Um amor em meio a guerra escrita por JRaquel


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Capítulo narrado pela Emma.

Eu ia postar esse capítulo ontem, mas quando fui copiar do Word acabei perdendo tudo, então tive que reescrever. ^^

Espero que gostem. :)



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Eu já estava em Hogwarts havia dois dias e a sensação de nostalgia que sentia em cada canto da escola não passava, me lembrei de todas as vezes que fugi da aula para ficar conversando com Ruby, August e Neal e das vezes que ia me encontrar escondida com ela. Nesse momento senti um arrependimento tão grande, de ter a enganado, mentido para ela e depois ter me apaixonado por ela. Acho que os erros do passado sempre irão me atormentar, mas não adiantava mais ficar pensando nisso, afinal o que aconteceu no passado, fica no passado.

Henry chegaria junto com todos os outros alunos para a cerimônia de seleção, ele estava tão apreensivo e com medo de não ir para Grifinória, mesmo eu dizendo que não para mim não importava para qual casa ele iria, que eu sempre amarei ele, pois meus pais estavam com uma expectativa tão grande para ele seguir os passos de toda família.

– Perdidas em lembranças Emma? – Me assustei com a pergunta do professor Dumbledore.

– Sim senhor, estava lembrando tudo que vivi na época em que estudei aqui. – Falei suspirando.

– Eu suponho que tenha vivido muitas coisas boas, porém pelo suspiro percebo que também houve coisas ruins. – Ele deduziu.

Era incrível como era confortante conversar com o professor Dumbledore, era como se ele pudesse enxergar através de nossa alma.

– Sim, fiz muitas coisas que me envergonho e me arrependo muito.

– O arrependimento já é um grande passo Emma, não fique se culpando tanto por coisas feitas no auge da juventude e quem sabe você não possa concertar os erros do passado?

– Acho que isso é impossível professor. – Falei olhando para o longe.

– Tudo é possível Emma, não se engane ao pensar o contrário. Agora se me dá licença vou ver se tudo já está preparado para a chegada dos alunos.

– Obrigada professor!

Depois que ele saiu, eu fiquei refletindo sobre o que ele tinha dito. Eu sabia que concertar o que fiz no passado era impossível, não por falta de vontade, mas porque eu nunca mais a vi e se há dez anos ela não acreditou em mim por que acreditaria agora?

Os alunos começaram a chegar e eu já estava indo para o salão principal quando encontrei Henry.

– Ei garoto! – Chamei sua atenção.

– Oi Emma. – Ele me cumprimentou com um entusiasmo novo que ele não tinha antes de vim para Hagwarts.

– Como foi a viagem? Estou vendo que você está mais animado ou é só impressão?

– Foi boa, não é impressão eu realmente estou mais animado, pois na viagem conheci uma professora que tirou todos os meus medos quanto à seleção. – Fiquei feliz por ele estar mais animado.

– Que bom Henry, mas como ela conseguiu tirar esse seu medo se nem eu consegui hein?

– Ela me contou que o chapéu seletor leva em consideração o desejo do aluno, então eu posso pedir ao chapéu seletor e assim... – O interrompi.

– Filho você não precisa pedir, já falei que não importa para qual casa você seja selecionado.

– Eu sei, mas o vovô e a vovó querem muito que eu vá para Grifinória. Você já imaginou se eu for para Sonserina? Eles vão me odiar! – Ele falava com lágrimas nos olhos.

– Mesmo que você vá para a Sonserina eles não irão te odiar e se você quer saber existem ótimos bruxos da Sonserina.

– Ótimos bruxos do mal você quer dizer.

– Nem todos são do mal, há muitos anos eu conheci uma bruxa da Sonserina que não era má. Bem, quando eu conheci ela era muito irritada, arrogante e a maioria tinha medo dela, mas quando a conheci de verdade vi que ela era uma garota inteligente, doce e que só precisava ver que era amada. – Falei já sentindo meus olhos lacrimejarem.

