Amor Doce: Na Melodia Do Amor! escrita por Keila Lavigne


Capítulo 53
Capítulo 3 - Una ruina nerviosa! (2° temp.)


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas docetinhas queridas, bom... aqui está o terceiro capítulo de nosssa tão esperada e sofrida 2 temporada da AD...
Espero muito que vocês gostem e espero MUITO o seus rewiens!
Boa leitura :)



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P.O.V de Castiel Kyle

Eu acordei com um barulho vindo do andar debaixo, me sentei na cama ainda sonolento, fitei o relógio de mesa, era 14:55pm, minha cabeça estava explodindo por conta do porre que havia tomado noite passada, passei minha mão sobre o colchão à procura do meu celular.

Castiel: Porra, onde será que aquela merda foi parar?! – passei os dedos no cabelo enquanto levantava da cama com dificuldade, minha visão ainda estava um pouco embaçada o que não me ajudou muito no caminho até o banheiro do meu quarto. Liguei o chuveiro e arranquei a calça jeans preta que até então era a única peça de roupa que estava usando, me lancei aí, a ducha mais demorada e fria que já havia tomado em minha vida, fechando os olhos enquanto as gotículas de água escorriam dos meus cabelos em direção ao meu corpo pensei em tudo o que já havia acontecido desde que conheci a teimosinha e irritantemente linda Mey Andrey.

A primeira vez que a vi, quem diria que aquele insuportável ser conseguiria me conquistar, logo eu fui cair em sua conversa. A pequena mexeu de tal maneira com minha cabeça, passando por cima de todos os meus objetivos, passando por cima do meu egoísmo e prepotência! Ai que raiva! Como você se deixou levar por aqueles olhinhos angelicais e brilhantes, Castiel, ela é apenas uma garota, UMA GAROTA!

Com um único movimento desliguei o chuveiro e pulei para fora do boxe com vidro fumê, apanhando uma toalha branca de um gancho ao lado do boxe, envolvi a toalha em minha cintura apanhando uma segunda e usando-a para enxugar meu cabelo.

Castiel: Merda. – soltei um grunhido ao notar a toalha manchada com o que parecia ser tinta de cabelo. –Porcaria de tinta barata! –lancei a toalha semipintada de vermelho no cesto de lixo. Direcionei-me ao meu quarto, abri o armário passando os dedos nas roupas penduradas nos cabides. –Esta serve! –apanhei de dentro do armário uma camisa de manga longa preta do Cannibal Corpe, peguei também uma calça jeans clara e minha jaqueta da sorte de couro original (vale frisar) preta, nos pés um coturno preto. Antes de sair do quarto apanhei de cima da escrivaninha a chave da minha moto, minha carteira e o capacete do Darkthrone personalizado. Saí do meu quarto, desci as escadas nas pontas dos pés, provavelmente todos já haviam acordado, não estava afim de olhar para cara de ninguém, a voz de qualquer um daqui só iria me irritar e aumentaria ainda mais minha enxaqueca.

Com as mãos já postas na maçaneta da porta principal e quase cumprindo minha meta de passar despercebido...

Kelly: Castiel? – ouço Kelly atrás de mim. Me viro então deliberadamente para fita-la com a cara mais fechada que eu poderia fazer.

Castiel: O que é Kelly?! – soltei, pensando em uma maneira de estrangular aquela garota sem deixar vestígios das minhas digitais em seu pescoço.

Kelly: Está indo para onde? – Kelly falou se aproximando de mim com um meio sorriso posto no canto dos lábios.

Castiel: .... – suspirei me virando em direção a porta desprezando sua pergunta, destravei a porta e quando começara a girar a maçaneta Kelly se pôs ao meu lado encostando de leve sua mão sobre a minha.

Kelly: Você não está indo ver a Mey, não é mesmo? – arqueou suas sobrancelhas me fitando a espera de uma resposta.

Castiel: Não interessa! – livrei minha mão conseguindo terminar de girar a maçaneta da porta, abri-a em seguida me enfiando do lado de fora daquele manicômio (mas conhecido como “casa dos Kyle”), após alguns passos em direção a minha moto estacionada em frente de casa percebo que não sou o único do lado de fora. Ao virar meu rosto avisto Mey conversando com um babaca ruivo qualquer, e o pior não é nada, usando uma calça-legue tão apertada quanto o top que “cobria” parte dos seus mini-seios. Os dois não haviam notado a minha presença, não por muito tempo...

