguns de vocês estarão se despedindo.

Seu olhar pousou sobre Harry ameaçadoramente. Era óbvia sua aversão ao garoto.

– Mas ainda temos um ano antes desse alegre momento de despedida. – disse suavemente – Então, vocês estando ou não dispostos a tentar o NIEMs, eu aconselho todos a concentrarem seus esforços em manter os níveis mais altos como espero de meus estudantes de NOMs. Hoje nós vamos misturar uma poção que costuma ser dada em Níveis Ordinários de Magia: o Gole da Paz, a poção para acalmar a ansiedade e suavizar a agitação. Tenham cuidado: se você pesar a mão nos ingredientes vão colocar quem a beber em um sono pesado e às vezes irreversível, então precisam prestar muita atenção no que estão fazendo. Os ingredientes e o método – disse ele balançando sua varinha – estão no quadro negro – eles apareceram no quadro – Vocês vão encontrar tudo que precisam – balançou a varinha novamente – no armário de estoque – a porta do dito armário se abriu. – Vocês têm uma hora e meia... Comecem.

Todos os professores pareciam seguir o roteiro, afinal, cada um deles desperdiçou pouco mais de meia aula para explicarem sobre os exames de junho e o que esperavam deles. McGonagall foi além e preparou uma verdadeira palestra em seu período, deixando claro seu descontentamento caso alguém fosse mal aos exames.

Por conta dos mesmos, os demais docentes começaram a exigir trabalhos de quase dois pergaminhos para serem entregues no dia seguinte, deixando-nos quase sem tempo, o que contribuiu para que Violet piorasse. Os dias foram passando e ela ficava cada vez mais irritadiça, qualquer coisa que lhe era dito servia de motivos para uma discussão e consequentemente um castigo.

Sophie e Mary estavam cansadas e desistiram de conversar com ela, o que achei realmente uma injustiça. Todos já estavam sabendo da “crise” de personalidade da sonserina de olhos azuis e comentavam o tempo todo, inventando hipóteses absurdas sobre seu comportamento.

Os professores também perceberam, e Snape parecia extremamente preocupado, assim como McGonagall. Violet quebrara todos os recordes de detenção dos gêmeos Weasley em apenas um mês! Todas com a professora Umbridge.

Porém, o que mais era estranho não era seu comportamento explosivo, e sim sua reclusão. Aos poucos Violet se afastou das conversas e concentrou-se exclusivamente às tarefas, ela já não saía mais para os jardins e começou a passar muito tempo sozinha.

– Violet, posso falar com você? – perguntei entrando em nosso quarto, lugar onde parecia ser seu novo habitat natural.

– O que você quer? – perguntou calmamente sem tirar os olhos do livro em seu colo.

– É serio, essas suas mudanças de humor estão me deixando louca! – falei sentando-me ao seu lado – O que aconteceu com você Violet?

– Não é nada... Não se preocupe... – falou calmamente.

– De todos os seus amigos sou a que mais te entende. Ganho até do Harry... – brinquei fazendo-a sorrir. – Você pode confiar em mim...

Violet encarava o vazio e, por um momento, pensei que não responderia.

– Estou muito confusa Alessa... – suspirou – Você não faz ideia do quanto...

– Então explique... O que aconteceu para essa mudança repentina? – perguntei suavemente.

– De tudo um pouco, eu acho... – murmurou ainda encarando o vazio. – Alessa, por favor, não conte a ninguém o que vou dizer agora...

– Tudo bem...

– Voldemort está se comunicando comigo.

– O quê?!

– Ele fica me atiçando o tempo todo... – confessou – Eu tenho uma responsabilidade muito grande sobre mim... “A Escolhida”... Eu nunca pedi para ser escolhida...

– Mas foi...

– Eu sei... Seja lá quem for que tenha me destinado a decidir o rumo do mundo bruxo e do mundo trouxa, eu não sei se consigo...

– É claro que consegue... Você só tem que seguir o que seu coração manda...

– Não é tão fácil como parece... – riu tristemente – Estou sob muita pressão, não sei se aguento por muito tempo... Todos dependem de mim! Voldemort me atiça o tempo todo, ele fica me tentando a praticar coisas ruins e a machucar pessoas... Ao mesmo tempo tem toda essa desconfiança das pessoas, as expectativas dos professores sobre mim, os personagens “da luz” me incentivando a ser do bem, os personagens “das trevas” me convencendo do contrário, a intervenção do Ministério, essas regras absurdas da Umbridge... É muita pressão! – exclamou - Eu sinto como se dois elásticos estivessem amarrados em cada pulso, e ambos os lados puxassem ao mesmo tempo... É torturante!

– Por isso os distúrbios de personalidade?

– Nem mesmo eu sei o porque dessas mudanças, simplesmente acontecem... Uma hora estou como sempre fui, de repente fico melancólica e tudo ao meu redor parece sem vida... E então, por um motivo estúpido, eu começo a ficar irritada e perco a cabeça. – falou – Eu não quero machucar ninguém... Nem fisicamente nem psicologicamente. Eu sei que, se eu continuar a fazer o que eu fazia antes, Voldemort vai me tentar ainda mais... Tenho medo de ceder à tentação e acabar ferindo alguém...