– É ela não é? A bruxa de Sonserina que você está falando. – Ele perguntou me abraçando.

– O que? Não, esquece isso.

– Não posso esquecer isso, é a minha vida também sabia? Eu acho que você deveria procurá-la e esquecer esse ódio todo que você disse que uma sente pela outra.

– Henry, pare! Só falei isso para você ver que não importa a casa e sim o seu coração. Eu tenho de ir agora, mas nos vemos mais tarde. Boa sorte!

– Até mais tarde! Obrigada!

Deixei Henry ali junto com os outros alunos e fui me sentar junto aos outros professores. Percebi que estava faltando alguém, pois o lugar ao lado de Dumbledore estava vazio, mas não me importei e mais uma vez fiquei perdida em minhas lembranças.


FLASHBACK

– Eu duvido que você consiga fazer isso. – Neal me desafiava.

– É claro que eu consigo, mas é errado e vocês sabem muito bem disso. – Eu dizia na esperança de que eles encerrassem o assunto.

– Ela é uma Sonserina, não é errado e você só diz isso porque sabe que não consegue. – August insistia.

– Parem, a Emma tem razão é errado. – Ruby concordava comigo.

– Finalmente alguém com juízo. – Eu dizia rindo.

– Parem vocês, olhem de quem ela é filha. Ela não tem coração e deve ser ruim igual a mãe! - August dizia isso com toda convicção.

– August tem razão nisso e você está sendo uma covarde Emma Swan! – Neal sabia muito bem como me tirar do sério e fazer eu aceitar um desafio.

– Eu não sou covarde e vocês sabem muito bem disso, eu vou conquistar a Regina Mills e vocês terão que fazer tudo o que eu quiser. – Falei enquanto me levantava.

– Você não vai conseguir, mas caso consiga todos nós faremos o que você quiser por meses. Aposta feita? - Neal era meu amigo, mas as vezes me irritava muito.

– Aposta feita! – Conclui.

Eu sabia que aquilo era errado, mas mesmo assim iria fazer. Eu jamais desistia de um desafio e esse eu teria o prazer vencer.

FIM DO FLASHBACK


Quando se é jovem fazemos coisas que vamos nos arrepender pelo resto da vida e essa aposta com certeza era um dos maiores arrependimentos que tinha, eu errei e até hoje me culpo por isso. Nunca deveria ter brincado com os sentimentos dela, eu sabia que não ia acabar bem, mas minha irresponsabilidade de adolescente não me deixou voltar atrás com aquela bendita aposta. Eu só queria mostrar para os meus amigos que não era covarde e acabei perdendo ela para sempre.

Voltei minha atenção para a cerimônia de seleção quando a professora Minerva chamou o nome de Henry, ela estava com uma carinha tão fofa, a mesma carinha que me confortava nos dias mais sombrios.

Ele sentou no banco e logo a professora colocou o chapéu em sua cabeça.

– Hum, difícil escolha. Inteligente, dedicado e gentil, muito esperto e leal aqueles que ama. Possui características de todas as casas e se daria bem em qualquer uma delas, mas vejo que não quer Sonserina mesmo sendo uma das as casas mais apropriadas. Já sei, Grifinória! - O chapéu seletor falou.

Quando Henry foi sentar junto com os outros alunos na mesa da Grifinória, a porta do salão principal foi aberta com um estrondo.

– Desculpe, estou atrasada! - A pessoa entrou se desculpando.

Quando ela entrou no salão, me faltou o ar e eu jurei que ia desmaiar. Não estava acreditando que era ela ali, caminhando em direção à mesa, eu só podia estar tendo alucinações.


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Notas finais do capítulo

Mais uma vez quero agradecer a Aline e dizer que a ideia da aposta foi dela. Eu ia colocar o agradecimento na nota inicial, mas preferi colocar aqui para não entregar um pouco do capítulo.

Gostaram? :)