Mr.Right escrita por AloeGreen
Turno: Lucy Heartphilia
Ficamos papeando naquela lanchonete, até quase nos expulsarem. Pegamos o caminho mais rápido para casa. Ficamos rindo de algumas coisas idiotas que viamos pelo caminho, e comentando sobre algumas pessoas da escola.
– Falando em escola...você sabia que vai ter um acampamento escolar na semana que vem?- Perguntou, enfiando as mãos no bolso e atravessando comigo.
– Acampamento?
– É, não entendi muito bem por que, deve ser por causa das atividades e tal.- Falou supondo.
– Ah, sim. Bem, parece legal!- Opniei.
– Será que já voltou a luz em casa?- Loke ergueu um pouco a cabeça, tentando ver algo mais ao final da rua.
– Acho que sim. Passamos um bom tempo na rua, haha.- Dei umas risadas, transmitindo isso para ele.- Mas sabe, foi bem legal, né?- Perguntei de um jeito sincero para ele, que o mesmo pareceu entender. A resposta dele era importante para mim.
– Sim, foi sim, Lucy.- No momento em que ele pronunciou meu nome, sinto um frio na espinha. Sua voz era doce e tão...tão...ai, sei lá. Ele me deixava maluca!
– Parece que já chegou luz, sim.- Olho para frente, e vejo que nosso condomínio já estava o suficientemente iluminado. Mordo o lábio inferior, meio descepicionada. Não queria ter que ir pra casa...Andamos até nossas portas, ficando um de frente para o outro para nos despedirmos.
– Então, é...- Falei tentando cortar o silêncio.- Acho que Michelle já chegou em casa, haha.
– Certo, é...parabéns pela prova e obrigado por ter me mostrado aquela lanchonete!- Pareceu ter lembrado de algo que falar, e chutou o nosso pré "encontro".
– Tá...
– Tchau, Lucy...- Falou, com aqueles lábios finos e me olhando por cima daqueles óculos styles azul.
– Tchau...Loke...!- Viro para entrar em casa, porém, sem pensar, volto atrás puxando o casaco dele, fazendo virar seu corpo. Senti o seu hálito fresco, ao selar seus lábios nos meus. Fecho meus olhos, experimentando o gosto de seus lábios. No entanto, tiro minhas mãos do casaco grosso dele e volto rapidamente para casa. Não queria ver a expressão dele. Não agora...só não queria ir para casa com a sensação de que não rolou nada entre a gente.
~X~
Turno: Loke
O vento que atravessava o corredor para as escadas do 2º andar, atravessavam meu corpo, fazendo eu me arrepiar. Eu ainda sentia os lábios dela nos meus, o cheiro...tudo. Estava estático, com apenas uma luz falha iluminando o ambiente. Pisco continuamente, logo recobrando a consciencia. Respiro fundo, entrando em casa e trancando a porta de casa. Não me preocupo em acender a luz. Esfrego meu rosto, indo para a cozinha. Ajoelho perto do frigobar, tirando de lá, um uísque que havia ganhado dos meus amigos, em comemoração a mudança. Abro o armário, retirando um copo médio.
– Aaaaaah, que saco...- Reclamo, com os lábios um pouco entre-abertos. Ponho três pedras de gelo no copo de vidro, logo despejando o uísque no mesmo. Levo a garrafa e o copo para o sofá, onde me sento com os mesmo na mão. Viro o líquido que desce cortante pela minha garganta. Não era comum eu beber. Eu só bebia em casos extremos, ou quando eu estava com meus amigos. E com certeza, aquele era um caso extremamente tenso!
Quando acabava a bebida do copo, eu colocava novamente mais ainda. Minha sala estava parecendo uma fornalha. Estava quente...muito quente! Tiro os óculo, jogando na mesinha de centro. Esfrego meus olhos e desabotoo os primeiros botões da camisa. Minha visão estava um pouco embaçada e estava me sentindo um pouco tonto. Caio a cabeça para trás, olhando o teto do apartamento. Meus pensamento levavam aquela mesma loira...aquela garota rebelde que parecia não ter um coração. A criatura meiga e sensível, porém com um grande ponto forte. Eu estava ficando maluco ou algo do tipo?
~X~
Turno: Gray Fullbuster
Intervalo, 10h 35min
Furo o meu suco com o canudinho, logo dando a primeira bebida. Quinta-feira de manhã, dia nublado, todos bem...só Lucy que roia as unhas a cada minutos, olhando no relógio e parecendo um pouco ansiosa. Fico curioso, e cutuco o ombro dela.
– Ei, o que que há com você, em?
– Nada. Por que?- Respondi com o cenho franzido, como se estivesse esperando que alguém fizesse essa mesma pergunta a ela.
– Sei, nada.
– Tá muito na cara...?- Pergunta baixinho pra mim, com um dedo na boca, roendo a unha pintada por um vermelho forte.
– Sim.
– É, que...bem, eu não vi o Loke até agora e...
– E...?- Faço um aceno com a cabeça, permintindo que continuasse.
– E que é isso!- Termina irritada, cruzando os braços e me olhando pelo canto dos olhos.
– O que aconteceu ontem de noite?- Mordisco o canudo do suco, olhando para os alunos que compravam o lanche na cantina, esperando por sua resposta.
– O que você sabe sobre ontem a noite?!- Lucy vira rapidamente, segurando em meus ombros e me olhando seriamente.
– Viu? Você caiu. Agora me conta o que aconteceu.
– Droga...você tem que parar de fazer isso!- Eu sabia quando Lucy tinha algo escondido. Ela sempre caia nessa minha tática, todos caem, haha.
– Conta Lucy!
– Tá, mas aqui não...- Pegou em meu pulso, me levando para um canto mais afastado do povo.
– Bem, ontem eu tava em casa, ai Michelle disse que ia sair...eu não queria ficar sozinha então entrei na casa do Loke.- No momento em que ela citou aquele cara, sabia que ia vim bomba.- Ele tava corrigindo as nossas provas. Eu fui bem!
– Não desvia do assunto.
– Tá...continuando. A gente tava falando de algumas coisas, ai eu contei um pouco de mim para ele, por que acabamos por chegar nesse assunto. A luz acabou, fomos comer nachos, e eu beijei ele. É isso.- Falou tudo de uma vez, embolando a frase toda e torcendo os dedos para que eu não tivesse ouvido.
– Que merda em, Heartphilia...?- Levo as sobrancelhas até metade da testa.
– Aff...eu sei! Pior que, eu nem soube olhar na cara dele e ver como ele ficou. Entrei em casa e dormi! E agora, estou meio preocupada por que ele nem apareceu ainda!- Jogou tudo de uma vez nos meus ombros. Garota é um bicho estranho...
– Ele só deve estar meio envergonhado ou sei lá...- Comecei a caminhar novamente para o grupo, e ela veio me seguindo.
– O que eu faço se ele aparecer pedindo satisfações?!
– Você fala a verdade.
– Que verdade?
– Que ama ele, oras!
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