Mr.Right escrita por AloeGreen


Capítulo 9
Quando Você Conhece A Pessoa Melhor




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Turno: Loke

Enfio a chave na ignição, ligando o motor do carro. Piso no acelerador, partindo para casa. Hoje o dia havia sido trabalhoso. Dei aula para o colegial inteiro. Sendo que, tive que aturar as piadinhas da Lucy durante 4 aulas. Aquela garota é ligada nos 220! Alguns minutos depois, me encontro no estacionamento do condomínio. Desligo o carro, adentro minha casa. Acendo as luzes, suspirando e me sentando no sofá, logo em seguida. Deito minha cabeça no encosto do sofá, só de pensar que ainda teria que corrigir as provas da sala da Lucy. Apesar que, minha curiosidade era tamanha para saber como todos estavam indo em minha matéria...haha.

– Vamos ver o que tem pra comer...- Digo levantando-me do sofá, indo para a cozinha, verificando os armários.

Abro o frizzer, encontrando uma deliciosa lasanha esperando para ser comida (mentes pervertidas...). Rasgo a embalagem, colocando-a em um prato e esquentando no microondas. Digito o tempo certo, indo para o quarto enquanto espero a lasanha ficar pronta. O quarto estava bem iluminado, pois havia deixado as janelas abertas antes de sair. Retiro meus óculos, desfazendo o nó da gravata, jogando em cima da cama a mesma. Tiro a camisa social, ficando com o peito desnudo. Escuto o barulho do microondas e vou para a cozinha, preparando a lasanha para comer. Termino a refeição, deixando o prato sujo em cima da pia. Novamente, sigo para o meu quarto, onde atravesso o corredor, passando por um espelho de corpo inteiro, vendo de relance minha tatuagem da Fairy Tail. Era o meu grupo. Eu fiz com 20 anos, e todos os meus amigos tem essa marca. Boas lembranças...

[...]

– Preciso começar a corrigir essas provas...- Olho de longe, a grande papelada que havia em cima da mesa.- Certo. Quanto mais cedo melhor!- Recolhi todas as provas, sentando-me na mesa da sala com uma caneta vermelha nos dedos.

Puxei a primeira, rabiscando com a caneta. Muitos percebi estar com certas dificuldades, alguns estavão indo bem, porém do nada começam a errar. Outros nem haviam se importado em fazer a prova. Corrigi rapidamente, até chegar na de uma certa pessoa...

– Lucy Heartphilia...unf!- Exclamei, passando os olhos por sua avaliação.

– Eusy!- Meus pelos se arrepiam, arqueando a cadeira para trás e caindo. Xingo baixo, ainda no chão. Viro um pouco a cabeça, encontrando um desagradável ser.

– Lucy...- Fecho os olhos, dando um curto suspiro e soltando irônico.- Preciso dar um jeito nessa maçaneta, maldita...

– Ei, ei. Está corrigindo nossas provas, é?- Vejo ela com uma prova na mão.

– Tira as patas disso!- Levanto-me rapidamente, suspendendo a cadeira.

– Eu não sou cadela para ter patas, ruivinho!- Cruza os braços, com um ar importante.- Até que você é bem gatinho sem camisa...ihi.- Leva a mão direita a boca, com os olhos baixos para o meu tórax.

– Arg...Droga!- Viro o rosto de lado.- Mas, é, o que você faz aqui?- Separo as provas corrigidas das não corrgidas, deixando-as de lado. Acabando de fazer isso, fico encarando ela do outro lado da mesa.

– Michelle saiu para resolver uns assuntos de família, e eu não queria ficar sozinha, haha.- Piscou os olhos continuamente, querendo aparecer.

– Você não tem amigos?- Ergo meus olhos irônico a ela.

– Preguiça de andar.- Jogou a resposta no ar, andando pela cozinha, tocando em tudo.

– Que desculpinha...- Vou até onde ela estava, pegando algo que estava em sua mão e botando em seu lugar. Estávamos um frente ao outro, ao lado do balcão com as estantes acima. Apoio o cotovelo no balcão ao lado, encarando-a com uma sobracelha levantada e ela, com um olhar pidão.