– Mas é isso que ele quer... – falei – Violet, se eu fosse uma bruxa do mal e quisesse você do meu lado, a primeira coisa que eu faria era afastá-la de seus amigos... Uma pessoa sozinha é mais fácil de ser convencida do que uma rodeada de amigos. Você já passou por muita coisa sozinha, já sofreu muito e eu sei que não deve estar sendo fácil, mas você precisa resistir! Precisa seguir o que o SEU coração está pedindo. Não se deixe abater! E se você permitir, eu quero ajudar. Somos praticamente irmãs, estarei aqui sempre que precisar... Mesmo que você faça escolhas que eu não concorde ou aceite, estarei aqui... E mesmo que todos lhe virem o rosto, eu te estenderei a mão... – sorri.

– Como você consegue? – perguntou

– O quê?- perguntei confusa

– Me tirar completamente da fossa em que eu estava... – brincou.

– É um talento natural... – ri – E então, você vai me deixar te ajudar?

– Obrigada Alessa... – murmurou sorrindo com lágrimas nos olhos.

– É para isso que estou aqui... – respondi puxando-a para um forte abraço.

– Violet –

Aquelas palavras foram tão reconfortantes!

Eu me sentia presa num labirinto sem saída, confusa e amedrontada, mas depois que Alessa me disse tudo aquilo, foi como se uma luz iluminasse o caminho pelo qual eu deveria seguir... Eu poderia esquecer tudo que está acontecendo um dia, mas algo que nunca conseguiria apagar era o apoio e a amizade de Alessa...

– Então vamos para o almoço que eu estou faminta! – exclamou ela levantando-se e estendendo a mão para mim. – Será que essas rosas vão ficar aí para sempre? – perguntou apontando para o vaso de flores vermelhas e brancas na escrivaninha ao lado de minha cama.

Desde o meu aniversário Vitor me enviava uma rosa branca todas as semanas.

– Talvez... – brinquei

Saímos juntas do dormitório e, pela primeira vez nas últimas semanas, conversamos animadamente durante o percurso até o Salão Principal. Assim que entramos percebi os mesmos olhares que eu procurava evitar encarando-me avaliadoramente. Realmente pensei em recuar e sair correndo daquele lugar, mas então vi o quão feliz Alessa ficou por conseguir me tirar do quarto e resolvi ficar.

Do que estou fugindo afinal?

*** De você mesma... ***

Você não vai arruinar meu dia novamente...

– Olá meninas... – cumprimentei sentando-me em meu costumeiro lugar.

– Está melhor? – perguntou Mary.

– Sim... – respondi – E me desculpem pela bagunça que fiz... Acho que quase estraguei nossa amizade, não é?

– Quase. – brincou Sophie – Pelo menos admite e, pelo jeito, está de volta...

– É um pouco mais complicado que isso... Mas sim, farei de tudo para voltar a ser o que era antes... – garanti. – Mas e então... Novidades?

– Sim... Chegou uma carta para você agora pouco... – comentou Mary entregando-me um envelope branco simples.

– Com certeza não é do Vitor... – disse Alessa reprimindo um sorriso travesso.

– Como pode ter tanta certeza? – debochei.

– Não é a letra dele... – respondeu levantando os ombros – O quê? Depois de tantas cartas e rosas brancas eu já consigo identificar a letra...

Ri abertamente e percebi uma onda de alívio percorrer as meninas, que suspiraram e finalmente se soltaram. Assim que abri o envelope e comecei a ler, suas palavras me surpreenderam imensamente.

Minha mãe adorava flores tanto que dizia que colocaria nomes de flores em todas as suas filhas! Quando nasci meu nome não deveria ser Petúnia, e sim Violeta. Minha mãe amava violetas. Mas meu pai errou meu registro no cartório e fui batizada como Petúnia. Ela odiava petúnias.

Quando a segunda filha nasceu foi batizada em homenagem à segunda flor preferida da velha Sra. Evans: lírios. Talvez por isso que Lillian sempre teve tudo enquanto eu nunca tive nada... Irônico não? Por causa de um nome minha mãe me odiava.

Sabe, quando éramos pequenas não era tão ruim... Lillian dizia que, quando tivesse sua primeira filha, colocaria nela o nome que deveria ser meu... Falava que era uma espécie de homenagem à irmã mais velha. Nunca acreditei, mas parece que ela cumpriu a promessa, afinal...

Por que ela te entregou num orfanato? Eu posso ser muito ruim, mas não entendo os motivos que possam tê-la motivado à descartar um filho desse modo... Se não quiser responder, tudo bem... Eu entendo que você e o seu irmão queiram distância de mim.

Petúnia Evans.

– Violet? – perguntou Sophie – É uma notícia tão boa assim?

Eu estava extremamente surpresa! Quando dei o endereço de Hogwarts e pedi que me mandasse cartas, realmente pensei que nunca chegaria a acontecer!

– Eu não acredito... – murmurei com um sorriso enorme no rosto. – É realmente dela..!

– Do que está falando? – perguntou Mary.

