E se fosse verdade? escrita por Vick Princess
Notas iniciais do capítulo
Feliz Natal minhas lindas *--*
Boa leituraa :)
Fran chegou abrindo a porta e interrompendo a conversa.
– Sr. Castellamare, me desculpe, mas, eu tenho um compromisso e não posso deixar você aqui sozinho. – disse ela.
– Eu posso ficar um pouco mais? Eu quero me despedir. – pediu Daniel, e olhou de relance para o espírito de Julie.
– É claro. – Fran concordou sorrindo ao se retirar.
– As minhas sobrinhas devem ter feito essas coisas pra mim. – Disse Julie se aproximando do balcão perto da janela, onde tinham vários desenhos e vasinhos com flores para ela.
– Caramba, ta super parecido! – afirmou Daniel se aproximando também, e olhando para um desenho de Juliana. – Olha isso. – pegou um retrato.
– Era a foto que tava no meu criado mudo! – afirmou Julie apontando para o retrato. – A Bia deve ter trazido.
– Você ta linda. – Daniel afirmou observando a foto.
– Olha pra mim agora. – disse tristemente se virando para a maca. – esses níveis não estão mudando Daniel, pelo contrario, estão diminuindo. – afirmou se aproximando dos aparelhos ligados ao seu corpo.
– Escuta, eu vou ter que deixar você. – Daniel disse um pouco contrariado.
– Tudo bem. – Julie concordou.
– Não quer que eu te espere lá em baixo, no saguão? – propôs o loiro.
– Não, tudo bem, pode ir, obrigada por me ajudar.
– O prazer foi meu, tem certeza que não quer voltar comigo? É seu apartamento, eu não me importo. – insistiu
– Depois que cheguei aqui. – pausou olhando para o seu corpo. – não me imagino me deixando. – afirmou em um fio de voz.
– Eu sei, é que é estranho..deixar você aqui sozinha. – admitiu.
Fran os interrompeu mais uma vez.
– Sr. Castallemare, eu sinto muito.
Julie e Daniel se olharam mais uma vez.
– Adeus Juliana. – se despediu saindo junto com Fran.
[..]
– Eu odeio isso, ela finalmente começa a viver e acontece isso. – Fran comentou com uma enfermeira, as duas olhavam Daniel que estava parado em frente ao quarto de Juliana.
– Sabe, que o cara era bonito. – a enfermeira reparou. – pelo menos ela ficou um pouquinho com ele. – finalizou.
– É, teria sido péssimo se ela tivesse passado a vida sem saber como é. – Fran completou anotando em alguns prontuários. Julie estava atrás delas e ouviu a toda a conversa.
Julie agora “passeava” pelos corredores do hospital, quando chegou a sala que seria dela e agora está com Nicolas.
– Ficou com o meu emprego não é. – Julie disse o olhando, ele estava ao telefone.
– É. Acho que mereço, conquistei! – ele respondia como se falasse com ela.
– É tudo que você imaginava? – Julie deu corda se divertindo.
– É sim, e está na hora de passar do 220 pro 340. Eu vou a concessionária hoje. – respondeu mais uma vez Nicolas ao telefone. – Sabia que eu posso pedir uma entrada pro meu ipod? – disse ao telefone mais uma vez.
– Sabia que tem gente morrendo aqui?..eu to em coma você percebeu?! – dizia indignada.
– É, eu sei, legal! – Nicolas respondeu sorrindo e girando na cadeira do escritório.
Julie saiu de la, voltando ao corredor principal, e viu suas sobrinhas, Lily e Vanessa correndo para o quarto, a morena as seguiu correndo também.
Ao chegar no quarto, as meninas ficar pegando na mão do corpo de Julie o puxando.
– Como senti o toque deles, e o de vocês não? – Julie questionava olhando para a sua mão.
– Muito engraçado. – Bia chegou no quarto com um buquê de rosas repreendendo suas filhas. – Acho que disse pra ninguém correr ou gritar aqui dentro. – Bia disse brava colocando o buquê no balcão.
– Bia! Pode me sentir? – Julie perguntava. – Acho que não. – disse ao ver sua irmã andando pelo quarto.
– Que bom que vieram me visitar. – Julie disse cruzando os braços, vendo as sobrinhas tentando “conversar” com seu corpo na maca.
– Com licença, senhora Almeida. – Nicolas chegou ao quarto segurando uma prancheta. – Oi, DR. Nicolas Albuquerque. – se apresentou lhe estendendo a mão, Bia retribuiu.
– Podemos conversar. – a chamou.
– Claro. – Bia concordou e os dois seguidos de Julie, foram para perto da porta.
– O que cê quer? – Julie perguntava os seguindo.
– Primeiro quero que saiba, que sentimos muita falta da Juliana. – Nicolas começou.
– Ele está comemorando por não estar em Campinas. – Julie disse irônica.
– E como ela era residente aqui, tomamos medidas extraordinárias, para que ela ficasse confortável nesses últimos três meses. – completou. – Bom, é difícil dizer, quando viemos trabalhar aqui, assinamos termos de liberação, sabia a opinião da sua irmã, sobre prolongar a vida artificialmente? – Nicolas questionou cruzando os braços.
– Não. – Bia respondeu atenta a cada palavra.
– Ela era contra. – Nicolas respondeu.
– Mesmo? – Bia perguntou incrédula.
– Isso foi antes, eu sou totalmente a favor agora. – Julie se meteu.
– Sinceramente, muitos médicos tem essa opinião. – Nicolas continuou.