– Por favooooor, por favoooooor...!- Juntava as mãos, implorando para ficar aqui em casa.

– Contanto que não me atrapalhe...eu ainda tenho metade das provas para corrigir.- Dei de ombros, voltando para as avaliações.

– EBAAAAA!!- Pulinhos, pulinhos...garotas...!

Arrasto a cadeira, mexendo na papelada novamente. Ás vezes, vejo ela de relance no sofá lendo algumas revistas. Ela tava muito quieta...estranho. Começo a brincar com a cadeira, indo para frente e para trás, coçando o topo da cabeça, pensando na resposta de uma das questões da prova da Heartphilia. Ela estava indo muito bem, o que era estranho para uma aluna que não dava a mínima para minha matéria. Termino de corrigi-la. Passo os olhos pela prova, com o cenho franzido. Cola! Só pode. Ninguém tira um 10 tão fácil assim...!

– Você escondeu algum tipo de cola? Pegou do amigo ou sei lá?- Levantei com os olhos na sua avaliação, parando frente a ela, que estava sentada no tapete da sala.

– Úuu, que bela visão.- Não quero comentar para onde ela estava olhando.

– Arg...Responde!

– Calma, calma. Se eu colei? Não. Cara, você senta na minha frente. Não tem como eu pegar cola e nem escrever uma! Usa a cabeça, pateta!- Apontou para a própria cabeça, com uma careta de língua pra fora.

– Então, como você conseguiu uma nota tão boa?- Mostrei a ela a prova, sentando-me a seu lado, no chão, encostando a cabeça no sofá.

– Meu pai era físico, entende.- Olha para a prova, orgulhosa. Ela não tinha aquele tom de esnobe, agora estando com um leve brilho nos olhos.- Eu moro com minha tia, Michelle. Minha mãe morreu quando eu nasci e meu pai em um acidente de carro.

– Ah, nossa. Sinto muito.- Olhei para minha mão que estava próxima da dela. Ajeito meus óculos, tirando a mão do tapete.

– Eu já superei. Acho que...por isso que sou uma pessoa forte em relação aos sentimentos. Eu passei por coisas que os outros não passaram, por isso sei lidar com situações mais...tensas.- Me surpreendi com que ela disse.

– Gosto dessas pessoas com ponto forte.- Admiro seu conhecimento, olhando para seus olhos e abrindo um sorriso de canto. Seu olhar tinha um brilho fabuloso, remexendo com a cor de avelã. Lucy até que era uma pessoa legal, quando não estava querendo se mostrar.

– Muitas vezes não tenho com quem me abrir...

– Não se preocupe em se desabafar. Tenha sempre uma pessoa á seu lado para se esquecer dos problemas pessoais.- Digo, aproximando-me mais dela.

– Bom saber...- Seus lábios estavam um pouco entre-abertos, e suas bochechas estavão rosadas. Nossos corpos estavam muito próximos. Passo a língua entre os lábios, não conseguindo tirar os olhos de seus lábios avermelhados. Estava perdendo a cabeça, quando de repente...a luz acaba.

– Mas oquê...?- Olho para os lados. A sala estava um breu, quase nem dava para ver a pessoa ao lado, por já ser de noite.

– Parece que a rua inteira está sem luz.- Viro a cabeça, encontrando Lucy olhando para a janela do seu lado. Seu rosto ficara com uma luz bonita que vinha da rua.

– É comum acabar a luz aqui?- Pergunto para ela que conhecia o condomínio melhor que eu mesmo.

– Não. Deve ter dado um curto circuito e pããm!- Faz um gesto com a mão.

– Agora nem dá para terminar de escrever as provas...- Comento, rangendo os dentes.

– Que tal sairmos para tomar um ar?- Pergunta, com as mãos atrás das costas e um sorriso convidativo.

– Já que não tem nada melhor para fazer...hm, tudo bem!- Respondo, logo fazendo ela dar vários pulinhos. Acho que isso já era mania dela...Engraçado que quando você conhece melhor uma pessoa, você entende como ela se sente. E percebi que seu jeito de ser, só é garantido por uma lembrança ruim.


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