Joguei o meu capacete com toda força no chão fazendo os dois se assustarem virando os rostos para o lugar onde havia vindo o barulho. Os olhos de Mey Andrey se lançaram em minha direção, aqueles olhos negros que eu há pouco tempo amava me fitaram surpresos, assustados, marejados, cheios de arrependimento, e outros sentimentos mais. A lágrima que há muito tempo (mais especificamente no momento da minha briga definitiva com a Mey) adiava em cair resolvera se mostrar no momento em que eu menos queria demonstrar fraqueza, não podia deixar aquilo acontecer, virei à cara no instante em que percebera que Mey se aproximava de mim, enxuguei a única lágrima que caíra naquele instante e subi na minha moto ligando-a rapidamente.

Mey: Casti## - interrompi sua fala fazendo o motor da moto roncar, arranquei com a moto para bem longe dali. Por um momento me vi olhando para o retrovisor da moto para observar o que acontecia entre Mey e aquele babaca, mas após o abraço meigo dos dois me arrependi do que havia feito, ajeitei o retrovisor para longe daquela cena ridícula enquanto entrava numa esquina.

P.O.V de Mey Andrey

Mey: Eu sou uma besta mesmo... – suspirei me afastando dos braços do Steven que me foram conferidos num momento de fraqueza. Pus um fio de cabelo atrás de minha orelha enquanto fitava Castiel e sua moto se distanciarem de mim.

Steven: Pelo o que eu vi aqui... –Steven atravessou minha visão seguindo em direção ao capacete que Castiel havia jogado no chão, e continuou. –Não é você a besta desta história... –disse apanhando o capacete do chão analisando-o em seguida. – Um capacete oficial do... – Steven forçou os olhos enquanto tentava pronunciar o nome de uma das bandas favoritas do Castiel... –“Da-darktirone”? – lançou seus olhos em minha direção com uma de suas sobrancelhas. A expressão de dúvida estampada em seu rosto me fez soltar um riso lacônico.

Mey: Darkthrone! –soltei, pensando como era estranho rir num momento como o que estava acontecendo.

Steven: É sério. – Steven disse se aproximando de mim acompanhado do capacete de Castiel em uma das mãos. –Isto deve custar uma grana, ele deve ser muito imbecil para jogar assim, em qualquer canto... – estendeu o capacete para mim, no qual apanhei-o rapidamente. Pela primeira vez das poucas semanas que passei com o Steven me vi tão perto dele a ponto de perder o ar...

O cenário então era este, eu e Steven, o mais belo pôr-do-sol que já havia visto, uma rua completamente deserta e uma confusão de pensamentos pairando sobre minha cabeça. Não sabia o que estava acontecendo comigo mais o desejo de beijá-lo era maior do que qualquer coisa, qualquer amizade, qualquer briga entre mim e Castiel... Fechei os olhos parando para desfrutar do perfume amadeirado que consumiam-me por dentro, sentindo a textura das mãos macias que passeavam pelo meu rosto, abrindo os olhos deparo-me então com Castiel, Castiel que me olhava suavemente e sorria para mim como a muito tempo não sorria, seus cabelos dançavam com o vento que acabara de passar por nós... Mesmo vento que lançara longe minha sucinta utopia e que me fizera lembrar de que não era Castiel que estava em minha frente, não era ele quem eu ia beijar, e sim o Steven...

Mey: Pelo visto... –dei um passo para trás cortando todo e qualquer tipo de clima que poderia existir entre nós naquele momento. – A nossa caminhada esta fora de cogitação... – balbuciei enquanto procurava em meus pés qualquer tipo de pretexto para sair dali correndo sem parecer uma histérica.

Steven: Bem... –coçou a cabeça um pouco sem jeito enquanto dava passos incertos para trás. –Eu vou indo então, nos vemos amanhã. – soltou então um meio sorriso se virando para seguir pelo mesmo caminho que outrora Castiel havia passado.