– Não! – Julie estava indignada. – eu to muito feliz, qual é Bia, tem que me sentir, eu sou sua irmã. – Julie gesticulava angustiada.
– Mas, ainda há alguma atividade cerebral la, quer dizer, pessoas já acordaram desse coma antes. – Bia argumentou.
– Muitas vezes. – Julie disse olhando para a irmã.
– Não, não que eu saiba. – Nicolas respondeu seco.
– É claro que sabe, se não, o que eu estaria fazendo aqui? – Julie revidou, quando sentiu um enjoo no estomago, era as suas sobrinhas, brincando com a cama de hospital onde ela estava.
Bia brigou com as filhas, e quando saia, Nicolas a seguiu.
– Sra, a Juliana assinou um termo desse, por causa da sua situação, não tomaremos nenhuma medida terminal, sem sua aprovação, eu preparei essa papelada. – Nicolas disse a seguindo, lhe entregou os papeis.
– Bia, não assina isso! – Julie os seguia.
– E se decidir assinar..
– Eu vou pensar. – Bia disse pegando os papeis.
– Ai, Bia, bia bia!, eu fico com as meninas eu prometo, e aquele jeans que você ama, é seu!. – Julie tentava sem vão se comunicar com a irmã.
[..]
Enquanto isso no apartamento, Daniel sentia falta de Julie, olhava em volta, e sentia que faltava algo ali, e era a presença dela. Até chamou o seu nome, mas não obteve resposta. Tentava se divertir, mas não conseguia, a ausência de Julie, lhe causava um buraco enorme. Até que foi despertado dos seus pensamentos, pelo som da campainha tocando. Era Thalita.
– Eu to trancada. – disse a loira, assim que Daniel a atendeu.
Daniel a chamou para entrar, e então ela começou a procurar, ou fingir procurar, números de chaveiros.
– Essa localização não torna São Paulo suportável? – ela comentou se sentando no sofá. – Espera, você não é daqui?
– Na verdade, não sou da capital, sou do interior, Campinas. – Daniel respondeu abaixando a cabeça.
E então a loira começou a falar coisas sem sentido algum, e Daniel apenas concordava com a cabeça, rezando mentalmente para que o chaveiro chegasse logo, a toda hora olhava para a porta envergonhado e incomodado com a situação.
– Desculpe..é..o chaveiro sabe, que tem que tocar aqui? – Daniel questionou.
– É..acho que sim.- respondeu levantando. – Onde fica o banheiro? – perguntou.
– É ali, no final do corredor. – Daniel respondeu, e Thalita saiu rebolando e se insinuando para ele.
Até que Julie apareceu novamente.
– Ah! Juliana!. – ele disse animado a olhando.
– É. – Julie estranhou o seu jeito.
– Eu achei que não ia mais voltar, que ia ficar no hospital, com o seu corpo. – justificou o loiro.
– Você não vai acreditar, tão tentando fazer a minha irmã, assinar papeis para autorizar que os aparelhos sejam desligados. – contou chateada.
– Não podem fazer isso! – Daniel disse indignado.
– Eu sei, foi o que eu disse, e ninguém me ouviu. – Julie disse balançando a cabeça tristemente. – Eu precisava falar com você. – admitiu sorrindo levemente, Daniel retribuiu o sorriso.
– Daniel! – Thalita gritou
– So um momento! – Daniel respondeu irritado.
– Nossa, não perdeu tempo. – Julie disse chateada.
– Não! Não, ela foi entrando aqui em casa, ela ficou trancada fora do apartamento. – Daniel tentou explicar.
– Eu entendo, não precisa me explicar. – Julie sorriu irônica.
– Não , você não ta entendendo, ela so ta usando o banheiro. – Justificou de novo.
– A voz parecia que vinha do quarto. – Julie disse um pouco enciumada.
– É mesmo? – Daniel estranhou.
Thalita então jogou suas roupas, peça por peça perto da porta.
– Vem aqui, eu quero te mostrar uma coisa, quem sabe, sabe ne. – Thalita o chamou, jogando por fim uma calcinha fio dental azul.
– Eu não sabia, que ela ia..- Daniel se explicava gesticulando com as mãos.
– Não sabia, que ela tava nua na sua cama? – Julie questionou enciumada.
– Não. – Daniel ergueu um pouco a cabeça para frente olhando para a porta do quarto.
– Tá imaginando como ela é.- Julie deduziu
– Não, eu não.
– Nenhum um pouco? – Julie questionou cruzando os braços.
– Não o suficiente para ir olhar. – Daniel respondeu um pouco nervoso.
– Já sei, eu vou até la e olho pra você!. – Julie disse andando até a porta.
– Não, por favor, não! – Daniel tentava impedir.
– Pode deixar, eu sou medica. – Julie teimava e continuou andando.
– Hm, tem uma tatuagem na bunda, diz “todos a bordo” em três idiomas, ela é tão culta! . – Julie ironizou a ultima parte, voltando para perto de Daniel.
– Você tá com ciuminho. – Daniel afirmou sorrindo de lado.
– Perai né. – Julie negava.
– Tava sim. – Daniel afirmou com um sorriso bobo no rosto.
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E ai, oq acharam? Julie e Daniel estão se aproximando :D..q lindoos..rs o proximo vai ser um cap especial com uma cena bonus :D so vou postar despois das festas rs :D espero que gostem..então..Boas Festas..:D
Comenteem s2 beijooos nos corações ;*