Mr.Right escrita por AloeGreen


Capítulo 25
Acerto de Contas




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Turno: Lucy Heartphilia

Estava eu lá...sentada em uma cama de hospital, recordando dos poucos momentos que tive com o Loke, mas que foram muito especiais. Eu até pareço uma adolescente mimada...haha. Solto umas risadas baixas, seguindo meus olhos pelos meus braços cheios de fios. Acho que eu estava enlouquecendo mesmo.

– “But I see your true colors…Shining through”- Começo a cantar silenciosamente uma música da Cindy Lauper que veio á minha cabeça. Era uma música bonita. Lembro que eu cantava todo dia quando voltava a pé da escola com meu all star preto. Deveria ter uns 13 anos de idade.- “I see your true colors...And thats why I love you”- Minha voz começava a falhar, descendo a um tom cada vez mais baixo.- “So don’t be afraid to let them show...Your true colors”- Não dava a mínima para as lágrimas que caiam de meus olhos enquanto eu cantava, apenas deixei uma mecha da minha franja cair sobre o meu rosto, respirando fundo e continuando a cantar docemente.- “True colors are beautiful...Like a rainbow...”- O último verso para mim sempre fora o mais triste. Cindy usava um tom baixinho para dizer o ‘rainbow’, e neste momento do verso, esta palavra quase não saiu de minha boca. E então, eu deixei as lágrimas irem caindo, no silêncio do quarto.

– Lucy...- Olha para porta, e vejo Gray encostado no batente da porta, com os braços cruzados e um sorriso de lado, típico dele.

– Gray...

– Sei que não é seu aniversário, nem Natal, Páscoa, Dia das Crianças ou qualquer outra coisa, mas...eu te trouxe um presente.- Ele desencostou da porta, ainda de braço cruzado, mas desta vez alargou seu sorriso de orelha a orelha.

– P-Presente?- Gaguejo curiosa.

– Sim, e espero que goste...- Ele se afastou um pouco, e pareceu olhar para algo no final do corredor que eu não via. Mas logo pude ver. Meus olhos se encheram de lágrimas novamente, e meu coração quase pulou de minha boca. Era Loke. E mais radiante como nunca. Ele trazia flores consigo, e um sorriso muito bonito estampado no rosto. Não me aguentei, pulei da cama do hospital, arrancando com tudo os fios de mim e pulando em seus braços. Eu o abracei com todas as minhas forças, como se não houvesse o amanhã. Sentir o calor dos teus braços, e o doce gosto de seus beijos foi o melhor presente que poderia ter recebido. Olhei em seus olhos, mexendo no lóbulo de sua orelha, e brincando com seu piercing. Sorri boba, e dei uma piscadela para Gray, o vendo por trás dos ombros de Loke. Gray tinha um semblante agradável no rosto, que não consegui compreender, mas ele estava feliz, eu sentia. Ele nos deixou sozinhos, e Loke se sentou na cama comigo, me entregando as flores.

– Você nunca me disse de que tipo de flor gostava, então, comprei margaridas.- Eu as peguei, fiquei as olhando por uns segundos e abracei o buquê com paixão.

– Eu amei, amei, amei, amei!- Repeti várias vezes.

– Hahaha...- Coçava a nuca envergonhado.

– Oe, Loke...Você nunca mais vai embora, não é?- Perguntei meio apreensiva, acariciando uma pétala de uma das flores com os olhos baixos.

– Não, Lucy...Nunca mais...- Ele toca o meu queixo, deixando aparecer um sorriso fino em seus lábios. Nossos lábios se tocaram novamente, mas dessa vez foi diferente. Foi como uma prova de que nunca mais ele iria embora. Fomos nos deitando, e ele tirou os lábios dos meus. Eu deitei minha cabeça no travesseiro, e ele ficou do meu lado, acariciando o meu cabelo e me olhando com olhos tão carinhosos...Apenas percebemos que dormimos, quando meus amigos entraram no quarto e pelo barulho que fizeram, impossível não termos acordado. Mas rimos bastante, e Levy ficou conversando comigo, dizendo que foi uma idiota por não ter dado notícias em seus anos de intercâmbio. Obviamente eu parei ela, e disse que não havia problema. Que concertaria minha vida a partir de hoje. Ela sorriu serena pra mim, e nos abraçamos. Que cena linda estava acontecendo aqui, querida mãe, e querido pai...

[...]

Turno: Natsu Dragneel

Estava á caminho do hospital, andando pela calçada, quando vejo Lisanna em frente á uma loja. Parecia querer algo que estava na vitrine, mas olhou desapontada para uma espécie de bolsinha que tinha com ela e seguiu em frente. Eu atravessei a rua, e parei em frente á vitrine. Era um urso...ou um gato? Tinha asas. É acho que era um gato alado azul ou sei lá. Hm, tenho uma idéia!

Turno: Lisanna Strauss

Andava devagarinho pela calçada, pisando em todos os azulejos pretos, com as mãos cruzadas atrás das costas. Lucy estava me esperando. E eu havia ficado feliz quando Loke decidiu voltar. Ele era um bom professor. Pelo menos acho que sim. Tive poucas aulas com ele, então, não sei ao certo. Mas ele é uma boa pessoa, haha.

Começo a cantarolar uma música, quando viro a esquina, e alguém coloca uma mão em meu ombro. Viro-me, e encontro Natsu todo sorridente.

– Natsu!- Dou um pulo de alegria, e estampo um sorriso de orelha á orelha.

– Lisanna, vi você olhando á vitrine agora pouco...Hã, tome!- Ele escondia algo atrás das costas, e ao me entregar, fiquei estática com o bicho de pelúcia na mão, o olhando e olhando.

– Natsu, eu nem tenho o que dizer...- Subi meus olhos aos seus.

– Parece triste Lisanna...não gostou?- Natsu coloca a mão na cabeça e coça envergonhado, sem ação.

– Não! Não é isso...é que nunca ninguém me deu um presente, entende? Obrigado! Obrigadooo!- Meus olhos estavam levemente molhados, mas eu não iria chorar na frente dele. Eu não queria chorar. Nunca mais!

– Ah, não por is- O corto fazendo suas palavras irem ao vento, dando um beijo em sua bochecha como forma de agradecimento. O olhei novamente, com o bicho de pelúcia nos braços, e percebi que o mesmo havia corado violentamente.

– Hahaha, seu bobinho. Vamos ver a nossa amiga?- Pergunto, virando levemente a cabeça e lhe mostrando um sorriso gentil.

– Vamos.- Seus rosto demonstrou animação, e eu segurei em sua mão, continuando a minha rota, junto dele, para o hospital. Poderia ser melhor? Eu não queria que fosse melhor. Estava perfeito...e acredito que não havia como ficar melhor ainda.


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