Mey: Aff... –bufei antes de começar a andar em direção a minha casa.

Abri a porta de casa analisando o ambiente:

Mey: Calmo e hostil... – suspirei me jogando no sofá da sala.

Há poucos meses atrás nunca pensei que isto seria possível, a casa dos Andrey estava tão quieta, tão usual, fungível, muito diferente do que um dia foi, uns tomavam conta de suas vidas (pai, mãe, tia), outros se desfaleciam com o tempo por conta de amores céleres e ainda assim ininterruptos (eu e Guilherme), nossas vidas mudaram tanto, e quanto mais mudam, mas nos vemos distantes uns dos outros.

Neste pensamento, me permitir lembrar da conversa que tivera mais cedo com Guilherme.

* Flashback ON *

Guilherme: O que você está fazendo aqui? –meu coração gelou ao ouvir a voz grave se dissipar por todo o ambiente, virei meu rosto lentamente em minha direção contraria avistando então Guilherme parado na porta de seu quarto enquanto me fuzilava com os olhos.

Mey: Nós precisamos conversar... –dei poucos passos para frente analisando-o enquanto tentava me acostumar com os poucos pelos (e ainda assim diferenciais) em seu rosto. -Guilherme, caramba, você precisa sair desse quarto! – fitei-o nervosa.

Guilherme: Me deixe tranquilo... Não estou para suas briguinhas frívolas! –apontou com a cabeça para o corredor.

Mey: Não irei sair daqui! –tomei sua frente cerrando a porta, na qual fizera ecoar um rangido estrondoso por todo o quarto, tamanha a intensidade da força que eu pusera sobre ela... Direcionei meu olhar (que até então estavam focados em sua barba sexy... O que vocês querem? Não resisto a uma barbinha sem fazer! :p) para Guilherme que me fitava surpreso. –Não sairei daqui até ter certeza de que está tudo bem com você!

Guilherme: Uff... –bufou indo em direção a sua cama, na qual se pusera deitado logo em seguida. –Como você pode ver... –apanhou de cima de sua cama um pote de sorvete sabor chocolate (seu favorito) – Melhor impossível! – sorriu irônico, revirei os olhos enquanto ele enfiava em sua boca uma enorme colher de sorvete. –Agora me faz um favor... Sai daqui. – disse balançando a colher (já sem vestígios de sorvete) no ar.

Mey: Quem você pensa que é? Eu não vou sair daqui. Você não tem direito algum de me expulsar do seu quarto! –após terminar minha frase e perceber a expressão confusa em seu rosto, repensei rapidamente no que eu havia dito;

“Você não tem direito algum de me expulsar do seu quarto?”

Claro que ele tem direito de lhe expulsar sua idiota! É o quarto dele! Você está fumando que bosta garota?!

Guilherme: O que? –Guilherme fitou-me confuso, revirou os olhos e bufou novamente. –Quer saber? Se você não quer sair por bem... –constatou levantando lentamente de sua cama enquanto fitava-me com um olhar maquiavélico.

Mey: Guilherme, por favor... –revirei os olhos rindo feito uma hiena. –Você acha que eu tenho medo de você? –arqueei uma das sobrancelhas me pondo em sua frente. –Você não me bateu quando eu quebrava os seus carrinhos de brinquedo! Você é um bunda mole, não machuca nem uma formiga cega, surda, muda e aleijada... Claro, eu falo isso sem ofensa... -Inclinei-me para frente para dar um tapinha no Guilherme quando sinto uma pressão vinda de minha direção, com um único movimento Guilherme puxou-me pelo braço me levando ao seu ombro.

Mey: O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? ME COLOCA NO CHÃO! AGORA! – gritava pelos corredores da casa carregada por Guilherme, que no qual ria loucamente.

Guilherme: Mey você está pesadinha, hein? Essas suas caminhadas matinais não estão dando muito resultado viu?... – sua ironia fora de hora me deixou mais nervosa do que já estava, comecei então uma luta corporal com Guilherme, sem resultados muito proveitosos, é claro. Querendo ou não o meu par de braços de 15cm não eram páreos para os 33cm do meu irmãozinho semidepressivo!