– Lembram que eu comentei sobre uma tia minha, irmã da Lillian?

– Petúnia, não é? – disse Sophie – O que tem ela?

– Bom, quando eu estive na casa dos Dursley e anotei meu endereço para que escrevesse cartas eu nunca imaginei que ela realmente escreveria alguma... – falei – Mas agora... Olhem isso. – disse entregando a carta para as meninas.

– Ela quer se aproximar de você... – concluiu Mary com um sorriso surpreso.

– Só de ela de dispor a me enviar uma carta por coruja, já que odeia magia, é uma grande prova de que ela quer ter contato comigo... – falei – Tudo que ela precisava era saber que a irmã não era tão perfeita como todos diziam, e agora que sabe, quer se aproximar...

– Então seu nome é uma homenagem à irmã da Lillian... Parece que isso amoleceu um pouco o coração dela... – disse Sophie.

– E você vai contar a ela? Sobre o orfanato? – perguntou Alessa.

– Sim. Ela merece saber, apesar de tudo é uma parte da minha família... E o modo como fui parar no orfanato não é bem um segredo... Eu sinto que ela precisa disso...

O restante do dia foi normal, talvez até demais. Logo que anoiteceu resolvi responder a carta de Petúnia para enviá-la assim que amanhecesse.

Olá tia Petúnia, não sabe o quanto fiquei feliz em receber sua carta... Devo confessar que nunca pensei que isso realmente aconteceria... Mas nem sempre acertamos, não é? Lillian é um grande exemplo disso.

Para que a senhora entenda o porque de eu ter ido parar num orfanato, preciso começar a história cerca de um ano antes de meu nascimento, mais especificamente dezembro de 1977.

Não sei se a senhora soube, mas este ano era a formatura da turma em que Lillian estudava. Naquela época ela e Thiago estavam namorando, mas não era algo sólido. Eles discutiam sempre, principalmente pelos pontos de vista totalmente diferentes. Na festa de formatura eles tiveram uma briga muito seria e romperam definitivamente.

Lillian nunca foi santa ou perfeita, e aquela noite não foi diferente. Alegando estando “cansada e carente”, ela foi consolar-se com o ex melhor amigo, Severo Snape, acabou cedendo à tentação e passou a noite com ele. Detalhe: ele sempre foi perdidamente apaixonado pela ruiva grifinória.

Na manhã seguinte Lillian percebeu o erro que cometeu e deixou bem claro para o amigo que foi um terrível engano, que eles nunca teriam nada e que ela ainda amava o Potter. Lillian partiu seu coração novamente, rejeitando-o de uma maneira fria e frisando a parte do “erro”.

Um mês depois ela descobriu que estava grávida do amigo e, ao invés de contar à ele ou até mesmo confessar ao Potter o “erro” que tinha cometido, fugiu. Ela desapareceu durante os próximos nove meses de modo que ninguém soube de seu paradeiro. Durante o período da gestação ela se escondeu numa pequena vila europeia, onde seria impossível encontrá-la.

Assim que nasci ela cometeu seu segundo erro: mandou-me para a adoção e abandonou-me num orfanato. Ninguém sabia de meu nascimento, era como se eu realmente não existisse. Logo que se recuperou voltou para os braços do amado Potter e casou-se com ele poucos meses depois, o que lhes rendeu o primogênito Potter: Harry.

Fiquei num orfanato até meus cinco anos, quando uma bruxa me encontrou e me tirou de lá, internando-me num colégio escocês pelos próximos anos, onde fiquei até entrar em Hogwarts.

Sabe, eu fiquei muito feliz que a senhora tenha me enviado uma carta e, como posso apostar que o Sr. Dursley e seu filho não gostarão da ideia de receber cartas por corujas, gostaria de saber para onde posso enviá-las...

Obrigada por ter se lembrado de mim.

Com carinho,

Violet Eileen Snape.


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Notas finais do capítulo

E então?? O que acharam da aproximação da Petúnia? É verdadeira ou tem algum interesse escondido??

E a Alessa?? Fiquei sorrindo o tempo todo em que escrevia a parte da conversa entre elas... ^^


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Capítulo 6 – News
(...)
Todos me encaravam com surpresa e alguns até com despeito. (...) A maioria dos professores, senão todos, batia palmas alegremente. Minerva e Snape olhavam-me claramente orgulhosos e Umbridge com uma raiva palpável nos olhos. Uma série de palmas foi puxada pelo “Trio de Ouro Grifinório”, e pouco a pouco todos no salão aplaudiam-me fervorosamente.
— Por hoje é tudo, podem voltar para seus dormitórios. Boa noite. – disse Dumbledore encerrando a noite.
— Eu não acredito... – sussurrei
(...)
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*o*
O que será que aconteceu??

Não percam o próximo capítulo, teremos algumas discussões para animar um pouco o castelo.... :D

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Falando sobre a festa... Ela ainda vai demorar um pouco para acontecer, portanto, gostaria da ajuda de vocês. Tenho algumas ideias, mas também queria saber a de vocês... Quais músicas deveriam tocar? A decoração? Os convidados?

Espero as respostas hein!! :D
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Bjjss!!!