Mey: Você vai ver quando eu conseguir me soltar! A minha mão gorda vai fazer um belo estrago nesta sua cara ANORÉXICA! –após minha fala fui lançada de imediato sobre um orifício macio. Passeando rapidamente os meus olhos percebo que o mesmo havia me levado ao meu quarto e “jogado” me na minha cama, sem esbouçar nenhuma reação Guilherme virou-se deliberadamente para sair do quarto dando curtos e preguiçosos passos em direção à porta.

Mey: Guilherme? – levantei da cama lentamente sem tirar os olhos do mesmo que nem ao menos se indignou a virar, apenas inspirou com dificuldade soltando o ar logo após desaparecer de minha vista sem nenhuma cerimônia. –AHHH! – berrei lançando-me de volta a cama.

* Flashback OFF *

Algum tempo Depois...

Adormeci por alguns minutos, estava cansada, pensamentos oscilavam em minha cabeça, sentimentos brincavam com minha paciência... Enfim, ao menos algo de bom [...] por isso ao acordar apanhei um lápis e o meu caderno de anotações e comecei a rabiscar... Palavras soltas - ou não -, aos poucos algo ia se formando...

“Eu esperei ansiosamente pela sua chegada. E quando você apareceu para ficar, procurei nas suas atitudes todas aquelas coisas lindas que me prometeram nos diversos filmes e livros que eu tinha assistido e lido enquanto você não chegava; flores no meio do dia, surpresas aleatórias, finais de semana com maratonas de filmes...

Mas tudo o que eu encontrei foram conversas sérias sobre as contas de casa, mau humor por atrasos matinais e broncas porque eu nunca sei onde está a minha chave de casa. Em alguns momentos foi um pouco difícil entender onde é que eu estava levando vantagem, se nem meu seriado favorito eu podia mais assistir se você não estivesse junto [...]”

Mey: Mas que merda você está fazendo garota?! – disse enxugando as lágrimas que caíam com facilidade dos meus olhos enquanto relia parte do texto ridículo que acabara de escrever em uma das preciosas páginas de meu caderno. – Acorda, você é Mey Andrey. Você jura que vai ficar assim por conta de um carinha imbecil?! Babaca?! – em poucos segundos aquele papel rabiscado se transformou em uma mera bolinha amassada e sem valor indo a caminho de um lugar muito mais conveniente e para bem longe do meu caderno de anotações.

Enquanto ia em direção à lixeira da cozinha, algo insistentemente tentara me convencer de que aquela não era a melhor maneira de se acabar com algo tão lídimo como o que havia entre eu e Castiel.

Mey: Lídimo meu ovo! – sem dar ouvidos aos meus pensamentos frívolos lancei aquele pedaço de porcaria no fundo do recipiente de metal mal cheiroso. Lancei-me em uma corrida individualista em direção ao meu quarto, falando em meu quarto...

#Bzip... #Bzip...

No momento em que entrei no mesmo, o celular – que até então estava encima de minha cama – vibrou me alertando de que eu acabara de receber uma mensagem.

Mey, onde você está? Já era para você ter chegado, já estamos nos maquiando, mas particularmente no nosso camarim! Você tem meia hora para se dispuser em minha frente, se não... (use a sua imaginação para terminar a frase, pois eu usarei a MINHA se você se atrasar!)”.

–Ambre.

Mey: Droga! – bufei repondo o celular sobre a cama.

Eu tinha esquecido completamente que a SR iria fazer uma participação especial em um programa de televisão para anunciar a primeira temporada de shows no cruzeiro Madley Fox daqui a algumas semanas...

E o cenário então era este: Eu, parcialmente desesperada, enquanto corro feito uma barata tonta pelo quarto procurando algum figurino adequado para aparecer pela primeira vez em um programa de TV, enfiá-lo o mais rápido possível em uma bolsa e chegar no SFT a tempo de me caracterizar e estar disposta a fingir em frente as câmeras de que está tudo as mil maravilhas e que o casalzinho meca ainda se ama e por enquanto vive o seu “felizes para sempre” tranquilamente!

Muito para assimilar, não?


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Espero que tenham gostado muito.... Ah... Muito obrigada de verdade pelos comentários... Eu e todos da S.S estamos adorando a participação de vocês!
Até o próximo capítulo!



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